sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A dura realidade dos cristãos perseguidos

Igreja Católica de Santa Teresa em Madalla atacada por membros do grupo extremista Boko Haram.


O Patriarca Latino de Jerusalém, Sua Beatitude Fouad Twal, fez um grave apelo à comunidade internacional para que tome providências contra as perseguições aos cristãos no Oriente Médio. "Atualmente, o Oriente Médio em sua totalidade se converteu em Igreja do calvário", lamentou o prelado. O discurso foi feito durante uma entrevista a Radio Vaticano, no último dia 7 de janeiro.

Na mesma entrevista, o Bispo recordou a difícil situação dos cristãos sírios em meio à guerra civil que acontece no país. Dom Twal disse temer pelo futuro da região após o fim do conflito. "Há um plano internacional para mudar a situação, mas sobre o que realmente ocorrerá depois há um silêncio total", afirmou. A preocupação do patriarca se coaduna ao recente discurso do Papa Bento XVI aos diplomatas de várias nações, no qual o Santo Padre classificou a guerra na Síria como "interminável carnificina".


A Síria vive um duro conflito desde janeiro de 2011, quando manifestantes decidiram protestar contra a ditadura do presidente Bashar Al-Assad, influenciados pelo clima da Primavera Árabe. Ao todo, a guerra já vitimou mais de 60 mil pessoas, na maioria civis, segundo estimativas da ONU. O confronto também tem despertado atos de intolerância religiosa contra inúmeros cristãos. O país, que é considerado um dos berços do Cristianismo, é de maioria muçulmana - 90% da população.

Primavera Árabe é o nome dado a uma série de revoltas iniciadas há dois anos em países do Oriente Médio, como Egito e Síria, contra regimes ditatoriais e problemas econômicos. Desde que começou, quatro ditadores já foram depostos ou mortos: Ben Ali, da Tunísia; Hosni Mubarak, do Egito; Muamar Kadafi, da Líbia; e Ali Abdullah Saleh, do Iêmen. Embora os manifestantes lutem - aparentemente - por maior liberdade, há o risco de que essa revolução seja a abertura para ditaduras ainda mais opressoras. Grupos radicais islâmicos e a própria Fraternidade Muçulmana têm se aproveitado da situação para fecharem o cerco contra minorias cristãs e de outras religiões.

Vários católicos sírios se reuniram durante o Natal para pedirem a paz no país. Ao menos mil pessoas foram à Missa do dia 24, celebrada na igreja católica de Notre Dame, no bairro Qoussour de Damasco. Apesar dos apelos pelo fim da guerra, o presidente Assad recusou entrar em acordo com os inimigos, em um discurso feito no dia 06 de janeiro.

A onda de ataques a cristãos tem se intensificado nos últimos anos nos países do oriente, ainda mais com a chamada "Lei da Blasfêmia". Dentre os países onde mais cristãos são mortos, sobressai-se a Nigéria. De acordo com estimativas divulgadas pelo Associated Press, cerca de 1800 cristãos foram mortos nesse país em ataques terroristas planejados por radicais islâmicos desde 2007. O caso mais famoso de um cristão vítima da "Lei da Blasfêmia" é o da paquistanesa Asia Bibi que foi condenada à forca em 2009 por supostamente ter ofendido o profeta Maomé.

A história de Asia Bibi ganhou repercussão internacional em novembro de 2009, após ela ter sido condenada à morte por se recusar a converter-se à religião islâmica. Em junho do mesmo ano, a jovem paquistanesa havia se envolvido em uma briga com colegas de trabalho que protestavam contra a ida dela a uma fonte para pegar água, enquanto trabalhava em um campo. As mulheres muçulmanas alegavam que ela contaminaria a água por ser cristã. Em sua defesa, Asia Bibi respondeu: "Cristo morreu numa cruz por mim, e Maomé, o que fez por vocês?" Após essas palavras, as mesmas mulheres a denunciaram às autoridades locais, que a prenderam pelo delito de blasfêmia. Para que fosse liberta, as autoridades pediram para que a moça se tornasse muçulmana, mas Bibi se recusou. Apesar dos inúmeros apelos para que fosse perdoada, Asia Bibi continua presa até hoje.



A "Lei da blasfêmia" enquadra-se na chamada "Charia", o código penal dos muçulmanos que é pautado pelo Corão, livro sagrado do Islamismo. Essa lei prevê uma série de punições - incluindo a pena de morte - para aqueles que insultarem a figura do profeta Maomé ou os princípios islâmicos. Apesar de não ser seguida em todas as regiões de predomínio muçulmano, alguns grupos radicais exigem que a Charia seja aplicada integralmente em seus respectivos países. Por exemplo, o grupo terrorista Boko Haram, que significa "educação ocidental é sacrilégio", luta para que a Charia seja estabelecida em toda a Nigéria. No último Natal, esse mesmo grupo foi responsável pela destruição de duas igrejas e pela morte de 12 pessoas no país. Durante todo o ano de 2012, 770 assassinatos foram atribuídos ao Boko Haram, segundo a agência Associated Press.

Os cristãos do Egito também sofrem duras reprimendas, principalmente após a queda do ditador Hosni Mubarak e a ascensão do governo muçulmano. O fato mais grave ocorreu em 9 de outubro de 2010, quando o governo ordenou que suas tropas avançassem contra manifestantes cristãos coptas que protestavam contra ataques muçulmanos - incêndios em igrejas, assassinatos e estupros. A ação resultou na morte de 24 pessoas e 300 feridos. A instabilidade da região provocou o êxodo de mais de 200 mil coptas por medo de novos ataques. Dos 83 milhões de habitantes no Egito, apenas 10% são cristãos.

Os ataques contra pessoas cristãs geralmente partem de grupos extremistas, embora muitas vezes contem com a conivência das autoridades. Apesar das escandalosas atrocidades realizadas por esses grupos, pouco se fala na mídia a respeito. Foi o que denunciou a pesquisadora do American Enterprise Institute, Ayaan Hirsi Ali, em uma reportagem para a Revista Newsweek. De acordo com Ali, "nos últimos anos, a opressão violenta das minorias cristãs tornou-se a norma em países de maioria islâmica, da África Ocidental ao Oriente Médio e do sul da Ásia à Oceania". Para a pesquisadora, "em vez de acreditar em histórias exageradas de islamofobia ocidental, é hora de tomar uma posição real contra a cristofobia que contamina o mundo muçulmano".

A pesquisadora Ayaan Hirsi Ali alega que existe uma "conspiração do silêncio" por parte da mídia ocidental em relação ao massacre de cristãos. Segundo a pesquisadora, esse silêncio se daria por dois motivos: pelo medo da mídia em gerar mais massacres, caso faça ampla divulgação dos já ocorridos, ou, mais provável, pelo lobby de instituições muçulmanas, como a Organização da Cooperação Islâmica – uma espécie de Nações Unidas do islamismo, com sede na Arábia Saudita – e o Conselho para Relações Americano-Islâmicas, que fazem pressão na imprensa de vários países para que acobertem os crimes dos terroristas islâmicos, a fim de impedir o crescimento do pretenso complexo de "islamofobia".

De fato, após os atentados de 11 de setembro de 2001, tornou-se politicamente incorreto criticar os terroristas muçulmanos por seus crimes hediondos. O exemplo mais claro disso é o que ocorreu em setembro de 2006, quando o Papa Bento XVI citou em seu discurso, em uma universidade da Alemanha, uma fala do imperador bizantino Manuel II: "Mostre-me o que Maomé trouxe de novo e encontraremos apenas coisas más e desumanas, como a ordem para espalhar pela espada a fé que ele pregava". A frase foi o bastante para desencadear uma avalanche de protestos violentos no mundo árabe, além de severas críticas por parte da imprensa ocidental.

Durante todo o ano de 2012, cerca de 105 mil cristãos foram mortos por motivo de religião, segundo estimativas do Observatório de Liberdade Religiosa da Itália. A Coréia do Norte é a campeã há 11 anos na lista da fundação Open Doors como o país que mais persegue cristãos. O Cristianismo, afirma a organização católica "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS), é a religião mais discriminada no mundo. Embora seja algo trágico, a situação reacende a virtude da fortaleza e a coragem do martírio na consciência cristã, características marcantes dos cristãos primitivos, que junto com Santo Inácio de Antioquia diziam: "o sangue dos mártires é semente para novos cristãos". Nestes tempos de letargia e pusilanimidade, o testemunho desses nobres mártires deve ser um bastião para defesa de nossa fé.
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Fonte: Christo Nihil Praeponere.

O Gnosticismo e o Arianismo



Não é possível fazer Teologia sem um movimento interior de verdadeira conversão, chamada por ele de mudança de sujeito. E ainda que é preciso pertencer, de fato, à Igreja Católica, participando assiduamente dos sacramentos e meditando incessantemente a Palavra de Deus.

Apesar disso, desde o início, esta foi a grande dificuldade da Igreja: pessoas que queriam fazer parte dela, mas não queriam morrer para si mesmos. O surgimento do gnosticismo e do arianismo são provas dessa dificuldade.

O Gnosticismo é uma mentalidade pagã que surgiu na mesma época que o Cristianismo. Ambos cresceram juntos, atraindo adeptos. Em certo momento, os gnósticos começaram a inserir-se na Igreja nascente, porém, não quiseram abandonar a sua leitura do mundo. Assim, entravam na Igreja, adotavam a linguagem cristã, porém, parasitando-a e introduzindo um conteúdo diferente do original para seduzir os fiéis. Os bispos católicos, guardiões do depósito da fé, reagiram a esse movimento, pois perceberam, nesta atitude, um grave problema. Santo Irineu de Lyon escreveu a obra "Adversus Haereses", na passagem do século II para o III. No Livro I, número 10,2, ele diz que:


"A Igreja, espalhada hoje pelo mundo inteiro, recebeu dos apóstolos e dos seus discípulos a fé num só Deus, Pai e onipotente, que fez o céu e a terra, os mares, e tudo quanto nele existe e num só Cristo, Filho de Deus, que se fez carne para a nossa salvação; e no Espírito Santo, que mediante os profetas predisse a salvação por meio do amado Jesus Cristo nosso Senhor, a sua dupla vinda, o seu nascimento da Virgem, a sua paixão e ressurreição dentre os mortos, e que diante dele todo joelho se dobrará no céu, na terra e nos infernos, e toda língua o proclame (Fl 2, 10-11). Então, sobre todos os seres, pronunciará o seu justo julgamento.

As almas dos maus, os anjos prevaricadores e apóstatas, precipitá-los-á no fogo eterno com os homens pecadores, injustos, iníquos e blasfemadores. Os justos, porém, os santos, aqueles que guardaram os seus mandamentos e perseveraram no seu amor, ...receberão dele a vida, terão dele a imortalidade e gozarão da glória eterna. Esta é a doutrina que a Igreja recebeu; e esta é a fé, que mesmo dispersa no mundo inteiro, a Igreja guarda com zelo e cuidado, como se tivesse a sua sede numa única casa.

E todos são unânimes em crer nela, como se ela tivesse uma só alma e um só coração. Esta fé ela anuncia, ensina, transmite como se falasse uma só língua. As línguas faladas no mundo são diversas, mas a força da tradição, em toda parte, é a mesma. As igrejas fundadas na Alemanha não têm outra fé e outra tradição. Diga-se o mesmo das igrejas fundadas na Espanha, entre os celtas, no oriente, no Egito, na Líbia ou no centro do mundo, que é a Palestina. Da mesma forma que o Sol, criatura de Deus, é um só e é idêntico em todo o mundo, assim também o ensino da verdade, que brilha em toda parte e ilumina a todos os homens, que querem chegar ao conhecimento da verdade (cf. 1Tm 3, 15), é sempre o mesmo." (Adv. Haer. 1,10)

Infelizmente, o gnosticismo subsiste até os dias atuais. De vez em quando surgem pessoas, teólogos modernos que afirmam saber qual é o verdadeiro cristianismo, fazendo pouco dos Bispos que guardam a fé de sempre.

O gnosticismo é, portanto, uma filosofia pagã que se mistura ao Cristianismo, esvaziando-o de seu conteúdo cristão e substituindo-o por outro completamente diverso. Desta forma, somente os gnósticos, teoricamente, teriam o poder de interpretar de forma correta os mistérios da fé.

Justiça do Batismo



Muitas vezes se entende justiça no sentido de se dar o que é devido a cada um. Mas a justiça de Deus é a doação gratuita de seus dons em base à sua prodigalidade e misericórdia. Nenhum ser humano pode exigir ou merecer algo divino para si. O que Deus é e faz para nós se dá na sua justiça misericordiosa. Ele nos favorece porque nos ama. Seu amor se baseia na gratuidade. Por isso, de nossa parte, a melhor atitude é a de tentarmos corresponder a seu amor. Nem isso conseguimos suficientemente. Mas Ele supre o que nos falta para essa correspondência.

Basta que usemos bem suas oportunidades e  graças. Elas podem passar por nós e não surtirem efeito se não nos esforçarmos por utilizá-las adequadamente. A justiça divina  dá-nos seu amor porque Ele nos ama e nos quer ver conquistando a verdadeira felicidade. Ele é justo porque é a fonte da justiça amorosa.


Isaías lembra a bondade divina cooperando com o resultado do chamado ao ser humano: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão” (Isaías, 42, 6). No Filho de Deus se realiza tal chamado. O próprio Jesus vem implantar nova mentalidade e novo comportamento, que diferenciam quem o segue e se torna sinal de salvação para a humanidade: “Deus aceita quem o teme e pratica a justiça” (Atos 10, 35). A justiça de Deus mostra sua  bondade e  condescendência para conosco. Quem a pratica faz o bem. Conforta os corações, promove o respeito e a dignidade de toda pessoa humana. Coopera com a inclusão de cada um na convivência fraterna e na vida digna. Não se omite em colaborar com causas de superação das discriminações e de tudo o que diminui a pessoa diante dos outros.

O batismo instituído por Jesus é a efetivação e oficialização da nova vida da justiça misericordiosa de Deus. Quem o recebe e assume de modo efetivo, caminha no seguimento dos passos do seu próprio autor. Não se envergonha de remar contra a correnteza da corrupção, do materialismo, do capitalismo selvagem, da idolatria do ter, do poder e do prazer. É pessoa de convicção: sabe discernir o que é do mundo e o que é de Deus. Dá a própria face para mostrar a verdade, na vida destemida de testemunhar sua opção em trabalhar pela implantação dos critérios éticos, humanos e verdadeiramente crísticos ou de Cristo.

O batismo, assim assumido, não é apenas um rito religioso. É a mudança fundamental da pessoa, que se torna um outro Cristo, presente e atuante com os critérios do Evangelho. Assim, sua presença e ação na família, na Igreja, na política, na cultura, na ciência e em tudo o mais, são percebidas positivamente, como quem realmente é humano com a divinização da ação do Espírito Santo: “Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo” (Lucas 3,20).

O batismo marca com o amor divino a pessoa, para ela ser luz e ajudar o semelhante a encontrar o sentido da vida na direção do Ilimitado. Então, a pessoa se torna verdadeiramente humana, como o Filho, descido à nossa tenda terrestre, humanizando-nos. Quem é batizado e vive seu compromisso de fé,  torna-se autenticamente humano, com o amor perpassado por Deus. Pratica a justiça provinda do amor de Deus.

Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O que é a Igreja Católica Apostólica Carismática?



Em outra oportunidade, transmitimos em nosso site uma matéria sobre a Igreja Católica Brasileira (clique aqui para ver a matéria), no entanto, não são poucas as denominações religiosas que se passam por "católicas", conseguindo assim, enganar e afastar muitos fieis da sã doutrina que se encontra na única Igreja que Nosso Senhor Jesus Cristo fundou: Igreja Católica Apostólica Romana. Estas denominações se revestem de uma "catolicidade", utilizando-se de objetos próprios do catolicismo romano: sacramentos, missas, vestes litúrgicas, ritos, títulos, etc.. É preciso, portanto, muito cuidado analisando se a doutrina transmitida por tais comunidades eclesiais pertence à Sé Apostólica ou se é apenas mais um "lobo vestido de ovelha", querendo arrastar fieis para si, é o caso da Igreja Católica Carismática que apresentamos aqui: 

A ICAC (Igreja Católica Apostólica Carismática) tem como preceitos:

1 – Não possui os sete sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana.Para eles o Matrimônio pode ser recebido mais de uma vez e a confissão não é sacramento. Por isso os fiéis desta seita, segundo eles, não precisam confessar seus pecados aos padres. Segundo o site de um dos pseudos-padres da Igreja:

“A missão de um padre é pregar o Evangelho, aconselhar e rezar pelo povo e não ficar ouvindo pecados.”

Isso difere da Doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana, que ensina o que o próprio Cristo ordenou:

Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos. (São João 20,23).

2 – Não existe a lei do celibato. Para eles, o bispo, padre ou diácono pode ser casado ou solteiro, ele decide qual o estado de vida.

3 – Segundo eles não existe purgatório e, portanto os mortos não precisam de oração. Isso contraria a fé católica da Comunhão dos Santos.

4 – Para eles, o Papa não é tido como o Chefe (Visível) supremo da Igreja. Para eles o Papa é um primus inter pares – primeiro entre os iguais, é apenas o bispo de Roma e tem um “peso” igual ao bispo deles.

5 – Segundo a ICAC o aborto é repreensível, embora admitido quando a gestante possa ter sua vida posta gravemente em risco. Ou seja, para eles o pecado do aborto pode não ser pecado. A Igreja Católica Apostólica Romana é contra todo tipo de morte, incluindo o aborto.

6 – Métodos anticoncepcionais para a ICAC são permitidos. É uma decisão do casal acabar com a possibilidade de fecundação ou não. Para eles isso não é pecado. Não há qualquer pronunciamento da seita a respeito. Eles não tem um posicionamento definido. Ou seja, quem cala consente.

7- A Igreja Católica Apostólica Romana não realiza, a não ser em casos especiais, batizados, casamentos e crismas fora das igrejas e espaços normalmente destinados ao culto e às celebrações sagradas, como, por exemplo, chácaras, buffets e outros locais. Já a ICAB realiza casamento em qualquer lugar,porém o seu sacramento não é válido para a Fé Católica Apostólica Romana.

Ah, e tem mais coisa! Embora ela tenha o nome de “carismática”, elanão tem nenhum vínculo com a RCC (Renovação Carismática Católica), que é um movimento que está dentro da Igreja Católica Apostólica Romana e lhe é obediente. O nome é também para confundir os fiéis. Fique esperto!

Esta não é a primeira e nem a última vez que termos parecidos com os da Igreja Católica aparecem causando confusão entre os católicos. Dentro das seitas protestantes já é normal vermos seus líderes se autodenominando “bispos”, “bispas” e “apóstolos”, e alguns deles chegando a usar o “clerygman” em suas aparições televisivas.

Em novembro de 2011, Bispos da província eclesiástica de São Paulo emitiram carta aos fieis, alertando sobre as diversas denominações cristãs e práticas que diferem da prática religiosa dos fieis católicos. Dom Ercílio, pediu que esta carta fosse lida nas Santas Missas das comunidades na Diocese de Osasco. Leia Abaixo na íntegra:



ESCLARECIMENTO
dos bispos da província eclesiástica de São Paulo
aos fiéis da Igreja Católica Apostólica Romana


A Igreja Católica Apostólica Romana, fiel e perseverante na transmissão da fé recebida dos Apóstolos, está unida ao Papa, sucessor do Apóstolo Pedro, e aos bispos em comunhão com ele. Os fiéis católicos apostólicos romanos reúnem-se também em torno dos padres e diáconos, que estão em comunhão com os bispos e foram por eles legitimamente ordenados
para os respectivos ministérios.

Atualmente, várias Igrejas e Comunidades Cristãs, não unidas ao Papa e os bispos em comunhão com ele, apresentam-se como “católicas”, “católicas apostólicas”, “católicas carismáticas”, “católicas renovadas”, “católicas apostólicas ortodoxas”, “católicas apostólicas brasileiras”. Diversas pessoas e iniciativas religiosas são apresentadas como “católicas”, utilizando os mesmos sinais já tradicionais da nossa identidade católica apostólica romana (nomes, títulos, vestes clericais e litúrgicas, símbolos, textos litúrgicos...).

Esta falta de clareza no âmbito das organizações religiosas ditas “católicas” é motivo de perplexidade, confusão e desorientação para os fiéis a nós confiados, podendo causar dano à sua fé. Cumprindo nossa grave responsabilidade de, em nome de Jesus Cristo, Bom Pastor, cuidar das ovelhas do seu rebanho, conduzindo-as pelos caminhos do Evangelho e defendendo-as contra todos os perigos e enganos, vimos esclarecer e chamar a atenção para o que segue:

1. Somente representam legitimamente a Igreja Católica Apostólica Romana os bispos que estão em comunhão com o Papa e os sacerdotes e diáconos em comunhão com esses bispos católicos apostólicos romanos. Dioceses, eparquias, exarcados, paróquias e santuários da Igreja Católica Apostólica Romana são somente aquelas e aqueles que estão sob a responsabilidade de tais bispos, sacerdotes e diáconos;

2. É direito dos fiéis católicos apostólicos romanos e de qualquer outra pessoa, obter informações certas sobre a identidade religiosa das pessoas que representam qualquer religião, igreja ou grupo religioso; o exercício da liberdade religiosa só é possível mediante essa clara identificação;

3. Os fiéis católicos apostólicos romanos, que necessitarem de informações sobre a legitimidade dos seus representantes hierárquicos, podem obtê-las através dos padres e diáconos das paróquias católicas romanas conhecidas, ou através das cúrias das respectivas dioceses.

4. Recomendamos aos nossos sacerdotes e diáconos que tenham sempre consigo o documento de identidade sacerdotal ou diaconal, assinado pelo bispo da própria diocese ou, no caso do clero religioso, pelo seu superior provincial;

5. Esclarecemos aos fiéis católicos apostólicos romanos e a quem interessar possa, que nossa Igreja não realiza, a não ser em casos especiais, batizados, casamentos e crismas fora das igrejas e espaços normalmente destinados ao culto e às celebrações sagradas, como, por exemplo, chácaras, buffets e outros locais;

6. Desaprovamos toda forma de simulação dos Sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana, bem como a exploração comercial, como fonte de lucro, da religião e da boa fé do povo; afirmamos que, ao nosso entender, isso é um grave desvio da natureza e da finalidade da religião e desrespeita profundamente a Deus e ao próximo;

7. Estimulamos a todos os nossos fiéis a se manterem firmes na fé da Igreja, recebida dos Apóstolos e testemunhada pelos santos e mártires ao longo da história; estejam unidos aos seus legítimos bispos e sacerdotes, colaborando com eles na vida e na missão da Igreja; freqüentem as comunidades de fé e caminhem com elas, nas paróquias e outras organizações da Igreja, e busquem todos conhecer mais profundamente o rico patrimônio da fé e da vida cristã, que a Igreja Católica Apostólica Romana preserva e transmite com fidelidade, de geração em geração.

Assinam os bispos das dioceses católicas apostólicas romanas da província eclesiástica de São Paulo.

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo;

Dom Tomé Ferreira da Silva, bispo auxiliar de São Paulo;


Dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar de São Paulo;


Dom Edmar Peron, bispo auxiliar de São Paulo;


Dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar de São Paulo;


Dom Júlio Endi Akamine, bispo auxiliar de São Paulo;


Dom Ercílio Turco, bispo de Osasco;


Dom Fernando Antônio Figueiredo, bispo de Santo Amaro;


Dom Nelson Westrupp, bispo de Santo André;


Dom Jacyr Francisco Braido, bispo de Santos;


Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, administrador apostólico de Guarulhos;


Dom Joaquim Justino Carreira, bispo nomeado de Guarulhos;


Dom Luiz Antônio Guedes, bispo de Campo Limpo;


Dom Airton José dos Santos, bispo de Mogi das Cruzes;


Dom Manuel Parrado Carral, bispo de São Miguel Paulista;


Dom Vartan Waldir Boghossian, bispo do exarcado armênio, para os católicos apostólicos romanos de rito armênio residentes no Brasil;


Dom Farès Maakaroun, bispo da eparquia Nossa Senhora do Paraíso, dos católicos apostólicos romanos de rito greco-melquita;


Dom Edgard Madi, bispo da e paróquia Nossa Senhora do Líbano, dos católicos apostólicos romanos de rito maronita.



São Paulo, na festa do Apóstolo 
Santo André, 30 de novembro de 2011
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Fonte: Canal de Notícias; Dominus Vobiscum (título original: A Igreja Católica Apostólica Carismática não tem nada a ver com a Igreja Católica Apostólica Romana).
(algumas curtas adaptações, acréscimos e omissões).


Jornal Hoje nega reportagem sobre a Jornada Mundial da Juventude 2013


mobilização dos internautas que queriam ver uma reportagem sobre a Jornada Mundial da Juventude no Jornal Hoje alcançou 25.000 participantes. No entanto, o clamor popular foi solenemente ignorado pelo jornal: seu perfil do Facebook afirmou hoje que o quadro não faz cobertura de eventos específicos, mas trata somente de «temas abrangentes, que geram discussões e dúvidas».



Ao invés de abordar o assunto escolhido pela acachapante maioria dos que responderam à pergunta lançada em primeiro de janeiro, o jornal preferiu lançar uma enquete anódina com os seguintes temas: “Drogas”, “Violência”, “Consumismo”, “Independência” e “Fãs e tietagens” – os «temas mais sugeridos na última semana».


O que dizer? De certo o jornal tem todo o direito de escolher o tema que quiser para apresentar em seu quadro. Mas é bem deselegante perguntar um tema para os usuários do Facebook e, depois, ignorá-los completamente. Ora, se não queria saber, não perguntasse. Se havia restrições de temas, que isso fosse avisado no começo. O que fica feio é esperar que dezenas de milhares de pessoas sugiram um tema para, na semana seguinte, dizer “ah, isso não pode ser, sinto muito”. É uma baita falta de respeito para com essas pessoas que se deram ao trabalho de responder ao que foi perguntado.

Também a desculpa usada soa (para dizer o mínimo) estranha. Um “evento específico” pode muito facilmente ser transformado em um “tema abrangente”, bastando um pouquinho de boa vontade. “Jornada Mundial da Juventude – Rio 2013″ poderia facilmente se transformar em “Religiosidade dos jovens”, “Igreja Católica e juventude” ou até mesmo – para ficar na moda – “Estado Laico e visita do Papa: o que pensam os jovens brasileiros?”. Enfim, a impressão que fica é que não se queria falar de religião e nem muito menos de Catolicismo.

O que – repitamos – é uma abordagem perfeitamente legítima, contanto que fosse dita claramente e desde o princípio. No fim das contas, esta mudança de regras no final do jogo pegou muito mal. O Jornal Hoje poderia ter aproveitado a enorme audiência auto-apresentada no Facebook para fazer um programa direcionado para ela; mas preferiu sair pela tangente e frustrar os anseios de todos os internautas que sugeriram a JMJ para o quadro do telejornal. Que pena!
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Fonte: Deus lo Vult.
Título de Origem: Jornal Hoje pede opinião de internautas sobre tema de reportagem e depois diz: "ah, isto não pode".
Imagens do blog.




terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Missa Afro: Inculturação?



Os defensores da chamada “Missa Afro” dizem ser uma inculturação a fim de contemplar a cultura afro-brasileira, mas, e, nisso concordo com D. Estêvão Bettencourt, “o espetáculo daí resultante não atingiu a sua finalidade, que era elevar as mentes a Deus em atitude de oração; lembrou muito mais os festejos folclóricos do nosso povo, associados a Carnaval e a cultos não cristãos”.

A inculturação tem como finalidade transmitir as verdades do evangelho, apresentando-as de forma que os destinatários as possam compreender e viver, aproveitando as expressões culturais de povos não-europeus, que guardam, assim, sua identidade. Não é tarefa das mais fáceis, podendo facilmente descambar para o abuso, como se pode verificar dos vídeos.


Inculturar é assumir, dentre os elementos da cultura (linguagem, gastos, símbolos…) de cada povo, aqueles que possam ser veículos fiéis e dignos da fé católica, não deteriorada nem adulterada. (…) Quaisquer que sejam os gestos e sinais aplicados à Liturgia, deverão sempre contribuir para que se levem as mentes a Deus numa atitude de oração e adoração. Caso este objetivo não seja atingido, mas, ao contrário, se provoque dispersão e perplexidade entre os fiéis, os símbolos não podem ser considerados autênticos.*

Cristão não assiste o Big Brother Brasil



Gostaria de convocar a todos os cristãos a se absterem de assistir ao deplorável Big Brother Brasil 13, que estreia nesta terça-feira, dia 8. No lugar, leia um livro!

É um programa abertamente pornográfico - falar que é sensual é piada! É um programa que incita jovens e adultos a viverem uma vida sexual fora do casamento. Não é deplorável apenas do ponto de vista sexual, mas cultural, ético, moral e humano.

O que se aprende ao assistir saradões e saradonas (que serão capa de revistas pornográficas ao saírem do programa) tomando banho semi-nus, fofocando, fazendo intrigas, tendo conversas tolas e ademais levianas? Aí você diz: é apenas um programa; ali a gente aprende sobre o comportamento humano, aquilo que ele tem de pior ou de melhor etc. etc. Desculpe, mas aprendemos muito mais com os livros de psicologia, de auto-ajuda etc. do que com esta panacéia, este pandemônio, esta Sodoma e Gomorra que é o Big Brother.

A fórmula é sempre a mesma: coloca-se um inteligente, um gay, uma lésbica, um negro, uma gorda, um "normal", cada um de um canto do país, para demonstrar que o programa reflete a diversidade cultural brasileira, que em sua raiz é miscigenado, e os demais participantes todos saradões, corpos esculpidos, pessoas escolhidas a dedo, para delírio do povo (masculino, sobretudo).

Nos banhos de piscina ou no chuveiro as câmeras bem posicionadas "flagram" ops! sem querer querendo, seios saindo da parte de cima do biquíni. E a sentadinha de saía - hum! Assim você mata o papai! - em que aparece a calcinha da participante, que coitadinha, não tem culpa alguma, ô dó, de ter câmeras até debaixo das unhas dos heróis. Heróis? Heróis de quê? Da vergonha nacional? Só se for. Diversidade cultural? Que nada! Estudo do comportamento humano? Que nada! A intenção primeira é estampar peito, bunda e órgãos genitais masculinos e femininos da tela da TV, porque isso sim dá audiência. E se não estiver dando audiência, um sexo embaixo do edredom vai fazer o circo pegar fogo!

Esse tal Big Brother não é nada mais que a Pornochanchada brasileira da década de 70 na versão moderna, ou seja, um gênero pornô sem sexo explícito. Para você ver cenas mais picantes, você vai ter de pagar para assistir em canal fechado, em Pay-per-view.

Eu não preciso mais fazer um discurso moral e dizer que o Big Brother é tão somente peito, bunda, pernas, órgãos genitais, sexo em baixo do edredom etc.

Dar audiência a um programa desse é assinar um atestado mais do que de sem-vergonhice é de pouco uso das faculdades intelectuais.

Se der aquela vontade de dar uma espiadinha, resista. Ainda mais depois daquela novelinha - que é outra pouca vergonha nacional.

Mas te convido a ler um capítulo da Bíblia, uma parte do Catecismo da Igreja Católica; mas como ler a Bíblia todos os dias é mais do que obrigação de um cristão decente, então te convido a ler um livro. Creio que o programa dure dois para três meses, dá para você ler no mínimo um livro por mês. Tem uns que conseguem ler mais.

Mas se depois de tudo você ainda não se decidir por ler e quiser algo que demande pouco do seu cérebro, para descansar mesmo, assista um bom filme, uma comédia; ligue na Canção Nova, assista a um programa humorístico, entre no Facebook, poste algo que evangelize, ligue para um amigo de igreja, vai dar uma caminhada, sei lá, assista qualquer coisa decente menos o Big Brother Brasil 13.

Estou conclamando a todos os capixabas a boicotarem o programa! Vamos mostrar para a Rede Globo que nós católicos do Estado do Espírito Santo não aceitamos o Big Brother Brasil, essa pornochanchada revisitada.


Thiago Zanetti
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*curta adaptação em itálico.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Não à manipulação da Santa Missa!



Estou cansado de ter que procurar uma Santa Missa, com dignidade e sem modas, como uma agulha no palheiro. Parece até uma sina: onde chego, logo na porta principal da Igreja já está o cartaz com o convite para a “Missa de Cura e Libertação”, com Padre Fulano de Tal... ou pior ainda, quando olho para o outro lado do mural, está agendada a “Missa Sertaneja”; no grupo de oração da semana que vem, “Missa Carismática”... (ah, se Padre Pio ainda vivesse para ouvir o que fizeram com os ‘grupos de oração’...). Por outro lado, quando encontro algumas pessoas que costumam assistir a Santa Missa em sua forma extraordinária ou, vulgarmente chamada de “Tridentina”, chamam-na de “Missa de Sempre”. É que não tenho a pele branca para ver quão vermelho de irritação eu fico quando ouço certos “jargões.

“Missa de Cura e Libertação”, “Missa Sertaneja”, “Missa Carismática”, “Missa de Sempre”... a que ponto chegamos! Manipular o único e eterno memorial do Sacrifício do Calvário... quanto desgosto sinto! Acredito que seja o mesmo que muitos, quando têm que aturar padres (e alguns até ‘muito bem preparados’, academicamente), falando abobrinhas sentimentais...

Foi-se o tempo em que o início da Santa Missa era feito pelo Padre e não pelos cantores; foi-se o tempo em que o ato penitencial levava a uma contrição autêntica; foi-se o tempo em que o glória era um louvor ao Pai e ao Cordeiro e não um “hino trinitário”; foi-se o tempo em que o salmo era responsorial e não de “meditação”; foi-se o tempo em que a homilia era o momento de catequese; foi-se o tempo em que o canto do Sanctus proclamava, já antecipadamente, a vinda escatológica do que vem em nome do Senhor; foi-se o tempo em que, após a consagração, era o momento de olhar o Senhor e adorá-lo e não cantar ou bater palmas, e que apenas ‘quem falava eram os sinos’; foi-se o tempo em que a comunhão era de joelhos e na boca; foi-se o tempo em que se guardava silêncio, mesmo que breve, após a comunhão... enfim, foi-se o tempo de tantas coisas... e estas “tantas coisas” geraram Santos, verdadeiros homens de fé e uma fé madura, não infantilizada, à estatura de Nosso Senhor Jesus Cristo.

É certo que a Palavra de Deus é viva e eficaz e que nos toca ao coração. Mas não se trata de banalizar ou denegrir o seu valor. Ela é cortante e penetra o íntimo das nossas almas. A grande questão é o desvio de foco. Se hoje temos concepções de “Missas” como essas, é devido ao subjetivismo de tantos padres, ou seja, eles desviam o foco de Nosso Senhor Jesus Cristo e levam-no para si. Também é certo que o sacerdote age in persona Christi, mas ele deve se re-cordar (= trazer ao coração) sempre o exemplo do Senhor Jesus Cristo que, “embora sendo de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens... Por isso, Deus o exaltou soberanamente...” (Fl 2,6-7.9).

Mas, o que realmente me deixa consternado é a manipulação da Santa Missa para os gostos pessoais e intimistas de cada padre... E nem adianta dizer que é o povo quem quer assim. Errado! Todo sacerdote (ou presbítero, como queiram chamar), recebeu uma formação específica da Santa Igreja Católica Apostólica e Romana. Ora, se assim o é, então, deve obedecer, como prometeram no dia da sua ordenação a tudo o que está escrito e não transgredir ou inventar ou, pior ainda, modificar, sem poder algum para tal coisa. O povo recebe o que o padre dá.

Penso que o dever primeiro de cada sacerdote é a salvação e cura das almas, a começar da sua própria. E rezo para que cada qual tenha consciência do que faz e que temam o juízo. De fato, constato que muitos já não têm mesmo medo da condenação eterna e se afugentam na historinha: “ah, o céu ou inferno é aqui e agora”... Que Deus lhos perdoe por tanta insanidade e falta de fé. Esta sim é a grande “crise” pela qual muitos deveriam passar. Mas apenas o fazem no sentido mais fraco do termo, que seja, modificação e não no sentido real da palavra, de ‘purificação’. Sim, é necessária uma grande purificação dos pensamentos, palavras, atos e até de omissões!

Acredito que muitos dos que lêem o que escrevo fazem apenas com o intuito de criticar ao final das leituras; mas se pararem para “pensar”, isto é, avaliar onde está o ‘peso’ real das coisas, hão de concordar que os erros não estão em quem lhos constatam; antes, estão nos que são os sujeitos das situações, no caso, dos Padres em relação às concepções da Santa Missa.

Concluindo esta breve conversa, dirijo-me aos “Ministros do Divino Altar”. Se tiverem consciência de que cada um é realmente “um outro Cristo nesta terra”, começarão a executar os seus ofícios com um gostinho de céu, como uma antecipação já aqui e agora do Reino que pregamos e anunciamos. Espero que ao ensinarem as ovelhas confiadas a cada um, quando falarem em “Missa de Cura e Libertação”, “Missa Sertaneja”, “Missa Carismática”, “Missa de Sempre”, façam com a consciência de que em cada denominação errônea dessas, ainda assim, não desviem o foco: Nosso Senhor Jesus Cristo!
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FONTE:Salvem a Liturgia.
Adaptado para melhor esclarecimento.
Tema nosso.
Autor: Frei Ângelo Bernardo.

Participação da Família na Liturgia

“Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham” ( Mt. 19,14).


É comum ouvir dizer que é muito difícil participar da missa com crianças pequenas. Segurando um bebê chorando no vestíbulo não é comumente visto como uma inspiração para devoção durante a consagração. Uma criança de dois anos caindo do genuflexório, enquanto se esforça para ver Nosso Senhor elevado na Eucaristia parece chamar a atenção de um pai e afastá-lo de suas próprias orações. Uma criança de sete anos, que deve ser frequentemente lembrada para prestar atenção e não se distrair durante a Missa, faz com que o pai se distraía.

Como os pais com filhos mais novos participam adequadamente na Missa? Eles podem participar em tudo quando constantemente são chamados a cuidar das necessidades dos seus pequeninos? Alguns pais estão tão machucados por essas demandas que são tentados a pensar que seja impossível. Talvez eles digam para si mesmos com um leve tom de auto-piedade: "Algum dia eu vou participar na missa". 

Mas o que é a participação na Missa? Certamente o sacerdote oferecendo in Persona Christi o sacrifício da Missa participa mais diretamente. Mas ele faz isso não só para a glória de Deus, mas para "servir todos os membros da Igreja." Os coroinhas e membros do coro também participam na medida em que auxiliam o culto para o corpo da Igreja. Eles muitas vezes sacrificam suas orações pessoais para que possam desempenhar as funções que lhe são exigidas. Estes serviços são a sua participação e podem ser unidos ao sacrifício de Cristo. Os pais por sua vez auxiliando seus filhos, que fazem parte do Corpo de Cristo, para que participem de forma plena e consciente quanto possível no sacrifício da Missa estão participando dando assistência aos seus filhos. Nas palavras de nosso Senhor, "aquilo que você faz a um destes meus irmãos, você está fazendo a Mim”.

À primeira vista, segurando um bebê chorando parece não ter nada a ver com a consagração de Nosso Senhor. Mas quando um pai sacrifica sua devoção pessoal e a se inclina para frente e sussurra no ouvido do bebê para conter o choro há uma semelhança com a ação do altar. Quando a criança que cai durante a elevação da Eucaristia sente as mãos amorosa erguendo-o de forma mais rápida e atenta do que quando ela cai em casa, a ação reflete a santidade do momento. Quando a distração constante de uma criança mais velha é firme e consistente guiada com a mesma pose e esforço dos coroinhas se movimentando no altar, então o papel dos pais na assistência dos seus filhos durante a missa é a sua oferta de louvor ao Senhor. E quando algum dia, uma mãe se encontrar ajoelhada ao lado de seu filho, dois corações ao invés de um, treinando para unir as suas intenções com as de nosso Senhor, os frutos do serviço desses pais mostrar-se-ão nas orações de seus filhos. Que coisa gloriosa para um pai ver seu auxílio não como distrações, mas como a participação direta na Missa, ajudando a revelar a missa para os menores membros do Corpo de Cristo.
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Fonte: Salvem a Liturgia.
Por Kellene Goff .

Cuidado com o que pedes, pois podes ser atendido.



Não me lembro em minha curta vida, 27 anos, ter visto um protagonista católico. Vi sim mulheres que se ajoelhavam diante imagens de santos, Padre caricatos e obedientes a coronéis e beatas. Vi beatas falsas, que andavam com o terço no pescoço, mas não respeitavam de forma alguma as doutrinas da Igreja.

De fato, assim como também não vi protestantes sendo representados de forma equivalente a realidade de quem os são. Do mesmo modos os católicos, como disse acima, não passam de caricaturas do que realmente são. Sempre durante esses anos de minha vida, nas novelas a quebra de valores sendo colocada como normal.

Outro fato, é que na maioria das pesquisas muitos não praticantes da igreja ou apenas misseiros por tradição são retratados de forma fiel. Se estou no bar bebendo, sou católico. Se estou me prostituindo, sou católico. Essa é a resposta social dada a pergunta qual a sua religião?

Quero ver sim nas novelas, da Globo, SBT e Record protagonistas realmente seguidores de suas doutrinas. Seja ela católica ou protestante. Digo isso referindo aos valores que são deturpados pela TV. Por exemplo: a igreja não ensina que se deve abandonar o esposa ou esposa por causa de outra mulher ou homem. A TV diz que pode. Essa protagonista é católica ou protestante? Nunca foi e nunca será, como diria Capitão Nascimento (Filme Tropa de Elite).

É hora dos autores, boêmios por opção, mostrarem os valores que devem ser seguido e que a igreja sempre ensinou. É hora de nós católicos realmente nos comportarmos como tal. Seguir a igreja é seguir a Cristo na sua plenitude. Não diante do primeiro problema romper com os seus valores e viver loucamente como as novelas nos propõe.

Ainda, ano passado todos assistiram a uma novela chamada Avenida Brasil. Em sue final a vilã pagou por seus crimes e foi morar sozinha no lixão. A cena do perdão de seu filho, ao levar o neto para vê-la, e da mocinha indo junto, deixou muitos decepcionados, pois estes esperavam uma vingança maior como o assassinato da vilã ou ainda ela fugindo com uma fortuna.

Frustração  social em ver que alguém se redimiu ou tenta se redimir. Isso não é ser cristão. Cuidado pastor Silas ao pedir uma protagonista protestante nas novelas. Nunca houve de fato protagonista católica, apenas que se dizia ser. A TV consegue estereotipar qualquer coisa e nosso povo ainda é fraco na fé para compreender.
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Tema de origem: “Pastores pedem heroína evangélica à Globo” – e acaso houve alguma católica?
Fonte: O Anunciador.