sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ex-Ministra do Iraque afirma: Há um genocídio de cristãos do qual ninguém fala


"No Iraque está acontecendo um autêntico genocídio do qual ninguém quer falar e nenhuma instância internacional se ocupa", assim o denunciou Pascale Warda, ex-ministra iraquiana entre os anos 2004 e 2005.

Em roda de imprensa organizada pela organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e pela Fundação Promoção Social da Cultura (FPSC), Pascale Warda assegurou que "necessitamos ajuda internacional para lutar contra o Estado Islâmico. É diabólico. É um movimento internacional de terrorismo que necessita soluções autênticas internacionais".

Em sua opinião, o Estado Islâmico (EI) só quer "aniquilar" a presença cristã e toda minoria social e religiosa que se oponha aos seus princípios, quando a comunidade cristã no Iraque se remonta ao século I, muito antes da chegada do Islã. "Em Mosul pela primeira vez agora em 2.000 anos não se celebra a Eucaristia. É uma etapa histórica muito negra" para os caldeus.

"Os cristãos estão sendo massacrados e têm que buscar agora como restabelecer a sua existência em um país que é seu muito antes que dos outros. É muito difícil, são poucos e estão enfraquecidos", disse.

Neste sentido, Warda advertiu aos países ocidentais que se o Estado Islâmico "está agora localizado no Iraque, amanhã mesmo pode estar em seus próprios países" e, por isso, pediu colaboração à comunidade internacional para solucionar o problema. 

Warda é uma das principais vozes contra a falta de liberdade religiosa no Iraque e, desde a irrupção do Estado Islâmico, documentou os abusos contra os Direitos Humanos que são cometidos em seu país.

É católica caldeia, fundadora da Sociedade Iraquiana pelos Direitos Humanos (SIDH), e Presidente da Organização Hammurabi de Direitos Humanos. Além disso, participou com a AIS no lançamento em Roma do Relatório sobre a Liberdade Religiosa 2014.

Para sustentar aos 120.000 cristãos iraquianos que se encontram refugiados no Curdistão, a Fundação pontifícia começou em dezembro do ano passado a maior campanha de seus 50 anos de presença na Espanha.


Em Bagdá, a Fundação Promoção Social da Cultura continua com a Campanha “Um grito de ânimo”, também para apoiar as famílias que fugiram do norte e estão refugiadas na capital.
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ACI Digital

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