quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Dom Orani, as frases soltas do Cabral e a Imprensa desesperada


Oi Povo Católico!

E mais uma vez as fake news vêm bater à nossa porta. Quase sempre é com o Papa Francisco. Mas agora resolveram tretar aqui pelo quintal mesmo: a ideia é carimbar no Cardeal Orani Tempesta (e, a reboque, em toda a Igreja do Brasil) o selo da corrupção.

Nestes últimos dias, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, fez a seguinte declaração durante um depoimento à Justiça:

“O dom Orani devia ter interesse nisso, com todo respeito ao dom Orani, mas ele tinha interesse nisso. Tinha o dom Paulo, que era padre, e tinha interesse nisso. E o Sérgio Côrtes nomeou a pessoa que era o gestor do Hospital São Francisco. Essa Pró-Saúde certamente tinha esquema de recursos que envolvia religiosos. Não tenho a menor dúvida”

"Devia", "Eu acho", "certamente"... ué? Cabral afinal sabe ou não sabe do que está falando? Sabe ou não sabe de algum esquema? Se sabe, porque não disse logo, em vez de ser tão vago?

Uma declaração sem pé nem cabeça, mas que fez os olhos da grande mídia brasileira brilharem: a chance de implicar um cardeal muito conhecido em alguma coisa. Literalmente, em qualquer coisa. E começou um festival de bobagens que chega a ser difícil de acreditar.

Uma das matérias que está circulando pelas redes sociais conta histórias de uma década atrás, quando Dom Orani nem sequer era arcebispo do Rio de Janeiro! A matéria fala dos gastos excessivos de Padre Edvino Steckel e do dia em que Monsenhor Abílio da Nova foi pego no aeroporto com dinheiro não declarado. Nenhum dos dois assuntos tem qualquer relação com o que foi dito pelo Cabral, e só servem de pretexto para atacar a Igreja. A matéria finaliza dizendo que ninguém foi punido. Mas para o jornalista, que parece querer ser juiz, escapa o detalhe de que, no caso do Edvino não houve crime, houve má administração e, por isso, ele foi punido sendo afastado do cargo de ecônomo da Arquidiocese. No caso de Monsenhor Abílio, houve punição, sim: levou a multa que qualquer um levaria nesses casos. Ponto final.

Vaticano: Cardeal explica normas do Vaticano para acompanhar filhos de sacerdotes



O cardeal Beniamino Stella, prefeito da Congregação para o Clero (Santa Sé), explicou hoje em entrevista ao portal ‘Vatican News’ as diretrizes do Dicastério para os casos dos sacerdotes do rito latino que têm filhos.

O responsável sublinha que a Santa Sé segue, desde o pontificado de Bento XVI (2005-2013), a prática de dispensar padres com menos de 40 anos, “com o objetivo de salvaguardar o bem da prole, isto é, o direito das crianças de ter ao seu lado um pai e uma mãe”.

O portal de notícias do Vaticano recorda que, nos últimos dias, esteve em Roma o psicoterapeuta Vincent Doyle, filho de um padre católico irlandês e fundador da “Coping Internacional”, associação para a defesa dos direitos de crianças por padres católicos em todo o mundo.

Foi Doyle a falar publicamente de um documento da Congregação para o Clero, de uso interno, com diretivas para os casos de sacerdotes com filhos.

O prefeito da Congregação para o Clero assinala que, nestes casos, não está em causa apenas o “necessário apoio econômico”.

“O que deve acompanhar o crescimento de uma criança é, acima de tudo, o afeto dos pais, uma educação adequada, de facto, tudo o que envolve um exercício eficaz e responsável da paternidade, especialmente nos primeiros anos de vida”, sustenta o cardeal Stella.

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2019: «A criação encontra-se em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus» (Rm 8,19)



MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA 2019
Terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

«A criação encontra-se em expectativa ansiosa, 
aguardando a revelação dos filhos de Deus» (Rm 8, 19)

Queridos irmãos e irmãs!

Todos os anos, por meio da Mãe Igreja, Deus «concede aos seus fiéis a graça de se prepararem, na alegria do coração purificado, para celebrar as festas pascais, a fim de que (…), participando nos mistérios da renovação cristã, alcancem a plenitude da filiação divina» (Prefácio I da Quaresma). Assim, de Páscoa em Páscoa, podemos caminhar para a realização da salvação que já recebemos, graças ao mistério pascal de Cristo: «De facto, foi na esperança que fomos salvos» (Rm 8, 24). Este mistério de salvação, já operante em nós durante a vida terrena, é um processo dinâmico que abrange também a história e toda a criação. São Paulo chega a dizer: «Até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus» (Rm 8, 19). Nesta perspectiva, gostaria de oferecer algumas propostas de reflexão, que acompanhem o nosso caminho de conversão na próxima Quaresma.

1. A redenção da criação

A celebração do Tríduo Pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, ponto culminante do Ano Litúrgico, sempre nos chama a viver um itinerário de preparação, cientes de que tornar-nos semelhantes a Cristo (cf. Rm 8, 29) é um dom inestimável da misericórdia de Deus.

Se o homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, que se deixa guiar pelo Espírito Santo (cf. Rm 8, 14), e sabe reconhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela lei gravada no seu coração e na natureza, beneficia também a criação, cooperando para a sua redenção. Por isso, a criação – diz São Paulo – deseja de modo intensíssimo que se manifestem os filhos de Deus, isto é, que a vida daqueles que gozam da graça do mistério pascal de Jesus se cubra plenamente dos seus frutos, destinados a alcançar o seu completo amadurecimento na redenção do próprio corpo humano. Quando a caridade de Cristo transfigura a vida dos santos – espírito, alma e corpo –, estes rendem louvor a Deus e, com a oração, a contemplação e a arte, envolvem nisto também as criaturas, como demonstra admiravelmente o «Cântico do irmão sol», de São Francisco de Assis (cf. Encíclica Laudato si’, 87). Neste mundo, porém, a harmonia gerada pela redenção continua ainda – e sempre estará – ameaçada pela força negativa do pecado e da morte.

Esquerda dos EUA vota pela morte de bebês nascidos vivos após tentativa de aborto


Os legisladores democratas bloquearam ontem no Senado dos Estados Unidos um projeto de lei promovido pelos republicanos para garantir atendimento médico a crianças nascidas com vida após uma tentativa de aborto tardio.

O projeto fracassou e não conseguiu os 60 votos necessários, apesar 53 legisladores - três deles democratas - votarem favor, 44 - todos democratas - votaram contra. Após a votação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou aos democratas de apoiarem a "execução de bebês".

"A posição dos democratas sobre o aborto agora é tão extrema que eles não se importam em executar bebês após o nascimento. Isso será lembrado como um dos votos mais chocantes da história do Congresso. Se há uma coisa que todos devemos concordar, é em proteger as vidas de bebês inocentes", escreveu o presidente americano no Twitter.

O projeto tinha como objetivo forçar médicos abortistas a dar "o mesmo nível de habilidade profissional, cuidado e diligência para preservar a vida" de crianças nascidas com vida após um aborto, assim como fariam com qualquer outro nascido vivo no mesmo estado de gestação. O texto previa punições na Justiça para quem descumprisse.

Os republicanos disseram que deixar um recém-nascido morrer nessas condições é um "infanticídio".

Os críticos ao projeto, por outro lado, argumentaram que o texto pretendia desencorajar médicos a praticar o aborto por medo das sanções em um ataque aos direitos reprodutivos das mulheres.

Segundo eles, a proposta também legislava para uma prática quase inexistente. De acordo com dados do governo, apenas 1% dos abortos nos Estados Unidos ocorre depois da 21ª semana.

O projeto teve a oposição de seis senadores democratas que já anunciaram a intenção de concorrer nas primárias em 2020: Elizabeth Warren, Bernie Sanders, Kamala Harris, Kirsten Gillibrand, Cory Booker e Amy Klobuchar.

A arte do negócio de Trump não chegou para convencer Kim — mas o processo é longo...

Trump acenou com notas de dólares, mas Kim não foi capaz de largar os seus mísseis. A cimeira de Hanói foi interrompida de forma abrupta e sem acordo. Mas, até ver, os dois líderes continuam amigos.


Amigo não empata amigo. Foi nesse espírito que Donald Trump anunciou esta quinta-feira de manhã que, após dois dias de cimeira em Hanói com o ditador Kim Jong-un, não havia um acordo a anunciar entre os EUA e a Coreia do Norte. O anúncio foi feito numa conferência de imprensa em que o Presidente norte-americano sublinhou as já antigas diferenças com os norte-coreanos, mas utilizando um tom de assumida cordialidade com o regime de Pyongyang.

“Estivemos o dia todo com Kim Jong-un. Ele é um bom tipo, é uma personagem, e penso que a nossa relação é muito forte. Mas, ao mesmo tempo, tínhamos algumas opções, mas decidimos não optar por nenhuma delas. Vamos ver até onde é que isto vai. Foram dois dias muito interessantes e produtivos. Mas às vezes temos de sair e hoje é uma dessas vezes”, disse Donald Trump, numa sala cheia de jornalistas.

Pe. Zezinho: “Hino Nacional? Eu gosto e canto desde menino!”


  
Consigo distinguir entre partidos, esquerda, direita, centro, ideologia e Brasil. Sou a favor de cantar o Hino Nacional na escolas e nos estádios. Aos 8 anos eu o cantava e cresci vivendo isso. E mesmo no exterior eu me sentia orgulho de nossa bandeira e do nosso hino. Não misturo este hino com doutrinação!

Pouco me importa se a direita quer isso ou a esquerda não quer. Eu sou a favor. Até porque conheço gente da esquerda e de direita que também sabe a diferença entre cantar uma canção de amor, de safadeza ou um hino de amor ao nosso povo. Eu canto e gosto e nem por isso vou ser direitista ou esquerdista ou menos católico!

Carnaval à Vista


Semana próxima é o Carnaval. Como todos os anos, aproveitamos a ocasião para uma reflexão de ordem histórica e espiritual.

Segundo uma teoria, a origem da palavra “carnaval” vem do latim “carne vale”, “adeus à carne”, pois no dia seguinte começava o período da Quaresma, tempo em que os cristãos se abstêm de comer carne, por penitência. Daí que, ao se despedirem da carne na terça-feira que antecede a Quarta-Feira de Cinzas, se fazia uma boa refeição, com carne evidentemente, e a ela davam adeus. Tudo isso, só explicável no ambiente cristão, deu origem a uma festa nada cristã. Vê-se como o sagrado e o profano estão bem próximos, e este pode contaminar aquele. Como hoje acontece com as festas religiosas, quando o profano que nasce em torno do sagrado, acaba abafando-o e profanando-o. Isso ocorre até no Natal e nas festas dos padroeiros das cidades e vilas. O acessório ocupa o lugar do principal, que fica prejudicado, esquecido e profanado.

O Carnaval poderia até ser considerado uma festa pitoresca de marchinhas engraçadas, de desfiles ornamentados, um folguedo popular, uma brincadeira de rua, uma festa quase inocente, uma diversão até certo ponto sadia, onde o povo extravasa sua alegria. Mas, infelizmente, tornou-se também uma festa totalmente mundana e profana, cheia de licenciosidade, onde campeia o despudor e as orgias, onde se pensa que tudo é permitido, onde a imoralidade é favorecida até pelas autoridades, com a farta distribuição de preservativos, preocupadas apenas com a saúde física e não com a moral, por isso chamada “a festa da carne”.

A grande festa cristã é a festa da Páscoa, antecedida imediatamente pela Semana Santa, para a qual se prepara com a Quaresma, que tem início na Quarta-Feira de Cinzas, sinal de penitência. Por isso, é a data da Páscoa que regula a data do Carnaval, acontecendo sempre este 47 dias antes da Páscoa, no dia imediato antes da Quarta-Feira de Cinzas.

Pedofilia na Igreja: as propostas de Francisco para combater os abusos



Durante o discurso de abertura do seminário “Proteção dos Menores na Igreja” (leia aqui), o Papa Francisco mencionou alguns “pontos para reflexão” que ele distribuiria aos presentes. Estes itens representam as principais propostas e pensamentos do Santo Padre sobre o tema e, possivelmente, serão a base para um plano de ação a ser traçado após o evento.

Abaixo listamos os 21 “pontos de reflexão” de Francisco.
(tradução e grifos de O Catequista)

1.  Desenvolver um manual prático em que especifica as medidas a serem adotadas pela autoridade em todos os momentos-chave do surgimento de um caso.

2. Criar estruturas de escuta, compostas por pessoas preparadas e experientes, onde exerce um primeiro discernimento dos casos de supostas vítimas.

3. Estabelecer os critérios para o envolvimento direto do Bispo ou do Superior Religioso.

4. Implementar procedimentos comuns para o exame das alegações, a proteção das vítimas e o direito de defesa dos acusados.

5. Informar as autoridades civis e as autoridades eclesiásticas superiores em conformidade com as normas civis e canônicas.

6. Fazer uma revisão periódica de protocolos e padrões para salvaguardar um ambiente seguro para os menores em todas as estruturas pastorais; protocolos e normas baseados nos princípios da justiça e da caridade devem ser integrados para que a ação da Igreja também neste campo esteja em conformidade com a sua missão.

7. Estabelecer protocolos específicos para lidar com acusações contra os Bispos.

8. Acompanhar, proteger e tratar as vítimas, oferecendo-lhes todo o apoio necessário para uma recuperação completa.

8.Aumentar a consciência das causas e consequências do abuso sexual através de contínuas iniciativas de formação permanente de bispos, superiores religiosos, clérigos e agentes pastorais.

9. Preparar percurso de cura pastoral das comunidades feridas pelos abusos e itinerários penitenciais e de recuperação para os culpados.

10.Fortalecer a cooperação com todas as pessoas de boa vontade e com os meios de comunicação, a fim de reconhecer e distinguir os verdadeiros dos falsos casos, e as acusações de difamação, evitando ressentimentos e insinuações, rumores e calúnias (cf. Discurso à Cúria Romana 21 de dezembro de 2018).