domingo, 27 de julho de 2014

Exército sírio perde base militar para jihadistas do EI


O Exército sírio retomou neste sábado o controle do campo petrolífero de Shaer, na província de Homs (centro), do qual os jihadistas do Estado Islâmico (EI) haviam se apoderado há uma semana, mas perdeu uma importante base militar no norte do país.

O Exército declarou ter tomado "o controle total do monte Shaer e de seu campo petrolífero", depois de matar "um grande número de terroristas" do EI, em comunicado divulgado pela agência oficial Sana.


As forças do regime do presidente Bashar al-Assad retiram agora "as minas e os artefatos explosivos" instalados na região", diz o texto.


"Desde essa manhã, ocorrem combates ao redor do campo de Shaer", explicou Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSHD), à AFP.


"O Exército conseguiu expulsar os jihadistas do local e controla a partir de agora o campo e as montanhas ao redor", afirmou, acrescentando que houve baixas nos dois lados, mas sem informar um número.


Durante a tomada do campo pelos insurgentes, em 19 de julho, mais de 300 soldados morreram.


No norte do país, as forças do Estado Islâmico ampliaram neste sábado seu controle sobre a província de Raqa, tomando uma base do Exército em combates que mataram ao menos 85 soldados em 48 horas.


"O EI tomou o controle da base da Divisão 17", declarou neste sábado à AFP Rami Abdel Rahman.

ALERTA ao povo católico: projeto de reforma do sistema eleitoral é armadilha!


Atenção, povo católico: se na sua paróquia lhe entregarem um formulário para que você preencha, dando apoio à reforma política do sistema eleitoral brasileiro, NÃO ASSINE!!! É uma armadilha golpista! Se você assinar, estará cegamente ajudando a abrir caminho para uma ditadura obtida por meio eleitoral, como seu deu na Alemanha de Hitler e na Venezuela de Chávez.

A CNBB está colhendo assinaturas emfavor deste projeto em todas as paróquias do Brasil e muitos bons bispos e sacerdotes estão embarcando ingenuamente nessa canoa furada. O projeto tem um profundo viés antidemocrático. Nós, de O Catequista, respeitamos a CNBB e a reconhecemos como uma entidade séria e necessária à nossa Igreja. Mas seus colaboradores podem errar como todos nós. Assim, publicamos agora um alerta para que todos entendam o que há por trás dessa proposta de reforma política.

O projeto em questão prevê o financiamento das campanhas com o dinheiro do povo; sim, esse mesmo dinheiro público que mal dá para nos garantir saúde, educação e segurança, além de entrar no mérito das discussões de “gênero” e do pernicioso voto em “lista fechada”.  Tudo de acordo com a vontade do partido atualmente no poder.

Pode sair algo de bom para o povo cristão da parte desse partido?

A mensagem do Santo Padre para o IV encontro da PASCOM: "mundo digital é campo fundamental da nova saída missionária"


“É necessário que no mundo digital o anúncio do Evangelho seja seguido pela oferta de um encontro pessoal com Cristo, um encontro real e transformador”. Foi o que auspiciou o Papa Francisco na mensagem – assinada pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin - aos participantes do IV Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação (PASCOM) e do 2º Seminário Nacional de Jovens Comunicadores, realizado em Aparecida desde o dia 24 de julho. O tema de reflexão ao longo do encontro é "Comunicação, desafios e possibilidades para evangelizar na era da cultura digital”.

O objetivo dos trabalhos dos dois encontros – a serem concluídos no próximo domingo, 27 – é a pesquisa de novos caminhos para formar e motivar os agentes da pastoral das comunicações no Brasil. O encontro – do qual participam bispos, sacerdotes, religiosos e leigos comprometidos no setor – realiza-se no aniversário da visita do Papa Francisco ao Brasil por ocasião da JMJ.

A experiência vivida no Rio de Janeiro inspirou a mensagem do Papa quando – ao citar a homilia da Missa celebrada em 27 de julho na Catedral do Rio de Janeiro – exortou a “não permanecermos fechados na paróquia, nas nossas comunidades, na nossa instituição paroquial ou na nossa instituição diocesana, quando tantas pessoas estão na espera do Evangelho! Sair enviados. Não é simplesmente abrir a porta para que venham, para colher, mas é sair pela porta para buscar e encontrar!”.

Um convite para “sair”, também dirigido ao mundo digital. “Nenhum caminho pode, nem deve, ser obstruído – explica a este propósito a mensagem – a quem, em nome de Cristo Ressuscitado, se empenha em tornar-se sempre mais solidário com o homem. Com o Evangelho na mão e no coração, é necessário reafirmar que é tempo de continuar a preparar caminhos que conduzam à Palavra de Deus, não descuidando de dirigir uma atenção especial a quem ainda vive em uma fase de busca”.

Editorial: A porta da paz.


O nosso olhar nestes dias está fixo em dois pontos do Oriente Médio; Gaza, na Palestina, e Mossul no Iraque. A preocupação do Santo Padre pelo que está ocorrendo nestas duas cidades é constante, pois vê nestes lugares a síntese do grande drama e da dor que atingem a humanidade. É um pouco a síntese da violência que atinge homens e mulheres, crianças e idosos indistintamente. É a síntese da dor que a guerra e o extremismo religioso podem causar. Falando sobre Gaza, alguém afirmou que é uma luta dos poucos que se conhecem; mas quem paga são os muitos que não se conhecem, ou seja, os líderes de ambos os lados são conhecidos, mas as pessoas que morrem ou vêem suas casas destruídas não, são estatísticas.

O apelo por um cessar-fogo e para o retorno ao diálogo brota incessantemente das palavras do Papa Francisco que, recentemente, como peregrino da paz, visitou a Terra Santa, lançando sementes de esperança e de paz que neste momento estão sendo sufocadas pelas pedras da guerra. Quase paralelo ao drama vivido na Faixa de Gaza temos o drama dos cristãos da cidade iraquiana de Mossul, expulsos de suas casas quase como se fossem leprosos - uma imagem dos tempos passados quando os leprosos eram expulsos de seus lares. A lepra desses homens e mulheres é ter Cristo no coração. Pagam a escolha de serem cristãos.

Mas nem tudo está perdido. Nos dias passados o site caldeu ankawa.com contou a história de um professor universitário muçulmano que em Mossul foi assassinado após dizer abertamente que era contra a perseguição dos cristãos. Além da opressão que os cristãos vivem na região, o grupo extremista Estado Islâmico (EI) fixou em 450 dólares a tarifa jizya (taxa islâmica para não muçulmanos). Essa é a taxa que cada família cristã deve pagar por mês para permanecer nos locais dominados pelos extremistas islâmicos, como Mossul. Os cristãos acabam tendo que decidir entre ficar e pagar a taxa, – o que é quase impossível porque quase ninguém tem trabalho neste local em guerra – viver as perseguições, ou fugir.

O professor muçulmano teve um ato de extrema virtude e coragem, consciente dos perigos que corria. Da mesma forma, outros muçulmanos lançaram em Bagdá a campanha “Sou iraquiano, sou cristão”, como resposta à letra “N” de nazarat, desenhada nas paredes das casas dos cristãos de Mossul. Alguns muçulmanos apresentaram-se com um cartaz com este slogan à frente da Igreja caldeia de São Jorge, em Bagdá. Estes são sinais contra a corrente, porém, a loucura dos fundamentalistas do Estado Islâmico não diminui. Eles continuam com seu propósito de “limpeza étnica”.

Nos dias passados em entrevista ao jornal vaticano L’Osservatore Romano, o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, levantou a sua voz afirmando que “precisamos ser mais corajosos em denunciar as perseguições contra os cristãos, porque hoje temos mais perseguições do que nos primeiros séculos depois de Cristo”. Calcula-se - explica Dom Koch - que 80% das pessoas perseguidas por causa de sua fé sejam cristãs. "Acredito que estamos calados demais", concluiu.

Talvez seria o momento da dor unir, transformando-se em um alicerce para a construção de um futuro desejado por muitos, como São João Paulo II, “ut unum sint”, para que todos sejam um. Um forte desejo de união, principalmente nos países onde os cristãos são perseguidos e obrigados a fugir. Nestes países, no futuro, teremos somente igrejas vazias, sem homens, sem almas, somente cimento.

Papa almoça com trabalhadores do Vaticano em refeitório industrial


Operários e empregados da Cidade do Vaticano tiveram a oportunidade de almoçar com o Papa Francisco na manhã desta sexta-feira, 25, no refeitório da zona industrial.

A visita foi uma surpresa ainda quando muitos empregados se preparavam para almoçar. Alguns já sentados à mesa, outros na fila como todos os dias diante dos balcões para serem servidos, viram entrar o inesperado hóspede, que chegou por volta das 12h10.

Com admiração e surpresa de todos, também o Papa Francisco se pôs na fila com o tabuleiro na mão. Pediu “fusilli in bianco”, uma dose de pescada, verduras grelhadas e um pouco de batata frita. “Não tive a coragem de lhe apresentar a conta”, confidenciou emocionada Claudia Di Giacomo, que naquele momento estava de serviço na caixa.

Imediatamente circundado pelos presentes, cujo número continuava a aumentar com o passar do tempo, o Papa Francisco apertou sorridente muitas mãos. Na mesa sentou-se ao lado de cinco armazenistas da Farmácia vaticana.

“Descrevemos-lhe o nosso trabalho, como se realiza e quantos somos. E ele falou-nos das suas origens italianas”, explicou um dos trabalhadores. Os seus colegas acrescentaram imediatamente que falaram também de futebol – o Pontífice é um torcedor do San Lorenzo de Almagro, equipe que participa do campeonato argentino – mas também de economia.

“De vez em quando houve quem se aproximou para o inevitável selfie. Máquinas fotográficas, telefones, tablets, tiraram fotos continuamente. O Papa minimamente incomodado continuou a sorrir e a comer, prosseguindo a conversa com os seus interlocutores”, relatou o serviço de informação vaticano.

O Cristo desconhecido


Há tempos li este famoso poema inglês, de R. P. Yubero, cuja essência desejo transcrever:

“A aldeia estava em festa. Naquele dia o Mestre ia visitá-la e se hospedaria em uma casa, ninguém sabia qual.

‘Oh, se viesse ter aqui em casa!’, dizia consigo mesma uma mulher. E redobrava os seus esforços para limpar, arrumar e embelezar todos os recantos do seu lar. Queria prepará-lo para receber o Senhor com toda a dignidade.

Bateram à porta. Emoção! Seria Ele? Não; era uma pobre vizinha atribulada que a procurava em busca de consolo.

‘Não te posso atender hoje, respondeu a dona de casa. Tenho coisas mais importantes, que absorvem a minha atenção’.

A mulher desolada foi-se. Dentro em pouco bateu à porta um ancião magro, fraco e coxo.

‘Permita-me que pare aqui um pouco e descanse, disse o desconhecido. Caminhei a manhã inteira; agora estou com fome e sinto-me cansado’.

‘Lamento, mas hoje não te posso acolher’, respondeu a piedosa senhora.

Depois destas interrupções, ela retomou seu trabalho com mais afinco. Tornava-se tarde. O Mestre podia chegar a qualquer instante.

Bateram pela terceira vez. Era então um menino de semblante terno e formoso. Notava-se que tinha chorado. Trajava roupa velha e andava descalço. A quanto parecia, tinha caído; ainda se via sangue em seus dedos.

‘Pobrezinho”, exclamou a mulher. Sinto que venhas neste momento. Se fosse outro dia!’ O menino então olhou-a suplicante por uns segundos. E logo desapareceu.

A tarde se adiantava. Era quase noite. O Mestre teria ido para outra casa? Contudo a mulher continuava esperando e rezando. Fez-se meia-noite e o Mestre não viera. Todo o seu trabalho havia sido vão!

Por que a morte do catolicismo ocidental é uma ótima notícia para a Igreja?


Quando a fotografia foi inventada, em meados do século XIX, algumas pessoas temiam que essa nova prática, especialmente quando a cor fosse adicionada a ela, condenasse a arte da pintura ao desaparecimento. Já que a câmera poderia representar visualmente a realidade com muito mais precisão do que o pincel, a pintura teria menos demanda e a qualidade e quantidade de pintores cairia. Mais cedo ou mais tarde, aquela arte milenar acabaria se extinguindo.

Como todos sabem, os pessimistas estavam errados.

Longe de condenar a arte da pintura, a fotografia a libertou de uma das suas funções não essenciais: a de representar a realidade visível. O que se seguiu nas décadas seguintes, começando com os impressionistas, foi uma explosão de criatividade na arte da pintura. Livre da necessidade de fornecer representações precisas da realidade, a pintura se tornou mais "pura". O artista estava mais livre do que nunca para saciar os seus impulsos criativos e as suas inspirações.

Eu acho que devemos ter isso em mente quando pensamos no declínio do catolicismo, especialmente nas regiões mais ricas do mundo. À primeira vista, parece que o catolicismo está condenado a desaparecer nos países mais prósperos, sobrevivendo apenas nos mais pobres.

Mas um olhar mais cuidadoso pode nos convencer de que o que está acontecendo é que o catolicismo está perdendo apenas as suas funções não essenciais, ficando livre, assim, para se tornar mais "puro". Talvez este declínio seja apenas um prelúdio de uma nova e criativa era do catolicismo, como a fotografia foi o prelúdio de uma nova e criativa era para a pintura. 

O naufrágio de São Paulo e o naufrágio do nosso catolicismo


O Lecionário para a Missa pós-Vaticano II se caracteriza por uma série de finíssimos detalhes. Um deles é a leitura contínua dos Atos dos Apóstolos durante as missas feriais do tempo pascal. Enquanto celebra a Ressurreição ao longo de cinquenta dias, a Igreja também reflete sobre a primeira evangelização: a comunidade cristã primitiva, com o poder do Espírito Santo, espalha pelo mundo mediterrâneo a histórica notícia de que Jesus de Nazaré, tendo ressuscitado dentre os mortos, constituiu-se Senhor e Salvador para o perdão dos pecados.

Essa leitura em série dos Atos dos Apóstolos termina com Paulo estabelecido em Roma, provavelmente no atual bairro do Trastevere, falando com a comunidade judaica romana sobre as suas antigas esperanças na aliança com Deus, que chega à plenitude em Cristo ressuscitado.

Há, no entanto, uma omissão dessa história cristã primitiva que eu lamento muito: o lecionário omite o capítulo 27 dos Atos, que conta a dramática história do naufrágio de Paulo e da sua breve estada em Malta, onde o apóstolo é milagrosamente salvo de uma víbora venenosa e de onde ele parte em outro navio para Roma.

Eis uma questão para refletirmos: inúmeros livros sobre a história da Igreja foram escritos ao longo de dois milênios, mas o único livro inspirado por Deus sobre a história da Igreja, os Atos dos Apóstolos, termina com o relato de um naufrágio. Um aparente desastre que se transforma, por obra da divina providência, em oportunidade para estender a missão da Igreja.

As cenas continuam em Atos 28. Paulo não está desfrutando das melhores circunstâncias em Roma: ele vive sob uma espécie de prisão domiciliar. Mesmo assim, ele transforma os seus aposentos em um centro de evangelização, conclamando a comunidade judaica romana a repensar sobre Jesus e a reconsiderar as críticas que eles tinham ouvido sobre a nova "seita" cristã, além de explicar como Deus, por seu Espírito Santo, tinha estendido a salvação vivificante também aos gentios. A inconveniência e a indignidade da prisão domiciliar o levam a uma intensa atividade evangélica: "E ele viveu ali durante dois anos inteiros, às próprias custas, e congratulou-se com todos quantos vieram até ele, pregando o reino de Deus e ensinando sobre o Senhor Jesus Cristo abertamente e sem obstáculos" (Atos 28,30).

Naufrágio e missão, ao que parece, se entrelaçam no DNA histórico da Igreja.

Não se trata de sugerir que a Igreja deva deliberadamente procurar o naufrágio. Grande parte dos danos infligidos ao catolicismo nas últimas décadas são ferimentos que os próprios católicos abriram contra si próprios e que as autoridades da Igreja têm a obrigação de sanar: os escândalos de abusos sexuais, as histórias de terror sobre a vida católica de meados do século XX na Irlanda, as formas de dissidência intelectual que esvaziaram o catolicismo do patrimônio da verdade legado a ele pelo Senhor, o contratestemunho público dos católicos que não conseguem defender com firmeza a dignidade da pessoa humana em todas as fases da vida e em todas as condições de vida. O assalto cultural mais amplo cometido contra a Igreja, porém, é outra questão.

Alguns podem considerar um "naufrágio" a atual agonia do catolicismo cultural que transmitiu e sustentou a fé em tantos países do Ocidente. Mas o que é que deveríamos esperar, se a cultura pública ambiental se torna tóxica, contrária à Bíblia e cristofóbica (para usar o agudo termo recentemente enfatizado pelo jurista judeu ortodoxo Joseph Weiler)? Talvez o fim do catolicismo cultural seja uma espécie de naufrágio; afinal, o catolicismo que foi oferecido à próxima geração, sem grande esforço, é um tipo de catolicismo por osmose.