quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Quaresma em novo confinamento



O ano passado fomos apanhados a meio da Quaresma naquilo que é designado como o primeiro confinamento, que durou de 15 de março (3.º domingo da quaresma) até 31 de maio (domingo do Pentecostes)…

Há quase um ano atrás a surpresa causou medo…o medo gerou suspeita… a suspeita provocou dúvida…a dúvida fez mudar os comportamentos…essa mudança trouxe novas formas de estar em sociedade… essas formas, maioritariamente, foram fechando as pessoas, que se vem tornando mais egoístas, desconfiadas e mesmo interesseiras… umas para com as outras e até para com Deus.

Para encontrarmos pistas de reflexão sobre tudo isto, que nos tem estado a acontecer desde os finais de março do ano passado, vamos cingir-nos a aspetos, desta vez, mais de ordem da dimensão espiritual, não esquecendo as suas manifestações no âmbito cristão/católico… onde se podem incluir algumas iniciativas programadas para este longo tempo de suspensão das celebrações religiosas reformuladas, bem como as necessárias implicações deste longo ‘deserto’ a que fomos confinados por obrigação sanitária e sentido cívico.

a) Linguagem, postura e comunicação

Não podemos usar uma linguagem demasiado do liturguês, porque os não-iniciados não compreendem nem tão básica sem isso possa parecer que os mistérios se reduzem a expressões banais; a postura se é de ver o rosto e as suas expressões, o uso da máscara, para além de ser desnecessário, tal a distância das pessoas umas em relação às outras, inviabiliza qualquer expressividade por muito simples que esta se possa verificar; comunicação é bem diferente de falar para ouvintes e para telespectadores ou internet-ouvintes, estes estão perto embora longe, mas querem ter uma mensagem que possa ser pessoal, próxima e adequada às suas circunstâncias… ou, então, desligam ou procuram quem lhe fale de forma mais do que vazia!

Pôr no ar missas como se estivesse presente uma assembleia presencial não é o mesmo que estar a celebrar para uns poucos – mesmo que representativos – de serviço. Aquelas missas não são ‘teatro’, mas também não podem ser feitas sem cuidado nem menos boa imagem. Mostrar o que se faz é, claramente, diferente de fazer o que se quer mostrar. Há códigos de comunicação e de duração para cada um dos momentos, não se pode, por isso, fazer-de-conta que tudo é igual e com a idêntica valorização. Vamos aprendendo com os erros?

Iraque: Igreja Católica prepara-se para receber Papa Francisco



A Igreja Católica no Iraque está a preparar-se para receber o Papa Francisco, de 5 a 8 de março, numa visita que é vista como sinal de esperança para o futuro, após anos de violência no país.

D. Nathanael Nizar Samaan, arcebispo da diocese siro-católica de Hadiab, no Curdistão iraquiano, sublinha que a comunidade cristã “é pobre, pequena, sem poder político, mas certamente é uma Igreja viva” e “enriquecida também pelo testemunho daqueles que passaram por perseguições”.

“Aqui há um futuro também para nós”, acrescenta, em declarações ao portal ‘Vatican News’.

O programa da primeira viagem internacional do Papa desde novembro de 2019 inclui uma Missa no Estádio de Erbil, para milhares de pessoas – apesar das limitações impostas pela pandemia.

“Será o único evento no programa da visita papal com multidões”, aponta D. Nathanael Nizar Samaan.

A assembleia deve reunir participantes do Curdistão iraquiano e deslocados provenientes de Mossul e da Planície de Nínive; a liturgia será celebrada em rito latino, com cânticos em árabe e aramaico.

Vaticano: medidas de contenção da Covid-19 estão causando uma erosão mundial da liberdade religiosa



O Secretário para as Relações com os Estados do Vaticano, Dom Paul Richard Gallagher, disse ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em 23 de fevereiro, que na resposta global à pandemia do coronavírus há uma erosão do direito à liberdade religiosa.

Nesta terça-feira em uma mensagem de vídeo, Dom Gallagher indicou que a Santa Sé reitera "a urgência de proteger o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião", especialmente as crenças e expressões religiosas, que estão " no cerne da dignidade da pessoa humana em sua consciência".

O Prelado assinalou que "a resposta global à pandemia da Covid-19 revela que esta sólida compreensão da liberdade religiosa foi corroída".

“A Santa Sé gostaria de sublinhar que, como reconhecido em numerosos instrumentos de direitos humanos, a liberdade de religião também protege seu testemunho público e expressão, tanto individual quanto coletivamente, pública e privada, em formas de culto, observância e ensino” adicionou.

Dom Gallagher explicou que o respeito pelo "valor intrínseco" do direito à liberdade religiosa requer que as autoridades políticas se comprometam os com líderes religiosos, organizações religiosas e líderes da sociedade civil comprometidos com a promoção da liberdade de religião.

“Em meio à atual pandemia da Covid-19, algumas medidas implementadas pelas autoridades públicas para garantir a saúde pública dificultaram o livre exercício dos direitos humanos”, afirmou.

O Prelado explicou que muitas pessoas em situação de vulnerabilidade, tais como idosos, migrantes e crianças “foram desproporcionalmente afetados pela crise atual” e indicou que qualquer limitação “para o exercício dos direitos humanos para a proteção da saúde pública deve derivar de uma situação de estrita necessidade”.

“Estas limitações devem ser proporcionais à situação, aplicadas de forma não discriminatória e utilizadas somente quando outros meios não estiverem disponíveis”, acrescentou.

Homem falece de joelhos diante do altar em igreja no México



A Cidade do México ficou comovida com a história de Juan, um homem de 60 anos que entrou em uma igreja para rezar e que, estando de joelhos, morreu em poucos minutos, em frente ao altar. Nessa mesma tarde, o pároco celebrou a Missa de exéquias acompanhado por vários paroquianos.

A informação oficial indica que Juan entrou na paróquia Jesus Sacerdote, em Tlalpan, por volta do meio-dia de domingo, 21 de fevereiro, se ajoelhou em frente ao altar e morreu logo depois, cerca de 45 minutos antes do início da Missa da tarde no primeiro domingo da Quaresma.

O sacristão avisou ao pároco, Pe. Sajid Lozano, que chamou uma ambulância, mas “havia vários sinais que indicavam que não podíamos mais fazer nada, que ele já havia falecido”, disse.

Em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, o Pe. Lozano disse que “Juan veio com suas próprias pernas para a sua Missa de corpo presente. Que é a morte dos justos, uma morte sem sofrimento”.

“Juan teve a fortaleza e o ânimo de vir à casa de Deus para dar o seu último suspiro”, acrescentou.

Segundo a revista Desde la Fe, da Arquidiocese do México, pouquíssimas pessoas conheciam Juan, mas comovidos, participaram da Missa de exéquias.

A polícia e os paramédicos "nos disseram que a morte ocorreu devido a um infarto fulminante e que não havia sinais de violência", indicou o sacerdote ao meio mexicano. Informou também que as autoridades lhe deram permissão para continuar suas atividades e lhe sugeriram encontrar algum familiar de Juan.

Um jovem que passou perto da igreja identificou o corpo e depois acompanhou as autoridades até a casa da família. Lá, encontrava-se o filho do falecido, que comovido pela notícia, foi até a paróquia Jesus Sacerdote e participou da Missa de exéquias.

Seu pai foi coberto com um lençol branco em sinal de respeito. A Missa foi realizada com a permissão da polícia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Bispos alemães pedem que ensinamento do Catecismo sobre homossexualidade seja mudado



Um bispo alemão defendeu publicamente seu apoio a um livro de bênçãos e ritos para as uniões homossexuais, juntando-se a outros prelados alemães que pressionam por uma mudança no ensinamento da Igreja sobre a homossexualidade.

O Bispo de Mainz (Alemanha), Dom Peter Kohlgraf, também sugeriu que não se pode esperar que todos os católicos com inclinações homossexuais vivam castamente e que a Igreja deveria adotar uma abordagem pastoral que reconheça isso.

“Muitas pessoas que têm atrações homossexuais pertencem à Igreja e são verdadeiramente piedosas no melhor sentido da palavra”, escreveu Dom Peter Kohlgraf em sua coluna intitulada “Não ignorar a ciência”, publicada em 3 de fevereiro no jornal diocesano e também no site da diocese.

“Sobre a exigência de castidade: o que significa na perspectiva das pessoas que vivenciam a atração pelo mesmo sexo? Penso que poucos deles considerariam esta exigência como discreta e respeitosa, porque - como também reconhece o Catecismo - esta inclinação não é auto-selecionada”.

O livro de bênçãos, intitulado “Paare. Riten. Kirche. "(Casais. Ritos. Igreja), é uma publicação de Bonifatiusverlag, uma editora afiliada à Arquidiocese de Paderborn. O livro também contém um prefácio de Dom Ludger Schepers, Bispo Auxiliar de Essen.

Dom Kohlgraf confirmou, no dia 3 de fevereiro, que membros de sua equipe diocesana participaram da produção do livro e expressaram seu apoio à publicação. Ele também disse que logo "percebeu" que já existiam muitas formas de bênçãos para os casais homossexuais “e que continuariam existindo” depois de sua nomeação como Bispo de Mainz em 2017.

Dom Kohlgraf é o último de uma série de prelados alemães a pedir publicamente mudanças na postura da Igreja sobre a homossexualidade. Também houve chamados semelhantes na vizinha Áustria. Um livro foi publicado em maio de 2020 sobre como os casais homossexuais podem receber uma bênção litúrgica formal de sua união na Igreja Católica, e um autor chamou-o de uma resposta a um pedido do comitê litúrgico da Conferência Episcopal Austríaca.

Os bispos alemães que até agora expressaram publicamente seu apoio à bênção das uniões do mesmo sexo incluem o Arcebispo de Munique Freising, Cardeal Reinhard Marx; o Bispo de Osnabrück, Dom Franz-Josef Bode; e o Bispo de Dresden-Meißen, Dom Heinrich Timmerervers

Dom Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã, em dezembro de 2020, pediu mudanças na seção sobre homossexualidade do Catecismo da Igreja Católica, promulgado por São João Paulo II, em 1992, como um guia oficial para os ensinamentos da Igreja.

De acordo com a CNA Deutsch – agência em alemão do Grupo ACI - Dom Bätzing disse que achava que era necessária uma mudança no Catecismo, expressando abertura às bênçãos homossexuais. O Prelado disse que “precisamos de soluções para isso”.

O Catecismo diz: “Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves a Tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’. São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados”.

Em seguida, acrescenta: " Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição”.

“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”, diz o Catecismo.

CNA Deutsch informou que Dom Bätzing sugeriu várias vezes que a próxima Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre o tema da sinodalidade poderia ajudar a implementar as mudanças propostas pelos bispos alemães e pelo “Caminho sinodal” do país, não apenas na Alemanha, mas em toda a Igreja Católica.

O “Caminho Sinodal” é um processo que reúne leigos e bispos alemães para discutir quatro questões principais: a forma como se exerce o poder na Igreja, a moral sexual, o sacerdócio e o papel da mulher.

Aqueles que exigem uma mudança no ensinamento e na prática da Igreja argumentam que isso é necessário à luz da "nova evidência científica" sobre a sexualidade humana. O caminho sinodal é baseado no estudo “MHG” sobre abuso sexual. CNA Deutsch informou sobre as críticas de especialistas católicos ao estudo.

Áudios de Padre Robson de Oliveira sugerem conduta suspeita em investigação de corrupção



Uma série de áudios obtidos do celular de Padre Robson de Oliveira, ex-reitor do Santuário do Pai Eterno e membro da Congregação dos Padres Redentoristas, indicam uma conduta suspeita do sacerdote em corrupção, organização criminosa e até mesmo pagamento de suborno a autoridades.

Os áudios constam em material apreendido em uma operação do Ministério Público, em agosto do ano passado e foram exibidos este domingo, 21, no programa televisivo ‘Fantástico’, da Rede Globo, contendo conversas gravadas secretamente pelo próprio sacerdote. Os áudios passaram por perícia técnica que comprova ser próprio o padre falando.

Padre Robson passou a ser investigado na Operação Vendilhões, deflagrada em agosto de 2020, acusado de delitos de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e falsidade ideológica, todos eles cometidos na Associação dos Filhos do Pai Eterno (Afipe), da qual era fundador e presidente.

Segundo investigadores, em dez anos, teriam sido movimentados 2 bilhões de reais, e compras de patrimônios incondizentes com a natureza evangelizadora da associação como fazendas, um avião e uma casa de praia.

Após as primeiras denúncias, o sacerdote redentorista, que até então era reitor do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), e presidente da Afipe se afastou das duas funções.

Em outubro, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás determinou o arquivamento das denúncias contra Pe. Robson. Porém, em 4 de dezembro, o presidente do Tribunal expediu uma decisão permitindo a retomada das investigações.

Com isso, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu novamente denúncia contra Pe. Robson e outras 17 pessoas, por supostos ilícitos cometidos com doações feitas à Afipe, em 7 de dezembro.

Entretanto, uma semana depois, o desembargador Leobino Valente Chaves acatou um pedido da defesa do sacerdote e voltou a bloquear a investigação. Na ocasião, considerou que a decisão de retomada da investigação competia ao Superior Tribunal de Justiça e não à presidência da Corte estadual.

Posteriormente, em 18 de dezembro, uma sentença do STJ reforçou esta decisão do desembargador. O ministro Nefi Cordeiro suspendeu o andamento da ação penal contra Pe. Robson, considerando, entre outros fundamentos, indícios de que o MP-GO teria usado provas obtidas por meios ilícitos.

Agora, com os novos áudios divulgados, o secretario de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse em entrevista ao ‘Fantástico’ que se vê “com clareza” que houve “obstrução de Justiça” no caso. “Nós estamos vendo tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa”, afirmou Miranda.

Em um dos áudios divulgados pelo programa no último domingo, o sacerdote fala com o advogado Luís Barbosa sobre a situação de outro advogado, Anderson Reiner Fernandes, que teria passado de um aliado para desafeto do padre. “Se o Senhor pudesse matar ele pra mim, seria uma benção”, diz Pe. Robson.

Outros áudios indicam que o sacerdote teria desembolsado milhares de reais da Afipe em pagamento de extorsões. Um pagamento com dinheiro dos fiéis teria sido destinado a um Hacker, que alegava possuir material comprometedor sobre o padre.

Outro suposto caso de suborno pago com as doações citado na matéria da Globo, teria sido o de Tyrone Di Martino, esposo de Talitta Di Martino, quem, segundo o Fantástico “atualmente” ainda trabalha na associação, mas que na verdade, deixou o grupo de funcionários em 2018. 

“Supostamente, Robson teria pago R$ 350 mil ao marido dela, o jornalista Tyrone Di Martino, com a justificativa de que ele ia escrever uma biografia dele. Entretanto, um áudio do próprio padre desmente a contratação do serviço”, diz o Portal de notícias G1, indicando que o sacerdote teria comprado o silêncio de Tyrone em matérias comprometedoras e justificado a saída do dinheiro com um contrato fraudulento de serviços.

Ainda de acordo com a reportagem, o material aponta para uma ligação entre Pe. Robson e a delegada Renata Vieira, que acompanhava o caso de extorsão e teria ajudado o sacerdote pedindo favores em contrapartida. Ao programa, ela disse em nota que é amiga do sacerdote desde 2009, que presidiu investigação de eventual crime de extorsão, em que o padre era a vítima, e que “obedeceu as normas da lei”. Ela foi afastada e a delegacia está sob intervenção da Secretaria de Segurança Pública de Goiás. Segundo o portal G1, a delegada classificou como “absurda” a hipótese da troca de favores.

O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, afirmou que o caso “parece até um grau de subordinação dessa delegada para o padre... ela trabalhando para ele e obtendo favores dele por conta disso”. A Polícia Civil e o Ministério Público pedem que o caso seja revisto à luz destas evidências de que o Redentorista teria subornado agentes públicos e fora indevidamente favorecido por magistrados.  
Nesse sentido, os investigadores assinalaram ao Fantástico que o sacerdote e seus advogados “tinham a porta aberta com alguns desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás”, e apontam o pagamento de subornos em uma ação sofrida pela Afipe por conta da compra de uma fazenda.

Por sua vez, a presidência do Tribunal disse desconhecer os fatos. “Não foram utilizados os meios próprios para trazer ao Poder Judiciário informações ou indícios de eventual conduta inadequada de magistrados para regular apuração”, disse em nota ao programa.

Em seguida, acrescentou, “não se pode presumir a ocorrência de irregularidades no julgamento de processos a partir de conversa mantida entre advogado e cliente”.

Diante das denúncias apresentadas pela reportagem, a defesa de Padre Robson de Oliveira afirmou em nota ao programa que “desconhece o conteúdo das mensagens mencionadas”. “Mais uma vez, são frutos de montagens e adulterações feitas por pessoas inescrupulosas que o extorquem há anos”, declarou.

Ainda segundo a defesa do sacerdote, ele “está sofrendo perseguição de políticos” e pede “para que lhe permitam seguir sua vida religiosa em paz, sem que seja constantemente vitimado por injustiças e falsas acusações”.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Arcebispo de Fortaleza informa que seu decreto de agosto de 2020 continua a valer



Indagado sobre o que mudaria na Igreja, a partir do Decreto de 18 de fevereiro, emitido pelo Governo do Ceará, o arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio, informou que “tudo continua igual”. Ou seja, as Paróquias e organismos da Arquidiocese devem continuar a obedecer o Decreto homologado por Dom José, em agosto de 2020, quando orientou sobre a abertura gradual das Igrejas no contexto de pandemia do Covid-19.

A informação foi repassada pela coordenação da Pastoral da Comunicação.

“Tudo continua igual. Agora, é preciso intensificar os cuidados para que, de fato, sejam cumpridas todas as normas de seguranças exigidas, tais como: uso de máscaras, álcool gel, distanciamento, higienização dos objetos litúrgicos e das mãos dos celebrantes, sobretudo durante a distribuição da comunhão”, disse o arcebispo.

“Quanto aos horários de início e término das atividades religiosas, estas podem acontecer no intervalo das 5hs às 21h30, em virtude do toque de recolher estabelecido no já citado Decreto do Governador, que proíbe a circulação de pessoas nas ruas e espaços públicos das 22h às 5h”, é o que consta no informe que chegou às paróquias.

O Decreto que o arcebispo se refere acompanhou a Carta 008 e prescreve 68 determinações referentes a cuidados preventivos ao novo Coronavírus na administração dos sacramentos. Mesmo quando as autoridades civis afrouxaram os cuidados e amenizaram nos decretos, a Igreja Católica continuou seguindo o rigoroso protocolo.

As festas de padroeiros, por exemplo, o ápice da evangelização em uma paróquia, foram completamente reformuladas para evitar aglomerações. Grandes solenidades como a festa da padroeira de Fortaleza, Missas de ordenação diaconal e presbiteral, Natal e Ano Novo seguiram as orientações arquiepiscopais de prevenção a Covid.

Arquidiocese da Paraíba fecha as portas das igrejas novamente por Covid-19



Arquidiocese da Paraíba fecha as portas das igrejas antes do anúncio do novo decreto estadual e revolta fiéis que novamente ficarão sem os sacramentos.

A Arquidiocese da Paraíba suspendeu por 15 dias as celebrações com a presença de fiéis no território de sua jurisdição eclesiástica. As transmissões, via redes sociais, serão mantidas, assim como aconteceu no início da pandemia, em março de 2020. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (22).