segunda-feira, 9 de novembro de 2020

O que os católicos devem esperar caso Joe Biden seja eleito presidente dos EUA

Mesmo ainda sem o término da contagem de votos, a mídia anunciou que o democrata Joe Biden será o novo presidente dos Estados Unidos. Esta decisão ainda não é oficial e o cenário ainda pode mudar… Mas caso o fato se concretize, o que nós, como católicos, podemos esperar do seu eventual governo?
Joe Biden é batizado na Igreja Católica e durante a campanha presidencial, ele insistiu que sua política pessoal mantêm-se alinhada com o ensinamento católico. Mas será que é mesmo?
Em um vídeo, ele afirmou: “Olha, tenho a grande vantagem da minha fé, a doutrina social católica e meus pontos de vista políticos coincidem”.
No entanto, estas afirmações contrastam com sua postura de apoio ao aborto financiado pelo Estado, sua oposição a várias proteções legais para a liberdade religiosa e sua posição favorável à ideologia de gênero.
A questão do aborto
A plataforma do Partido Democrata respalda o “direito ao aborto” financiado pelos contribuintes durante toda a gravidez e pede especificamente a revogação da emenda Hyde, que proíbe o uso de fundos dos contribuintes para abortos eletivos.
Por algum tempo em sua carreira política, Joe Biden apoiou a emenda Hyde, mas mudou de ideia recentemente. Sua vice, Kamala Harris, pode ter tido um papel fundamental para esta mudança de ideia.

EUA: padre negou comunhão a presidenciável que prometeu financiar aborto


O site de notícias SCNow, do Estado norte-americano da Carolina do Sul, informou que um sacerdote local, o pe. Robert Morey, negou a comunhão a Joe Biden, pré-candidato à presidência do país pelo Partido Democrata. Biden já foi vice-presidente durante os dois mandatos de Barack Obama e hoje é um dos favoritos, em seu partido, para disputar a presidência com Donald Trump nas eleições do ano que vem.

O político participou de um evento organizado pela Planned Parenthood, o maior conglomerado de clínicas de aborto do planeta, acusado de irregularidades gravíssimas por ex-funcionários e até mesmo de vender ilegalmente órgãos e partes de corpos de bebês abortados.

No evento em questão, Biden prometeu revogar importantes medidas de Trump relacionadas com o aborto nos Estados Unidos. Enquanto Trump cortou financiamentos à Planned Parenthood, Biden afirmou que, se eleito, aumentará a verba destinada à rede abortista.

É por causa do seu público apoio ao aborto que Joe Biden não pode receber o Santíssimo Corpo de Nosso Senhor. E foi por isso que, no último dia 27 de outubro, um domingo, o pe. Robert Morey, pároco da igreja de Santo Antônio, em Charleston, lhe negou a comunhão, aplicando o cânon 915 do Código de Direito Canônico, que determina que a Santíssima Eucaristia não pode ser dada a pessoas excomungadas, ou que estejam sob investigação para eventual excomunhão, ou que optem deliberadamente por viver em pecado mortal.

Em nota enviada à Catholic News Agency (CNA) no dia 28 de outubro, o pe. Morey afirma:

“Lamentavelmente, no domingo passado, tive que negar a Sagrada Comunhão ao ex-vice presidente Joe Biden. A Sagrada Comunhão significa que somos um só com Deus, entre nós e com a Igreja. Os nossos atos deveriam refletir essa unidade. Qualquer figura pública que defenda o aborto se exclui dos ensinamentos da Igreja. Como sacerdote, é minha responsabilidade ensinar às almas confiadas aos meus cuidados, inclusive nas situações mais dificeis. Continuarei rezando pelo Sr. Biden”.

Covid na Itália: novas restrições não afetam abertura de igrejas


O governo da Itália renovou suas restrições por causa da Covid-19, pois os casos estão aumentando em todo o país. Mas desta vez as normas permitirão que as igrejas permaneçam abertas para orações e missas.

De fato, esse anúncio da Conferência Episcopal Italiana vem depois que o Papa Francisco ordenou o fechamento temporário dos Museus Vaticanos. Também voltou a ser fechada a audiência geral semanal do Papa com os peregrinos.

Catholic News Service relata que a Itália instituiu um toque de recolher todas as noites das 22h até as 5h, o que está previsto para durar até 3 de dezembro. No entanto, esse toque de recolher pode se estender dependendo do estado da pandemia nas próximas semanas. O toque de recolher foi acompanhado pelo fechamento total de museus, cinemas e academias, além da transferência de alunos do ensino médio de volta às aulas virtuais.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Vaticano se pronuncia sobre declarações do Papa Francisco a respeito das uniões civis de pessoas homossexuais


A Secretaria de Estado do Vaticano remeteu um comunicado aos bispos de todo o mundo em relação às declarações do Papa Francisco sobre a convivência ou união civil de pessoas homossexuais, recentemente difundidas no documentário “Francesco”.

Conforme confirmou ao grupo ACI o Núncio Apostólico no México, o Arcebispo Franco Coppola, trata-se de “elucidações que a Secretaria de Estado da Santa Sé enviou às Nunciaturas para que as difundissem entre os Bispos”.

Em seguida, a íntegra do comunicado do Vaticano traduzido por ACI Digital:

PARA ENTENDER ALGUMAS EXPRESSÕES DO PAPA 
NO DOCUMENTÁRIO “Francisco”

Algumas afirmações, contidas no documentário “Francisco” do produtor Evgeny Afineevsky, suscitaram, em dias passados, diversas reações e interpretações. Oferecemos portanto alguns elementos úteis, com o desejo de favorecer uma adequada compreensão das palavras do Santo Padre.

Há mais de um ano, durante uma entrevista, o Papa Francisco respondeu a duas perguntas diferentes e em dois momentos diferentes, às quais foram editadas e publicadas no mencionado documentário como uma só resposta sem a devida contextualização, o qual gerou confusão. O Santo Padre tinha feito em primeiro lugar uma referência pastoral a respeito da necessidade de que, no seio da família, o filho ou a filha com orientação homossexual jamais sejam discriminados. A eles se referem a palavras: “as pessoas homossexuais têm direito a estar na família; são filhos de Deus, têm direito a uma família. Não se pode expulsar ninguém da família a ninguém nem tornar-lhe a vida impossível por isso”.

O seguinte parágrafo da Exortação apostólica pós-sinodal sobre o amor na família Amoris Laetitia (2016) pode iluminar tais expressões: «Com os Padres sinodais, examinei a situação das famílias que vivem a experiência de ter no seu seio pessoas com tendência homossexual, experiência não fácil nem para os pais nem para os filhos. Por isso desejo, antes de mais nada, reafirmar que cada pessoa, independentemente da própria orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e acolhida com respeito, procurando evitar «qualquer sinal de discriminação injusta» e particularmente toda a forma de agressão e violência. Às famílias, por sua vez, deve-se assegurar um respeitoso acompanhamento, para que quantos manifestam a tendência homossexual possam dispor dos auxílios necessários para compreender e realizar plenamente a vontade de Deus na sua vida» (N. 250).

Na UTI de hospital, menina realiza sonho de receber a primeira comunhão


Internada desde o início de outubro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, Gabriela Romanoski de Andrade, de 10 anos, conta a recuperação como certa. “Ela acredita em um milagre e diz que vai sair daqui curada” afirma a mãe, Giovana Michele Romanoski de Andrade.

"Devota de Nossa Senhora Aparecida, a menina descobriu, há poucos meses, uma cardiopatia grave e está na fila de espera por um novo coração. “Ela tem um problema cardíaco que, a princípio, é irreversível. O que nós estamos tentando fazer é, com o uso de medicações, estabilizar a progressão para que possa fazer o transplante”, explica a médica intensivista pediátrica, Camila Faversani Camargo.

Apesar de a doença não estar evoluindo, as condições em que Gabriela se encontra não são as ideais, garante a especialista. “É uma função muito ruim, de não conseguir fazer as atividades do dia a dia. Nós aguardamos alguns exames para poder descartar e até confirmar algumas hipóteses, mas o que a gente sabe é que o músculo do coração dela não é bom. A formação dele e a disposição acabam prejudicando um batimento cardíaco eficaz”, aponta a médica."

Uma fé inabalável

Gabriela estava no segundo ano da preparação quando os planos de receber a Primeira Eucaristia foram interrompidos pelas complicações de saúde. “Ela fazia a catequese pela internet [por conta da pandemia], mas teve que parar. Era o sonho da vida dela”, conta a mãe.

Um encontro na capela do hospital, no entanto, possibilitou a realização do sacramento e a concretização do desejo da menina. “A irmã ficou sabendo da história e me perguntou se poderia providenciar a primeira comunhão dela aqui mesmo no hospital e eu autorizei”, lembra Giovana.  

Foi a irmã Lourdes Nogueira da Silva, integrante da Pastoral da Espiritualidade do Pequeno Príncipe, quem cuidou de tudo. “Nós tivemos quatro dias para ver as questões sanitárias, local para realização da missa, padre, cantores, etc”, relata. Segundo ela, o evento mobilizou os funcionários do hospital. “Eu não vencia atender o telefone, porque todo mundo queria participar de alguma forma”, completa.

Ataque à Basílica de Nice: Quem são as vítimas?


Na quinta-feira, 29 de outubro, um homem assassinou com uma faca na Basílica de Notre Dame de Nice (França) três pessoas, entre as quais uma brasileira, em cuja memória tocaram os sinos das igrejas católicas do país.

Até o momento, isso é o que se sabe sobre as vítimas:

Vincent L., sacristão:

Uma das vítimas é Vincent L., identificado como o sacristão da Basílica de Notre-Dame de Nice. Tinha 55 anos e era pai de duas filhas. Servia como sacristão desta igreja há 10 anos.

Os católicos de Nice se lembram dele por seu serviço dedicado à Igreja. Pe. Jean-Louis Giordan, ex-reitor da basílica, disse a Vatican News que contratou Vicente como sacristão há uma década.

Uma pessoa familiarizada com a basílica disse ao jornal francês Le Parisien que “ele não era apenas um sacristão. Ajudou muito o padre que estava idoso”. “As velas estavam sempre bem acesas. Era muito discreto e muito eficiente. Não falava muito. Agia com grande humildade e respeito. Foi a primeira pessoa em quem pensamos quando soubemos do ataque", afirmou.

“Era um homem comum, no bom sentido da palavra: simpático, aberto”, disse a Le Figaro Pe. Gil Florini, pároco de Saint-Pierre-d'Arène-de-Nice.

Uma idosa que foi rezar:

Uma mulher descrita como idosa pela mídia francesa foi rezar na basílica na manhã de 29 de outubro. Le Figaro informou que ela foi encontrada morta com a garganta cortada, "quase decapitada", perto da fonte de água benta dentro da igreja.

Uma mãe brasileira:

A terceira vítima foi a brasileira Simone Barreto Silva, de 44 anos, mãe de três filhos. Natural de Salvador (BA), morava na França há 30 anos.

Ela foi atacada dentro da igreja e teria se refugiado em um café próximo, onde morreu devido às apunhaladas. De acordo com o canal de notícias da televisão francesa BFMTV, uma testemunha a ouviu dizer enquanto morria: "Diga a meus filhos que eu os amo".

A confirmação de que uma das vítimas é de nacionalidade brasileira foi dada pelo Consulado Geral do Brasil, em Paris. Em seguida, o Itamaraty emitiu uma nota, por meio da qual o governo brasileiro expressou “suas profundas condolências aos familiares e amigos da cidadã assassinada em Nice, bem como aos das demais vítimas, e estende sua solidariedade ao povo e Governo franceses”.

Além dos mortos no ataque, a Polícia informou que outras pessoas ficaram feridas na basílica.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Bispos poloneses convocam fiéis para defender igrejas da fúria pró-aborto


Os violentos ataques perpetrados por pró-aborto – com provável financiamento externo – contra locais de culto católicos depois que o governo aboliu o chamado ‘aborto terapêutico’ levaram a Conferência Episcopal a publicar um documento no qual, entre outras coisas, apela aos fiéis para defender os templos.

A Polônia sofre uma reação repentina e violenta nas ruas por parte de grupos pró-aborto que concentram sua fúria contra tudo que é católico, tão essencial no ex-país comunista. A organização das mobilizações e a presença de ativistas estrangeiros, assim como seus ‘pôsteres’ em inglês, sugerem de imediato uma ação bem planejada e financiada do exterior, uma pequena ‘revolução colorida’ para o país eslavo rebelde, decidido contra vento e maré na preservação de suas raízes cristãs contra a pressão dos hierarcas da União Europeia.

E a gota d’água foi essa nova restrição ao ‘direito’ ao aborto. Houve ataques contra símbolos religiosos e até igrejas, mas o polonês não sendo uma sociedade sonolenta como as da Europa Ocidental, os jovens crentes reagiram formando espontaneamente grupos que se revezavam na defesa dos templos contra marés de manifestantes hostis.

E seus bispos os apóiam. O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Polonesa emitiu uma declaração na qual lamenta a violência sofrida pela Igreja no país nas mãos dos radicais pró-aborto e encoraja os fiéis a defenderem os tempos e os objetos sagrados. Este é o texto:

Cardeal Sarah: “O islamismo é um fanatismo monstruoso que deve ser combatido com força e determinação”


O islamismo é um fanatismo monstruoso que deve ser combatido com força e determinação. Isso não vai parar sua guerra. Infelizmente, nós, africanos, sabemos disso muito bem. Os bárbaros são sempre inimigos da paz. O Ocidente, hoje a França, deve entender isso. Vamos rezar”. Essa foi a reação do cardeal Robert Sarah ao ataque em Nice.

O cardeal africano usou seu perfil no Twitter para comentar sobre este último ataque islâmico, que resultou em três mortes em uma igreja na cidade de Côte d’Azur.


O Vaticano, por sua vez, comentou o ocorrido por meio do diretor da Sala Stampa da Santa Sé, Matteo Bruni. O porta-voz do Vaticano afirmou que estamos “em um momento de dor, um tempo de confusão”. “Terrorismo e violência não podem ser aceitos”, destacou.

“O ataque de hoje semeou a morte em um lugar de amor e consolação, como a casa do Senhor. O Papa está informado da situação e está próximo da comunidade católica que está de luto. Rezem pelas vítimas e pelos seus entes queridos, para que a violência cesse, para que se vejam como irmãos e não como inimigos, para que o querido povo francês possa reagir unido ao mal com o bem ”, comentou.