sábado, 29 de agosto de 2020

Nomeado o novo Núncio Apostólico para o Brasil




O Santo Padre nomeou o novo Núncio Apostólico para o Brasil. Trata-se de Sua Excelência Reverendíssima Dom Giambattista Diquattro, Arcebispo titular de Giromonte, até agora Núncio Apostólico na Índia e Nepal.

Giambattista Diquattro nasceu em Bolonha, Emília-Romanha, Itália, em 18 de março de 1954 é arcebispo, diplomata, teólogo e canonista. Foi ordenado sacerdote em 1981.  Recebeu seu mestrado em Direito Civil na Universidade de Catânia, e doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma e mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Presidência da CNBB publica nota sobre a descriminalização das drogas no Brasil





A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu nesta quarta-feira, 26 de agosto, uma nota na qual afirma-se contrária à descriminalização das drogas no Brasil. No documento, a entidade destaca a importância de se voltar a atenção para políticas públicas de prevenção, apoio aos serviços de recuperação, inclusive os mantidos por entidades religiosas.

A CNBB cobra, na nota, rigor em face dos que lucram com a venda de drogas e afirma ser necessário buscar a prática da justiça restaurativa. A entidade também reiterou nota sobre o mesmo tema que divulgou em 26 de agosto de 2015, há cinco anos.

Conheça a íntegra do documento abaixo: 

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Padre pede desculpas após desejar morte de fiéis em isolamento: 'Sou fraco'.



O padre Antônio Firmino, da paróquia de São João Batista, em Visconde de Rio Branco (MG), pediu desculpas publicamente após o vídeo de uma missa realizada por ele viralizar. O religioso disse na cerimônia de domingo (23) que aqueles que não estavam frequentando a igreja durante a pandemia de coronavírus deveriam morrer. Ele classificou o comentário como "infeliz". "Tenho que pedir desculpas para aquelas pessoas que se sentiram ofendidas com as minhas palavras", disse ele no vídeo gravado para se retratar.

"Quem me conhece sabe que sou aquela pessoa que luta pela vida plena. Desde a concepção até seu fim natural. Neste tempo de pandemia, eu tenho me empenhado para preservar a vida em todos os sentidos", completou.

O padre pediu para que os fiéis o perdoassem pelo erro e que rezassem por ele, já que "sou fraco também". "Sou pecador e tenho as minhas misérias e preciso ter misericórdia de todos vocês", encerrou o religioso. Morte para quem não rezar a missa. 

Igreja Católica oferece educação integral e apoio psicológico à menina de 10 anos vítima de abuso e do aborto



O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, enviou um ofício à  Promotoria da Infância de São Mateus (ES) colocando a Igreja Católica no Brasil à disposição da menina de 10 anos que sofreu os terríveis traumas de Abuso e do Aborto da bebê de quase 6 meses.

“A Igreja se coloca à disposição da criança e de sua família, com a mediação e orientação da Promotoria da Infância e da Juventude”, diz o documento datado de 19 de agosto. No ofício, o presidente da CNBB assegura à criança acesso à rede de ensino da Igreja Católica no Brasil “para, graciosamente, oferecer educação integral a essa menina, garantindo-lhe preservação da identidade, acompanhamento psicopedagógico especializado, no horizonte do humanismo cristão”.

No ofício, além de condenar o crime contra a infância, que “expõe misérias humanas e existenciais, interpela-nos a agir para minimizar a dor dessa criança, covardemente submetida ao mal”, o presidente da CNBB afirma que a Igreja se prontifica a empenhar-se para a criança supere as consequências da violência sofrida e tenha todas as condições necessárias para construir um futuro digno. “Também estamos sensíveis à situação da família, abertos ao diálogo com a Promotoria, para auxiliar no que for necessário”, escreveu. 

PE: Seminaristas e clero jovem expressam apoio a Dom Fernando na defesa ao direito pela vida



Uma carta de amor – dos filhos a seu pai. Assim podemos classificar as mensagens que dom Fernando Saburido recebeu, nos últimos dias, dos seminaristas e dos padres jovens da Arquidiocese.

No dia 18 de agosto, os seminaristas do Seminário Nossa Senhora da Graça, que estudam Filosofia e Teologia na Unicap, publicaram uma carta “em defesa da vida e de Dom Fernando Saburido”.

E na quinta-feira (20), quando o arcebispo completou 20 anos de ordenação episcopal, o clero jovem foi até a Cúria Metropolitana, no bairro das Graças, para prestar seu apoio e homenagem nessa data que coincide com a discussão pelo direito fundamental à vida.

CARTA DOS SEMINARISTAS DA ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE EM DEFESA DA VIDA E DE DOM FERNANDO SABURIDO

Recife, 18 de agosto de 2020.

Diante dos fatos ocorridos recentemente, nós, seminaristas da arquidiocese de Olinda e Recife, queremos expressar a inegociável defesa da vida inocente e do consequente posicionamento de nosso arcebispo.

A criança de 10 anos foi vítima dos mais cruéis atentados que um ser humano pode sofrer. O responsável pelo seu sofrimento precisa ser justamente punido pelo que fez.

Entretanto, no último domingo o bebê que ela carregava em seu seio pagou com a vida o crime de seu pai. Uma tragédia não pode ser remediada pela eliminação de uma pessoa inocente. O aborto provocado é sempre uma grave injustiça, independentemente de convicções religiosas.

Por essa razão, expressamos nosso absoluto apoio a Dom Fernando Saburido, arcebispo de nossa arquidiocese, por defender a vida dos inocentes. Dizer sim à vida é um compromisso a ser honrado todos os dias por qualquer pessoa de boa vontade, especialmente pelos cristãos católicos.

Assinam abaixo sete seminaristas, cada um representando a sua turma.

Marcone Domingos (1º ano de filosofia)
Ícaro Nascimento (2º ano de filosofia)
Lucas Silva (3º ano de filosofia)
Arthur Silva (1º ano de teologia)
Luiz Eduardo (2º ano de teologia)
Rui Tato (3º ano de teologia)
Arthur Barza (4º ano de teologia) 

Escândalo: Grupos de leigos ligados à Arquidiocese de Recife assinam carta a favor do aborto



Escândalo gravíssimo! Na contramão da Igreja, grupos de leigos católicos ligados a Arquidiocese de Olinda-Recife, fizeram carta/manifesto de apoio ao procedimento de aborto realizado na criança de 10 anos que ficou grávida, vítima de violência sexual por parte do próprio tio.

Em uma carta demagógica, os tais “leigos e leigas”, que então haviam elogiado Arcebispo local por este ter sido um dos 152 signatários do tresloucado manifesto de índole comunista que atacava o governo Bolsonaro, agora se levanta contra a doutrina e a ação da Igreja que luta contra o aborto e tentou salvar a vida das duas crianças nesse triste episódio ocorrido no último dia 16/08 na capital pernambucana.

Com o habitual cinismo da esquerda revolucionária, manipulando informações, mentindo, distorcendo fatos e se apoiando na narrativa fraudulenta da grande mídia comunista e abortista, esse grupo de leigos se dizentes católicos, manifestava sua “indignação” por verem outros grupos católicos e também protestantes, “agredindo a criança grávida e sua família”… o que é uma completa mentira.

Nessa carta assinada por diversos movimentos ligados a Arquidiocese de Olinda-Recife, esses leigos defendem o aborto alegando que o mesmo seria para salvar a vida da criança de 10 anos, o que NÃO é verdade, pois, segundo a declaração dada pelo médico responsável que avaliou a criança no Estado do Espírito Santo, a gestação, embora delicada, estava se desenvolvendo de maneira normal e NÃO comportava risco a vida da pequena mãe. O bebê já estava com quase seis meses, de forma que o aborto, além de desnecessário, seria um procedimento arriscado para a vida da criança de 10 anos.

Os católicos que se colocaram em oração e apoio a vida das crianças, se ofereceram para ajudar, e mesmo adotar, as duas; mas, mais uma vez, as feministas viram nesse episódio a oportunidade de impulsionar a luta pela legalização do aborto com apoio da grande mídia abortista. E foi isso que os tais leigos que assinaram essa carta apoiaram: uma agenda abortista.

Hipocritamente, o tal grupo de leigos se diz “defensor da vida”, mas defende o aborto e se revolta contra a Igreja Católica que queria salvar as duas vidas… e tal como a “Globolixo” boa parte da mídia tradicional e movimentos de esquerda, tentam associar a imagem dos católicos pró-vida ao ódio e ao desequilíbrio, próprio de fanáticos…

Essa carta-protesto desses leigos do bispado de Olinda-Recife ajuda a escancarar o nível e a profundidade de infiltração da esquerda revolucionária na Igreja Católica.

Esses falsos católicos que defenderam o aborto, sempre defenderão a agenda da esquerda quando esta entrar em conflito com a doutrina e a moral Católica.

Parafraseando o Papa Pio XI precisamos denunciar essa farsa em alto e bom som dizendo:

NINGUÉM PODE SER CATÓLICO E DEFENSOR DO ABORTO AO MESMO TEMPO.

Que as máscaras sejam arrancadas!!!

Leia a nota na íntegra: 

Leonardo Boff lidera abaixo-assinado contra CNBB por se opor ao aborto



Esperava que alguém importante levantasse a voz em defesa de Dom Walmor de Oliveira Azevedo, presidente da CNBB, e de Dom Ricardo Hoepers, presidente da Comissão Vida e Família da CNBB, diante dos ataques injustos liderados por ninguém menos que Genésio Boff (ex-frei Leonardo), o qual, segundo o site Brasil 247, encabeçou uma afrontosa carta em que protesta, em escândalo farisaico, contra o justo posicionamento destes dois bispos contra o estupro de uma menina de dez anos, seguido de um aborto absurdo.

Diante do silêncio ensurdecedor, faço algumas considerações.

1. Pressupostos doutrinais imprescindíveis

Embora o autor do abaixo-assinado escreva que os seus subscritores se apresentam “como parte plena da Igreja Católica, em comunhão com tantas pessoas que animam essa Igreja”, é preciso dizer que todo católico deve crer em tudo aquilo que ensina a Santa Igreja, em absoluta obediência às Sagradas Escrituras, à Tradição e ao Magistério.

Ora, é o Magistério dos Papas que nos assevera, sem nenhuma contradição, que o aborto é, em si, um ato intrínseca e gravemente desordenado, e que deve ser combatido com força por todos os membros da Igreja.

São João Paulo II reafirmou esta doutrina, vedando-a com a sua suprema autoridade pontifícia, nos seguintes termos: “Portanto, com a autoridade que Cristo conferiu a Pedro e aos seus Sucessores, em comunhão com os Bispos — que de várias e repetidas formas condenaram o aborto e que, na consulta referida anteriormente, apesar de dispersos pelo mundo, afirmaram unânime consenso sobre esta doutrina — declaro que o aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, constitui sempre uma desordem moral grave, enquanto morte deliberada de um ser humano inocente” (JOÃO PAULO II, S., Encíclica Evangelium vitæ [25.03.1995], n. 62).

Vale notar que o pontífice polonês quis empenhar o seu magistério papal de maneira solene neste compromisso, de modo a não deixar margens para interpretações alternativas, o que coloca tal ensinamento, de maneira especialmente sublinhada, na esteira do magistério infalível dos romanos pontífices.

Recentemente, numa entrevista a Jordi Evole, o Papa Francisco foi questionado sobre a licitude do aborto no caso de uma menina estuprada (“chica violada”), e a sua resposta foi enfática: “eu a entenderia em seu desespero, mas também sei que não é lícito violar uma vida humana para resolver um problema”. O jornalista perguntou: “mas mesmo em circunstâncias tão extremas?”, ao que o papa respondeu: “é lícito eliminar uma vida humana para resolver um problema? É lícito pagar para que alguém a elimine?” O jornalista fica sem resposta… E o papa conclui: “do ponto de vista humano, eu pergunto: é lícito eliminar uma vida humana para resolver um problema? É justo pagar um sicário para resolver o problema?”.

De tal modo que não adianta querer usar o magistério do Papa Francisco de modo ideológico, tentando justificar de algum modo a conivência diante do aborto, ainda mais de uma criança em idade gestacional tão avançada e viável. Isto é tão somente uma desonestidade intelectual, além de uma profunda demonstração de anti-eclesialidade.

2. Aborto direto ou indireto

Numa certa altura, o texto afirma que: “a moral tradicional sempre ensinou, e supomos que o bispo Hoepers deveria saber disso, que se a vida da menina corre risco, a intervenção para salvar sua vida que implica indiretamente a morte do feto, não deve ser considerada aborto. Este não é intencionado, mas é entendido como um efeito não voluntário e mal menor face ao bem maior que é o de salvar a vida da mãe sob risco”.

Esta afirmação é absurda, ainda mais aplicada ao caso em concreto. Quem escreveu este texto é um completo desconhecedor da teologia moral (ou um malicioso que está querendo confundir a todos), ao menos em termos minimamente sérios.

Como lemos na afirmação de S. João Paulo II acima reportada, o aborto direto, querido como fim ou como meio, é sempre gravemente ilícito. O papa não mencionou aí o que se chama de aborto indireto. Para entendê-lo, precisamos entender antes aquilo que os moralistas chamam de ação de duplo efeito.

Explicando-o em termos simples, diríamos que, excluída uma ação diretamente abortiva (sempre moralmente ilícita em nível máximo), existem ações que em si mesmas não são abortivas (diretamente), mas que podem ser indiretamente abortivas (como, por exemplo, uma ação terapêutica que possa comportar como efeito colateral, conhecido mas não querido, um aborto). Ora, nestes casos, aplicam-se os princípios morais para o voluntário indireto (daí o nome aborto indireto), que são basicamente três: a ação deve ser intrinsecamente boa, não se deve obter o fim positivo por meios negativos e, por fim, deve haver uma razão proporcionada para que se cumpram tais atos.

Qualquer pessoa minimamente informada sobre o caso em questão sabe que não se trata de um aborto indireto, mas de um aborto diretamente querido como fim, obviamente não pela menina gestante, mas por aqueles que o viabilizaram (ou seja, ela não estava operando de um câncer ou fazendo outra terapia que indiretamente resultou num aborto, mas os médicos estavam realmente realizando um aborto direto).

Os médicos que atenderam a menina no Espírito Santo deram o laudo de que a gravidez não comportava riscos iminentes, que poderia ser serenamente levada adiante por mais algumas semanas, o que seria suficiente para a realização de um parto seguro, de um puerpério viável, de modo que se salvariam as duas vidas, encaminhando-se o bebê para uma adoção certa, pois já havia casais que se tinham oferecido para cuidar da criança, e a própria menina tinha sido apoiada e assistida pela sua diocese de origem.

Por fim, não se aplica aí o alegado princípio do “mal menor”, visto que a escolha não se deu entre dois males irremediáveis, mas sim entre um mal (o aborto) e um bem (o parto seguro para a gestante e para o bebê). 

3. Defesa do aborto “em tese”

Depois de dizer que um ato abortivo não pode ser considerado aborto desde que se queira salvar a vida da mãe, o texto diz: “ninguém que conhecemos considera o aborto um método de contracepção equivalente a qualquer outro, e nenhuma mulher recorre a esse procedimento com a mesma serenidade com que vai ao dentista. Estamos convencidos de que o aborto é sempre uma decisão muito grave e deve ser tratada com respeito”.

Em outras palavras, o autor está simplesmente defendendo o aborto “em tese”, ou seja: 1. um aborto só pode ser considerado como tal se for querido enquanto método contraceptivo; 2. ninguém recorre ao aborto como tal; 3. portanto, devemos respeitar a decisão abortiva.

Alguém não conseguirá perceber que este texto é uma apologia disfarçada de um ato que o magistério solene da Igreja já definiu como intrinsecamente mau e que, portanto, aqueles que subscreveram este texto, especialmente Genésio Boff, estão em aberta oposição ao magistério da Igreja Católica e estão a defender uma tese abertamente contrária tanto à ortodoxia da fé quanto à lei natural?

Será um exagero dizer que Boff et caterva recaem na pena de excomunhão latæ sententiæ pelo simples fato de escreverem tais heresias sem poderem alegar ignorância em seu próprio favor? Caso não incorram nisto, não deveriam ser processados num tribunal eclesiástico imediatamente? São perguntas que todo católico sério deveria fazer-se.

O texto afirma, ainda: “estima-se que, no Brasil, a cada ano mais de um milhão de mulheres recorrem ao aborto. As que podem pagar o procedimento numa clínica, o fazem com segurança; mas as mulheres pobres arriscam a sua vida e muitas, inclusive jovens e adolescentes, morrem. E são milhares. Por isso, o debate deve ser feito com seriedade, levando em conta os conhecimentos científicos, a Ética e – para os cristãos – os preceitos bíblicos de defesa da Vida”.

Como alguém pode alegar os “princípios bíblicos de defesa da vida” apresentando tais argumentos em favor do… aborto (que é a mais covarde forma de matar)? Como alguém pode exigir conhecimentos científicos, dizendo que, “no Brasil, a cada ano mais de um milhão de mulheres recorrem ao aborto”?? Este número foi desmentido publicamente em nossa audiência pública no STF e a nossa argumentação foi séria e nunca foi refutada. Os próprios defensores do aborto já retrocederam na apresentação deste número e dizem, com muito exagero, que o número é de no máximo 500 mil. O autor deste texto é uma pessoa completamente desinformada e deveria se envergonhar, e os signatários não passam de embalistas, que também não entendem nada do assunto.

4. Falácias menores

Os autores do texto apelaram para diversas falácias que também precisam ser devidamente expostas.

Acerca do texto de Dom Walmor, dizem que o mesmo “dá a impressão de que o crime de estupro é menos hediondo do aquele do aborto. Fala que devemos ser ‘compassivos’ mas não mostra em sua comunicação esta compaixão, própria da prática de Jesus e tão pregada pelo Papa Francisco”.

A afirmação do autor, neste ponto, é simplesmente risível. Ele finge escândalo por uma impressão que ele mesmo tem do texto – “dá a impressão!”. Mas não para por aí. Ele ademais se escandaliza por que, segundo ele, Dom Walmor insinuaria que “o estupro é menos hediondo que o aborto”… Quer dizer que, numa escala de crimes hediondos, “matar” não é pior que “abusar sexualmente”? É isto que o autor está afirmando? E ele quer realmente ser levado à sério?

Mais abaixo, o autor continua rasgando as vestes e dando as “razões” de sua indignação: “o simplismo intelectual dessas falas, que, seguindo a linguagem vulgar, não distingue embrião, feto e bebê, e ainda qualifica como pena capital um procedimento cirúrgico destinado a salvar a vida de uma menina, procedimento este feito dentro da estrita observância da legislação oficial brasileira para o caso” e, mais abaixo, “de uma autoridade episcopal nós esperaríamos uma linguagem pastoral de moderação, evitando excessos emotivos moralistas e juvenis que ao ser reproduzida pelas redes digitais pode causar confusão em não poucas pessoas”.

Primeiramente, o autor apela para um argumentum ad hominem (ataque pessoal) muito baixo, bem ao estilo da arrogância intelectual do Boff: “simplismo intelectual”, “excessos emotivos moralistas e juvenis”, desqualificações próprias de pessoas que evitam argumentar verdadeiramente e querem apenas desmerecer o seu oponente, de modo desleal e intelectualmente abjeto, esnobando-o.

Além disso, ele afirma a ideia mentirosa de que houve um “procedimento cirúrgico destinado a salvar a vida da menina”, pois o único objetivo do procedimento foi matar o bebê. Quanto à reclamada distinção entre “embrião, feto e bebê”, passando por alto o fato de que estas distinções são bastante discutíveis, já não é cabível tratar deste modo uma gestação de quase seis meses, quando o parto era viável em termos obstetrícios (há muitíssimos casos similares).

Por fim, é simplesmente absurdo o autor alegar como critério de moralidade que o procedimento foi “feito dentro da estrita observância da legislação oficial brasileira para o caso”, visto que a própria norma técnica que rege estes casos proíbe o aborto, mesmo o resultante de estupro, depois da 22a semana de gestação (além de sumamente imoral, o ato foi ilegal).

5. Motivação e conclusão

No final da carta, o autor diz: “a outra causa de nossa perplexidade é pelo destaque eclesiástico dado a essas manifestações enquanto a Carta ao Povo de Deus, endossada por mais de 150 bispos foi oficialmente ignorada pela CNBB (…) Praticamente todos nós temos vivido bastante para ver, não sem tristeza, o apequenamento da CNBB e a perda do fervor profético face às desgraças que assolam nosso povo, especialmente os mais vulneráveis”.

Na verdade, o que o autor da carta escreve depõe contra a comunhão eclesial. O risco de se vazar uma carta não consensual foi justamente este, o de não ter vazão. Agora, as autoridades eclesiais precisam administrar os mal-entendidos para não permitirem que haja uma divisão na Igreja. É uma posição delicada e que requer muita serenidade e sabedoria.

Quando duas mulheres foram brigar por um filho diante do rei Salomão, a mãe verdadeira preferiu perder o filho, enquanto a mãe falsa preferiu dividi-lo. A divisão nunca é obra de Deus, mas do divisor por excelência. Infelizmente, essas pessoas querem assanhar mais a divisão.

Por fim, os autores concluem dizendo: “esperamos viver ainda o suficiente para ver também o seu ressurgimento, com esses novos bispos que, em sintonia com a proposta de Igreja em saída e com a valiosa colaboração das Pastorais Sociais, denunciam os sistemas e os governantes que destroem a Vida das pessoas e de nossa Natureza”. Ora, eles estão aqui legitimando a destruição de uma vida em nome de que? Da vida? É impressionante a incoerência dessas pessoas.

Diante de tais absurdidades, não podemos senão concluir que estes ataques depõem contra a integridade doutrinal dos seus autores e que os mesmos dão matéria, inclusive, para ações mais incisivas da autoridade eclesiástica, visando proteger os fieis contra tão prejudiciais confusões, que atingem não apenas a unidade da Igreja, mas até a integridade física de indivíduos e, portanto, a segurança da sociedade, pois o aborto mata. Isto é um fato, não uma mera alegação ideológica.


Padre José Eduardo
________________________
Centro Dom Bosco

Padre com covid-19 comove fiéis rezando Missa com tanque de oxigênio



Imagens do pe. Miguel José Medina Oramas, pároco de Santa Lucía de Marillac, em Mérida, no sudeste mexicano, vêm transmitindo uma mensagem inspiradora para muita gente: paramentado, ele celebra a Missa e a transmite via redes sociais enquanto sofre os efeitos da covid-19 usando um tanque de oxigênio para respirar melhor.

A paróquia confirmou em 11 de agosto que o sacerdote tinha testado positivo e já estava “em tratamento médico sob os cuidados da Igreja”.

No dia seguinte, com a ajuda do oxigênio, ele começou as transmissões via redes sociais para não deixar seus fiéis desassistidos na preparação para a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, celebrada no dia 15. De fato, nessa data mariana tão especial, o pe. Miguel celebrou a Missa de Consagração ao Imaculado Coração de Maria, com a participação dos fiéis via Facebook.

O sacerdote declara que “não ia ficar de braços cruzados” durante a pandemia. E não tem ficado, já que vem mantendo contato com os paroquianos mediante a internet e inspirando cada vez mais pessoas com as celebrações eucarísticas que transmite ao vivo, apesar do esforço e do notável cansaço.