quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Os 7 Sacramentos da Igreja: 3ª Sacramento - Eucaristia


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A CELEBRAÇÃO
DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA

ARTIGO 3

O SACRAMENTO DA EUCARISTIA

1322. A sagrada Eucaristia completa a iniciação cristã. Aqueles que foram elevados à dignidade do sacerdócio real pelo Baptismo e configurados mais profundamente com Cristo pela Confirmação, esses, por meio da Eucaristia, participam, com toda a comunidade, no próprio sacrifício do Senhor.

1323. «O nosso Salvador instituiu na última ceia, na noite em que foi entregue, o sacrifício eucarístico do seu corpo e sangue, para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até voltar, o sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da glória futura» (145).

I. A Eucaristia – fonte e cume da vida eclesial

1324. A Eucaristia é «fonte e cume de toda a vida cristã» (146). «Os restantes sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado, estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Com efeito, na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa» (147).

1325. «A comunhão de vida com Deus e a unidade do povo de Deus, pelas quais a Igreja é o que é, são significados e realizados pela Eucaristia. Nela se encontra o cume, ao mesmo tempo, da acção pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo, e do culto que no Espírito Santo os homens prestam a Cristo e, por Ele, ao Pai» (148).

1326. Enfim, pela celebração eucarística, unimo-nos desde já à Liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando «Deus for tudo em todos» (1 Cor 15, 18 ).

1327. Em síntese, a Eucaristia é o resumo e a súmula da nossa fé: «A nossa maneira de pensar está de acordo com a Eucaristia: e, por sua vez, a Eucaristia confirma a nossa maneira de pensar» (149).

II. Como se chama este sacramento?

1328. A riqueza inesgotável deste sacramento exprime-se nos diferentes nomes que lhe são dados. Cada um destes nomes evoca alguns dos seus aspectos. Chama-se:
Eucaristia, porque é acção de graças a Deus. As palavras« eucharistein» (Lc 22, 19; 1 Cor 11, 24) e «eulogein» (Mt 26, 26; Mc 14, 22) lembram as bênçãos judaicas que proclamam – sobretudo durante a refeição – as obras de Deus: a criação, a redenção e a santificação.

1329. Ceia do Senhor (150), porque se trata da ceia que o Senhor comeu com os discípulos na véspera da sua paixão e da antecipação do banquete nupcial do Cordeiro (151) na Jerusalém celeste.

Fracção do Pão, porque este rito, próprio da refeição dos judeus, foi utilizado por Jesus quando abençoava e distribuía o pão como chefe de família (152), sobretudo aquando da última ceia (153) . É por este gesto que os discípulos O reconhecerão depois da sua ressurreição (154) e é com esta expressão que os primeiros cristãos designarão as suas assembleias eucarísticas (155). Querem com isso significar que todos os que comem do único pão partido, Cristo, entram em comunhão com Ele e formam um só corpo n'Ele (156).

Assembleia eucarística («sýnaxis»), porque a Eucaristia é celebrada em assembleia de fiéis, expressão visível da Igreja (157).

Os 7 Sacramentos da Igreja: 2º Sacramento - Crisma

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A CELEBRAÇÃO
DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA

ARTIGO 2

O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO

1285. Com o Baptismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos «sacramentos da iniciação cristã», cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária para a plenitude da graça baptismal (90). Com efeito, os baptizados «pelo sacramento da Confirmação, são mais perfeitamente vinculados à Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e deste modo ficam mais estritamente obrigados a difundir e a defender a fé por palavras e obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo» (91).

I. A Confirmação na economia da salvação

1286. No Antigo Testamento, os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria sobre o Messias esperado (92), em vista da sua missão salvífica (93). A descida do Espírito Santo sobre Jesus, aquando do seu baptismo por João, foi o sinal de que era Ele o que havia de vir, de que era o Messias, o Filho de Deus (94). Concebido pelo poder do Espírito Santo, toda a sua vida e toda a sua missão se realizam numa comunhão total com o mesmo Espírito Santo, que o Pai Lhe dá «sem medida» (Jo 3, 34).

1287. Ora, esta plenitude do Espírito não devia permanecer unicamente no Messias: devia ser comunicada a todo o povo messiânico (95). Repetidas vezes, Cristo prometeu esta efusão do Espírito promessa que cumpriu, primeiro no dia de Páscoa (97) e depois, de modo mais esplêndido, no dia de Pentecostes (98). Cheios do Espírito Santo, os Apóstolos começaram a proclamar «as maravilhas de Deus» (Act 2, 11) e Pedro declarou que esta efusão do Espírito era o sinal dos tempos messiânicos (99). Aqueles que então acreditaram na pregação apostólica, e se fizeram baptizar, receberam, por seu turno, o dom do Espírito Santo (100).

1288. «A partir de então, os Apóstolos, para cumprirem a vontade de Cristo, comunicaram aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito para completar a graça do Baptismo (101). É por isso que, na Epístola aos Hebreus, se menciona, entre os elementos da primeira instrução cristã, a doutrina sobre os Baptismos e também sobre a imposição das mãos (102). A imposição das mãos é justificadamente reconhecida, pela Tradição católica, como a origem do sacramento da Confirmação que, de certo modo, perpetua na Igreja a graça do Pentecostes» (103).

1289. Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, se acrescentou à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de «cristão», que significa «ungido»,e que vai buscar a sua origem ao próprio nome de Cristo, aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (Act 10, 38). E este rito da unção mantém-se até aos nossos dias, tanto no Oriente como no Ocidente. É por isso que, no Oriente, este sacramento se chama crismação (= unção do crisma), ou myron, que significa «crisma». No Ocidente, o nome de Confirmação sugere que este sacramento confirma o Baptismo e, ao mesmo tempo, consolida a graça baptismal.

DUAS TRADIÇÕES: O ORIENTE E O OCIDENTE

1290. Nos primeiros séculos, a Confirmação constitui geralmente uma única celebração com o Baptismo, formando com ele, segundo a expressão de São Cipriano, um «sacramento duplo» (104). Entre outras razões, a multiplicação dos baptismos de crianças, e isto em qualquer tempo do ano, e a multiplicação das paróquias (rurais), ampliando as dioceses, deixaram de permitir a presença do bispo em todas as celebrações baptismais. No Ocidente, porque se desejava reservar ao bispo o completar do Baptismo, instaurou-se a separação, no tempo, dos dois sacramentos. O Oriente conservou unidos os dois sacramentos, de tal modo que a Confirmação é dada pelo sacerdote que baptiza. Este, no entanto, só o pode fazer com o «myron» consagrado por um bispo (105).

1291. Um costume da Igreja de Roma facilitou a expansão da prática ocidental, graças a uma dupla unção com o santo crisma, depois do baptismo: a unção já feita pelo sacerdote ao neófito ao sair do banho baptismal é completada por uma segunda unção, feita pelo bispo na fronte de cada um dos novos baptizados (106). A primeira unção com o santo crisma, feita pelo sacerdote, ficou ligada ao rito baptismal e significa a participação do baptizado nas funções profética, sacerdotal e real de Cristo. Se o Baptismo é conferido a um adulto, há apenas uma unção pós-baptismal: a da Confirmação.

1292. A prática das Igrejas do Oriente sublinha mais a unidade da iniciação cristã. A da Igreja latina exprime, com maior nitidez, a comunhão do novo cristão com o seu bispo, garante e servidor da unidade da sua Igreja, da sua catolicidade e da sua apostolicidade; e assim, a ligação com as origens apostólicas da Igreja de Cristo.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Padre fala de corrupção em Missa e irrita vereadores de Pereira Barreto no interior de São Paulo

Padre citou casos de corrupção em missa e vereadores querem afastá-lo. 
População defende o representante da igreja católica e faz até carreata.

Matéria veiculada pela TV TEM nesta terça-feira (06) mostra até onde pode chegar os desmandos de políticos quando veem suas imagens expostas por envolvimento em casos que, via de regra, deveriam ser alheios às funções que ocupam. Em Pereira Barreto, vereadores que são investigados judicialmente por manterem em seus gabinetes supostos servidores comissionados fantasmas, querem que o padre Max Pelarin Neto, da igreja São Francisco Xavier, seja repreendido pela diocese de Jales por ter falado, durante missas, sobre possíveis casos de corrupção na Câmara da cidade.

Uma moção de repúdio assinada por nove dos 11 vereadores de Pereira Barreto foi encaminhada ao bispo da diocese de Jales, à qual pertence a igreja católica em Pereira Barreto, pedindo que o padre seja formalmente repreendido pelos comentários feitos durante suas missas.

Ocorre que, paralelamente à reclamação contra o sacerdote, os 11 vereadores, assim como 11 ex-assessores parlamentares e um diretor da Câmara são arrolados em ação movida pelo Ministério Público de Pereira Barreto, pedindo que todos sejam condenados pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica e peculado (desvio de dinheiro público), por terem mantido até pouco tempo supostos funcionários fantasmas no Legislativo. 

Organização defensora da família denuncia que documento do UNICEF “viola gravemente” os direitos das crianças


A Organização defensora da família CitizenGO lançou uma campanha de assinaturas criticando um documento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que “viola gravemente” os direitos das crianças.

CitizenGO denunciou que recentemente o UNICEF “realizou uma declaração oficial sobre ‘orientação sexual e identidade de gênero’ na qual pede aos países que reconheçam os casais do mesmo sexo”.

Além disso, UNICEF “censura as normas que restringem a promoção da homossexualidade na infância”.

“Tudo isso, supostamente, para proteger os direitos das crianças e velar pelo seu melhor interesse”.

A campanha foi assinada até a data por mais de 15 mil pessoas.

Catequese do Papa Francisco sobre o papel das mães


CATEQUESE
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 7 de janeiro de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia. Hoje continuamos com as catequeses sobre Igreja e faremos uma reflexão sobre Igreja mãe. A Igreja é mãe. A nossa Santa mãe Igreja.

Nestes dias, a liturgia da Igreja colocou diante dos nossos olhos o ícone da Virgem Maria Mãe de Deus. O primeiro dia do ano é a festa da Mãe de Deus, à qual segue a Epifania, com a recordação da visita dos Magos. Escreve o evangelista Mateus: “Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram” (Mt 2, 11).  É a Mãe que, depois de tê-lo gerado, apresenta o Filho ao mundo. Ela nos dá Jesus, ela nos mostra Jesus, ela nos faz ver Jesus.

Continuamos com as catequeses sobre família e na família há a mãe. Cada pessoa humana deve a vida a uma mãe e quase sempre deve a ela muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual. A mãe, porém, mesmo sendo muito exaltada do ponto de vista simbólico – tantas poesias, tantas coisas belas se dizem poeticamente da mãe – é pouco escutada e pouco ajudada na vida cotidiana, pouco considerada no seu papel central da sociedade. Antes, muitas vezes se aproveita da disponibilidade das mães a sacrificar-se pelos filhos para “economizar” nas despesas sociais.

Acontece que, mesmo na comunidade cristã, a mãe nem sempre é valorizada, é pouco ouvida. No entanto, no centro da vida da Igreja está a Mãe de Jesus. Talvez as mães, prontas a tantos sacrifícios pelos próprios filhos, e não raro também por aqueles de outros, deveriam encontrar mais escuta. Precisaria compreender mais a luta cotidiana delas para serem eficientes no trabalho e atentas e afetuosas na família; precisaria entender melhor o que elas aspiram para exprimir os frutos melhores e autênticos da sua emancipação. Uma mãe com os filhos sempre tem problemas, sempre trabalho. Em me lembro de casa, éramos cinco filhos e enquanto um fazia uma coisa outro fazia outra, o outro pensava em fazer outra e a pobre mãe ia de um lado a outro, mas era feliz, Deu tanto a nós.

Prelado do Opus Dei convoca ano mariano de oração por todas as famílias

CARTA DO PRELADO
Janeiro de 2015

Queridíssimos: que Jesus me guarde as minhas filhas e os meus filhos!

Estamos no Natal e, com o nosso Padre, afirmo: os diversos factos e circunstâncias que rodearam o nascimento do Filho de Deus vêm-nos à memória e o olhar detém-se na gruta de Belém, no lar de Nazaré. Maria, José, Jesus Menino ocupam de modo muito especial o centro do nosso coração. Que diz, que nos ensina a vida, simples e admirável ao mesmo tempo, desta Sagrada Família? [1]

Estas palavras ajudam a situar-nos no clima próprio de umas festas tão santas. Demoramo-nos a contemplar, uma vez e outra, sem nos cansarmos, o nascimento do Senhor. Gostaríamos de ir cada vez mais ao fundo deste maravilhoso mistério, mas ficamos sempre aquém: o amor de Deus pela humanidade, por cada uma e cada um de nós, é realmente inabarcável. Por isso, a nossa atitude é de constante agradecimento ao Senhor: baixou-se ao nível da nossa pobre condição para nos livrar das nossas misérias e nos elevar à condição de filhos de Deus. Na véspera do Natal, líamos na oração coleta da Missa: vem, Senhor, e não tardes, para que a Tua vinda console e fortaleça os que esperam tudo do Teu Amor [2]. E nada mais natural do que sentir que nos responde, a cada um, como Ananias a Paulo: quid moráris? [3], o que esperas? Peçamos à Virgem Maria e a S. José que tenhamos a permanente urgência de estar com Cristo, de O procurar.

Hoje, dia 1 de janeiro, celebramos a Solenidade da Mãe de Deus, que o Senhor nos deu como nossa Mãe. Ela é o caminho escolhido por Deus Pai para que o Seu Filho unigénito se fizesse homem, por obra do Espírito Santo. A Maria se dirige também a nossa gratidão. Agradecemos-lhe porque, com a sua resposta no momento da Anunciação e com a sua forte e silenciosa presença ao pé da Cruz, nos abriu o caminho da filiação divina. Com palavras de S. Josemaria, dizemos-lhe: Ó Mãe, Mãe! Com essa tua palavra – "fiat" –, tornaste-nos irmãos de Deus e herdeiros da Sua glória. Bendita sejas! [4].

Convoquei um ano mariano no Opus Dei para rezar com toda a Igreja pela próxima Assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos, que será sobre a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo. Queremos, e assim o pedimos de forma veemente a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, que em todo a parte se redescubra o valor insubstituível desta célula fundamental da sociedade. Se os lares cristãos reconhecem e aceitam os desígnios de Deus para eles, podem remediar-se os males que afetam os povos e as nações. 

Cimi repudia declarações da ministra Kátia Abreu


O Conselho Indigenista Missionário manifesta um veemente repúdio às declarações que a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu (PMDB-TO) deu em entrevista publicada neste dia 05 de janeiro de 2015 no Jornal Folha de S. Paulo.

A ministra mais uma vez defende a Proposta de Emenda Constitucional 215/00 e tenta deslegitimar o direito dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais arguindo a tese absurda de que “os índios saíram da floresta e passaram a descer nas áreas de produção”. Uma afirmação tão descabida e desconectada da realidade do nosso país só pode ser fruto de uma total ignorância e de uma profunda má fé.  Quem realmente conhece a história de nosso país sabe que não são os povos indígenas que saíram ou saem das florestas. São os agentes do latifúndio, do ruralismo, do agronegócio que invadem e derrubam as florestas, expulsam e assassinam as populações que nela vivem.

A “rainha da motosserra”, como a ministra da Agricultura também é conhecida, passa inclusive por ridícula ao negar o direito dos povos lembrando que “o Brasil inteiro era deles”. Não é digno de quem foi chamada a ser ministra de Estado do Brasil propagar a ideia caricata de que os povos indígenas estariam reivindicando “o Brasil inteiro”. A Constituição Federal de 1988 garante o direito dos povos indígenas sobreviventes dos seculares massacres às terras tradicionalmente habitadas por eles, como garantia para a sua sobrevivência física e cultural. É no mínimo uma atitude esdrúxula de quem mal assumiu o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento vir a público com insinuações desrespeitosas à Lei Suprema do País. Não satisfeita em atacar, bem no início do “novo” governo Dilma, os povos indígenas, a representante do latifúndio tenta ainda pôr uma “pá de cal” sobre o inexistente processo de reforma agrária no Brasil e esgrime descaradamente a tese de que no Brasil não existiria mais latifúndio. 

Os 7 Sacramentos da Igreja: 1º Sacramento - Batismo

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A CELEBRAÇÃO
DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA
  

1210. Os sacramentos da nova Lei foram instituídos por Cristo e são em número de sete, a saber: o Baptismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimónio. Os sete sacramentos tocam todas as etapas e momentos importantes da vida do cristão: outorgam nascimento e crescimento, cura e missão à vida de fé dos cristãos. Há aqui uma certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual (1).

1211. Seguindo esta analogia, exporemos primeiro os três sacramentos da iniciação cristã (capítulo primeiro), depois os sacramentos de cura (capítulo segundo) e finalmente os que estão ao serviço da comunhão e da missão dos fiéis (capítulo terceiro). Esta ordem não é, certamente, a única possível, mas permite ver que os sacramentos formam um organismo, no qual cada sacramento particular tem o seu lugar vital. Neste organismo, a Eucaristia ocupa um lugar único, como «sacramento dos sacramentos»: «todos os outros sacramentos estão ordenados para este, como para o seu fim» (2).

CAPÍTULO PRIMEIRO

OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ

1212. Através dos sacramentos da iniciação cristã – Baptismo, Confirmação e Eucaristia são lançados os alicerces de toda a vida cristã. «A participação na natureza divina, dada aos homens pela graça de Cristo, comporta uma certa analogia com a origem, crescimento e sustento da vida natural. Nascidos para uma vida nova pelo Baptismo, os fiéis são efectivamente fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e recebem na Eucaristia o Pilo da vida eterna Assim. por estes sacramentos da iniciação cristã, eles recebem cada vez mais riquezas da vida divina e avançam para a perfeição da caridade» (3).

ARTIGO 1

O SACRAMENTO DO BAPTISMO

1213. O santo Baptismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito («vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Baptismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão (4). «Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Baptismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra» (5).

I. Como se chama este sacramento?

1214. Chama-se Baptismo, por causa do rito central com que se realiza: baptizar (baptizeis, em grego) significa «mergulhar», «imergir». A «imersão» na água simboliza a sepultura do catecúmeno na morte de Cristo, de onde sai pela ressurreição com Ele (6) como «nova criatura» (2 Cor 5, 17; Gl 6, 15).

1215. Este sacramento é também chamado «banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo» (Tt 3, 5), porque significa e realiza aquele nascimento da água e do Espírito, sem o qual «ninguém pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5).

1216. «Este banho é chamado iluminação, porque aqueles que recebem este ensinamento [catequético] ficam com o espírito iluminado...» (7). Tendo recebido no Baptismo o Verbo, «luz verdadeira que ilumina todo o homem» (Jo 1, 9), o baptizado, «depois de ter sido iluminado» (8), tornou-se «filho da luz» (9) e ele próprio «luz» (Ef 5, 8):

«O Baptismo é o mais belo e magnífico dos dons de Deus [...] Chamamos-lhe dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo e tudo o que há de mais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que não trazem nada: graça, porque é dado mesmo aos culpados: baptismo, porque o pecado é sepultado nas águas; unção, porque é sagrado e régio (como aqueles que são ungidos); iluminação, porque é luz irradiante; veste, porque cobre a nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é sinal do senhorio de Deus» (10).

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Angelus com o Papa na Festa da Epifania (2015)


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Terça-feira, 6 de janeiro de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Boa festa!

Na noite de Natal, meditamos a corrida à gruta de Belém de alguns pastores pertencentes ao povo de Israel; hoje, solenidade da Epifania, fazemos memória da chegada dos Magos, que chegaram do Oriente para adorar o recém-nascido Rei dos Judeus e Salvador universal e lhe oferecer presentes simbólicos. Com o seu gesto de adoração, os Magos testemunham que Jesus veio à terra para salvar não somente um povo, mas todos os povos. Portanto, na festa de hoje o nosso olhar se alarga ao horizonte do mundo inteiro para celebrar a “manifestação” do Senhor a todos os povos, isso é, a manifestação do amor e da salvação universal de Deus. Ele não reserva o seu amor a alguns privilegiados, mas o oferece a todos. Como de todos é o Criador e o Pai, assim de todos quer ser o Salvador. Por isso, somos chamados a alimentar sempre grande confiança e esperança nos confrontos de cada pessoa e da sua salvação: também aqueles que nos parecem distantes do Senhor são seguidos – ou melhor, “perseguidos” – pelo seu amor apaixonado, pelo seu amor fiel e também humilde. Porque o amor de Deus é humilde, tão humilde!

A passagem evangélica dos Magos descreve a sua viagem do Oriente como uma viagem da alma, como um caminho rumo ao encontro com Cristo. Esses são atentos aos sinais que indicam a presença; são incansáveis em enfrentar as dificuldades da busca; são corajosos em levar as consequências de vida derivadas do encontro com o Senhor. A vida é esta: a vida cristã é caminhar, mas estando atentos, incansáveis e corajosos. Assim caminha um cristão. Caminhar atento, incansável e corajoso. A experiência dos Magos evoca o caminho de cada homem rumo a Cristo. Como para os magos, também para nós procurar Deus quer dizer caminhar – e como dizia: atento, incansável e corajoso –  olhando para o céu e vendo no sinal visível da estrela o Deus invisível que fala ao nosso coração. A estrela que é capaz de guiar cada homem a Jesus é a Palavra de Deus, Palavra que está na Bíblia, nos Evangelhos. A Palavra de Deus é luz que orienta o nosso caminho, nutre a nossa fé e a regenera. É a Palavra de Deus que renova continuamente os nossos corações, as nossas comunidades. Portanto, não esqueçamos de lê-la e meditá-la a cada dia, a fim de que se torne para cada um como uma chama que levamos dentro de nós para iluminar os nossos passos e também aqueles de quem caminha próximo a nós, que talvez luta para encontrar o caminho rumo a Cristo. Sempre com a Palavra de Deus! A Palavra de Deus em mãos: um pequeno Evangelho no bolso, sempre, para lê-lo. Não se esqueçam disso: sempre comigo a Palavra de Deus!

Vaticano lança a campanha #LifeOfWomen nas redes sociais


O tema escolhido pelo cardeal Gianfranco Ravasi para a próxima Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Cultura é “Culturas femininas: igualdade e diferença”. Por este motivo, o dicastério lançou a campanha #LifeOfWomen [Vida das Mulheres] com um vídeo explicativo, em italiano e inglês, disponível no seu canal do YouTube e no seu site.

Inspirando-se na abertura do papa Francisco, o objetivo desta iniciativa, segundo os organizadores, é escutar o parecer das mulheres e aprofundar no papel que elas desempenham atualmente na sociedade, perguntando-lhes sobre os desafios que elas enfrentam, sobre a sua espiritualidade e sobre o fato de serem mulheres.

Homilia do Papa na solenidade da Epifania do Senhor (2015)


HOMILIA
Solenidade da Epifania do Senhor
Basílica Vaticana
Terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Aquele Menino, nascido em Belém da Virgem Maria, não veio só para o povo de Israel, representado pelos pastores de Belém, mas para toda a humanidade, representada neste dia pelos Magos, vindos do Oriente. E é precisamente a propósito dos Magos e do seu caminho à procura do Messias que a Igreja nos convida hoje a meditar e a rezar.

Estes Magos, vindos do Oriente, são os primeiros daquela grande procissão de que nos falou o profeta Isaías na primeira Leitura (cf. 60, 1-6): uma procissão que nunca se interrompeu desde então e que, através de todas as épocas, reconhece a mensagem da estrela e encontra o Menino que nos mostra a ternura de Deus. Há sempre novas pessoas que são iluminadas pela luz da sua estrela, que encontram o caminho e chegam até Ele.

Segundo a tradição, os Magos eram homens sábios: estudiosos dos astros, perscrutadores do céu, num contexto cultural com crenças que atribuíam às estrelas explicações e influxos sobre as vicissitudes humanas. Os Magos representam os homens e as mulheres à procura de Deus nas religiões e nas filosofias do mundo inteiro: uma busca que jamais terá fim.

Os Magos indicam-nos o caminho por onde seguir na nossa vida. Eles procuravam a verdadeira Luz: «Lumen requirunt lumine – diz um hino litúrgico da Epifania, aludindo precisamente à experiência dos Magos – seguindo uma luz, eles buscam a luz». Andavam à procura de Deus. Tendo visto o sinal da estrela, interpretaram-no e puseram-se a caminho, fazendo uma longa viagem.

Foi o Espírito Santo que os chamou e impeliu a pôr-se a caminho; e, neste caminho, terá lugar também o seu encontro pessoal com o verdadeiro Deus.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Índia: cristãos contra a campanha de conversão ao hinduísmo


Chama-se ghar wapsi (“volte pra casa”) a campanha lançada na Índia por extremistas hindus e que até agora resultou na conversão de cerca de 8 mil pessoas que abandonaram a própria fé e abraçaram o hinduísmo. E agora, como relatado pelo The Times of India na primeira página, chega a reação pública dos cristãos no país.

Representantes da Igreja Católica e de outras duas Igrejas protestantes, reunidos numa coletiva de imprensa realizada ontem em Punjab, acusaram o governo de Narendra Modi de "estender um tácito apoio" à iniciativa, promovida pelo movimento radical Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS).

A iniciativa "não faz parte do projeto de governo", comentou Amit Shah, braço direito do presidente Modi. Assim, o partido majoritário, o Bharatiya Janata Party (BJP), negou o patrocínio dessas reconversões. Enquanto isso, os cristãos ameaçam protestos públicos, especialmente após os recentes incidentes de intolerância religiosa. 

PROMAPA realiza o 5º Capítulo Provincial Ordinário Eletivo em Belém do Pará


O Ministro Provincial da Província Nossa Senhora do Carmo, Frei Deusivan Santos Conceição através de Carta Circular emitida em 4 de outubro, convocou todos os frades de Votos Perpétuos  a se fazerem  presente no 5º Capítulo Provincial Ordinário Eletivo a se realizar nos dias 19 a 23 de janeiro de 2015. O Capítulo será presidido pelo Conselheiro Geral, frei Sérgio Marcelo Dal Moro, na cidade de Belém do Pará.

O Capítulo Provincial Ordinário se realiza a cada três anos, para o grande público ter uma ideia aproximada, em parte um Capítulo Provincial é comparável ao Congresso eletivo de um Partido, mas o objetivo principal do Capítulo é eleger um Ministro Provincial e quatro Conselheiros (dentre os quais é eleito o Vigário Provincial, pelo próprio Capítulo) para o triênio que começa imediatamente a seguir ao encerramento do Capítulo. É igualmente missão do Capítulo refletir e decidir sobre as principais questões e opções a serem tomadas para toda a Província no próximo triênio.

A seguir ao Capítulo, o Ministro Provincial eleito escolherá um Secretário Provincial e um Ecônomo Provincial. E somente após contato prévio do Ministro Provincial com cada frade de voto perpétuo, o novo Governo Provincial constitui as novas Fraternidades (distribuição dos frades pelas casas) e nomeia os seus respetivos Guardiães ou principais responsáveis das mesmas, nos diversos lugares onde os Capuchinhos estão presentes no Maranhão, Pará e Amapá. 

“Permaneçam no meu amor” é o tema da visita do Papa Francisco ao Sri Lanka


O Arcebispo de Colombo (Sri Lanka), Cardeal Malcolm Ranjith, anunciou o lema para a visita do Papa Francisco ao país, que acontecerá entre os dias 13 e 15 de janeiro deste ano.

Em declarações à Rádio Vaticano, o Cardeal Malcolm Ranjith revelou que o tema eleito é “Permaneçam no meu amor”, palavras de Jesus extraídas do Evangelho de São João.

O Arcebispo de Colombo assegurou que “Estamos muito felizes com a presença do Santo Padre em nossa terra. Consideramos isso uma honra e um grande encorajamento para a Igreja em Sri Lanka”.

“Os preparativos estão indo adiante sem obstáculos, no campo espiritual e organizacional. Esperamos o pontífice com alegria e o receberemos como um hóspede muito querido”, disse.

O Cardeal indicou que o tema para a visita apostólica do Papa é expressão de seu pontificado, e destacou que “no Sri Lanka vivemos em um tempo no qual a Igreja está chamada a testemunhar uma mensagem de paz, amor e reconciliação”.

Comissão disponibiliza materiais para a CF 2015


O lançamento oficial da Campanha da Fraternidade 2015 será no dia 18 de fevereiro, às 10h30, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. Para auxiliar na vivência e divulgação da Campanha nas dioceses, paróquias e comunidades, a Comissão Executiva da CF 2015 disponibiliza materiais para serem baixados, entre eles o cartaz, textos formativos, hino e partitura, oração e apresentações. Confira aqui. 

Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a  Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Papa anuncia consistório para criação de novos cardeais


O Papa Francisco anunciou neste domingo, 4, um consistório para a criação de novos cardeais, que será realizado no dia 14 de fevereiro. Na ocasião, serão criados 15 cardeais eleitores, provenientes de 14 países, que “manifestam a indissociável ligação entre a Igreja de Roma e as Igrejas particulares”, afirmou o Santo Padre.

O consistório será realizado após um encontro com todo o Colégio Cardinalício, sobre a reforma da Cúria Romana, nos dias 12 e 13 de fevereiro.

Esse será o segundo consistório do Pontificado de Francisco. O primeiro aconteceu no dia 22 de fevereiro de 2014, com a criação de 19 cardeais, dos quais, 16 eleitores. LINK

Confira os nomes dos novos cardeais eleitores:

1 – Mons. Dominique Mamberti, Arcebispo titular de Sagona, prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica

2 – Mons. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Patriarca de Lisboa (Portugal)

3 – Mons. Berhaneyesus Demerew Souraphiel, C.M., Arcebispo de Addis Abeba (Etiópia)

4 – Mons. John Atcherley Dew, Arcebispo de Wellington (Nova Zelândia)

5 – Mons. Edoardo Menichelli, Arcebispo de Ancona-Osimo (Itália)

6 – Mons. Pierre Nguyên Văn Nhon, Arcebispo de Hanóid (Vietnã)

7 – Mons. Alberto Suárez Inda, Arcebispo de Morelia (México)

8 – Mons. Charles Maung Bo, S.D.B., Arcebispo de Yangon (Myanmar)

9 – Mons. Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij, Arcebispo de Bangkok (Tailândia)

10 – Mons. Francesco Montenegro, Arcebispo de Agrigento (Itália)

11 – Mons. Daniel Fernando Sturla Berhouet, S.D.B., Arcebispo de Montevidéu (Uruguai)

12 – Mons. Ricardo Blázquez Pérez, Arcebispo de Valladolid (Espanha)

13 – Mons. José Luis Lacunza Maestrojuán , O.A.R., Bispo de David (Panamá)

14 – Mons. Arlindo Gomes Furtado, Bispo de Santiago de Cabo Verde (Capo Verde)

15 – Mons. Soane Patita Paini Mafi, Bispo de Tonga (Ilhas de Tonga)

Francisco também irá criar cardeais cinco arcebispos eméritos, sem direito a voto em Conclave, que se destacaram pela caridade pastoral no serviço da Santa Sé e à Igreja.

“Eles representam tantos bispos que, com a mesma solicitude de pastores, deram testemunho de amor a Cristo e ao Povo de Deus seja nas Igrejas particulares, seja na Cúria Romana, assim como no Serviço Diplomático da Santa Sé”, destacou.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Saiba quais serão as atividades mais importantes na vida da Igreja em 2015


Um novo ano acaba de começar e com este uma série de atividades e aniversários na vida da Igreja Universal, que comemorou ontem, dia 1º de janeiro, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.

Em primeiro lugar é preciso destacar que o ano de 2015 está dedicado à Vida Consagrada, decisão anunciada pelo Papa Francisco em 29 de novembro de 2013 ao final do encontro com a União de Superiores Gerais, assim –informou a Rádio Vaticano-, espera-se que o Santo Padre publique uma nova Constituição Apostólica sobre a vida contemplativa depois da Sponsa Christi promulgada pelo Papa Pio XII em 1950.

O Santo Padre terá em janeiro a sua primeira viagem do ano. Os destinos serão: Sri Lanka entre os dias 12 e 15 de janeiro e as Filipinas de 15 a 19 de janeiro. Depois, em setembro, o Papa viajará à Filadélfia (Estados Unidos) para participar do Encontro Mundial das Famílias. 

Será que vem aí uma nova encíclica (e novas polêmicas) do papa Francisco?

Jornal diz que texto vai abordar a mudança climática, 
mas Vaticano ainda não se pronunciou

A mudança climática tratada como tema na próxima encíclica do papa Francisco pode gerar novas controvérsias no seio da Igreja, de acordo com um artigo publicado ontem no jornal britânico “The Guardian”.

O jornal diz que a primeira encíclica verdadeiramente de Francisco deverá ser lançada no primeiro semestre de 2015 e relacionará a "ecologia humana" com as preocupações ambientais, a fim de influenciar uma crucial reunião da ONU sobre o clima, prevista para acontecer em Paris no segundo semestre. Os países membros esperam concluir vinte anos de negociações nesse encontro da ONU e assinar um compromisso universal para reduzir as emissões de poluentes.

Em seu artigo, “The Guardian” cita o bispo argentino dom Marcelo Sanchez Sorondo, chanceler da Pontifícia Academia das Ciências: recentemente, em um discurso em Londres, ele declarou que o papa espera influenciar a reunião da ONU para "conscientizar todas as pessoas sobre a situação do nosso clima e sobre a tragédia da exclusão social".

O Vaticano até agora não deu nenhuma pista de que a encíclica vá abordar de fato as mudanças climáticas; o que foi informado é que a "ecologia humana" será um dos temas centrais.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A Festa da Alegria das Nações


A Epifania ( manifestação ) cumpre o sentido pleno da Encarnação e do Natal, Jesus oferece a sua salvação a todos os povos. As Nações são convidadas ao ágape da alegria, que celebra o encontro com o Esperado e Desejado por todas as culturas, na busca de verdade e realização das aspirações mais humanas. Na figura emblemática dos sábios de Oriente, estamos todos representados, o ser humano na sua diversidade étnica, cronológica e civilizatória.

Os nomes e os atributos procedentes da iconografia tradicional (elaborada segundo os parâmetros da época, na qual se pensava que o homem mais antigo era o caucásico) dos magos revela isso: Gaspar branco, indo-europeu e ancião representa os povos da Europa, Melquior de estirpe semita de meia idade os povos do Oriente, finalmente, da raça negra, o mais jovem representa o Continente africano (hoje, de acordo aos dados arqueológicos Baltasar seria o ancião).

Os presentes oferecidos a Jesus também tem um significado especial: o ouro representa a realeza do Menino Deus é hoje a caridade com queremos corresponder a Jesus, a mirra simboliza já sua missão redentora de dar a vida por nós, e hoje nossos sacrifícios para agradar o Senhor, finalmente o incenso, a condição divina do Menino recém nascido e hoje a nossa oração feita com todo o coração. 

Papa envia mensagem por ocasião dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro


Mensagem do Papa Francisco
pelo aniversário de 450 anos do Rio de Janeiro

É com grande alegria que me dirijo a vocês, às vésperas do Ano Novo, que marcará o início das comemorações pelos 450 anos de fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, para saudar, numa tão feliz circunstância, o amado povo carioca, que me recebeu de braços abertos por ocasião da Jornada Mundial da Juventude de 2013, e acender o novo sistema de iluminação da Estátua do Cristo, como fez o Beato Papa Paulo VI há cinquenta anos, simbolizando a luz que o Senhor quer acender nas nossas vidas.

Quatrocentos e cinquenta anos já representam uma venerável história; a história de um povo corajoso e alegre que nunca se deixou abater pelas dificuldades, a exemplo de seu santo padroeiro, o Mártir romano Sebastião, que mesmo depois de ter sido alvejado por flechas e dado como morto, não deixou de dar testemunho de Cristo aos seus contemporâneos; a história de uma cidade que desde o seu nascimento esteve marcada pela fé. Querido povo carioca: «crê em Deus, e Ele cuidará de ti; endireita os teus caminhos e espera n’Ele. Conserva o seu temor, e n’Ele envelhecerás» (Eclo 2,6)!

Hoje, se pudéssemos nos colocar na perspectiva do Cristo Redentor, que do alto do Corcovado domina a geografia da cidade, o que é que nos saltaria aos olhos? Sem dúvida, em primeiro lugar, a beleza natural que justifica seu título de Cidade Maravilhosa; porém, é inegável que, do alto do Corcovado, percebemos igualmente as contradições que mancham esta beleza. Por um lado, o contraste gerado por grandes desigualdades sociais: opulência e miséria, injustiças, violência... Por outro, temos o que poderíamos chamar de cidades invisíveis, grupos ou territórios humanos que possuem registros culturais particulares. Às vezes parece que existem várias cidades, cuja coexistência nem sempre é fácil numa realidade multicultural e complexa. Mas, diante deste quadro, não percamos a esperança! Deus habita na cidade! Deus habita na cidade! Jesus, o Redentor, não ignora as necessidades e sofrimentos de quantos estão aqui na terra! Seus braços abertos nos convidam a superar estas divisões e construir uma cidade unida pela solidariedade, justiça e paz. 

Líder islâmico aprova a linha adotada pelo papa Francisco


Os esforços do papa Francisco pela paz e pelo bem da humanidade "devem ser ouvidos e apoiados por todos os seres humanos, sem distinção de religião ou de crença. De modo específico, eu convido os meus irmãos e fiéis muçulmanos a ouvirem e compreenderem as palavras do pontífice: elas devem ser seguidas se quisermos derrotar o terrorismo", declarou o dirigente do Conselho de Imãs das Filipinas, Ebra M. Moxsir Al-Haj, durante uma entrevista no programa de televisão "Conheça a Verdade", que vai ao ar no início de janeiro de 2015, no contexto da visita do papa Francisco ao país (AsiaNews, 29 de dezembro).

Apelos sinceros do papa

O líder islâmico é também capelão das forças policiais nacionais nas Filipinas. Durante a entrevista, ele “abriu as portas” do país para o papa Francisco: "Nós temos que dar as nossas sinceras boas-vindas ao pontífice e apoiar os seus apelos pela cooperação inter-religiosa. Francisco nos exorta a caracterizar as relações entre as religiões com a sinceridade e com a boa vontade: este é o único caminho para a verdadeira paz. Eu apoio com vigor a posição do papa contra o extremismo, que não pode ser impedido por nada, a não ser pela paz entre as religiões".

Condenação do terrorismo

Esta é a primeira manifestação firme contra o terrorismo adotada por uma autoridade islâmica depois do apelo feito pelo papa Francisco no voo de regresso da Turquia. Na ocasião, o pontífice tinha pedido abertamente a "todos os líderes islâmicos" que condenassem os atos de terrorismo "porque será de ajuda para a maioria das pessoas islâmicas ouvir [essa condenação] da boca dos seus líderes religiosos, políticos, acadêmicos, intelectuais. Todos nós precisamos que seja feita uma condenação mundial. Os muçulmanos que têm a sua identidade precisam dizer: nós não somos isso, o alcorão não é isso" (BBC, 29 de novembro).

O Estado Islâmico não é o islã

Ishak Kizilaslan, imã da mesquita de Sultanahmet, conhecida como a Mesquita Azul de Istambul, transmitiu uma mensagem em sintonia com a fala do papa: "O islã é paz. A própria palavra ‘islã’ significa paz e submissão", disse ele pouco antes da chegada do papa Francisco à Turquia. Para Kizilaslan, os meios de comunicação ocidentais passam uma imagem errada do islã ao identificá-lo com as atrocidades cometidas por grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI), ativo no Iraque e na Síria. "Mas eles não representam o mundo islâmico". O EI, afirmou a autoridade muçulmana, "não está agindo por causa de objetivos religiosos", mas por causa de "questões fundamentalmente políticas" (Adnkronos, 27 de novembro). 

Encontro Mundial das Famílias abre inscrições


Com o tema "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva", o Encontro Mundial das Famílias acontecerá na Filadélfia, de 22 a 25 de setembro próximo. As famílias e grupos de peregrinos que desejam participar do evento, com o papa Francisco, já podem se inscrever pelo site oficial.

O Encontro Mundial contará com dois grandes Congressos, sendo um para adultos e o outro para jovens entre 6 e 17 anos. Serão oferecidos programas interativos para os jovens, buscando favorecer reflexões sobre a missão de amor em uma família.

A expectativa da organização é receber 15 mil delegados de mais de 150 nações. Cerca de 100 palestrantes de diferentes partes do mundo irão contribuir com o debate dos temas. De acordo com o arcebispo do Filadélfia, dom Charles J. Chaput, o Encontro Mundial das Famílias será uma oportunidade de debater questões da família, buscando oferecer caminhos pastorais para enfrentar as dificuldades da vida familiar.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Papa no primeiro Angelus de 2015: 'A oração é a raiz da paz'


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Quinta-feira, 01 de janeiro de 2015

Queridos irmãos e irmãs, bom dia e feliz ano novo!

Neste primeiro dia do ano, no clima de alegria - embora frio - do Natal, a Igreja nos convida a fixar o olhar de fé e amor na Mãe de Jesus. Nela, humilde mulher de Nazaré, “o Verbo se fez carne e habitou entre nós"(Jo 1,14). Por isso, é impossível separar a contemplação de Jesus, o Verbo da vida que se tornou visível e tangível (cf. 1 Jo 1.1), da contemplação de Maria, que lhe deu seu amor e sua carne humana.

Hoje ouvimos as palavras do apóstolo Paulo: "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher" (Gl 4,4). Aquele "nascido de mulher", diz de forma essencial, e portanto, ainda mais forte, a verdadeira humanidade do Filho de Deus. Como afirma um Padre da Igreja, santo Atanásio: “o nosso Salvador foi verdadeiramente homem e disso veio a salvação para toda a humanidade” (Carta a Epiteto: PG 26).

Mas São Paulo também acrescenta: "nascido sob a lei" (Gl 4,4). Com essa expressão enfatiza que Cristo assumiu a condição humana libertando-a da fechada mentalidade legalista. A lei, de fato, privada da graça, se torna um peso insuportável, e em vez de fazer-nos bem nos faz mal. Jesus dizia: “O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado. Eis então o motivo pelo qual Deus manda o seu Filho sobre a terra para tornar-se homem: uma finalidade de libertação, mais ainda, de regeneração. De libertação “para resgatar aqueles que estavam sob a lei” (v. 5); e o resgate aconteceu com a morte de Cristo na cruz. Mas, especialmente, de regeneração: “para que recebêssemos a adoção de filhos” (v. 5). Incorporados Nele, os homens tornam-se verdadeiramente filhos de Deus. Esta passagem maravilhosa acontece em nós com o Batismo, que nos enxerta como membros vivos em Cristo e nos atrai para a sua Igreja. 

Homilia do Papa Francisco na Solenidade de Maria, Mãe de Deus (2015)


HOMILIA
Santa Missa na Solenidade de Maria Santíssima,
Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz
Basílica Vaticana
Quinta-feira, 1º de janeiro de 2015


Hoje voltam à mente as palavras com que Isabel pronunciou a sua bênção sobre a Virgem Santa: «Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?» (Lc 1,42-43).

Esta bênção está em continuidade com a bênção sacerdotal que Deus sugerira a Moisés para que a transmitisse a Aarão e a todo o povo: «O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz» (Nm 6,24-26). Ao celebrara solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, a Igreja recorda-nos que Maria é a primeira destinatária desta bênção. N’Ela tem a sua realização perfeita: na verdade, mais nenhuma criatura viu brilhar sobre si a face de Deus como Maria, que deu uma face humana ao Verbo eterno, para que todos nós O pudéssemos contemplar.

E, para além de contemplar a face de Deus, podemos também louvá-Lo e glorificá-Lo como os pastores, que regressaram de Belém com um cântico de agradecimento depois de ter visto o Menino e a sua jovem mãe (cf. Lc 2, 16). Estavam juntos, como juntos estiveram no Calvário, porque Cristo e sua Mãe são inseparáveis: há entre ambos uma relação estreitíssima, como aliás entre cada filho e sua mãe. A carne de Cristo – que é charneira da nossa salvação (Tertuliano) – foi tecida no ventre de Maria (cf. Sal 139/138,13). Tal inseparabilidade é significada também pelo facto de Maria, escolhida para ser Mãe do Redentor, ter compartilhado intimamente toda a sua missão, permanecendo junto do Filho até ao fim no calvário.

Maria está assim tão unida a Jesus, porque recebeu d’Ele o conhecimento do coração, o conhecimento da fé, alimentada pela experiência materna e pela união íntima com o seu Filho. A Virgem Santa é a mulher de fé, que deu lugar a Deus no seu coração, nos seus projectos; é a crente capaz de individuar no dom do Filho a chegada daque la«plenitude do tempo» (Gl 4,4) na qual Deus, escolhendo o caminho humilde da existência humana, entrou pessoalmente no sulco da história da salvação. Por isso, não se pode compreender Jesus sem a sua Mãe.