sábado, 28 de fevereiro de 2015

Primeira pregação da Quaresma 2015: 'A alegria do Evangelho enche o coração e a vida'.


Primeira Pregação de Quaresma - 2015
“A ALEGRIA DO EVANGELHO PREENCHE O CORAÇÃO E A VIDA”
Reflexões sobre a “Evangelii gaudium”, do papa Francisco


Gostaria de aproveitar a ausência do Santo Padre, nesta primeira meditação da Quaresma, para propor uma reflexão sobre a sua exortação apostólica Evangelii Gaudium (EG), que eu não me atreveria a fazer em presença dele. Não será, é claro, um comentário sistemático, e sim uma reflexão em conjunto, procurando assimilar alguns dos seus pontos cruciais.

1. O encontro pessoal com Jesus de Nazaré

Escrita em conclusão do sínodo dos bispos sobre a nova evangelização, a exortação apresenta três polos de interesse interligados: o sujeito, o objeto e o método de evangelização, ou seja, quem deve evangelizar, o que se deve evangelizar e como se deve evangelizar. Sobre o sujeito evangelizador, o papa diz que se trata de todos os batizados:

"Em virtude do batismo recebido, todos os membros do povo de Deus se tornaram discípulos missionários (cf. Mt 28,19). Todo batizado, seja qual for a sua função na Igreja e o nível de instrução da sua fé, é um sujeito ativo da evangelização e seria inadequado pensar num esquema de evangelização realizado por atores qualificados e no qual o resto do povo fiel fosse apenas receptor das suas ações. A nova evangelização tem de envolver um novo protagonismo de cada um dos batizados" (nº 120).

Esta afirmação não é nova. Ela já tinha sido feita pelo beato Paulo VI na Evangelii nuntiandi e por São João Paulo II na Christifideles laici. Bento XVI também insistiu no papel especial de evangelização reservado à família[1]. Antes ainda, o chamado universal a evangelizar tinha sido proclamado pelo decreto Apostolicam actuositatem, do Concílio Vaticano II. Certa vez, ouvi um leigo norte-americano começar assim um discurso de evangelização: "Dois mil e quinhentos bispos, reunidos no Vaticano, me escreveram pedindo para vir anunciar o Evangelho a vocês". Todos, é claro, ficaram curiosos para saber quem era aquele homem. E ele então, cheio de bom humor, explicou que os dois mil e quinhentos bispos eram os que tinham participado do Concílio Vaticano II e escrito o documento sobre o apostolado dos leigos. Ele estava absolutamente certo: aquele documento não era genérico, mas dirigido a todos os batizados e ele o considerava justamente como dirigido a ele em pessoa.

Não é, portanto, neste ponto que se deve procurar a novidade da EG do papa Francisco. Ele apenas reitera o que seus antecessores tinham inculcado repetidamente. A novidade tem de ser buscada em outro lugar, no apelo que ele faz aos leitores no início da carta e que, penso eu, constitui o coração de todo o documento:

"Convido todos os cristãos, de todo lugar e situação, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo, ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de procurá-lo todos os dias com firmeza. Não há motivo para que alguém ache que este convite não é para ele" (EG, nº 3).

Isto quer dizer que o objetivo último da evangelização não é a transmissão de uma doutrina, mas o encontro com uma pessoa, Jesus Cristo. A possibilidade de tal encontro cara a cara depende do fato de que, ressuscitado, Jesus está vivo e quer andar ao lado de cada crente, do mesmo jeito que andou ao lado dos dois discípulos na estrada para Emaús; mais ainda, do mesmo jeito que estava presente no coração de ambos quando eles voltavam para Jerusalém, depois de recebê-lo na partilha do pão. 

Conheça os assírios: cristãos perseguidos pelo Estado Islâmico


Os assírios, atacados por jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), formam uma antiga comunidade cristã cuja presença na Síria é recente, em função dos massacres que sofreram no Iraque.

Esta comunidade faz parte das muitas que formam o mosaico de cristãos do Oriente e se destaca como sendo os descendentes do antigo império assírio estabelecido na Mesopotâmia, muito antes da introdução do cristianismo e do Islã.

Os assírios são cristãos nestorianos, uma corrente do cristianismo condenada pelo Concílio de Éfeso em 431, devido às diferenças sobre a dupla natureza, divina e humana, de Cristo.

Segundo a tradição, foram os apóstolos Tomé e Judas Tadeu que evangelizaram a Mesopotâmia. Em 37, Judas Tadeu se tornou o primeiro bispo de Seleucia-Ctesiphon, a capital dos partas, perto da atual Bagdá, enquanto Tomé partiu para a Índia.

O que é certo, porém, é que, desde o final do século I, missionários vindos da Palestina ou de Antióquia estabeleceram-se a oeste do Império Parta, próximo das comunidades judaicas da Babilônia e das populações aramaicas da Alta Mesopotâmia.

Esses, que falam aramaico, são considerados os descendentes dos assírios, daí o nome de comunidades "assírias". 

Bolivianos começam a se preparar para a visita do Papa

Dom Scarpellini comenta início dos preparativos
para a visita de Francisco à Bolívia / Foto: Rádio Vaticano

O bispo de El Alto, na Bolívia, Dom Eugenio Scarpellini, que é secretário da Conferência Episcopal, informou que a Igreja boliviana deu início à preparação para a visita do Papa Francisco prevista para julho próximo. A viagem acontecerá provavelmente depois da primeira etapa, o Paraguai. Embora não se saiba com exatidão a data da viagem, o próprio Papa adiantou à diretora do cotidiano La Razón, de La Paz, capital boliviana: “Um abraço grande a todos os bolivianos, irei ao país em julho”.

Sobre o início dos preparativos, Dom Scarpellini salientou que, nesta primeira fase, a cinco meses da chegada do Papa, duas são as tarefas principais: a coordenação das comunidades paroquiais e a elaboração de material para a catequese preparatória, que inclui informações sobre Francisco, sua pessoa e sua missão.

“Concretamente, trata-se de dar relevância ao magistério do Pontífice; o material será dividido em três conteúdos específicos: ‘a figura bíblica de Pedro e de seu sucessor’, ‘a Igreja como espaço onde se faz presente o Reino de Deus’ e, enfim, textos específicos para crianças, jovens, famílias e educadores. Provavelmente, as primeiras cópias destes subsídios serão distribuídas em duas ou três semanas”. 

O adultério é realmente tão grave assim?

Se o primeiro casamento fracassou e a pessoa constituiu uma nova união, 
o que pede o Direito Canônico?

Adultério é a união sexual voluntária entre uma pessoa casada e outra que não é seu cônjuge.

Por que a Igreja considera isso grave? Não se trata somente de fazer sexo fora do casamento, mas também atentar contra o vínculo matrimonial, que não é algo simplesmente humano, mas sim estabelecido pelo próprio Deus.

Diante da realidade do adultério, é preciso ter algumas coisas claras:

1. A magnitude do pecado de adultério

As pessoas costumam achar que, se não há escândalo, não há gravidade. Mesmo que ninguém fique sabendo, o pecado existe – e os primeiros prejudicados são os próprios protagonistas.

Este pecado machuca a Igreja, a sociedade e tem a ver com algo ainda mais profundo, que é romper a aliança com Deus.

2. Nenhum pecado tem justificativa

Nenhum pecado tem justificativa, e menos ainda o de adultério, com uma suposta lógica humana, dizendo: "todo mundo faz", "a culpa do fracasso no casamento não foi minha e por isso tenho o direito de refazer minha vida junto a outra pessoa" etc.

O inimigo faz o mal com aparência de bem, seguindo a lógica do mundo.

3. Sacrificar-se pelo bem maior

É preferível fazer sacrifícios e renúncias para ter uma consciência limpa, tranquila e pura, que ter o que o mundo oferece, mas com remorsos e longe da salvação.

Jesus disse: "Nem todo aquele que me diz 'Senhor, Senhor' entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade do meu Pai" (Mt 7, 21). Qual é a vontade do Pai? Respeitar o vínculo sacramental, apesar de tudo.

4. Em uma relação adúltera não há amor

Não pode haver amor em meio ao pecado; podem chamar isso de paixão, carência, necessidade de sexo, busca de proteção, mas não de amor.

Deus é amor (1 Jo 4, 8) e, por isso, o amor só pode estar realmente em relações abençoadas por Ele, nas quais respeitam sua presença.

5. Comunhão

Só se pode comungar em estado de graça, ou seja, sem pecados graves ou mortais. Recebe a comunhão quem está em comum-união com Deus.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ex-Ministra do Iraque afirma: Há um genocídio de cristãos do qual ninguém fala


"No Iraque está acontecendo um autêntico genocídio do qual ninguém quer falar e nenhuma instância internacional se ocupa", assim o denunciou Pascale Warda, ex-ministra iraquiana entre os anos 2004 e 2005.

Em roda de imprensa organizada pela organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e pela Fundação Promoção Social da Cultura (FPSC), Pascale Warda assegurou que "necessitamos ajuda internacional para lutar contra o Estado Islâmico. É diabólico. É um movimento internacional de terrorismo que necessita soluções autênticas internacionais".

Em sua opinião, o Estado Islâmico (EI) só quer "aniquilar" a presença cristã e toda minoria social e religiosa que se oponha aos seus princípios, quando a comunidade cristã no Iraque se remonta ao século I, muito antes da chegada do Islã. "Em Mosul pela primeira vez agora em 2.000 anos não se celebra a Eucaristia. É uma etapa histórica muito negra" para os caldeus.

"Os cristãos estão sendo massacrados e têm que buscar agora como restabelecer a sua existência em um país que é seu muito antes que dos outros. É muito difícil, são poucos e estão enfraquecidos", disse.

Neste sentido, Warda advertiu aos países ocidentais que se o Estado Islâmico "está agora localizado no Iraque, amanhã mesmo pode estar em seus próprios países" e, por isso, pediu colaboração à comunidade internacional para solucionar o problema. 

Igreja Ortodoxa reconhecerá oficialmente como mártires os 21 cristãos coptos decapitados na Líbia

O vídeo da matança dos 21 imigrantes coptas na Líbia inspirou esta pintura.
Fonte: Terrasanta.net

O Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Teodoro II, anunciou que os nomes dos 21 cristãos egípcios decapitados na Líbia pelo Estado Islâmico (ISIS), serão incluídos no Sinaxario, o equivalente oriental do martirológio romano.

Assim o informou no dia 20 de fevereiro o site Terrasanta.net, que é a revista dos Santos Lugares a serviço da Custódia da Terra Santa.

A publicação explicou que este procedimento “equivale à canonização na Igreja latina”. “O martírio destes 21 fiéis se comemorará no dia 8 de Amshir do calendário copto (em 15 de fevereiro do calendário gregoriano), que também é a festa da Apresentação de Jesus no Templo”, assinalou.

Em 15 de fevereiro, o Estado Islâmico difundiu um vídeo chamado “Uma mensagem assinada com sangue à nação da cruz”, na qual mostrou a execução dos 21 cristãos ortodoxos e onde ameaça tomar Roma, que é considerada por eles como a capital “dos cruzados”.

Pronunciaram o nome de Jesus

Dias depois do assassinato, o Bispo copto católico de Guiza (Egito), Dom Anba Antonios Aziz Mina, afirmou que estas novas vítimas do ISIS morreram como mártires, que “no momento de sua Bárbara execução, repetem: 'Senhor Jesus Cristo'”.

“O nome de Jesus foi a última palavra que saiu dos lábios dos mártires. Assim como na Paixão dos primeiros mártires, confiaram-se nas mãos daquele que logo depois ia recebe-los. E assim celebraram a sua vitória, a vitória que nenhum assassino poderá tirar-lhes. Esse nome sussurrado no último momento é como o selo de seu martírio”, assinalou Dom Aziz.

Imagens de Santos Deus manda fazer, imagens de divindades ele proíbe.



1-Uma das grandes malícias protestantes é associar as imagens de santos a ídolos.

A Imagem representa o que nela está. Quando Jesus viu a imagem de Cesar Ele não disse que era um ídolo, associou a gravura somente a Cesar (Lc 20,24-25).

A arte sacra representada por esculturas de santos tem como fim o agradar a Deus, já que os santos entregaram suas vidas ao Senhor.

Sl 116,15: “PRECIOSA é à vista do Senhor A MORTE DOS SEUS SANTOS”.

1Co 10,31: “Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”.

No livro “Viciados em mediocridade" do ex-protestante Frank Schaeffer, ele retrata a inimizade que o movimento protestante tem com a arte como forma de evangelização. O protestantismo prega um deus inimigo da arte totalmente contrário ao Deus citado nas Escrituras Sagradas.

Êxodo 31,2-5 diz: "Eu escolhi Bezalel , filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá , e o enchi do Espírito [...] e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade ARTÍSTICA para DESENHAR e EXECUTAR TRABALHOS em ouro, prata e bronze. Dilapidar e engastar pedras, ENTALHAR MADEIRA e realizar todo tipo de trabalho".

A escultura mais sagrada do Antigo Testamento era a Arca da Aliança.

Ex 25,1” Javé disse a Moisés:”
Ex 25,10” Faz uma arca de madeira de acácia”
Ex 25,18” faz DOIS QUERUBINS de ouro batido:”

Os querubins jamais poderiam ser comparados a ídolos já que servem a Deus nas regiões celestes. Da mesma forma fazem os santos do céu que "SERVEM DIANTE DO TRONO DIA E NOITE"(Ap 7,15)

Santa Sé esclarece comentário do Papa Francisco sobre “mexicanização”.

Padre Federico Lombardi, esclareceu a expressão “evitar a mexicanização”, 
utilizada pelo Papa Francisco / Foto: Arquivo

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, esclareceu uma recente afirmação do Papa Francisco sobre “evitar a mexicanização” em alusão à Argentina e precisou que em nenhum momento o Santo Padre quis ferir os sentimentos do povo mexicano.

O sacerdote jesuíta explicou que ontem pela tarde a Secretaria de Estado do Vaticano entregou uma Nota ao embaixador do México junto à Santa Sé na qual esclarece que este tema gerou polêmica depois da divulgação de um e-mail privado enviado pelo Papa Francisco ao seu amigo, o deputado Gustavo Vera em Buenos Aires que é o diretor da ONG La Alameda e depois que o Governo do México enviou uma nota de protesto através de seus canais diplomáticos.

Na mensagem, entre outras coisas, o Papa disse ao deputado: “vejo seu trabalho incansável a todo vapor. Peço muito para que Deus proteja você e os seus alamedenses. E tomara que estejamos a tempo de evitar a mexicanização. Estive falando com alguns bispos mexicanos e a coisa é do terror. Amanhã vou, por uma semana, fazer Exercícios Espirituais com a Cúria Romana”.

O Pe. Lombardi explicou que com esta mensagem o Santo Padre não tinha a intenção absolutamente de ferir os sentimentos do povo mexicano, que ama muito, nem ignorar o compromisso do Governo mexicano no combate ao tráfico de drogas.

Além disso, explicou que a expressão ''evitar a mexicanização'', foi utilizada pelo Papa em um e-mail de caráter estritamente privado e informal, em resposta a um amigo argentino muito comprometido na luta contra as drogas, que tinha usado esta frase.