segunda-feira, 9 de novembro de 2020

EUA: padre negou comunhão a presidenciável que prometeu financiar aborto


O site de notícias SCNow, do Estado norte-americano da Carolina do Sul, informou que um sacerdote local, o pe. Robert Morey, negou a comunhão a Joe Biden, pré-candidato à presidência do país pelo Partido Democrata. Biden já foi vice-presidente durante os dois mandatos de Barack Obama e hoje é um dos favoritos, em seu partido, para disputar a presidência com Donald Trump nas eleições do ano que vem.

O político participou de um evento organizado pela Planned Parenthood, o maior conglomerado de clínicas de aborto do planeta, acusado de irregularidades gravíssimas por ex-funcionários e até mesmo de vender ilegalmente órgãos e partes de corpos de bebês abortados.

No evento em questão, Biden prometeu revogar importantes medidas de Trump relacionadas com o aborto nos Estados Unidos. Enquanto Trump cortou financiamentos à Planned Parenthood, Biden afirmou que, se eleito, aumentará a verba destinada à rede abortista.

É por causa do seu público apoio ao aborto que Joe Biden não pode receber o Santíssimo Corpo de Nosso Senhor. E foi por isso que, no último dia 27 de outubro, um domingo, o pe. Robert Morey, pároco da igreja de Santo Antônio, em Charleston, lhe negou a comunhão, aplicando o cânon 915 do Código de Direito Canônico, que determina que a Santíssima Eucaristia não pode ser dada a pessoas excomungadas, ou que estejam sob investigação para eventual excomunhão, ou que optem deliberadamente por viver em pecado mortal.

Em nota enviada à Catholic News Agency (CNA) no dia 28 de outubro, o pe. Morey afirma:

“Lamentavelmente, no domingo passado, tive que negar a Sagrada Comunhão ao ex-vice presidente Joe Biden. A Sagrada Comunhão significa que somos um só com Deus, entre nós e com a Igreja. Os nossos atos deveriam refletir essa unidade. Qualquer figura pública que defenda o aborto se exclui dos ensinamentos da Igreja. Como sacerdote, é minha responsabilidade ensinar às almas confiadas aos meus cuidados, inclusive nas situações mais dificeis. Continuarei rezando pelo Sr. Biden”.

Maior rede de clínicas de abortos dos EUA declara apoio a Joe Biden para presidente

A Planned Parenthood é o maior conglomerado de clínicas de aborto dos Estados Unidos e, possivelmente, de todo o planeta. Em 2019, as clínicas que compõem essa rede perpetraram 345.672 abortos só nos Estados Unidos.

Sob o governo de Donald Trump, os financiamentos federais à Planned Parenthood, que eram regularmente realizados por administrações anteriores, sofreram um duro baque. O atual presidente deixou clara desde a campanha presidencial de 2016 a sua posição antiaborto, e, depois de eleito, participou de várias edições da tradicional Marcha pela Vida em Washington, DC.

Já o seu adversário democrata nas eleições presidenciais do final deste ano, Joe Biden, mantém posições abertamente pró-aborto. Em 2012, ele declarou que o aborto é uma “operação solidária” e que “nossas filhas e netas têm direito a todas as operações solidárias, a todas as oportunidades solidárias”.

Não é surpreendente, portanto, que Alexis McGill Johnson, presidente da Planned Parenthood, tenha recentemente declarado apoio explícito a Joe Biden e ao Partido Democrata, cujos candidatos à presidência norte-americana têm sido endossados pela rede desde 2004. McGill Johnson afirmou:

“Esta é literalmente uma eleição de vida ou morte. Sentimos que não podemos suportar mais quatro anos de Trump. Temos que fazer tudo o que pudermos para tirá-lo do cargo. Acho que esta é a posição da maioria dos americanos. Precisamos superar esta era muito desafiadora, divisiva e polarizada e mudar para uma situação em que possamos realmente reconstruir as nossas vidas depois desse desastre”.

Vinda de uma organização que elimina mais de 300 mil bebês em gestação por ano, que está sendo investigada por tráfico de órgãos de bebês abortados e que é acusada formalmente de fraude para obter verba pública indevida, a Planned Parenthood precisa esclarecer melhor o que entende por “eleição de vida ou morte” e explicar de quem é a morte que tanto a preocupa.
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Aleteia

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