terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Via Twitter, Francisco pede orações por Bento XVI


Ao cumprir-se hoje um ano do anúncio de sua renúncia ao pontificado, efetuado no dia 11 de fevereiro de 2013, o Papa Francisco exortou todos os católicos do mundo a rezar juntos por Bento XVI.

Através de sua conta do twitter, o Santo Padre pediu a todos que “Hoje convido-vos a rezar juntos comigo por Sua Santidade Bento XVI, um homem de grande coragem e humildade”.

“Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro”.


Nesse dia, Bento XVI presidia o consistório para a canonização dos mártires de Otranto e escolheu esse lugar e esse momento para fazer um anúncio histórico em latim.


Nesse mesmo dia o agora Bispo Emérito de Roma anunciou que a Sé de Pedro ficaria vacante a partir do dia 28 de fevereiro de 2013. Uns dias mais tarde, 13 de março, os cardeais reunidos no conclave elegeram o Papa Francisco.



Desde então, o primeiro Papa jesuíta e latino-americano da história não deixou de elogiar e agradecer a Bento XVI, a quem considera como o “avô sábio” na família da Igreja.
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Fonte: ACIDigital

O'Malley: "Francisco suaviza o tom, não o posicionamento da Igreja"


Não há abertura do Papa Francisco para questões sobre os sacramentos para os divorciados recasados, nem sobre a contracepção, homossexualidade e aborto. Cardeal Sean O'Malley - em entrevista publicada ontem pelo Boston Globe e reproduzida pelo Vatican Insider - era bem claro: Francisco apenas suaviza o tom, quem espera que seja revisto o posicionamento da Igreja, vai se decepcionar.

O arcebispo capuchinho de Boston é um dos cardeais mais próximos de Bergoglio, mesmo antes de sua eleição à Cátedra de Pedro, por ter viajado muitas vezes para a América Latina. O Papa o incluiu entre os oito consultores do "C8", a comissão de cardeais nomeados pelo Papa para colaborar com o governo da Igreja e a reforma da Cúria, que nos próximos dias realizará sua terceira reunião.


"A Igreja deve ser fiel ao Evangelho e aos ensinamentos de Cristo", disse O'Malley na entrevista, acrescentando: "Às vezes é muito difícil. Devemos seguir o que Cristo quer e confiar que, o que Ele pede é a melhor coisa". Em relação aos sacramentos para divorciados recasados ​​que gostariam de estar mais próximos à Igreja, o cardeal se limita a dizer "não vejo nenhuma razão" para afrouxar as regras.

Algumas mudanças, no entanto, não faltarão:  "é possível", disse o cardeal, que o Papa Francisco nomeie uma mulher para dirigir algum Dicastério do Vaticano, tipo, hipoteticamente, o Pontifício Conselho para os Leigos. E, além disso, acrescentou, o Papa está incentivando um sistema “mais fácil" para nulidade, tal como permitir que as solicitações sejam resolvidas a nível nacional, sem ter que chegar tudo a Roma.
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(Trad.:MEM)

(10 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
Fonte: ZENIT

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Enfermos 2014


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
 PARA O XXII DIA MUNDIAL DO DOENTE  2014
Fé e caridade: «Também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» 
(1 Jo 3, 16)

Amados irmãos e irmãs!

1.            Por ocasião do XXII Dia Mundial do Doente, que este ano tem como tema Fé e caridade: também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1 Jo 3, 16), dirijo-me de modo particular às pessoas doentes e a quantos lhes prestam assistência e cura. A Igreja reconhece em vós, queridos doentes, uma presença especial de Cristo sofredor. É assim: ao lado, aliás, dentro do nosso sofrimento está o de Jesus, que carrega connosco o seu peso e revela o seu sentido. Quando o Filho de Deus subiu à cruz destruiu a solidão do sofrimento e iluminou a sua escuridão. Desta forma somos postos diante do mistério do amor de Deus por nós, que nos infunde esperança e coragem: esperança, porque no desígnio de amor de Deus também a noite do sofrimento se abre à luz pascal; e coragem, para enfrentar qualquer adversidade em sua companhia, unidos a Ele.

2.            O Filho de Deus feito homem não privou a experiência humana da doença e do sofrimento mas, assumindo-os em si, transformou-os e reduziu-os. Reduzidas porque já não têm a última palavra, que é ao contrário a vida nova em plenitude; transformados, porque em união com Cristo, de negativas podem tornar-se positivas. Jesus é o caminho, e com o seu Espírito podemos segui-lo. Como o Pai doou o Filho por amor, e o Filho se doou a si mesmo pelo mesmo amor, também nós podemos amar os outros como Deus nos amou, dando a vida pelos irmãos. A fé no Deus bom torna-se bondade, a fé em Cristo Crucificado torna-se força para amar até ao fim também os inimigos. A prova da fé autêntica em Cristo é o dom de si, o difundir-se do amor ao próximo, sobretudo por quem não o merece, por quantos sofrem, por quem é marginalizado.


3.            Em virtude do Baptismo e da Confirmação somos chamados a conformar-nos com Cristo, Bom Samaritano de todos os sofredores. «Nisto conhecemos o amor: no facto de que Ele deu a sua vida por nós; portanto, também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1 Jo 3, 16). Quando nos aproximamos com ternura daqueles que precisam de cura, levamos a esperança e o sorriso de Deus às contradições do mundo. Quando a dedicação generosa aos demais se torna estilo das nossas acções, damos lugar ao Coração de Cristo e por Ele somos aquecidos, oferecendo assim a nossa contribuição para o advento do Reino de Deus.

4.            Para crescer na ternura, na caridade respeitadora e delicada, temos um modelo cristão para o qual dirigir o olhar com segurança. É a Mãe de Jesus e nossa Mãe, atenta à voz de Deus e às necessidades e dificuldades dos seus filhos. Maria, estimulada pela misericórdia divina que nela se faz carne, esquece-se de si mesma e encaminha-se à pressa da Galileia para a Judeia a fim de encontrar e ajudar a sua prima Isabel; intercede junto do seu Filho nas bodas de Caná, quando falta o vinho da festa; leva no seu coração, ao longo da peregrinação da vida, as palavras do velho Simeão que lhe prenunciam uma espada que trespassará a sua alma, e com fortaleza permanece aos pés da Cruz de Jesus. Ela sabe como se percorre este caminho e por isso é a Mãe de todos os doentes e sofredores. A ela podemos recorrer confiantes com devoção filial, certos de que nos assistirá e não nos abandonará. É a Mãe do Crucificado Ressuscitado: permanece ao lado das nossas cruzes e acompanha-nos no caminho rumo à ressurreição e à vida plena.

5.            São João, o discípulo que estava com Maria aos pés da Cruz, faz-nos ir às nascentes da fé e da caridade, ao coração de Deus que «é amor» (1 Jo 4, 8.16), e recorda-nos que não podemos amar a Deus se não amarmos os irmãos. Quem está aos pés da Cruz com Maria, aprende a amar como Jesus. A Cruz «é a certeza do amor fiel de Deus por nós. Um amor tão grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos confere a força para o carregar, entra também na morte para a vencer e nos salvar... A Cruz de Cristo convida-nos também a deixar-nos contagiar por este amor, ensina-nos a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo para quem sofre, para quem tem necessidade de ajuda» (Via-Sacra com os jovens, Rio de Janeiro, 26 de Julho de 2013).

Confio este XXII Dia Mundial do Doente à intercessão de Maria, para que ajude as pessoas doentes a viver o próprio sofrimento em comunhão com Jesus Cristo, e ampare quantos deles se ocupam. A todos, doentes, agentes no campo da saúde e voluntários, concedo de coração a Bênção Apostólica.

Vaticano, 6 de Dezembro de 2013.


FRANCISCO

O preso e as pizzas

Em 6 de maio de 2007, Philip Workman pôde escolher sua última refeição, 
antes da execução por um crime que ele não cometeu: veja o que ele pediu.

Em maio de 2007, mulheres e homens sem-teto de Nashville, Tennessee e de todo o território dos EUA fizeram a festa com pizzas vegetarianas, cortesia de um companheiro condenado à morte chamado Philip Workman, um sem-teto e dependente de cocaína condenado em 1982 pelo assassinato de um policial de Memphis, seguido de um roubo fracassado a um restaurante da rede Wendy’s.
 
Nos anos seguintes, no entanto, Workman – recuperado das drogas – encontrou seu caminho em Cristo. O reverendo Jane Fisler Hoffman, um ministro da Igreja Unida, que visitou Workman na prisão, explicou o encontro deste preso com Deus:
 
“Ele falou de ter encontrado sentido no cristianismo somente depois de ter tido um sonho no qual ele caía em um buraco profundo. Uma corda descia até ele. Apesar de achar que a corda se afastaria dele, tentou pegá-la. A corda não se moveu e ele escalou até chegar à sua cela. Então sentiu que Deus havia chegado até ele e o havia tirado do seu desespero. Desde então, começou a ler, rezar e estudar a Bíblia.”
 
Ao mesmo tempo, o caso contra Workman havia começado a ser esclarecido: cinco dos jurados originais assinaram uma declaração renunciando à sentença e ao veredicto, citando evidências balísticas e médicas que não haviam sido apresentadas no julgamento original e que mostravam que o policial morto havia sido vítima de um tiro acidental de outro oficial.
 
Além disso, uma testemunha da acusação, Harold Davis, desmentiu seu testemunho anterior, admitindo que havia preenchido um relatório falso para receber uma recompensa que lhe permitiria comprar drogas.


Em 2000, tanto o ex-advogado do distrito que havia conduzido o caso como a filha do policial morto pediram ao governador que concedesse clemência a Workman.

 
Apesar das novas informações, a pena e a sentença foram levadas a cabo: às 2h da quarta-feira, 7 de maio de 2007, Workman foi executado por meio de uma injeção letal.
 
No último dia da sua vida, foi-lhe permitido escolher sua última refeição. Ao invés de escolher um suntuoso jantar para si, Workman pediu que distribuíssem pizzas vegetarianas a todos os sem-teto da região. A prisão rejeitou a petição, alegando que fazer atos de caridade ia contra sua política.
 
Quando a notícia da sua morte foi divulgada pela imprensa, na manhã seguinte, os cidadãos locais souberam da generosidade das suas últimas horas. Pouco a pouco, as pessoas começaram a pedir pizzas, para entregá-las nos albergues para os sem-teto.
 
Uma mulher chegou a destinar 1.200 dólares à compra de 150 pizzas, que foram entregues ao Rescue Mission de Nashville. O presidente do People for the Ethical Treatment of Animals leu a notícia e pediu outras 15 pizzas para o Oasis Center, um refúgio de Nashville que ajuda cerca de 250 adolescentes em crise. Ao longo daquela noite, outras pizzas chegaram à instituição.
 
E enquanto os noticiários nacionais informavam sobre esta história, pessoas sem-teto de todo o país receberam pizzas vegetarianas, como tributo ao homem de voz suave que usava um boné de beisebol no qual estava escrito “O que Jesus faria?”.

 
A vida de Workman havia terminado, mas sua história continuou. Também continua a polêmica sobre a pena de morte nos Estados Unidos.
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Fonte: Aleteia

Bispos da Escócia defendem liberdade religiosa depois da aprovação do “matrimônio” homossexual.


Os Bispos da Escócia (Reino Unido) expressaram sua preocupação pelos impactos contra a liberdade religiosa e de expressão, que possa ter a Lei que permite o “matrimônio” entre pessoas homossexuais, aprovada no dia 4 de fevereiro pelo Parlamento escocês.

“Não é possível predizer com precisão qual será o impacto sobre a sociedade em geral e sobre a comunidade católica que a legislação sobre o matrimônio gay terá… Ainda não podemos excluir a eventualidade de que em um futuro, alguns indivíduos, empreendam ações legais contra um sacerdote católico ou contra a Igreja por não aceitar a celebração de casamentos homossexuais”, denunciou o Arcebispo de Glasgow, Dom Philip Tartaglia, em declarações à Rádio Vaticano.

Entretanto, deixou claro “que esta lei não obrigará aos sacerdotes católicos ou à Igreja a celebrar matrimônios entre pessoas do mesmo sexo”.

A polêmica lei enfrentou a rejeição da população. Reuniram-se mais de 50 mil assinaturas contra a medida, mas o Parlamento de Edimburgo se declarou a favor com 105 votos frente a 75 contra.



Não se aceitaram as emendas que se propuseram, dirigidas a proteger os indivíduos e instituições que respaldam a concepção natural do matrimônio entre o homem e a mulher.

Está previsto que as primeiras uniões homossexuais comecem a ser celebradas em outubro.
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Fonte: ACIDigital

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Falso padre é preso após celebrar missas em paróquia de Passos, MG


Um homem foi preso no início da noite desta quinta-feira (6) suspeito de falsidade ideológica por se passar por padre em uma paróquia de Passos (MG). De acordo com a Polícia Militar, o rapaz de 26 anos chegou na Capela da Penha na sexta-feira (31) e se apresentou como Frei Felipe, e desde então, passou a frequentar o local e participar das cerimônias, chegando inclusive a celebrar missas na capela.

Segundo a secretária da paróquia, o rapaz disse que estava passando as férias na casa da avó dele em Passos, que moraria em uma casa na Praça Matriz, mas que gostaria de continuar participando da vida religiosa no local.

Ainda segundo a paróquia, os religiosos e a comunidade começaram a desconfiar de que ele não era padre quando o suposto frei começou a cometer erros durante a celebração das cerimônias, e que ele não conduzia a missa de forma tradicional.

A polícia foi acionada pelo auxiliar administrativo da paróquia. O suspeito se apresentou aos policiais e disse que estava em Passos desde o dia 29 de janeiro.

Segundo depoimento dele à polícia, o suspeito teria frequentado um seminário em Belo Horizonte (MG), de onde se desligou em 2012. Apesar disso, ele disse que ainda permanecia um grande apreço pela vida religiosa e, mesmo sabendo que ele não poderia usar o título de religioso, ele quis celebrar cerimônias na paróquia.


 
O rapaz estava hospedado em um hotel no Centro da cidade. O suspeito foi detido e levado para a Delegacia de Passos, onde prestou depoimento e foi liberado em seguida. Na manhã desta sexta-feira (7), de acordo com a Polícia Militar, o suspeito foi detido novamente quando a funcionária do hotel acionou os policiais desconfiada que o rapaz não pagaria a conta de hospedagem.

Segundo a Polícia Militar, o suspeito preencheu a ficha do hotel com o nome verdadeiro, porém se identificando como padre, o que caracterizaria falsidade ideológica. No quarto em que o suspeito estava, foram encontrados uma batina de padre, materiais religiosos e agendas de telefones, que foram apreendidos pela polícia. O material não pertencia à paróquia da cidade, mas ao jovem que se identifica como padre.


Ele foi detido pela Polícia Militar e encaminhado para a delegacia. De acordo com a Polícia Civil, após prestar depoimento, ele foi liberado e responderá ao processo em liberdade. Ele pode responder por falsidade ideológica pelas duas ocorrências e ficará à disposição da justiça. A Polícia Civil não deu mais informações sobre o depoimento do suspeito.
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Fonte: G1

Resposta enérgica do Vaticano ao relatório ideológico da ONU sobre direitos da criança


O Arcebispo Silvano Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé ante as Nações Unidas em Genebra, respondeu energicamente ao relatório do Comitê da ONU para os direitos da Criança no qual se pede à Santa Sé mudar os seus ensinamentos sobre o aborto e a homossexualidade para erradicar o problema dos abusos sexuais. O Núncio expressou sua surpresa e afirmou que o relatório parecia já estar escrito inclusive antes das conversações com os representantes do Vaticano.

Em entrevista com Rádio Vaticano, Dom Tomasi assinala que “a primeira impressão: temos que esperar, ler atentamente e analisar de modo detalhado o que escreveram os membros desta Comissão. Mas a primeira reação é de surpresa, porque o aspecto negativo do documento que eles produziram é que parece que já havia sido preparado antes da reunião da Comissão com a Delegação da Santa Sé, que deu detalhadamente respostas precisas sobre  vários pontos , que não foram, relatadas neste documento conclusivo, ou pelo menos não parece ter sido levado em séria consideração.”.


“Na verdade, o documento parece não ser atualizado, tendo em conta o que nos últimos anos tem sido feito em  nível da Santa Sé, com as medidas tomadas diretamente pelo Estado da Cidade do Vaticano e, em seguida, em vários países pelas Conferências Episcopais”.


Portanto, precisa o Núncio, “falta a prospectiva correta e atualizada, que possui realmente uma série de mudanças para a proteção das crianças, que me parece difícil de encontrar,  no mesmo nível de compromisso, em outras instituições ou até mesmo de outros Estados. Isto é simplesmente uma questão de fatos, de evidência, que não podem ser distorcidos!”.


Em relação à resposta da Santa Sé ao documento, o Arcebispo assinala que responderá “porque é um membro, um Estado parte da Convenção: a ratificou e tem a intenção de observar o espírito e a letra da Convenção, sem acréscimos ideológicas ou imposições que estejam  fora da própria Convenção”.


“Por exemplo, a Convenção sobre a proteção das crianças em seu preâmbulo, fala da defesa da vida e da proteção das crianças, antes e após o nascimento, enquanto a recomendação que é feita para a Santa Sé, é mudar sua posição sobre a questão do aborto! É claro que, quando uma criança é morta não tem mais direitos! Então, essa me parece uma contradição real com os objetivos fundamentais da Convenção, que é o de proteger as crianças”.


“Esta Comissão não fez um bom serviço para as Nações Unidas, tentando introduzir e pedir à Santa Sé para mudar o seu ensinamento que não é negociável! Portanto,  é um pouco triste ver que o Comitê não compreendeu completamente a natureza e as funções da Santa Sé, que, embora tenha expressado claramente ao Comitê a sua decisão de levar adiante os requisitos da Convenção sobre os Direitos da Criança, mas definindo com precisão e protegendo em primeiro lugar  aqueles valores fundamentais que fazem a proteção real e eficaz da criança”.


O Observador da Santa Sé, comenta também o fato de que a ONU havia dito em um princípio que o Vaticano tinha respondido melhor que outros países na proteção das crianças e, respeito à mudança de opinião que reflete o documento publicado ontem diz: “Na introdução do relatório conclusivo é reconhecida a clareza das respostas enviadas; não foi evitada nenhuma pergunta feita pela Comissão”.

“Com base na evidência disponível, e quando não havia uma informação imediata, foi  prometido fornecê-la no futuro, de acordo com as diretrizes da Santa Sé, e como fazem todos os governos. Então, parecia um diálogo construtivo, e eu penso que deva permanecer assim”.


“Portanto, dada a impressão obtida com o diálogo direto da Delegação da Santa Sé com a Comissão e o texto das conclusões e recomendações, vem a tentação em dizer que provavelmente o texto  já havia sido escrito e que não reflete os pontos e a clareza, mas sim adições precipitadas, do que já havia acontecido”.



“Portanto, devemos, com serenidade e com base em evidências – porque não temos nada a esconder! -  levar adiante as explicações e posições da Santa Sé, responder às perguntas que ainda permanecem, de modo que o objetivo fundamental que se quer alcançar – a proteção das crianças – possa ser alcançado”.

“Se fala de 40 milhões de casos de abuso de crianças no mundo, mas, infelizmente, alguns desses casos – embora muitos pequenos em comparação com tudo o que está acontecendo no mundo – dizem respeito à pessoas da Igreja. E a Igreja respondeu, reagiu e continua a fazê-lo! Devemos insistir nesta política de transparência,  de não tolerância dos abusos, porque um só caso de abuso de uma criança, é algo muito sério!”.
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Fonte: ACIDigital

Os preparativos para a celebração ecumênica dos 500 anos da Reforma, em 2017


Em 2017, luteranos e católicos vão celebrar juntos os quinhentos anos da Reforma Protestante e recordar com alegria os cinquenta anos de diálogo ecumênico oficial conduzido a nível mundial, na esteira do Concílio Vaticano II.

A Comissão Internacional de Diálogo Luterano-católica pela Unidade, já há alguns anos organizou uma programação com vistas a uma possível declaração comum por ocasião do ano da comemoração da Reforma, em 2017. Nos últimos ciquenta anos, o diálogo ecumênico realizou grandes esforços buscando relacionar a teologia dos reformadores às decisões do Concílio de Trento e do Vaticano II, avaliando se as respectivas posições se excluem ou se completam mutuamente.
Em 2013, a Comissão de diálogo publicou o documento intitulado 'From Conflict to Communion. Lutheran Catholic Commom Commemoration of the Reformation in 2017', onde após uma detalhada introdução sobre as comemorações comuns, dedica dois capítulos à apresentação dos eventos da Reforma, resume a teologia de Martin Lutero e ilustra as resoluções do Concílio de Trento. A conclusão do documento apresenta um resumo das principais decisões comuns da Comissão de Diálogo Luterano-católico em 1967, particularmente sobre a justificação, a Eucaristia, as Escrituras e a Tradição.

O documento sobre os preparativos às comemorações, foi apresentado em 17 de junho de 2013 durante uma coletiva de imprensa realizada do Centro Ecumênico de Genebra, e contou com a presença, entre outros, do Presidente e Secretário da Federação Luterana Mundial (FLM), de Dom Munib Youan e do Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Lançando uma nova luz sobre questões centrais da fé, o documento ecumênico possibilita a superação das controvérsias dos séculos passados e lança bases para uma reflexão ecumênica que se distinga do pensamento dos séculos precedentes, convidando assim os cristãos a considerar esta relação com espírito aberto, mas também crítico, para se avançar ainda mais no caminho da plena e visível unidade da Igreja.

Na primeira metade de 2014 deverá ser publicado o documento "Alegria partilhada pelo Evangelho, confissão dos pecados cometidos contra a unidade e testemunho comum para no mundo de hoje", com textos e subsídios para uma oração ecumênica comum. Os textos foram preparados por um grupo de trabalho litúrgico formado por representantes da FLM e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade.

Em 2017, o contexto histórico em que se recordará os 500 anos da Reforma é muito diferente do período em que ela foi implementada. A comemoração será realizada, pela primeira vez, numa época ecumênica. Assim, católicos e luteranos não pretendem festejar a divisão da Igreja, mas sim, trazer à memória o pensamento teológico e os acontecimentos relacionados à Reforma, precisamente o que escreve o Documento 'Do conflito à Comunhão', publicado em 2013.
O caminhar da história, tem levado luteranos e católicos a tornarem-se sempre mais conscientes de que a origem de acusações recíprocas não subsiste mais, mesmo que ainda não exista um consenso em todas as questões teológicas. Neste sentido, o documento "Do Conflito a Comunhão" conclui propondo cinco imperativos que exortam católicos e luteranos a prosseguirem no caminho em direção a uma profunda comunhão.


Diversos encontros realizados em 2013 marcaram esforços comuns com o objetivo de estreitar o diálogo, com reuniões entre o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e a Conferência dos Bispos veterocatólicos da União de Ultrecht, realizadas em Konigswinter, em julho de 2013 e em Paderbon, em dezembro. As Comissões de ambas as partes continuam os trabalhos sobre os temas: a relação entre a Igreja universal e a Igreja local e o papel do ministério petrino; e a comunhão eucarística.

Em fevereiro do mesmo ano, realizou-se em Viena o primeiro encontro entre a Comunidade das Igrejas Protestantes na Europa e o Pontifício Conselho, o que levou a reflexões sobre o conceito de Igreja e definições do objetivo ecumênico. Encontros sucessivos realizaram-se em Heidelberg e Ludwigshafen am Rhein, com a participação sete teólogos de ambas as partes.


Em 2013, diversas delegações luteranos encontraram-se com o Papa Francisco. Em 2014, uma delegação do Conselho da Igreja Protestante da Alemanha foi recebida em 8 de abril pelo Papa Francisco, encontrando-se sucessivamente com o Cardeal Koch. (JE)
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Fonte: Rádio Vaticano