domingo, 1 de dezembro de 2013

Apocalipse: pra uns será o Céu, pra outros… Créu!


No primeiro domingo do Advento, período de quatro semanas antes do Natal, a Igreja recorda-nos a segunda vinda de Cristo, para julgar os vivos e os mortos no fim dos tempos. Agora seja sincero: se você ficasse sabendo que o Senhor voltaria hoje à noite, qual seria a sua reação? O que pensaria?

a)    “Está chovendo ou fui eu que fiz xixi nas calças?”
b)    “Vou viajar agora pro Acre. Acho que Jesus não vai lá.”
c)     “Alguém joga água na minha cara! Tô catatônico que nem o Chaves”.
d)     “Por que raios eu não comprei a capa da invisibilidade do Harry Potter?”.
e)    “Mifú…”

O povo vive se perguntando por que Deus permite que tanta maldade aconteça no mundo, mas quando ouve a palavra Apocalipse, quase todo o mundo treme na base. Em parte, esse temor é compreensível, pois desde crianças somos condicionados a pensar no fim dos tempos como uma coisa tenebrosa. Porém, quando voltar em sua glória, o Senhor livrará a Terra de todo o mal, definitivamente.

Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição. (…) O vencedor herdará tudo isso; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. (Apo 21,4-7)

Quer coisa melhor do que isso? Nada mais de doenças, mortes, injustiças… Como não desejar que isso se torne realidade o mais breve possível?



O livro do Apocalipse foi escrito pelo Apóstolo João, que ali descreve as visões que lhe foram reveladas por Deus, estando ele em êxtase. São João deixa claro que só “vencedores” poderão desfrutar da felicidade eterna. Os demais terão um destino bem diferente:

Os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda morte. (Apo 21,8)

É claro que nenhum cristão pode ter a certeza da sua salvação, mas quem ama a Cristo e, apesar de seus limites humanos, busca sinceramente fazer a Sua vontade, vive na esperança, e não no temor. Santo Agostinho define muito bem a consciência que devemos ter diante da promessa da volta de Cristo:

Quem está livre de toda a preocupação espera com segurança a vinda do seu Senhor. Será que se ama o Senhor quando se receia a sua vinda? Meus irmãos, não nos envergonhamos disso? Amamo-lo e receamos a sua vinda? Amamo-lo verdadeiramente ou amamos mais os nossos pecados? Odiemos então os nossos pecados e amemos Aquele que há de vir… (Discurso sobre o Salmo 95)

Poranto, a única coisa que um cristão deve temer é viver sem arrependimento, é fazer do pecado o seu projeto de vida.
 
QUANDO JESUS VOLTARÁ?

Vez por outra aparece um lunático ou charlatão divulgando uma possível data para o retorno do Messias. Porém, estas previsões estão em total desacordo com o Evangelho. Jesus deixou bem claro que ninguém sabe e nem saberá qual será o dia da Sua segunda vinda:

Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai. (…) Nos dias que precederam o dilúvio, comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E os homens de nada sabiam, até o momento em que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim será também na volta do Filho do Homem. (Mt 24,36-39)

Jesus disse que devemos estar sempre vigilantes, porque Ele pode voltar a qualquer momento. Ele virá “como um ladrão”, que pega os moradores de surpresa, pois não avisa o dia nem a hora em que invadirá uma casa:

Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes. (Mt 24,43-44)

Não devemos ter medinho do dia em que Jesus vai voltar. Devemos sim, vigiar e esperá-Lo ansiosamente, todos os dias! Vem, Senhor Jesus, pois Tu me fazes falta! Nos meus relacionamentos, no meu trabalho, nas minhas conquistas e derrotas, Tu me fazes falta! Chega de maldade, de mentiras, de ódio e de tristeza! Vem enxugar as nossas lágrimas, vem nos inundar de vez com a Tua beleza!


Aqueles que te amam te esperam. “Vem, Senhor Jesus!” (Apo 22,20).


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