sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Bispos poloneses convocam fiéis para defender igrejas da fúria pró-aborto


Os violentos ataques perpetrados por pró-aborto – com provável financiamento externo – contra locais de culto católicos depois que o governo aboliu o chamado ‘aborto terapêutico’ levaram a Conferência Episcopal a publicar um documento no qual, entre outras coisas, apela aos fiéis para defender os templos.

A Polônia sofre uma reação repentina e violenta nas ruas por parte de grupos pró-aborto que concentram sua fúria contra tudo que é católico, tão essencial no ex-país comunista. A organização das mobilizações e a presença de ativistas estrangeiros, assim como seus ‘pôsteres’ em inglês, sugerem de imediato uma ação bem planejada e financiada do exterior, uma pequena ‘revolução colorida’ para o país eslavo rebelde, decidido contra vento e maré na preservação de suas raízes cristãs contra a pressão dos hierarcas da União Europeia.

E a gota d’água foi essa nova restrição ao ‘direito’ ao aborto. Houve ataques contra símbolos religiosos e até igrejas, mas o polonês não sendo uma sociedade sonolenta como as da Europa Ocidental, os jovens crentes reagiram formando espontaneamente grupos que se revezavam na defesa dos templos contra marés de manifestantes hostis.

E seus bispos os apóiam. O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Polonesa emitiu uma declaração na qual lamenta a violência sofrida pela Igreja no país nas mãos dos radicais pró-aborto e encoraja os fiéis a defenderem os tempos e os objetos sagrados. Este é o texto:
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DO CONSELHO PERMANENTE DA CONFERÊNCIA DOS BISPOS DA POLÔNIA
SOBRE A PROTEÇÃO DA VIDA E DA PAZ SOCIAL

1. Hoje, quando uma onda de protestos de rua se espalha por nosso país, o Papa Francisco dirigiu palavras importantes e significativas aos poloneses durante a Audiência Geral. Nelas fez referência a São João Paulo II, que «sempre apelou a um amor especial pelos fracos e indefesos e à protecção de toda a vida humana, desde a sua concepção até à sua morte natural». Estas palavras fazem parte do constante apelo da Igreja por proteção, incluindo a proteção legal da vida de cada ser humano, incluindo os que ainda não nasceram, de acordo com o mandamento “Não matarás”.

2. O Papa Francisco pediu a Deus “que desperte no coração o respeito pela vida dos nossos irmãos, especialmente dos mais fracos e indefesos, e dê força a quem os acolhe e cuida, mesmo quando o amor é necessário. heróico”. O mandamento do amor nos impõe o importante dever de cuidar, ajudar e proporcionar às mães e famílias que recebem e criam filhos doentes a proteção de que precisam. Agradecemos a todas as comunidades e instituições que o fazem há anos e pedimos às paróquias, movimentos católicos e outras organizações religiosas que empreendam iniciativas específicas para satisfazer aqueles que precisam e precisarão de ajuda, tanto individual como institucional. A Igreja sempre defenderá a vida e apoiará iniciativas que a protejam.

3. Observamos com grande dor a escalada da tensão e da agressão social. A linguagem vulgar usada por alguns dos manifestantes, a destruição de bens sociais, a devastação de igrejas, a profanação de lugares santos ou o impedimento da liturgia também são preocupantes. Apelamos a todos para que participem de um diálogo social significativo, expressem suas opiniões sem recorrer à violência e respeitem a dignidade de cada ser humano. Pedimos aos políticos e a todos os participantes do debate social, neste momento dramático, que analisem profundamente as causas da situação e procurem soluções, no espírito da verdade e para o bem comum, sem explorar o que diz respeito à fé e a Igreja.

Agradecemos aos pastores e a todos os fiéis leigos que corajosamente defendem suas igrejas. Ninguém pode defender melhor a Igreja e os objetos sagrados do que a comunidade dos crentes. Agradecemos também aos serviços de segurança. A Igreja deseja permanecer aberta a todas as pessoas, independentemente de sua filiação social e política. 

4. Também estamos passando por um momento muito difícil devido às restrições relacionadas à pandemia do coronavírus. Este é um grande desafio para todos nós. Em nome do zelo pela segurança e saúde, fazemos um apelo permanente à solidariedade e ao cumprimento das normas de segurança sanitária. Expressamos nossa gratidão a todos os médicos oficiais por seu trabalho e dedicação heróica.

5. Pedimos também a todos os crentes que jejuem, dêem esmolas e rezem pela paz social, com a intenção de proteger a vida, acabar com a crise atual e acabar com o desenvolvimento da pandemia. Apresentaremos o texto da oração preparada para este momento.

Abençoamos todos os nossos compatriotas.

Membros do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Polonesa
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Templario de Maria

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