segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

"Paulo VI vai ser canonizado em 2018", anuncia Papa



O Papa Francisco anunciou que o Papa Paulo VI vai ser canonizado ainda em 2018, em um pronunciamento durante um encontro com o clero da Diocese de Roma.

“Dois recentes bispos de Roma já são Santos (João XXIII e João Paulo II). Paulo VI será santo este ano. E um tem causa de beatificação aberta, João Paulo I.” E completou, brincando: “Bento e eu estamos na lista de espera: rezem por nós.”

“Paulo VI será santo este ano”, disse, numa intervenção divulgada neste sábado, 17, pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Paulo VI, o pontífice que liderou a Igreja Católica entre 1963 e 1978, período em que encerrou o Concílio Vaticano II, foi beatificado pelo Papa Francisco a 19 de outubro de 2014. A data e o local para a cerimônia de canonização ainda serão decididos.

O milagre necessário para a canonização foi a cura de uma bebê, ainda no ventre da sua mãe. Segundo o jornal da Diocese de Bréscia, ‘La Voce del Popolo’, a grávida, da província de Verona, corria o risco de abortar devido a uma patologia que comprometia a vida da criança e da mãe. A mulher peregrinou ao Santuário delle Grazie, na terra natal de Paulo VI, e a menina nasceu em 25 de dezembro de 2014, em boas condições de saúde e sem qualquer explicação médica para a sua cura. 

Quem foi Paulo VI

Giovanni Battista Montini nasceu em Concesio, Bréscia, na região italiana da Lombardia, e foi ordenado padre ainda antes de completar 23 anos, em 1920, tendo feito doutorado em filosofia, direito civil e direito canônico.

Como padre, esteve ao serviço diplomático da Santa Sé e da pastoral universitária italiana, tendo vivido a II Guerra Mundial no Vaticano, onde se ocupou da ajuda aos refugiados e aos judeus.

Após o conflito, colaborou na fundação da Associação Católica de Trabalhadores Italianos, antes de ser nomeado arcebispo de Milão, em 1954; São João XXIII criou-o cardeal em 1958 e participou nos trabalhos preparatórios do Concílio Vaticano II.

A 21 de junho de 1963, foi eleito Papa, escolhendo o nome de Paulo VI, e concluiu os trabalhos do Concílio “entre várias dificuldades, estimulando a abertura da Igreja ao mundo e o respeito pela tradição”.

O futuro santo escreveu sete encíclicas, entre as quais a ‘Humanae vitae’ (1968), sobre a regulação da natalidade, e a ‘Populorum progressio’ (1967), sobre o desenvolvimento dos povos, tendo instituído o Sínodo dos Bispos e o Dia Mundial da Paz.
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Por Canção Nova, com Agência Ecclesia

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