quarta-feira, 24 de março de 2021

Acadêmico pede que Vaticano se pronuncie sobre abusos da China contra os DDHH


Um estudioso sueco que estuda a China pediu ao Vaticano para falar sobre os abusos dos direitos humanos pelo governo chinês, observando que "o diálogo em igualdade de condições não é o que está acontecendo".

"A China deve ser tratada como qualquer outro país e jogar pelas mesmas regras", escreveu Fredrik Fällman, professor associado de sinologia da Universidade de Gotemburgo, em uma coluna de 19 de março no .

"A Igreja Católica frequentemente comenta a situação em outros países. No entanto, na China, o Vaticano mantém silêncio sobre muitos desenvolvimentos relativos - incluindo a sistemática perseguição religiosa, questões de direitos trabalhistas e abusos de direitos humanos contra os uigures. Parece que os funcionários do Vaticano estão mantendo a China em um padrão diferente em comparação com outros países", comentou

Em 2018, o Vaticano chegou a um acordo com o governo chinês sobre a nomeação de bispos. Os termos do acordo, que foi renovado em outubro de 2020 por mais dois anos, nunca foram revelados publicamente.

O acordo foi feito para ajudar a unir a Igreja “oficial” e a Igreja clandestina, por assim dizer, por ser fiel a Roma e rechaçar bispos ordenados sem o mandato pontifício. Estima-se que 6 milhões de católicos estão registrados no Partido Comunista Chinês.

De acordo com Joseph Cardinal Zen, bispo emérito de Hong Kong, os cristãos na China continuaram a ser perseguidos e assediados pelas autoridades, "apesar do acordo".

A política de "sinicização", anunciada pelo presidente chinês Xi Jinping em 2015, visa reforçar a identidade chinesa e comunista em todas as práticas religiosas do país. Incluiu instruir as igrejas a remover imagens dos Dez Mandamentos e substituí-las por prosseis de Mao Tsé-Tung.

Fällman observou que mesmo em Hong Kong, onde os religiosos gozam de mais liberdade do que no continente, Pequim vem reforçando seu controle sobre a religião nos últimos anos, mais recentemente por meio de uma lei de "segurança nacional" que entrou em vigor no verão passado.

De acordo com a nova lei, vários católicos em Hong Kong foram presos e acusados de terrorismo, sedição e conluio estrangeiro.

A Diocese de Hong Kong permanece vaga, já que a diocese é liderada desde 2019 pelo Cardeal John Tong, que se retirou em 2017 e assumiu o comando novamente depois que o bispo anterior de Hong Kong morreu inesperadamente. Sucessivos candidatos selecionados pelo Vaticano, e aprovados pelo Papa Francisco, não puderam assumir por questões políticas.

"A iminente escolha de um novo [bispo de Hong Kong] sem dúvida criará mais tensões à medida que irão investigá-lo para saber onde está sua lealdade. A escolha de um bispo 'pró-Pequim' não vai cair bem entre muitos cidadãos, enquanto a escolha de um bispo mais independente e crítico pode pressionar os católicos de Hong Kong", observou Fällman.

Ele acrescentou: "Se o Vaticano quer restaurar a ordem das nomeações episcopais e acabar com práticas clandestinas, então deve dialogar com qualquer interlocutor que seja preciso — seja este 'pró-Pequim' ou não."

De acordo com novas regras previstas para entrar em vigor em 1º de maio de 2021, a Associação Patriótica Católica Chinesa será responsável pela seleção de candidatos episcopais. Em seguida, os candidatos serão "aprovados e consagrados pela Conferência dos Bispos Católicos Chineses".

As regras supostamente não mencionam qualquer participação do Vaticano na aprovação dos bispos, apesar do acordo Vaticano-China de 2018 supostamente envolver tanto autoridades chinesas quanto as da Santa Sé no processo de nomeação de bispos.

"É preciso que haja uma coalizão internacional entre cristãos, e talvez outros grupos religiosos, para pressionar a China", concluiu Fällman.

"Aqui o Vaticano poderia desempenhar um papel central com sua força e experiência, o que também beneficiaria a realização dos aspectos 'pastorais' buscados com o atual acordo Sino-Vaticano. O verdadeiro diálogo inclui críticas francas e é a chave para dar passos reais nas relações com a China", afirmou.

Bispo suíço dá comunhão a três protestantes em sua própria ordenação


O novo Bispo de Chur, Suíça, Dom Joseph Bonnemain deu a Santa Comunhão a três protestantes em sua própria ordenação no último 19 de março, Solenidade de São José. A informação foi dada pela página web dos bispos suíços.

“Na presença do [cardeal Kurt Koch], Joseph Bonnemain deu a Santa Comunhão a três personalidades reformadas: a presidente da Igreja Reformada Protestante Suíça, Rita Famos; o presidente do conselho da igreja de Zurique, Michel Müller - e o conselheiro do governo de Zurique, Mario Fehr", diz a página.

Em resposta ao pedido de comentário da CNA, o escritório de Dom Bonnemain respondeu com uma breve declaração em 22 de março, e apontou o cânon 844 §4 do Código de Direito Canônico da Igreja Católica em sua defesa.

O código citado pelo bispo diz: “Se existir perigo de morte ou, a juízo do Bispo diocesano ou da Conferência episcopal, urgir outra necessidade grave, os ministros católicos administram licitamente os mesmos sacramentos também aos outros cristãos que não estão em plena comunhão com a Igreja católica, que não possam recorrer a um ministro da sua comunidade e o peçam espontaneamente, contanto que manifestem a fé católica acerca dos mesmos sacramentos e estejam devidamente dispostos”.

"A aplicação dessas normas em relação às pessoas individuais concretas durante uma celebração pública leva em conta as circunstâncias existentes e a atitude pessoal do indivíduo. A mídia, dadas as considerações de privacidade, não é o lugar para comentar tal assunto", respondeu a diocese aos questionamentos da agência CNA.

Bonnemain é um clérigo bastante familiarizado com o código de direito canônico. O Bispo de 72 anos e membro do Opus Dei já atuou como vigário judicial e canônico da catedral desta diocese suíça.

Um especialista jurídico da Universidade Católica da América, Pe. James Bradley, disse ao grupo ACI que "o cânon 844 §4 diz respeito à administração lícita dos sacramentos da penitência, da Eucaristia, e da unção dos enfermos aos que não foram batizados, além dos ortodoxos e outras confissões cristãs".

"Existem cinco condições para que isso seja um ato perfeitamente lícito", explicou o Pe. Bradley à CNA por e-mail.

"O primeiro é o perigo de morte, ou alguma necessidade grave. Além disso, são necessárias todas as seguintes condições: a pessoa que procura o sacramento deve ser incapaz de se aproximar do ministro da sua própria confissão; o indivíduo deve manifestar a fé católica no sacramento solicitado; a pessoa deve solicitar o sacramento por iniciativa própria; e a pessoa deve ter a devida disposição".   

Falando à CNA sob condição de anonimato, outro especialista em direito canônico que reside em Roma, confirmou esta afirmação acrescentando que era difícil imaginar como essas condições poderiam ter se aplicado naquela ocasião e por que o novo bispo apela a este cânon para justificar o ato.

Após reportagens internacionais críticas às ações do novo bispo, o portal financiado pela conferência dos bispos suíços, "kath.ch", também defendeu veementemente o ato do novo bispo, alegando que um antecessor havia feito a mesma coisa e referindo-se ao famoso caso do Cardeal Joseph Ratzinger e do Irmão Roger Schutz da Comunidade Taizé.

No entanto, esse caso "obviamente não pode ser comparado" com o que ocorreu, relatou o canonista em Roma consultado pela CNA. 

Assim como relatou a CNA Deutsch, agência do grupo ACI para a língua alemã, a diocese de Chur, que também compreende a cidade de Zurique, tem um histórico de altas tensões internas. O novo bispo – que na própria ordenação deu a comunhão aos políticos protestantes e se inclinou para pedir a bênção da assembleia– anunciou que sua prioridade era curar divisões em uma diocese "doente".

Legionários de Cristo publicam novo relatório sobre abusos sexuais


Os Legionários de Cristo apresentaram em 22 de março um novo informe anual sobre a sua luta contra os abusos sexuais cometidos por membros da congregação, sob o título "Verdade, justiça e reconciliação".

Este novo relatório, disseram os Legionários de Cristo em um comunicado, “reúne os passos dados na atenção às vítimas de abuso sexual por parte de alguns de seus padres e o desenvolvimento de ambientes seguros nas obras e instituições onde realizam seu trabalho pastoral”.

Ao contrário do informe anterior, divulgado em dezembro de 2019, este novo documento inclui os nomes completos de alguns dos sacerdotes que cometeram abusos sexuais.

Em outros casos de abusos, os Legionários de Cristo indicam apenas o nome ou país de origem do sacerdote, acompanhado de um número.

Os casos de abusos neste novo relatório também foram separados por regiões territoriais dos Legionários de Cristo: Brasil, Chile, Colômbia-Venezuela, Espanha, Estados Unidos, Europa Central, Irlanda, Itália e México.

A congregação fundada pelo falecido Marcial Maciel, que abusou de pelo menos 60 menores, comprometeu-se "a continuar publicando, anualmente, um informe sobre os passos dados, atualizando os dados e prestando conta dos compromissos assumidos".

Das 170 vítimas conhecidas de 27 membros dos Legionários de Cristo, a congregação assegurou que até hoje cerca de 50 foram atendidas, “em um caminho de reparação e reconciliação”.

Este caminho, asseguraram os Legionários, está aberto a “todas as vítimas que o desejem”.

Os Legionários de Cristo indicaram que para o trabalho de atenção às vítimas “estabeleceram uma parceria internacional estável com uma instituição profissional e independente” chamada “Eshmá”.

De acordo com o site Eshmá, entre seus membros “há pessoas que vivenciaram em primeira pessoa os processos de vitimização” de abusos sexuais infantis.

Papa nomeia ativista gay para comissão vaticana


O Papa Francisco nomeou Juan Carlos Cruz como membro da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores, segundo informou a sala de imprensa da Santa Sé, em 24 de março.


Juan Carlos Cruz foi vítima do ex-sacerdote chileno Fernando Karadima, que em 2011 foi considerado culpado pela Congregação para a Doutrina da Fé de abusar sexualmente de menores durante as décadas de 1980 e 1990.

Cruz declarou que é homossexual e é contrário aos ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade. Em 15 de março, criticou o documento da Congregação para a Doutrina da Fé que afirma que a Igreja não pode abençoar casais do mesmo sexo.

Cruz, atualmente ativista da agenda LGTB, disse à Associated Press naquele dia que as pessoas abandonariam a Igreja Católica "se a Igreja e a CDF não avançassem com o mundo".

A nomeação de Cruz foi celebrada pela polêmica freira dominicana Lucía Caram, que, além de defender o aborto e as uniões homossexuais, nega a virgindade da Virgem Maria e afirma que a Mãe de Deus tinha relações sexuais com São José.


Esta nomeação também foi celebrada pelo jesuíta James Martin, conhecido por apoiar os coletivos LGBT.


Juan Carlos Cruz, que fará parte da comissão do Vaticano por três anos, agradeceu ao Papa Francisco em sua conta no Twitter “por confiar em mim com esta nomeação. Eu o agradeço profundamente" e acrescentou que "isso renova meu compromisso de continuar trabalhando para acabar com o flagelo dos abusos e por tantos sobreviventes que ainda não obtiveram justiça", disse ele.

Cruz junta-se aos atuais membros da comissão presidida pelo cardeal Seán O'Malley, arcebispo de Boston (EUA) e membro do Conselho de Cardeais que assessora o Papa sobre a reforma da Cúria.

Não nos calemos diante de ofensas à Virgem Maria, diz padre


Pe. Carlos Rossell de Almeida, ex-reitor do Seminário Santo Toríbio de Mogrovejo em Lima (Peru) e pároco do Santuário do Senhor da Divina Misericórdia, criticou de forma enérgica a caricatura ofensiva que o jornal peruano La República publicou sobre a Virgem Maria.

“Como sacerdote e católico, manifesto minha total rejeição ao que publicou o jornal La República. É uma ofensa ao povo católico e não podemos ficar calados perante as caricaturas que se fazem sobre o sagrado”, disse o também doutor em Teologia Sagrada ao concluir a Missa celebrada nesta terça-feira, 16 de março, no Santuário do Senhor da Divina Misericórdia.

Pe. Rossell recordou que “para nós, a Virgem Santíssima é a nossa mãe e não permitiremos que aqueles que não compartilham a nossa fé, aqueles que estão ideologizados zombem do que para nós é sagrado”.

“Por isso minha total rejeição ao que o jornal La República publicou sobre a Virgem Maria, que, além disso, manifesta como se comportam aquelas pessoas que estão ideologizadas, neste caso concreto, ideologia marxista, e desta maneira estão mostrando como são”, continuou.

No domingo, 14 de março, La República publicou uma caricatura na qual uma pessoa diz a Maria: “Eu te amo, Maria... Açoita-me para não cair na tentação de pagar impostos”, ao que a Virgem responde: “Filho perdoa aos que votam nele, porque não sabem o que fazem”.

A caricatura usa a imagem do Sagrado Coração de Maria e foi feita por Heduardo Rodríguez dias depois que o candidato presidencial Rafael López Aliaga falou a uma rádio sobre sua devoção à Virgem.

O empresário López Aliaga é candidato à Presidência pelo partido Renovación Popular e é membro da Opus Dei. Nas últimas pesquisas a intenção de voto a seu favor subiu e o puseram em segundo lugar. Se chegar à eleição do dia 11 de abril assim, passará ao segundo turno.

Seus opositores o acusam de ter uma dívida milionária com a SUNAT, entidade que administra impostos no Peru, mas ele afirma que se trata de uma campanha de difamação contra ele.

Para o Pe. Rossell, o que o jornal La República deve fazer é esclarecer “sua relação com a Odebrecht, é isso que eles devem esclarecer. Que esclareçam sua relação com os grupos de poder que fazem lavagem cerebral no Peru e que estão envolvidos na corrupção. É isso que o jornal La República tem para esclarecer e não ofender o povo católico”.

Padre encontrado morto em casa cometeu suicídio, diz Diocese


A Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ) confirmou que Padre Olímpio Rubén Rojas Velazco, encontrado morto em casa no último domingo, 21 de março, cometeu suicídio.

Em nota assinada pelo Bispo Dom Luiz Henrique da Silva Brito, afirma que “a causa da morte foi suicídio” e que “os órgãos competentes já encerraram a perícia”.

Segundo a Diocese, Pe. Rubén “passava por tratamento psicológico e psiquiátrico” e “estava afastado de seu ministério”. “A Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda ressalta que durante todo o período do tratamento foi acompanhado pelo nosso Clero e leigos”, ressalta a nota.

O corpo de Pe. Rubén foi encontrado no domingo, na casa paroquial da Nossa Senhora da Conceição, em Volta Redonda. Logo após, a polícia foi acionada e passou a investigar o caso.

Mais de 200 teólogos alemães criticam veto a bênção de uniões homossexuais



Mais de 200 teólogos de língua alemã assinaram uma declaração rejeitando a proibição do Vaticano de abençoar uniões homossexuais.

A declaração foi redigida na Universidade de Münster e descreve o esclarecimento da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) como carente de "profundidade teológica, compreensão hermenêutica e rigor explicativo".

"Se as descobertas científicas são ignoradas e não são acolhidas, como é o caso do documento (do Vaticano), o Magistério mina sua própria autoridade", afirmam os teólogos, segundo informa a CNA Deutsch, agência em alemão do Grupo ACI.

Para os signatários, “o texto está caracterizado por um gesto paternalista de superioridade e discrimina os homossexuais e seus planos de vida”.

Em 15 de março, a CDF publicou um responsum (resposta, em latim), a um dubium (dúvida, em latim) que perguntava: “A Igreja dispõe do poder de abençoar as uniões de pessoas do mesmo sexo?” A congregação do Vaticano respondeu negativamente. Além disso, declarou "ilícita toda forma de bênção que tenda a reconhecer" tais uniões.

A resposta foi aprovada pelo Papa Francisco e assinada pelo prefeito da CDF, Cardeal Luis Ladaria; e pelo secretário, o Arcebispo Giacomo Morandi.

O documento suscitou fortes reações nos países de língua alemã, onde vários bispos expressaram publicamente seu apoio à bênção das uniões de pessoas do mesmo sexo.

Um deles é Dom Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã, que em 15 de março disse que o esclarecimento da CDF reflete "o estado do ensino da Igreja expresso em vários documentos de Roma".

“Na Alemanha e em outras partes da Igreja mundial, já há algum tempo existem discussões em andamento sobre a forma como tal ensinamento e o desenvolvimento doutrinário em geral podem ser avançados com argumentos viáveis com base em verdades fundamentais da fé e da moral, com uma reflexão teológica progressiva, e também aberta aos resultados mais recentes das ciências humanas e das situações de vida das pessoas de hoje. Não há respostas fáceis para perguntas desse tipo”, disse o Bispo.

Alguns sacerdotes católicos disseram nas redes sociais que continuarão abençoando as uniões gays. No entanto, alguns bispos alemães acolheram bem o esclarecimento do Vaticano, como Dom Rudolf Voderholzer, Bispo de Ratisbona; e Dom Stefan Oster, Bispo de Passau.

Em sua declaração, os mais de 200 teólogos de língua alemã distanciam-se "firmemente" do esclarecimento da CDF.

"Em contraste, assumimos que a vida e o amor dos casais do mesmo sexo não são menos valiosos diante de Deus que a vida e o amor de qualquer outro casal”, disseram.

“Em muitas congregações, padres, diáconos e outros ministros pastorais reconhecem os gays, oferecendo celebrações de bênção para casais do mesmo sexo e refletindo sobre as formas litúrgicas adequadas para tais celebrações. Acolhemos estas práticas de afirmação”.

Cardeais defendem recusa de bênçãos para homossexuais


Dois cardeais sustentaram as diretrizes de uma recente declaração do Vaticano, que afirma que a Igreja não pode abençoar uniões do mesmo sexo. Trata-se do Arcebispo de Boston, Dom Sean O´Malley e do Prefeito para o Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral no Vaticano, Dom Peter Turkson. Eles tiveram um painel em que falaram com pessoas que se consideravam decepcionadas com a resposta do Vaticano.

Em um painel online organizado pela Universidade de Georgetown, nos EUA, o cardeal Turkson e o Cardeal Sean O'Malley— que também é membro do Conselho de Cardeais do Papa Francisco — foram convidados a responder às pessoas "que estão desapontadas" com a recente declaração do Vaticano sobre uniões entre pessoas do mesmo sexo.

A Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano disse na segunda-feira que a Igreja não tem o poder de abençoar uniões do mesmo sexo. O documento foi aprovado para publicação pelo Papa Francisco.

Na quinta-feira, o cardeal O'Malley disse que o Papa Francisco tem sido "sensível e pastoral" com todos, ao mesmo tempo em que defendeu o ensinamento da Igreja.

O Papa Francisco deixou claro que deseja "estar perto das pessoas, da realidade e dos desafios de suas vidas, não importa o que seja", disse Dom Sean O'Malley.

"Ao mesmo tempo, a Igreja tem um ensinamento muito claro sobre o casamento que deve ser proclamado", acrescentou.

"E eu acho que o Santo Padre tenta ser muito sensível e pastoral em sua relação com as pessoas, e mostrar sua preocupação com os indivíduos e, ao mesmo tempo, seu compromisso com a fidelidade ao que a Igreja ensina sobre o Sacramento do Matrimônio", disse o Cardeal O'Malley.