segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Papa pede que vejam a Igreja como companheira fiel em toda e qualquer prova


Discurso durante cerimônia de despedida no
Aeroporto Internacional da Filadélfia
Domingo 27 de Setembro de 2015

Amados Irmãos Bispos,
Queridos amigos!

Os meus dias entre vós passaram rápido, mas cheios de graça para mim e – espero – também para vós. Neste momento em que estou para partir, sabei que o faço com o coração cheio de gratidão e esperança.

Sinto-me grato a todos vós e a quantos trabalharam ardorosamente para tornar possível e preparar o Encontro Mundial das Famílias. Agradeço de modo particular ao Arcebispo Chaput e à arquidiocese de Filadélfia, às autoridades civis, aos organizadores e aos inúmeros voluntários e benfeitores que contribuíram cada qual segundo as próprias possibilidades.

Agradeço ainda às famílias que partilharam os seus testemunhos durante o Encontro. Não é fácil falar abertamente do próprio percurso na vida! Porém a sua sinceridade e humildade diante de Deus e de nós mostraram a beleza da vida familiar e toda a sua riqueza e variedade. Rezo para que estes dias de oração e reflexão sobre a importância da família para uma sociedade sadia possam encorajar as famílias a continuar a lutar pela santidade e a ver a Igreja como uma companheira fiel em toda e qualquer prova que tenham de enfrentar.

No final da minha visita, quero agradecer também a todos os que trabalharam para a minha estadia nas arquidioceses de Washington e Nova Iorque. Particularmente comovente para mim foi a canonização de São Junípero Serra, que nos lembra a todos nós a chamada para ser discípulos missionários, bem como parar pessoalmente, junto com irmãos de outras religiões, no Ground Zero, local que recorda de forma eloquente o mistério do mal; mas sabemos com toda a certeza que o mal não terá jamais a última palavra e que, no plano misericordioso de Deus, triunfarão sobre tudo o amor e a paz. 

Senhor Vice-Presidente, peço-lhe para renovar ao Presidente Obama e aos membros do Congresso a minha gratidão, juntamente com a garantia das minhas orações pelo povo americano. Esta terra foi abençoada com enormes dons e oportunidades. Rezo para que sejais bons e generosos guardiões dos recursos humanos e materiais que vos foram confiados.

Agradeço ao Senhor por ter contemplado a fé da Igreja bem radicada neste País, como se manifestou nos nossos momentos de oração em conjunto e se mostrou em muitas obras de caridade. Jesus diz nas Escrituras: «Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40). As atenções que tivestes para comigo e a vossa recepção são sinal do vosso amor e fidelidade a Jesus. E é-o também a solicitude pelos pobres, os doentes e os sem-abrigo, os imigrantes, a vossa defesa da vida em todas as suas fases, bem como a preocupação com a vida familiar. Em tudo isto, reconheceis que Jesus está no meio de vós e que, cuidar um do outro, é solicitude pelo próprio Jesus.

No momento da partida, peço a todos vós, especialmente aos voluntários e benfeitores que se prodigalizaram pelo Encontro Mundial das Famílias, que não deixeis apagar-se o vosso entusiasmo por Jesus, pela sua Igreja, pelas nossas famílias e a família maior da sociedade. Possam estes dias, passados juntos, dar frutos que permaneçam, e a generosidade e solicitude pelos outros possa continuar. Assim como recebemos muito de Deus – dons oferecidos a nós gratuitamente e não merecidos pelas nossas forças –, assim, em troca, procuremos também dar gratuitamente aos outros.

Queridos amigos, abraço-vos a todos no Senhor e confio-vos aos maternos cuidados de Maria Imaculada, Padroeira dos Estados Unidos. Rezarei por vós e vossas famílias, e peço-vos, por favor, para rezardes por mim. Deus vos abençoe a todos. Deus abençoe a América!
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Canção Nova 

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