terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Os 7 Sacramentos da Igreja: 7º Sacramento - Matrimônio

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A CELEBRAÇÃO
DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA

ARTIGO 7

O SACRAMENTO DO MATRIMÓNIO

1601. «O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os baptizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento» (93) .

I. O matrimónio no desígnio de Deus

1602. A Sagrada Escritura começa pela criação do homem e da mulher, à imagem e semelhança de Deus (94), e termina com a visão das «núpcias do Cordeiro» (Ap 19, 9) (95). Do princípio ao fim, a Escritura fala do matrimónio e do seu «mistério», da sua instituição e do sentido que Deus lhe deu, da sua origem e da sua finalidade, das suas diversas realizações ao longo da história da salvação, das suas dificuldades nascidas do pecado e da sua renovação «no Senhor» (1 Cor 7, 39), na Nova Aliança de Cristo e da Igreja (96).

O MATRIMÓNIO NA ORDEM DA CRIAÇÃO

1603. «A íntima comunidade da vida e do amor conjugal foi fundada pelo Criador e dotada de leis próprias [...]. O próprio Deus é o autor do matrimónio» (97). A vocação para o matrimónio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, tais como saíram das mãos do Criador. O matrimónio não é uma instituição puramente humana, apesar das numerosas variações a que esteve sujeito no decorrer dos séculos, nas diferentes culturas, estruturas sociais e atitudes espirituais. Tais diversidades não devem fazer esquecer os traços comuns e permanentes. Muito embora a dignidade desta instituição nem sempre e nem por toda a parte transpareça com a mesma clareza (98), existe, no entanto, em todas as culturas, um certo sentido da grandeza da união matrimonial. Porque «a saúde da pessoa e da sociedade está estreitamente ligada a uma situação feliz da comunidade conjugal e familiar» (99).

1604. Deus, que criou o homem por amor, também o chamou ao amor, vocação fundamental e inata de todo o ser humano. Porque o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (100) que é amor (1 Jo 4, 8.16). Tendo-os Deus criado homem e mulher, o amor mútuo dos dois torna-se imagem do amor absoluto e indefectível com que Deus ama o homem. É bom, muito bom, aos olhos do Criador (101). E este amor, que Deus abençoa, está destinado a ser fecundo e a realizar-se na obra comum do cuidado da criação: «Deus abençoou-os e disse-lhes: "Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a"» (Gn 1, 28).

1605. Que o homem e a mulher tenham sido criados um para o outro, afirma-o a Sagrada Escritura: «Não é bom que o homem esteja só» (Gn 2, 18). A mulher, «carne da sua carne» (102), isto é, sua igual, a criatura mais parecida com ele, é-lhe dada por Deus como uma ,auxiliar» (103), representando assim aquele «Deus que é o nosso auxílio» (104). «Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher: e os dois serão uma só carne» (Gn 2, 24). Que isto significa uma unidade indefectível das duas vidas, o próprio Senhor o mostra, ao lembrar qual foi, «no princípio», o desígnio do Criador (105): «Portanto, já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19, 6).

O MATRIMÓNIO SOB O REGIME DO PECADO

1606. Todo o homem faz a experiência do mal, à sua volta e em si mesmo. Esta experiência faz-se também sentir nas relações entre o homem e a mulher. Desde sempre, a união de ambos foi ameaçada pela discórdia, o espírito de domínio, a infidelidade, o ciúme e conflitos capazes de ir até ao ódio e à ruptura. Esta desordem pode manifestar-se de um modo mais ou menos agudo e ser mais ou menos ultrapassada, conforme as culturas, as épocas, os indivíduos. Mas parece, sem dúvida, ter um carácter universal.

1607. Segundo a fé, esta desordem, que dolorosamente comprovamos, não procede da natureza do homem e da mulher, nem da natureza das suas relações, mas do pecado. Ruptura com Deus, o primeiro pecado teve como primeira consequência a ruptura da comunhão original do homem e da mulher. As suas relações são distorcidas por acusações recíprocas (106); a atracção mútua, dom próprio do Criador (107), converte-se em relação de domínio e de cupidez (108): a esplêndida vocação do homem e da mulher para serem fecundos, multiplicarem-se e submeterem a terra (109) fica sujeita às dores do parto e do ganha-pão (110).

1608. No entanto, a ordem da criação subsiste, apesar de gravemente perturbada. Para curar as feridas do pecado, o homem e a mulher precisam da ajuda da graça que Deus, na sua misericórdia infinita, nunca lhes recusou (111). Sem esta ajuda, o homem e a mulher não podem chegar a realizar a união das suas vidas para a qual Deus os criou «no princípio».

O MATRIMÓNIO SOB A PEDAGOGIA DA LEI

1609. Na sua misericórdia, Deus não abandonou o homem pecador. As penas que se seguiram ao pecado, «as dores do parto» (112), o trabalho «com o suor do rosto» (Gn 3, 19), constituem também remédios que reduzem os malefícios do pecado. Depois da queda, o matrimónio ajuda a superar o auto-isolamento, o egoísmo, a busca do próprio prazer, e a abrir-se ao outro, à mútua ajuda, ao dom de si.

1610. A consciência moral relativamente à unidade e indissolubilidade do matrimónio desenvolveu-se sob a pedagogia da antiga Lei. A poligamia dos patriarcas e dos reis ainda não é explicitamente rejeitada. No entanto, a Lei dada a Moisés visa proteger a mulher contra um domínio arbitrário por parte do homem, ainda que a mesma Lei comporte também, segundo a palavra do Senhor, vestígios da «dureza do coração» do homem, em razão da qual Moisés permitiu o repúdio da mulher (113).

1611. Ao verem a Aliança de Deus com Israel sob a imagem dum amor conjugal, exclusivo e fiel (114), os profetas prepararam a consciência do povo eleito para uma inteligência aprofundada da unicidade e indissolubilidade do matrimónio (115). Os livros de Rute e de Tobias dão testemunhos comoventes do elevado sentido do matrimónio, da fidelidade e da ternura dos esposos. E a Tradição viu sempre no Cântico dos Cânticos uma expressão única do amor humano, enquanto reflexo do amor de Deus, amor «forte como a morte», que «nem as águas caudalosas conseguem apagar» (Ct 8, 6-7).

O MATRIMÓNIO NO SENHOR

1612. A aliança nupcial entre Deus e o seu povo Israel tinha preparado a Aliança nova e eterna, pela qual o Filho de Deus, encarnando e dando a sua vida, uniu a Si, de certo modo, toda a humanidade por Ele salva (116), preparando assim as «núpcias do Cordeiro» (117).

1613. No umbral da sua vida pública, Jesus realiza o seu primeiro sinal –a pedido da sua Mãe – por ocasião duma festa de casamento (118). A Igreja atribui uma grande importância à presença de Jesus nas bodas de Caná. Ela vê nesse facto a confirmação da bondade do matrimónio e o anúncio de que, doravante, o matrimónio seria um sinal eficaz da presença de Cristo.

1614. Na sua pregação, Jesus ensinou sem equívocos o sentido original da união do homem e da mulher, tal como o Criador a quis no princípio: a permissão de repudiar a sua mulher, dada por Moisés, era uma concessão à dureza do coração (119): a união matrimonial do homem e da mulher é indissolúvel: foi o próprio Deus que a estabeleceu: «Não separe, pois, o homem o que Deus uniu» (Mt 19, 6).

1615. Esta insistência inequívoca na indissolubilidade do vínculo matrimonial pôde criar perplexidade e aparecer como uma exigência impraticável (120). No entanto, Jesus não impôs aos esposos um fardo impossível de levar e pesado demais (121), mais pesado que a Lei de Moisés. Tendo vindo restabelecer a ordem original da criação, perturbada pelo pecado, Ele próprio dá a força e a graça de viver o matrimónio na dimensão nova do Reino de Deus. É seguindo a Cristo, na renúncia a si próprios e tornando a sua cruz (122), que os esposos poderão «compreender» (123) o sentido original do matrimónio e vivê-lo com a ajuda de Cristo. Esta graça do Matrimónio cristão é fruto da cruz de Cristo, fonte de toda a vida cristã.

1616. É o que o Apóstolo Paulo nos dá a entender, quando diz: «Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, a fim de a santificar» (Ef 5, 25-26): e acrescenta imediatamente: «"Por isso o homem deixará o pai e a mãe para se unir à sua mulher e serão os dois uma só carne". É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 31-32).

1617. Toda a vida cristã tem a marca do amor esponsal entre Cristo e a Igreja. Já o Baptismo, entrada no povo de Deus, é um mistério nupcial: é, por assim dizer, o banho de núpcias (124) que precede o banquete das bodas, a Eucaristia. O Matrimónio cristão, por sua vez, torna-se sinal eficaz, sacramento da aliança de Cristo com a Igreja. E uma vez que significa e comunica a graça desta aliança, o Matrimónio entre baptizados é um verdadeiro sacramento da Nova Aliança (125).

A VIRGINDADE POR AMOR DO REINO

1618. Cristo é o centro de toda a vida cristã. A união com Ele prevalece sobre todas as outras, quer se trate de laços familiares, quer sociais (126). Desde o princípio da Igreja, houve homens e mulheres que renunciaram ao grande bem do matrimónio, para seguirem o Cordeiro aonde quer que Ele vá (127), para cuidarem das coisas do Senhor, para procurarem agradar-Lhe para saírem ao encontro do Esposo que vem (128). O próprio Cristo convidou alguns a seguirem-n'O neste modo de vida, de que Ele é o modelo:

«Há eunucos que nasceram assim do seio materno; há os que foram feitos eunucos pelos homens; e há os que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder entender, entenda!» (Mt 19, 12).

1619. A virgindade por amor do Reino dos céus é um desenvolvimento da graça baptismal, um sinal poderoso da preeminência da união com Cristo e da espera fervorosa do seu regresso, um sinal que lembra também que o matrimónio é uma realidade do tempo presente, que é passageiro (130).

1620. Quer, o sacramento do Matrimónio, quer a virgindade por amor do Reino de Deus, vêm do próprio Senhor. É Ele que lhes dá sentido e concede a graça indispensável para serem vividos em conformidade com a sua vontade (131). A estima pela virgindade por amor do Reino (132) e o sentido cristão do matrimónio são inseparáveis e favorecem-se mutuamente:

«Denegrir o Matrimónio é, ao mesmo tempo, diminuir a glória da virgindade: enaltecê-lo é realçar a admiração devida à virgindade [...] Porque, no fim de contas, o que só em comparação com um mal parece bom, não pode ser um verdadeiro bem: mas o que ainda é melhor do que bens incontestados, esse é que é o bem por excelência» (133)

La Croce: um novo jornal que não terá medo de causar escândalo


A partir de 13 de janeiro de 2015, os leitores italianos vão encontrar nas bancas uma nova voz. Uma voz que, para citar o seu fundador Mario Adinolfi, "não cantará junto com o coro e irá contra toda mistificação". E não sofrerá de falta de coragem: num momento histórico que não tem nada de cor-de-rosa para os pequenos editores, o jornal “La Croce” [“A Cruz”] decidiu renunciar ao financiamento público e embarcar nesta aventura sem ter por trás nenhum rico empreendedor. É um sinal de confiança no futuro; de confiança no fato de que um número crescente de leitores está cansado dos "mitos do progresso" em questões como o aborto, a eutanásia, a teoria de gênero e os chamados "novos direitos". “La Croce” vai desafiar esses "mitos" propondo "uma cultura da vida e da família". E não só isso: todos os dias, o jornal abarcará toda a realidade, da política à economia, da cultura ao esporte.

Na véspera da estreia nas bancas, Adinolfi apresenta o “La Croce” para ZENIT.


ZENIT: Vamos começar com o que eu chamo de “escolha corajosa”: o que motivou você a se lançar nesta aventura sem financiamento público e sem grandes grupos por trás?

Adinolfi: A necessidade de fazer desse jeito. Eu escrevi um pequeno livro, “Voglio la mamma” [“Eu quero a minha mãe”], para um público de poucas centenas de amigos. De repente, descobri que muitas pessoas queriam falar dos temas-tabu que eu tinha encarado no livro, do ponto de vista que eu tinha proposto. Milhares, dezenas de milhares de pessoas se reuniram comigo numa turnê massacrante de 125 reuniões em oito meses, que, no fundo, foram só para repetir em conjunto que nós temos algo a dizer sobre os temas essenciais do nascer, do amar e do morrer. Queremos falar "contra os mitos do progresso", como o aborto, a eutanásia, a paternidade ou maternidade homossexual, a ideologia de gênero, e dizer que somos a favor da cultura da vida e da família, sempre em apoio dos mais frágeis e realmente carentes de direitos. Não aceitamos a visão antropológica de quem quer transformar as pessoas em coisas: os filhos em objetos de compra e venda, as mulheres em barrigas que podem ser alugadas, os idosos e os doentes em produtos deteriorados que devem ser eliminados, os ainda não nascidos em produtos invisíveis que podem ser jogados fora ou usados para fazer experimentações.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Je suis Hipócrita


Este será apenas um breve comentário sobre o terrível massacre ocorrido na França. Antes de mais nada, quero deixar registrado que condeno os terríveis ataques perpetrados por radicais islâmicos ao pasquim francês "Charlie Hebdo". Faço questão de deixar isso bem claro antes mesmo de comentar, para evitar possíveis problemas ocasionados justamente pelos mesmos motivos que pretendo denunciar em meu comentário a seguir.

Pois bem, como sabemos, os líderes (criadores/diretores e cartunistas) de um "jornal" francês foram brutalmente assassinados por radicais islâmicos na última quarta-feira (07 de janeiro), gerando indignação em todo o mundo. Para solidarizar-se com as vítimas da tragédia, uma das principais formas difundidas em todo o mundo é a exibição de cartazes com os dizeres "je suis Charlie" (todos somos Charlie). Após expressar minha tristeza e indignação diante da barbárie em si (o brutal assassinato dos integrantes do Charlie Hebdo), quero também deixar claro que - e penso que todos os católicos deveriam fazer o mesmo - "não sou Charlie Hebdo", isto é, não me identifico, não os represento e tampouco sou representado por eles! O motivo pelo qual digo isso? Simples: o pasquim Charlie Hebdo é, na realidade, um jornaleco que tem como principal "diferencial" atacar gratuitamente aos outros sob pretexto da tal "liberdade de expressão". Seus ataques visam, sobretudo, a religião - e "mais sobretudo ainda" a religião católica". Para eles, quanto mais desrespeitosas fossem suas publicações, mais "engraçadas" elas seriam.

O massacre de Charlie Hebdo: combatemos por algo maior do que nós


Muito já se falou a respeito do horrível atentado que a redação da Charlie Hebdo sofreuontem em Paris. No meio de uma infinidade de comentários (para dizer o mínimo) superficiais que inundaram os nossos meios de comunicação, gostaria de fazer um apanhado daquilo que considero mais relevante sobre o assunto.

A primeira coisa que acho importante desmistificar é essa necessidade doentia – socialmente exigida e, em alguns casos, até mesmo auto-imposta – de se “tomar partido”, de preferência o mais rápida e veementemente possível. Ora, não nos é necessário, absolutamente, escolher um lado entre os dois que se chocaram, ontem, na capital francesa! Sem dúvidas a comoção é enorme e, por conta disso, é razoável que o raciocínio se nos embote um pouco; contudo, é preciso resistir, e caminhar com bastante cuidado.

Porque, no afã de condenar a chacina estúpida, corre-se o risco de chancelar o deboche religioso que era a marca registrada da revista francesa. Não, nós não defendemos uma liberdade de expressão absoluta e intocável – que inclua o direito de agredir, ofender, escarnecer. Por outro lado, ao repudiar o escárnio da Charlie Hebdo, arriscamo-nos a justificar o assassinato cometido pelos terroristas. Não, nós não defendemos um direito de exterminar os que nos desagradam – segundo o qual os ofendidos possam sentenciar à morte e executar por conta própria os seus ofensores.

Aquilo que a revista se notabilizou por fazer não é humor nem liberdade de expressão, e sim agressão gratuita. Aquilo que os criminosos fizeram ontem em Paris não foi justiça nem defesa legítima, e sim violência absurda. Não é preciso achar lindo o que faziam os cartunistas assassinados para condenar com ardor o seu assassinato. Não é preciso considerar heróis os terroristas para rechaçar com vigor as charges cretinas que a revista satírica veiculava. Não aceitamos a blasfêmia. Mas tampouco aceitemos que a blasfêmia seja punida por particulares – muito menos com a morte.

Cerca de 2000 pessoas poderiam ter sido assassinadas pelos extremistas do Boko Haram na Nigéria


Fontes do governo da Nigéria denunciaram que o grupo extremista islâmico Boko Haram atacou 16 regiões da cidade nortenha de Baga, incendiando moradias e assassinando os habitantes que não conseguiram fugir, por isso se teme que sejam mais de dois mil mortos.

Conforme informou a BBC, Musa Alhaji Bukar Kukawa, chefe do governo local, “assinalou que os atacantes incendiaram a maior parte do lugar acrescentando que até 2.000 pessoas poderiam ter morrido no primeiro ataque ocorrido no sábado passado”.

Milhares de pessoas fugiram para Maiduguri, a capital do estado de Borno, e outras para o Chad. Entretanto, teme-se que o número de mortos aumente já que segundo relatórios “muitas pessoas se afogaram quando tentavam cruzar o lago Chad”.

Filipinos se preparam para visita do Papa Francisco com intensas orações


O Papa Francisco volta para Ásia cinco meses depois de sua visita à Coréia do Sul, nesta ocasião o Papa visitará Sri Lanka e Filipinas de 12 a 19 de janeiro, onde os fiéis lhe esperam com grande devoção e –no caso dos filipinos-, com orações intensas.

“Filipinos que nestes dias retornaram de seu país disseram-me ontem à noite que nestas semanas tem havido uma intensa oração uníssona em preparação para a visita do Papa”, explicou o Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, em declarações ao jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano.

“Sabemos que os filipinos estão presentes em muitos países da Ásia, América e Europa, portanto, são muitas as potencialidades de evangelização por parte das Filipinas, o importante é que a Igreja neste país acolha esta mensagem e este impulso dado pelo Papa Francisco para ser uma Igreja em saída: uma Igreja que sente a missão de evangelização e de anúncio do Evangelho”, acrescentou. 

Discurso do Papa ao corpo diplomático junto à Santa Sé


DISCURSO
Audiência com o corpo diplomático creditado
junto à Santa Sé para a apresentação dos votos para o Ano Novo
Sala Régia do Palácio Apostólico
Segunda-feira, 12 de janeiro de 2014


Excelências, Senhoras e Senhores!

Obrigado pela vossa presença neste habitual encontro que me permite, no início de cada novo ano, dirigir a vós, às vossas famílias e aos povos que representais uma cordial saudação com votos de todo o bem. Um sentimento de particular gratidão desejo manifestar ao Decano, senhor Jean-Claude Michel, pelas amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos, bem como a cada um de vós pelo empenho constante que pondes em favorecer e incrementar, com espírito de mútua colaboração, as relações entre os vossos países e as organizações internacionais por vós representados e a Santa Sé. No decurso do último ano, tais relações puderam consolidar-se quer pelo aumento da presença de Embaixadores residentes em Roma, quer através da assinatura de novos Acordos bilaterais de carácter geral, como o acordo assinado em Janeiro passado com os Camarões, e de Convenções específicas, como as subscritas com Malta e a Sérvia.

Hoje, desejo fazer ressoar fortemente uma palavra que nos é muito cara: paz! Esta chega até nós pela voz da multidão angélica, que a anuncia na noite de Natal (cf. Lc 2, 14) como dom precioso de Deus e, ao mesmo tempo, no-la indica como responsabilidade pessoal e social que nos deve encontrar solícitos e operosos. Mas, ao lado da paz, o presépio fala-nos doutra realidade dramática: a rejeição. Nalgumas representações iconográficas tanto do Ocidente como do Oriente – penso, por exemplo, no esplêndido ícone da Natividade de Andrej Rublëv –, o Menino Jesus não aparece reclinado num berço, mas deposto num sepulcro. A imagem, que pretende associar as duas festas cristãs principais – o Natal e a Páscoa –, mostra que, a par da jubilosa recepção motivada pelo novo nascimento, existe todo o drama do desprezo e rejeição até à morte na cruz de que foi objecto Jesus.

Os próprios relatos do Natal mostram-nos o coração duro da humanidade, que sente dificuldade em receber o Menino. Logo desde o princípio, também Ele é descartado, deixado fora ao frio, forçado a nascer num estábulo, porque não havia lugar na hospedaria (cf. Lc 2, 7). E, se assim foi tratado o Filho de Deus, ainda pior o são muitos dos nossos irmãos e irmãs. Há uma índole da rejeição que nos assemelha e que induz a olhar o próximo, não como um irmão a acolher, mas como alguém deixado fora do nosso horizonte de vida pessoal, transformando-o antes num concorrente, num súbdito a dominar. Trata-se duma mentalidade geradora daquela cultura do descarte que não poupa nada e ninguém, desde as criaturas irracionais aos seres humanos e até ao próprio Deus. De tal cultura nasce uma humanidade ferida, continuamente dilacerada por tensões e conflitos de toda a espécie.

Exemplo disso mesmo, nos relatos evangélicos da infância, é o rei Herodes, que, sentindo a sua autoridade ameaçada pelo Menino Jesus, manda matar todos os meninos de Belém. Isto faz imediatamente acudir ao pensamento o Paquistão, onde há um mês foram trucidadas, com ferocidade inaudita, mais de cem crianças. Às suas famílias, desejo renovar as minhas condolências pessoais e a certeza da minha oração por tantos inocentes que perderam a vida.

Os 7 Sacramentos da Igreja: 6º Sacramento - Ordem

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A CELEBRAÇÃO
DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA

CAPÍTULO TERCEIRO

OS SACRAMENTOS AO SERVIÇO DA COMUNHÃO

1533. O Baptismo, a Confirmação e a Eucaristia são os sacramentos da iniciação cristã. São o fundamento da vocação comum de todos os discípulos de Cristo – vocação à santidade e à missão de evangelizar o mundo. E conferem as graças necessárias para a vida segundo o Espírito, nesta existência de peregrinos em marcha para a Pátria.

1534. Dois outros sacramentos, a Ordem e o Matrimónio, são ordenados para a salvação de outrem. Se contribuem também para a salvação pessoal, é através do serviço aos outros que o fazem. Conferem uma missão particular na Igreja, e servem a edificação do povo de Deus.

1535. Nestes sacramentos, aqueles que já foram consagrados pelo Baptismo e pela Confirmação (1) para o sacerdócio comum de todos os fiéis, podem receber consagrações particulares. Os que recebem o sacramento da Ordem são consagrados para serem, em nome de Cristo, «com a palavra e a graça de Deus, os pastores da igreja» (2). Por seu lado, «os esposos cristãos são fortalecidos e como que consagrados por meio de um sacramento especial em ordem ao digno cumprimento dos deveres do seu estado» (3).

ARTIGO 6

O SACRAMENTO DA ORDEM

1536. A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos: é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. E compreende três graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconado.

[Sobre a instituição e a missão do ministério apostólico por Cristo ver os números 874-896. Aqui apenas se trata da via sacramental pela qual se transmite este ministério].

 I. Porquê este nome de sacramento da Ordem?

1537. A palavra Ordem, na antiguidade romana, designava corpos constituídos no sentido civil, sobretudo o corpo dos que governavam, Ordinatio designa a integração num ordo. Na Igreja existem corpos constituídos, que a Tradição, não sem fundamento na Sagrada Escritura (4), designa, desde tempos antigos, com o nome de táxeis (em grego), ordines (em latim): a liturgia fala assim do ordo episcoporum – ordem dos bispos –,do ordo presbyterorum - ordem dos presbíteros – e do ordo diaconorum –ordem dos diáconos. Há outros grupos que também recebem este nome de ordo: os catecúmenos, as virgens, os esposos, as viúvas...

1538. A integração num destes corpos da Igreja fazia-se através dum rito chamado ordinatio, acto religioso e litúrgico que era uma consagração, uma bênção ou um sacramento. Hoje, a palavra ordinatio é reservada ao acto sacramental que integra na ordem dos bispos, dos presbíteros e dos diáconos, e que ultrapassa a simples eleição, designação, delegação ou instituição pela comunidade, pois confere um dom do Espírito Santo que permite o exercício dum «poder sagrado» (sacra potestas) (5) que só pode vir do próprio Cristo, pela sua Igreja. A ordenação também é chamada consecratio consagração –, porque é um pôr à parte e uma investidura feita pelo próprio Cristo para a sua Igreja. A imposição das mãos do bispo, com a oração consecratória, constituem o sinal visível desta consagração.

II. O sacramento da Ordem na economia da salvação

O SACERDÓCIO DA ANTIGA ALIANÇA

1539. O povo eleito foi constituído por Deus como «um reino de sacerdotes e uma nação consagrada» (Ex 19, 6) (6). Mas, dentro do povo de Israel, Deus escolheu uma das doze tribos, a de Levi, segregada para o serviço litúrgico (7) o próprio Deus é a sua parte na herança (8). Um rito próprio consagrou as origens do sacerdócio da Antiga Aliança (9). Nela, os sacerdotes são «constituídos em favor dos homens, nas coisas respeitantes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados» (10).

1540. Instituído para anunciar a Palavra de Deus (11) e para restabelecer a comunhão com Deus pelos sacrifícios e a oração, aquele sacerdócio é, no entanto, impotente para operar a salvação, precisando de repetir sem cessar os sacrifícios, sem poder alcançar uma santificação definitiva (12)  a qual só o sacrifício de Cristo havia de conseguir.

1541. Apesar disso, no sacerdócio de Aarão e no serviço dos levitas, assim como na instituição dos setenta «Anciãos» (13), a liturgia da Igreja vê prefigurações do ministério ordenado da Nova Aliança. Assim, no rito latino, a Igreja pede, na oração consecratória da ordenação dos bispos:

«Senhor Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo [...] por vossa palavra e vosso dom instituístes a Igreja com as suas normas fundamentais, eternamente predestinastes a geração dos justos que havia de nascer de Abraão, estabelecestes príncipes e sacerdotes, e não deixastes sem ministério o vosso santuário...» (14).

1542. Na ordenação dos presbíteros, a Igreja reza:

«Senhor, Pai santo, [...] já na Antiga Aliança se desenvolveram funções sagradas que eram sinais do sacramento novo. A Moisés e a Aarão, que pusestes à frente do povo para o conduzirem e santificarem, associastes como seus colaboradores outros homens também escolhidos por Vós. No deserto, comunicastes o espírito de Moisés a setenta homens prudentes, com o auxílio dos quais ele governou mais facilmente o vosso povo. Do mesmo modo, as graças abundantes concedidas a Aarão. Vós as transmitistes a seus filhos, a fim de não faltarem sacerdotes, segundo a Lei, para oferecer os sacrifícios do templo, sombra dos bens futuros...» (15).

1543. E na oração consecratória para a ordenação dos diáconos, a Igreja confessa:

«Senhor, Pai santo, [...] é o novo templo que se edifica quando estabeleceis os três graus dos ministros sagrados para servirem ao vosso nome, como já na primeira Aliança escolhestes os filhos de Levi, para o serviço do templo antigo» (16).

O SACERDÓCIO ÚNICO DE CRISTO

1544. Todas as prefigurações do sacerdócio da Antiga Aliança encontram a sua realização em Jesus Cristo, «único mediador entre Deus e os homens» (1 Tm 2, 5). Melquisedec, «sacerdote do Deus Altíssimo» (Gn 14, 18), é considerado pela Tradição cristã como uma prefiguração do sacerdócio de Cristo, único «Sumo-Sacerdote segundo a ordem de Melquisedec» (Heb 5, l0; 6, 20), «santo, inocente, sem mancha» (Heb 7, 26), que «com uma única oblação, tornou perfeitos para sempre os que foram santificados» (Heb 10, 14), isto é, pelo único sacrifício da sua cruz.

1545. O sacrifício redentor de Cristo é único, realizado uma vez por todas. E no entanto, é tornado presente no sacrifício eucarístico da Igreja. O mesmo se diga do sacerdócio único de Cristo, que é tornado presente pelo sacerdócio ministerial, sem diminuição da unicidade do sacerdócio de Cristo: «e por isso, só Cristo é verdadeiro sacerdote, sendo os outros seus ministros» (17). 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Por que não sou Charlie Hebdo - Je ne suis pas Charlie


Nada justifica o massacre na redação do jornal Charlie Hebdo, mas algumas generalizações e relativizações na cabeça da sociedade são tão perigosas quanto kalashnikovs na mão de fundamentalistas.

O caso Charlie Hebdo levantou grandes discussões. Há politicos, instituições, governos, jornalistas e comentaristas de facebook de todas as estirpes falando sobre o assunto em tribunas, periódicos e mesas de bar. Todos são unanimes em condenar a brutalidade dos ataques, porém as divergências de opinião são maiores do que as concordâncias.

Enquanto muitos discursos falam sobre o perigo da amplificação do ódio contra comunidades muçulmanas na França e ao redor do mundo, não faltam aqueles que de pronto condenem a “selvageria e brutalidade” da religião islâmica e dos povos árabes, engrossando as fileiras de fundamentalistas nacionalistas que organizam marchas xenófobas contra a “islamização da europa”, a favor das intervenções militares criminosas dos estados ricos do Ocidente nos países do Oriente Médio e África e respaldando o racismo que tornou possível e aceitavel a longa série de políticas coloniais e práticas exploratórias que sustentaram a economia e poder da França desde que esta se tornou um Estado-Nação.

Entretanto, não quero falar agora sobre as divergências de opinião, e sim sobre o consenso, expresso no slogan “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), que inundou as redes sociais e capas de jornais ao redor do planeta. O slogan é atrelado à ideia de que o que ocorreu ontem na França implica um atentado contra a liberdade de imprensa e valores democráticos ocidentais; implica dizer que toda imprensa é livre pra publicar irresponsavelmente qualquer conteúdo; implica dizer que o direito de zombar de uma religião é o mesmo que lutar pelo estado laico; e implica, principalmente, que o ataque foi simplesmente resultado do extremismo (ou da falta de senso de humor) religioso diante de uma critica “ácida e sagaz”, excetuando-se todo o contexto de marginalização e discriminação da comunidade muçulmana na França. Principalmente, implica ignorar à que se propõe e quais os efeitos dessas charges no contexto político-ideológico de um país com níveis alarmantes de racismo.

O argumento mais comum que encontrei nas redes sociais e comentários de jornais on-line é o de que o Charlie Hebdo fazia charges ofensivas sobre todas as religiões, e que portanto, se cristãos conseguem ver charges com Jesus e levar como uma piada, então muçulmanos também deveriam. Esse é um argumento raso porque coloca no mesmo patamar a situação das comunidades muçulmanas e das comunidades cristãs na Europa, ao mesmo tempo que reforça a ideia de superioridade ocidental racionalista. É o mesmo simplismo de quem diz que chamar um branco de “palmito” tem o mesmo peso de chamar um negro de “macaco”. Não é só uma piada.

Ano da Vida Consagrada


De novembro de 2014 a fevereiro de 2016, a Igreja celebra o Ano da Vida Consagrada, com o tema “Vida Consagrada na Igreja hoje: Evangelho, Profecia e Esperança”.

Segundo o Santo Padre, o Papa Francisco, os consagrados “são homens e mulheres que podem acordar o mundo. A vida consagrada é uma profecia”. Profecia no sentido de transformar todas as realidades estéreis e áridas sob o olhar fecundo e terno de Deus. Anunciar o Reino de Deus e experimentá-lo; anunciar os valores do Reino, os valores futuros que esse Reino traz.

Os religiosos, com a riqueza de seus Carismas, edificam toda a vida espiritual e pastoral da Igreja. Basta pensar no enorme trabalho que eles desenvolvem nas diversas áreas de promoção humana: hospitais, asilos, casas de repouso, orfanatos, centros de recuperação de tóxicos dependentes e todo o campo socioeducativo, colaborando para que a Igreja desempenhe sua missão de Esposa fiel a Cristo e de comunidade de Salvação no mundo inteiro. O Papa Francisco também destacou o papel dos religiosos no âmbito da educação, tanto nas escolas como nas universidades, realçando a importância de se “transmitir conhecimento, transmitir formas de fazer e transmitir valores. Através destes pilares, se transmite a fé. O educador deve estar à altura das pessoas que educa, e interrogar-se sobre como anunciar Jesus Cristo a uma geração que está mudando”.

Para viver intensamente o Ano da Vida Consagrada, o Papa traçou três objetivos: “olhar para o passado com gratidão, viver o presente com paixão e abraçar o futuro com esperança”. Isso ajuda o consagrado a viver a confirmação de que Deus pode encher a vida de alegria e fermentar, ainda mais, a “espiritualidade da comunhão”.

A intolerância dos terroristas e a intolerância dos humoristas blasfemos


Os telejornais estão dando grande destaque ao ataque ocorrido na última quarta-feira em Paris, em que terroristas mataram 12 pessoas no escritório da revista Charlie Hebdo, deixando outras quatro gravemente feridas. A reação da sociedade está em geral está sendo desastrosamente equivocada. Não tem bonzinho nessa história! São quatro níveis de joselitagem:

Joselitos nível júnior – são aqueles que envolvem os vitimados numa aura de nobreza e heroísmo;

Joselitos nível sênior – tentam botar a culpa da tragédia nas próprias vítimas, dizendo que não deveriam ter “ofendido o Islã” (sobre isso, leiam o artigo de Leandro Narloch);

Joselitos nível master - querem jogar a culpa da tragédia em todas as religiões como um todo (é aquele velho papinho idiota de John Lennon de que o mundo só terá paz se não houver religião);

Joselitos nível “acredito em coelho da Páscoa” – são pessoas de espírito inocente, que engoliram fácil a estratégia da mídia esquerdista de mostrar os muçulmanos “pacíficos” que vivem na Europa como as grandes vítima desse atentado, pois agora os coitadinhos serão ainda mais perseguidos pelos europeus malvados islamofóbicos…

A seguir, vamos descer a ripa em toda essa joselitagem. Não há qualquer justificativa para os terroristas bárbaros, e nem tampouco os infelizes cartunistas blasfemos viraram heróis só porque morreram.

Fundamentalismo religioso, não! Fundamentalismo Islâmico.

Foi patético ver no Jornal Nacional o depoimento de famosos cartunistas brasileiros, que falaram em “crime de intolerância religiosa”, “fundamentalismo religioso” e outras frases covardes que podem espirrar de modo totalmente injusto e leviano para todas as outras religiões. Fundamentalismo religioso, não, meus senhores! FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO. Mas, depois da chacina em Paris, quem vai querer dar nome aos bois, não é mesmo?

O pior é aquela galera que, para toda e qualquer desgraça que acontece no mundo, dá um jeito de falar mal da Igreja Católica. A perna da miss-bumbum infeccionou por causa do hidrogel? “Culpa da Igreja opressora e machista!” Terroristas islâmicos fuzilaram cartunistas blasfemos? “Não é culpa da Igreja, mas bem poderia ter sido, porque no Antigo Testamento tá escrito que os hebreus deveriam matar os outros povos!”. Única resposta razoável: retardado, tu já viu algum cristão explodir ou fuzilar blasfemos? 


Como bem disse o professor de História William Botazzini: “Se um cristão fosse matar todo mundo que zomba de seus costumes e de sua fé… ele se tornaria o maior serial killer da história”.

A blasfêmia contra a Igreja e o Cristo pulula em toda parte. As bizonhas do Fêmen, a Lady Gaga, exposições de “arte” e os atores aquela peça de teatro furreca ali na esquina blasfemam livremente, e ainda ganham a fama de “ousados”. Que ousadia pode haver na covardia e no clichê? Nesse sentido, é emblemática a declaração do comediante Fábio Porchat ao jornal Estadão: “A gente tem batido em coisas que, na verdade, merecem apanhar. (…) Eu, por exemplo, não faço piada com Alá e Maomé, porque não quero morrer! Não quero que explodam a minha casa só por isso (risos)”.

O Porta dos Fundos, aliás, faz vídeos escabrosos atacando a fé cristã, mas quando o assunto é islamismo eles pegam bem levinho! Fizeram apenas um vídeo bem fofo sobre a burca, sem qualquer tom de afronta. Quem nos dera que eles fizessem piadas com o cristianismo nesse nível! Ou seja, no fundo, até aqueles que mais odeiam a Igreja Católica sabem que o catolicismo é a verdadeira religião da paz. Espertinhos, hein?

Islamofobia: só os ingênuos caem nesse papo


Acompanhando a repercussão da tragédia entre meus amigos católicos, percebi que muitos deles caíram no papinho de vitimização dos muçulmanos que vivem na Europa. A mídia esquerdizada está conseguindo mudar o foco do problema – que é “como o Ocidente pode se defender da jihad?” – para o mimimi da tal islamofobia.

Amigos, abram o olho! Que chongas de islamofobia é essa que permite que os muçulmanos construam centenas de mesquitas por toda a Europa, enquanto os cristãos (católicos, ortodoxos e protestantes) sofrem terríveis violências em quase todos os países de maioria muçulmana? E mesmo nos países onde a vida dos cristãos pode ser bastante tranquila – como na Arábia Saudita – estes não têm nem mesmo o direito de andar com um crucifixo no pescoço!

Vamos falar em reciprocidade? Roma abriga a maior mesquita na Europa. Ok… E será que os muçulmanos permitiriam que construíssemos uma catedral em Meca?

Então, que fique claro: AS VÍTIMAS AQUI SÃO OS MEMBROS DA CIVILIZAÇÃO CRISTÃ. Membros que são católicos, ortodoxos, protestantes, ateus… Esses é que estão encurralados. Se queremos sobreviver, não caiamos nesse trololó de “ain… e agora, a islamofobia?”. Rélôoooooou, quem está sofrendo violência, afinal?

Os 7 Sacramentos da Igreja: 5º Sacramento - Unção dos Enfermos

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A CELEBRAÇÃO
DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA

ARTIGO 4

A UNÇÃO DOS ENFERMOS

1499. «Pela santa Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, toda a Igreja encomenda os doentes ao Senhor, sofredor e glorificado, para que os alivie e os salve: mais ainda, exorta-os a que, associando-se livremente à paixão e morte de Cristo, concorram para o bem do povo de Deus» (95).

I. Os seus fundamentos na economia da salvação

A DOENÇA NA VIDA HUMANA

1500. A doença e o sofrimento estiveram sempre entre os problemas mais graves que afligem a vida humana. Na doença, o homem experimenta a sua incapacidade, os seus limites, a sua finitude. Qualquer enfermidade pode fazer-nos entrever a morte.

1501. A doença pode levar à angústia, ao fechar-se em si mesmo e até, por vezes, ao desespero e à revolta contra Deus. Mas também pode tornar uma pessoa mais amadurecida, ajudá-la a discernir, na sua vida, o que não é essencial para se voltar para o que o é. Muitas vezes, a doença leva à busca de Deus, a um regresso a Ele.

O DOENTE PERANTE DEUS

1502. O homem do Antigo Testamento vive a doença à face de Deus. É diante de Deus que desafoga o seu lamento pela doença que lhe sobreveio (97) e é d'Ele. Senhor da vida e da morte, que implora a cura (98). A doença torna-se caminho de conversão (99) e o perdão de Deus dá início à cura (100). Israel faz a experiência de que a doença está, de modo misterioso, ligada ao pecado e ao mal, e de que a fidelidade a Deus em conformidade com a sua Lei restitui a vida: «porque Eu, o Senhor, é que sou o teu médico» (Ex 15, 26). O profeta entrevê que o sofrimento pode ter também um sentido redentor pelos pecados dos outros (101). Finalmente, Isaías anuncia que Deus fará vir para Sião um tempo em que perdoará todas as faltas e curará todas as doenças (102).

CRISTO-MÉDICO

1503. A compaixão de Cristo para com os doentes e as suas numerosas curas de enfermos de toda a espécie (103) são um sinal claro de que «Deus visitou o seu povo» (104) e de que o Reino de Deus está próximo. Jesus tem poder não somente para curar, mas também para perdoar os pecados (105): veio curar o homem na sua totalidade, alma e corpo: é o médico de que os doentes precisam (106). A sua compaixão para com todos os que sofrem vai ao ponto de identificar-Se com eles: «Estive doente e visitastes-Me» (Mt 25, 36). O seu amor de predilecção para com os enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção particular dos cristãos para aqueles que sofrem no corpo ou na alma. Ele está na origem de incansáveis esforços para os aliviar.

1504. Frequentemente, Jesus pede aos doentes que acreditem (107). Serve-se de sinais para curar: saliva e imposição das mãos (108), lodo e lavagem (109). Por seu lado, os doentes procuram tocar-Lhe (110), «porque saía d'Ele uma força que a todos curava» (Lc 6, 19). Por isso, nos sacramentos, Cristo continua a «tocar-nos» para nos curar.

1505. Comovido por tanto sofrimento, Cristo não só Se deixa tocar pelos doentes, como também faz suas as misérias deles: «Tomou sobre Si as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças» (Mt 8, 17) (111). Ele não curou todos os doentes. As curas que fazia eram sinais da vinda do Reino de Deus. Anunciavam uma cura mais radical: a vitória sobre o pecado e sobre a morte, mediante a sua Páscoa. Na cruz, Cristo tomou sobre Si todo o peso do mal (112) e tirou «o pecado do mundo» (Jo 1, 29), do qual a doença não é mais que uma consequência. Pela sua paixão e morte na cruz. Cristo deu novo sentido ao sofrimento: desde então este pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora.

«CURAI OS ENFERMOS...»

1506. Cristo convida os discípulos a seguirem-no, tomando a sua cruz (113). Seguindo-O, eles adquirem uma nova visão da doença e dos doentes. Jesus associa-os à sua vida pobre e servidora. Fá-los participar no seu ministério de compaixão e de cura: E eles «partiram e pregaram que era preciso cada um arrepender-se. Expulsavam muitos demónios, ungiam com óleo numerosos doentes, e curavam-nos» (Mc 6, 12-13).

1507. O Senhor ressuscitado renova esta missão («em Meu nome... hão-de impor as mãos aos doentes, e estes ficarão curados»: Mc 16, 1 7-18) e confirma-a por meio dos sinais que a Igreja realiza invocando o seu nome (114). Estes sinais manifestam de modo especial, que Jesus é verdadeiramente «Deus que salva» (115).

1508. O Espírito Santo confere a alguns o carisma especial de poderem curar (116) para manifestar a força da graça do Ressuscitado. Todavia, nem as orações mais fervorosas obtêm sempre a cura de todas as doenças. Assim, São Paulo deve aprender do Senhor que «a minha graça te basta: pois na fraqueza é que a minha força actua plenamente» (2 Cor 12, 9), e que os sofrimentos a suportar podem ter como sentido que «eu complete na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo, que é a Igreja» (Cl 1, 24).

1509. «Curai os enfermos!» (Mt 10, 8). A Igreja recebeu este encargo do Senhor e procura cumpri-lo, tanto pelos cuidados que dispensa aos doentes, como pela oração de intercessão com que os acompanha. Ela "crê na presença vivificante de Cristo, médico das almas e dos corpos, presença que age particularmente através dos sacramentos e de modo muito especial da Eucaristia, pão que dá a vida eterna (117) e cuja ligação com a saúde corporal é insinuada por São Paulo (118).

1510. Entretanto, a Igreja dos Apóstolos conhece um rito próprio em favor dos enfermos, atestado por São Tiago: «Alguém de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará; e, se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados» (Ts; 5, 14-15). A Tradição reconheceu neste rito um dos sete sacramentos da Igreja (119).

UM SACRAMENTO DOS ENFERMOS

1511. A Igreja crê e confessa que, entre os sete sacramentos, há um, especialmente destinado a reconfortar os que se encontram sob a provação da doença: a Unção dos enfermos:

«Esta santa unção dos enfermos foi instituída por Cristo nosso Senhor como sacramento do Novo Testamento, verdadeira e propriamente dito, insinuado por São Marcos (120), mas recomendado aos fiéis e promulgado por São Tiago, apóstolo e irmão do Senhor» (121).

1512. Na tradição litúrgica, tanto no Oriente como no Ocidente, temos, desde os tempos antigos, testemunhos de unções de doentes praticadas com óleo benzido. No decorrer dos séculos, a Unção dos enfermos começou a ser conferida cada vez mais exclusivamente aos que estavam prestes a morrer. Por causa disso, fora-lhe dado o nome de «Extrema-Unção». Porém, apesar dessa evolução, a liturgia nunca deixou de pedir ao Senhor pelo doente, para que recuperasse a saúde, se tal fosse conveniente para a sua salvação

1513. A Constituição Apostólica «Sacram Unctionem Infirmorum», de 30 de Novembro de 1972, na sequência do II Concílio do Vaticano (123), estabeleceu que, a partir de então, se observasse o seguinte no rito romano:

«O sacramento da Unção dos Enfermos é conferido aos que se encontram enfermos com a vida em perigo, ungindo-os na fronte e nas mãos com óleo de oliveira ou, segundo as circunstância, com outro óleo de origem vegetal, devidamente benzido, proferindo uma só vez, as palavras: "Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos"» (124).

sábado, 10 de janeiro de 2015

Os 7 Sacramentos da Igreja: 4º Sacramento - Penitência e Reconciliação

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A CELEBRAÇÃO
DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA

CAPÍTULO SEGUNDO

OS SACRAMENTOS DE CURA

1420. Pelos sacramentos da iniciação cristã, o homem recebe a vida nova de Cristo. Ora, esta vida, nós trazemo-la «em vasos de barro». Por enquanto, ela está ainda «oculta com Cristo em Deus» (Cl 3, 3). Vivemos ainda na «nossa morada terrena» (1), sujeita ao sofrimento à doença e à morte. A vida nova de filhos de Deus pode ser enfraquecida e até perdida pelo pecado.

1421. O Senhor Jesus Cristo, médico das nossas almas e dos nossos corpos, que perdoou os pecados ao paralítico e lhe restituiu a saúde do corpo (2) quis que a sua Igreja continuasse, com a força do Espírito Santo, a sua obra de cura e de salvação, mesmo para com os seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramente da Penitência e o da Unção dos enfermos.

ARTIGO 4

O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO

1422. «Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja, que tinham ferido com o seu pecado, a qual, pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão» (3).

I. Como se chama este sacramento?

1423. É chamado sacramento da conversão, porque realiza sacramentalmente o apelo de Jesus à conversão (4) e o esforço de regressar à casa do Pai (5) da qual o pecador se afastou pelo pecado.

É chamado sacramento da Penitência, porque consagra uma caminhada pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação por parte do cristão pecador.

1424. É chamado sacramento da confissão, porque o reconhecimento, a confissão dos pecados perante o sacerdote é um elemento essencial deste sacramento. Num sentido profundo, este sacramento é também uma «confissão», reconhecimento e louvor da santidade de Deus e da sua misericórdia para com o homem pecador.

E chamado sacramento do perdão, porque, pela absolvição sacramental do sacerdote. Deus concede ao penitente «o perdão e a paz» (6).

E chamado sacramento da Reconciliação, porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia: «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20). Aquele que vive do amor misericordioso de Deus está pronto para responder ao apelo do Senhor: «Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão» (Mt 5, 24).

II. Porquê, um sacramento de Reconciliação depois do Baptismo?

1425. «Vós fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus» (1 Cor 6, 11). Precisamos de tomar consciência da grandeza do dom de Deus que nos foi concedido nos sacramentos da iniciação cristã, para nos apercebermos de até que ponto o pecado é algo de inadmissível para aquele que foi revestido de Cristo (7). Mas o apóstolo São João diz também: «Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós» (1 Jo 1, 8). E o próprio Senhor nos ensinou a rezar: «Perdoai-nos as nossas ofensas» (Lc 11, 4 ), relacionando o perdão mútuo das nossas ofensas com o perdão que Deus concederá aos nossos pecados.

1426. A conversão a Cristo, o novo nascimento do Baptismo, o dom do Espírito Santo, o corpo e sangue de Cristo recebidos em alimento, tornaram-nos «santos e imaculados na sua presença» (Ef 1, 4), tal como a própria Igreja, esposa de Cristo, é «santa e imaculada na sua presença» (Ef 5, 27). No entanto, a vida nova recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação para o pecado, a que a tradição chama concupiscência, a qual persiste nos baptizados, a fim de que prestem as suas provas no combate da vida cristã, ajudados pela graça de Cristo (8). Este combate é o da conversão, em vista da santidade e da vida eterna, a que o Senhor não se cansa de nos chamar (9). 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Homilética: Festa do Batismo do Senhor (Ano B): "O Pai manifesta a missão do Filho".


A Festa do Batismo do Senhor, celebrada no Domingo depois da Epifania, encerra o ciclo das Festas da Manifestação do Senhor, o ciclo de Natal. Comemoramos o Batismo de Jesus, por São João Batista, nas águas do rio Jordão. Sem ter mancha alguma que purificar, Jesus quis submeter-se a esse rito, tal como se submetera às demais observâncias legais que também não o obrigavam.

O Senhor desejou ser batizado, diz Santo Agostinho, “para proclamar com a sua humildade o que para nós era uma necessidade”. Com o Batismo de Jesus, ficou preparado o Batismo cristão, diretamente instituído por Jesus Cristo e imposto por Ele como lei universal, no dia da sua Ascensão: Todo poder me foi dado no céu e na terra, dirá o Senhor; ide, pois, ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 18-19).

O dia em que fomos batizados foi o mais importante da nossa vida, pois nele recebemos a fé e a graça. Antes de recebermos o batismo, todos nós nos encontrávamos com a porta do Céu fechada e sem nenhuma possibilidade de dar o menor fruto sobrenatural.

Devemos agradecer a Deus a Graça do Batismo. Agradecer que nos tenha purificado a alma da mancha do pecado original, bem como de qualquer outro pecado que tivéssemos naquele momento. A água batismal significa e atualiza de um modo real o que é evocado pela água natural: a limpeza e a purificação de toda a mancha e impureza.

“Graças ao sacramento do Batismo tu te converteste em templo do Espírito Santo: não te passe pela cabeça – exorta São Leão Magno – afugentar com as tuas más ações um hóspede tão nobre, nem voltar a submeter-te à servidão do demônio, porque o teu preço é o sangue de Cristo.”

Na Igreja, ninguém é um cristão isolado. A partir do Batismo, o cristão passa a fazer parte de um povo, e a Igreja apresenta-se como a verdadeira família dos filhos de Deus. O Batismo é a porta por onde se entra na Igreja.

“E na Igreja, precisamente pelo Batismo, somo todos chamados à santidade” (LG 11 e 42), cada um no seu próprio estado e condição. A chamada à santidade e a conseqüente exigência de santificação pessoal são universais: todos, sacerdotes e leigos, estamos chamados à santidade; e todos recebemos, com o Batismo as primícias dessa vida espiritual que, por sua própria natureza, tende à plenitude. É importante lembrar o caráter sacramental do Batismo “um certo sinal espiritual e indelével” impresso na alma no momento (Dz, 852). É como um selo que exprime o domínio de Cristo sobre a alma do batizado. Cristo tomou posse da nossa alma no momento em que fomos batizados. Ele nos resgatou do pecado com a sua Paixão e Morte.

Com estas considerações, é fácil compreender porque é de desejar que as crianças recebam logo o Batismo. Desde cedo a Igreja pediu aos pais que batizassem os seus filhos o quanto antes. É uma demonstração prática de fé. Não é um atentado contra a liberdade da criança, da mesma forma que não foi uma ofensa dar-lhe a vida natural, nem alimentá-la, limpá-la, curá-la, quando ela própria não podia pedir esses bens. Pelo contrário, a criança tem direito a receber essa graça. No Batismo está em jogo um bem infinitamente maior do que qualquer outro: a Graça e a Fé; talvez a salvação eterna. Só por ignorância e por uma fé adormecida se pode explicar que muitas crianças sejam privadas pelos seus próprios pais, já cristãos, do maior dom da sua vida.

Também nós fomos marcados pelo Espírito Santo. No Batismo, Ele derramou-se sobre nós. Fomos chamados a viver segundo o Espírito. Isto significa um ato de fé na presença atuante do Espírito Santo em nós. Implica uma disponibilidade para deixar-se conduzir por ele a fim de realizar uma missão como a de Cristo.

Quando realmente acaba o período do Natal?

No dia 1º de janeiro? Na epifania? 
Na festa da candelária? Talvez a resposta lhe surpreenda

Todos sabem que o Natal começa na noite do dia 24 de dezembro. Mas você sabe quando termina o período do Natal para os católicos?

Qual destas opções você acha ser a correta?

(  ) 26 de dezembro
(  ) 1º de janeiro
(  ) 6 de janeiro (Epifania)
(  ) 2 de fevereiro (Candelária)
(  ) Todas as anteriores
(  ) Nenhuma das anteriores

Muitos acham que o período do Natal acaba no dia 2 de fevereiro, na festa da Candelária. Celebrada 40 dias após o Natal, esta data era tradicionalmente o fim oficial do período natalino. Mas este período, ainda que continue sendo observado na forma extraordinária (do rito latino), já não é um período litúrgico no rito ordinário (ainda que, no Vaticano, por exemplo, os enfeites de Natal sejam mantidos até esse dia, N. do E.).

Isso não tira a importância da festa da Candelária, que recorda a purificação de Maria e a apresentação de Jesus no templo. O nome “candelária” deriva da referência de Simeão a Jesus como luz dos povos.

Então, será que o Natal acaba no dia 1º de janeiro? Sendo este dia o último da Oitava de Natal, e dado que cada dia da Oitava de Natal é celebrado como o dia do Natal, faz sentido que o período natalino termine no dia 1º de janeiro, solenidade da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus. Porém, ainda que a festa do Natal acabe nesse dia, o período do Natal continua.

Será, então, na Epifania (6 de janeiro – ou domingo entre os dias 2 e 8 de janeiro), referindo-se à adoração dos Reis Magos? A revisão de 1969 do calendário romano geral deixou a festa da Epifania como parte do período natalino. Então, esta resposta também é incorreta.

A única alternativa correta é: “nenhuma das anteriores”.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Papa pede orações pelas vítimas do atentado de Paris


Três homens armados entraram nesta quarta-feira dia 7 na redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, França, e causaram pelo menos doze vítimas mortais e quatro feridos muito graves, bem como outros sete feridos ligeiros. Os mortos são dez jornalistas e dois agentes da polícia.

O Papa Francisco exprimiu através de comunicado a sua mais firme condenação destes atentados. Foi o Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a revelar esta comunicação do Papa:

“O Santo Padre exprime a sua mais firme condenação pelo horrível atentado que atingiu esta manhã a cidade de Paris com um alto número de vítimas, semeando a morte, consternando a inteira sociedade francesa, perturbando profundamente todas as pessoas amantes da paz, para além das fronteiras da França.”

“O Papa participa através da oração no sofrimento dos feridos e das famílias dos defuntos e exorta todo o mundo a opor-se com todos os meios à propagação do ódio e de todas as formas de violência, física e moral, que destrói a vida humana, viola a dignidade das pessoas, prejudica radicalmente o bem fundamental da coabitação pacífica entre as pessoas e os povos, apesar das diferenças de nacionalidade, religião e cultura”.