sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

“A Igreja hoje renunciou a ensinar a verdade integral”, diz Cardeal



Dom Gerhard Müller fala de maneira calma, mas seu juízo vem alta e claramente. Ele me acolhe cordialmente em seu apartamento, a um pulo da Basílica de São Pedro, que ele manteve apesar de ter sido demitido pelo Papa Francisco de uma forma um tanto áspera em julho de 2017, quando não renovou seu mandato como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Cardeal Müller, em vinte dias haverá um encontro no Vaticano sobre abusos sexuais, um escândalo que está obscurecendo a imagem da Igreja e que, ao mesmo tempo, causa muitas tensões internas…

É terrível para a Igreja que haja padres envolvidos, homens que em vez de terem vidas exemplares, abusam de sua missão. Representantes de Jesus Cristo, o Bom Pastor, agindo como lobos: é a perversão de sua missão.

A esmagadora maioria dos abusos sexuais cometidos por padres são, na verdade, atos homossexuais.

É fato que cerca de 80% das crianças vítimas de abuso são homens e adolescentes. Devemos encarar essa realidade, são estatísticas que não podem ser negadas. Quem quer que ignore os fatos não quer resolver o problema. Fazem acusações contra os que dizem a verdade, ao afirmar que eles têm uma inclinação geral contra os homossexuais. Mas os homossexuais enquanto categoria não existem, é uma invenção. É evidente que eles falam para encobrir os seus próprios interesses. Na criação, o conceito de homossexualidade não existe, é uma invenção que não possui fundamento na natureza humana. Essas tendências não são ontológicas, mas de ordem psicológica. Alguns querem tornar a homossexualidade em um dado ontológico.

Em vista do encontro no fim de fevereiro, há aqueles que querem usá-lo como oportunidade para argumentar que não importa se um padre tem tendências homossexuais, o importante é que ele viva castamente. Na Alemanha, há bispos que já deram declarações neste sentido.

Seria um crime contra a Igreja: explorar o pecado para estabelecer ou normalizar o pecado contra o sexto mandamento, um crime. Não há forma de legitimar atos homossexuais ou mesmo atos sexuais desordenados. Se cremos em Deus, cremos que os dez mandamentos são expressões diretas da vontade salvífica de Deus para conosco, são a substância da moralidade do homem e de sua felicidade, são expressão da vida, da verdade de Deus.

Recentemente, o caso de uma missa ecumênica em Milão foi denunciado, na qual uma pastora batista leu o Evangelho, pregou a homilia e distribuiu a Eucaristia após permanecer ao lado do padre durante a consagração. O pároco explicou que a transubstanciação é só uma forma de compreender a Eucaristia. Este tipo de ecumenismo não é um fato isolado.

Isso equivale a um ato blasfemo. Há uma ignorância grosseira entre os padres, bispos e mesmo cardeais: eles são servos da Palavra de Deus, mas não a conhecem, bem como desconhecem a doutrina. Se falamos de transubstanciação, o Quarto Concílio de Latrão, o Concílio Tridentino e também o Vaticano II, assim como algumas encíclicas, como Mysterium Fidei (1965) explicaram que com essa expressão a Igreja reconhece a verdadeira conversão do pão e do vinho na substância do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Na Inglaterra, no tempo de Eduardo VI e Elizabeth I (século XVI), havia a pena de morte para aqueles que acreditavam na transubstanciação. Muitos católicos foram martirizados e não sacrificaram suas vidas por causa de uma das muitas maneiras de compreender a Eucaristia, era pela verdade do sacramento.

EUA: Nova Iorque permitirá abortar bebês até nada menos que 1 dia antes do parto



O Estado de Nova Iorque aprovou a lei mais extrema que já existiu nos Estados Unidos em relação ao extermínio de seres humanos no ventre materno: as mulheres poderão abortar até nada menos que um dia antes do nascimento do bebê.

A “fundamentação” para essa lei é tão absurdamente arbitrária que, se a gestante der à luz e matar seu bebê logo após o parto, cometerá crime de infanticídio, mas, se o fizer na véspera, alegando “problemas de bem-estar“, o mesmíssimo crime contra a mesmíssima vítima será considerado perfeitamente legal.

O espantoso “novo critério” foi “legado” à população de Nova Iorque pelos seus parlamentares que, por 38 votos contra 24, aprovaram a assim chamada “Lei de Saúde Reprodutiva” no Estado. As unidades da federação norte-americana são autônomas para legislar sobre o aborto, diferentemente do Brasil.

Os promotores da nova lei escolheram uma data emblemática para os defensores do aborto: o aniversário do caso “Roe versus Wade“, o polêmico processo que estabeleceu jurisprudência favorável ao aborto naquele país no início da década de 1970. A própria protagonista do caso, anos depois, se arrependeu e se tornou ativista pró-vida, mas os militantes abortistas mantêm essa data como um marco vitorioso para o que chamam de “direitos reprodutivos”. O advogado que ganhou o controverso caso, aliás, esteve presente na sessão que aprovou a nova legislação abortista nova-iorquina.

Após aprovar a mudança na lei, o governador democrata Andrew Cuomo, que hipocritamente se define como “católico”, declarou, apelando para o insustentável sofisma de que o bebê seria parte disponível do corpo da gestante:

“Com a assinatura desta lei, estamos enviando uma mensagem clara de que não importa o que acontece em Washington: as mulheres de Nova Iorque terão sempre o direito fundamental de controlar o seu próprio corpo”.

PEC que inclui “desde a concepção” na Constituição é desarquivada pelo senador Eduardo Girão



O senador Eduardo Girão (PODE-CE) resgatou nesta quarta-feira (06/02) a chamada “PEC da Vida“, que inclui no artigo 5º da Constituição Federal a frase  “da inviolabilidade do direito à vida, desde a concepção”. Na prática, a aprovação dessa PEC blindaria o Brasil contra novas tentativas de legalização do aborto.

A PEC foi uma iniciativa do ex-senador Magno Malta e, como todos os outros projetos de lei, foi arquivada ao término da última legislatura. Contudo, esses projetos e PECs podem ser desarquivados pelos atuais parlamentares se o pedido de retomada ocorrer em até 180 dias após a primeira sessão e vier acompanhado de número suficiente de assinaturas. O senador Girão, que tem um longo histórico de envolvimento na luta contra o aborto, mesmo antes de entrar para a política, liderou a coleta dessas assinaturas e obteve os 27 apoios necessários.

Junto ao Estatuto do Nascituro, a aprovação dessa PEC é hoje a principal luta do movimento pró-vida no Congresso Nacional.

Cardeal descarta uma nova mediação do Vaticano em crise na Venezuela



O Administrador Apostólico de Caracas, Cardeal Baltazar Porras, descartou a possibilidade de uma nova mediação da Santa Sé para solucionar a crise na Venezuela, depois que o presidente Nicolás Maduro divulgou uma carta enviada ao Papa Francisco com este pedido.

"Acredito que as circunstâncias dizem que não. Por quê? Porque é um chamado com uma página em branco para conversar, mas para conversar sobre o quê, não há agenda prévia", disse o Cardeal Porras à Rádio Continental da Argentina na quarta-feira, 6 de fevereiro.

O Cardeal lembrou que em ocasiões anteriores, quando o Vaticano participou como facilitador do diálogo, o que conseguiu do governo de Maduro foi "um deboche. Realmente temos que chamar assim as vezes em que o Vaticano foi convocado. O Papa quis de boa vontade enviar alguém, e não se alncaçou nada”.

Além disso, a intenção do regime de buscar "uma saída de fachada" torna a mediação vaticana "inviável", indicou.

Na coletiva de imprensa que concedeu no voo de regresso a Roma, depois de visitar os Emirados Árabes Unidos, o Papa Francisco disse que, para que a mediação ocorra, "é necessária a vontade de ambas as partes, ambas as partes pedindo. Esse foi o caso da Argentina e do Chile" que evitaram uma guerra em 1978.

Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela, não solicitou a mediação do Vaticano. Enquanto isso, a cada dia mais países o reconhecem como mandatário legítimo.

RJ: Dom Orani Tempesta expressa orações por jovens falecidos em incêndio no Flamengo


O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, manifestou através de sua conta no Twitter suas orações pelos 10 jovens falecidos nesta sexta-feira, em decorrência de um incêndio no Centro de Treinamento (CT) do Flamengo.

“Que Deus acolha em sua infinita misericórdia os jovens vítimas do incêndio que atingiu o CT do Flamengo, nesta manhã. Rezemos!”, escreveu o Arcebispo.

Na manhã desta sexta-feira, as chamas atingiram os alojamentos do Ninho do Urubu, em Vargem Grande, na zona oeste Rio de Janeiro, onde dormiam os jovens de 14 a 17 anos, da categoria de base do Flamengo. Além dos dez falecidos, três ficaram feridos.

De acordo com a imprensa local, a suspeita é de que a causa do incêndio tenha sido um curto-circuito no ar condicionado.

Funcionários da base do Flamengo informaram que, devido às fortes chuvas que atingiram a cidade na noite de quarta-feira, os treinos de quinta e sexta-feira haviam sido cancelados e os atletas que moram no Rio de Janeiro foram para casa. Por isso, estavam no alojamento apenas atletas de outras cidades.

Nas redes sociais, diversas pessoas, instituições e times de futebol do Brasil e de outros países expressaram sua solidariedade ao Flamengo e aos familiares das vítimas, com o uso da hashtag #ForçaFlamengo.

“Que grande tristeza a perda da vida desses jovens atletas e outros membros do clube! Nos unimos às famílias e a dor de todos aqueles que trabalham no Clube de Regatas do Flamengo. Contem com nossas orações e nosso carinho fraterno”, escreveu Pe. Augusto Bezerra, da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

“Nossas orações pelos meninos e pelas famílias. Após a tragédia das chuvas que, em virtude da falta de investimentos, mais uma vez ceifou vidas e destruiu propriedades, agora a dor dos garotos e de suas famílias, sonhos que não serão realizados, misericórdia”, comentou Pe. Jorge Luiz Neves, conhecido como Pe. Jorjão, ao compartilhar uma imagem do escudo do Flamengo.

MPRJ quer retirar oratório de praça no Rio e leva resposta firme de padre


O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) está solicitando, mediante ação pública, que um oratório dedicado a Nossa Senhora Aparecida seja retirado da Praça Milton Campos, no bairro do Leblon, onde foi construído em 2017 por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem original de Aparecida no Rio Paraíba do Sul em 12 de outubro de 1717. A ação também quer impedir, em caráter permanente, a construção de novos oratórios nas praças públicas de toda a cidade do Rio.

Segundo o MPRJ, a construção é irregular: teria surgido como estrutura temporária, mas a prefeitura a manteve na praça e, em decorrência, o local passou a receber cultos públicos.

O que dizem os defensores do oratório

A paróquia Santos Anjos, do mesmo Leblon, informa em sua conta no Instagram que “há mais de 12 anos existe uma tradição religiosa: toda quarta-feira pela manhã o terço é rezado nesta praça”. De fato, na inauguração do oratório, o pe. Thiago Azevedo, pároco, tinha declarado ao site da arquidiocese carioca que os participantes no terço eram, “na maioria, idosos, muitos com dificuldades para se locomoverem, ou até mesmo enfermos“, razão pela qual surgiu entre os próprios moradores a iniciativa de erguer ali “um pequeno oratório em honra a Nossa Senhora Aparecida“.

A postagem da paróquia prossegue:

“Desde outubro de 2017, na comemoração dos 300 anos de Aparecida, por meio de um abaixo-assinado com mais de 1000 assinaturas, conseguimos legalmente autorização para a instalação do oratório com a imagem, publicado no Diário Oficial do Município”.

No entanto, “a denúncia de uma pessoa mobilizou o Ministério Público”: “tal fato parece-nos um caso típico de intolerância religiosa”.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

O que não dizer ao seu parceiro durante uma briga



Você está com raiva. Seu parceiro está com raiva. Vocês estão no meio de uma briga. Como isso vai acabar? Depende. Se você disser o que quer dizer, sem filtro e sem censura, provavelmente não irá bem. Se seu companheiro despeja cada coisa que ele está pensando, isso também não ajudará. Nessas horas, você precisa de algumas dicas importantes. Primeiro, reconheça que, embora seja responsabilidade do seu parceiro controlar as ações dele, o que você disser durante uma briga influenciará seu comportamento. E por mais que você queira enterrá-lo sob uma avalanche de palavras, contenha-se! Dê uma olhada nessas sugestões que irão te ajudar a saber “o que não dizer ao seu parceiro durante uma briga”:

“Isso é ridículo.”

Outras versões desta declaração exaltada são: “que estúpido”, “que burrice” ou “isso é loucura!” Qualquer uma dessas frases cai na categoria de rotulagem. Digamos que seu parceiro esteja começando a se explicar e você fala alguma coisa como “isso é ridículo”. Pronto. Você acabou de jogar gasolina no fogo. A reação a esse comentário poderia provocar uma atitude defensiva nele e colocá-lo no ataque.

Se você realmente discordar de algo que ele disse, diga de maneira não ameaçadora e sem julgamento. Lembre-se de que uma das necessidades básicas de qualquer pessoa é se sentir respeitado.

“Você é egoísta.”

Se o seu parceiro tiver um bom coração, esta frase realmente vai machucá-lo. A maioria das pessoas que amam seus cônjuges e filhos fazem o que fazem por causa de sua família. Assim como você, ele provavelmente sacrifica muitas de suas preferências e escolhe ficar com você e com as crianças.

Mas caso você perceba que naquele momento específico ele realmente está sendo egoísta, fale de uma maneira diferente. “Lembra quando você planejou aquele passeio no fim de semana anterior a minha entrega daquele importante projeto no trabalho? Bem, isso me deixou um pouco irritado, porque você não checou meu calendário primeiro”. Parece ser bem mais trabalhoso dizer algo assim, mas é muito melhor do que o ataque: “você é egoísta! ”

Existiu socialismo no Brasil?



Alguns jornalistas (sempre tem um jornalista pra zoar o coreto) riram de uma declaração de Bolsonaro, dizendo que vai lutar contra o socialismo no Brasil. Entre risadinhas em tom de superioridade ao resto de nós, comuns mortais, afirmaram que é fácil lutar contra o que nunca existiu.

A despeito da declaração de Bolsonaro (se tivesse dito que lutaria contra o fascismo, jornalistas estariam fazendo fila para lhe massagear com órgãos impróprios), e apesar de sua gramática ser óbvia (você não precisa lutar apenas contra o que já está consolidado, e é vergonhoso ter de explicar isso a… jornalistas), a questão é realmente interessante: existiu socialismo no Brasil? E podemos chamar o PT de socialista?

A pergunta exige uma resposta menos apressada do que aquelas dadas entre risadinhas engraçadinhas de quem nada entende do assunto – ou, o que às vezes é ainda pior, acha que socialismo é só o que aconteceu na União Soviética, e nunca leu um autor socialista contemporâneo, embora tratem-nos como semi-deuses da intelectualidade acadêmica em seus jornais.