sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Estados Unidos: sacerdote que profanou altar gravando material pornográfico é preso


Um sacerdote da Arquidiocese de Nova Orleans (Estados Unidos) foi detido junto a duas mulheres e acusado de obscenidade depois de que o descobriram filmando um vídeo pornográfico sobre o altar de sua paróquia.

O Pe. Travis Clark, de 37 anos, pároco da Igreja Sts. Peter and Paul na localidade de Pearl River, Luisiana, foi detido no último 30 de setembro junto com duas mulheres: Mindy Dixon, de 41 anos, e Melissa Cheng, de 23. Os três estavam envolvidos na filmagem de um vídeo de sexo.

Um vizinho advertiu à polícia que as luzes na paróquia estavam acesas e, ao olhar pelas janelas, viram os o padre e as duas mulheres tendo sexo sobre o altar. Conforme as informações, o presbitério e o altar da igreja haviam sido equipados com iluminação profissional para cenários.

A Arquidiocese de Nova Orleans anunciou no dia seguinte, 1 de outubro, que Clark havia sido preso e destituído do ministério, acrescentando que não a destituição não estava relacionada ao crime de pedofilia, da qual o ex-padre não foi acusado.

Os detalhes não foram revelados até o último 8 de outubro, quando os registros do crime se tornaram públicos.

Dixon é uma atriz pornográfica segundo indicou o site Nola.com. Ela havia publicado em suas redes sociais o dia antes de sua detenção que se dirigia a Nova Orleans para “profanar uma casa de Deus” junto de outra atriz, presumivelmente Melissa Cheng.

A polícia acredita que o ato sexual foi consensuado e não apresentou cargos relacionados com abuso sexual. A acusação de obscenidade entretanto foi acolhida pela procuradoria do caso, dado que o ato sexual performado sobre o altar era visível aos transeuntes e vizinhos através de uma janela.

Espera-se que Clark enfrente as mais altas sanções canônicas por violar a continência clerical e pela profanação de um altar, o que é tipificado como crime no cânon 1376 do Código de Direito Canônico, que estabelece que “quem profana uma coisa sagrada, móvel ou imóvel, deve ser castigado com uma pena justa”.

O Arcebispo de Nova Orleans, Mons. Gregory Aymond, disse na sexta-feira 9 de outubro que a ação do sacerdote foi “demoníaca” e que este nunca mais voltará a servir no ministério católico.

“O comportamento obsceno de Travis Clark foi deplorável. A profanação do altar na Igreja foi demoníaca. Estou enfurecido por suas ações. Quando os detalhes ficarem claros, retiramos aquele altar e o queimamos. Amanhã consagrarei um novo altar”, disse Dom Aymond em um comunicado emitido pela arquidiocese.

Desfiguram e derrubam outra estátua de São Junípero Serra nos Estados Unidos


Um grupo de ativistas desfigurou com aerossol e derrubou uma estátua de São Junípero Serra na Califórnia (Estados Unidos), quando foi celebrado de forma local o “Dia dos Povos Indígenas”, na segunda-feira.

O motim que levou à destruição da estátua ocorreu em 12 de outubro na Missão São Rafael Arcanjo, em São Rafael, ao norte da Baía de São Francisco.

São Junípero Serra, um sacerdote e missionário franciscano do século XVIII, é visto por alguns ativistas como um símbolo do colonialismo e dos abusos que muitos nativos americanos sofreram após o contato com europeus. No entanto, historiadores afirmam que o missionário protestou contra os abusos e procurou combater a opressão colonial.

O Arcebispo de São Francisco (Califórnia), Dom Salvatore Cordileone, condenou na terça-feira a "regra da máfia" que levou a estátua do santo a ser "desfigurada e vandalizada por uma turba pequena e violenta".

“Esse tipo de comportamento não tem lugar em nenhuma sociedade civilizada. Embora a polícia tenha felizmente prendido cinco dos perpetradores, o que acontece a seguir é crucial, porque se são tratados como pequenos crimes contra a propriedade, a questão é perdida: os símbolos de nossa fé agora estão sob ataque não apenas em propriedade pública, mas também em nossas propriedades e mesmo dentro de nossas igrejas”, disse Dom Cordileone, em 13 de outubro.

Embora o próprio São Junípero não tenha fundado a Missão San Rafael – onde ocorreu o incidente –, o lugar deve sua existência ao legado do santo, pois fundou as primeiras nove missões no que viria a ser a Califórnia.

O protesto de uma hora, organizado por membros da tribo Coast Miwok, marcou o Dia dos Povos Indígenas, feriado que algumas cidades e estados, incluindo a Califórnia, designaram para substituir o Dia de Colombo.

Um funcionário da manutenção da igreja havia coberto a estátua com fita adesiva antes do protesto para protegê-la de pichações e cobriu as janelas da missão. Numerosas estátuas do santo foram vandalizadas ou destruídas este ano, a maioria delas na Califórnia.

Ativistas mascarados removeram a fita adesiva e lançaram tinta vermelha na face da estátua.

"Este é um lembrete contínuo do impacto da colonização e do genocídio de nosso povo", disse Dean Hoaglin, presidente do Conselho Tribal Coast Miwok de Marin, ao Fox2.

Os manifestantes tentaram impedir que as câmeras de notícias locais filmassem a derrubada da estátua, mas a Fox2 capturou a queda em vídeo. Pelo menos cinco pessoas podem ser vistas puxando a cabeça da estátua com cordas.

O vídeo parece mostrar a estátua caindo sobre um dos manifestantes, embora nenhum ferido tenha sido relatado.

A polícia prendeu cinco mulheres em relação com o incidente e as acusou do crime de vandalismo, informou a Fox2.

“Não podemos permitir que um pequeno grupo de infratores da lei não eleitos decida quais símbolos sagrados, nós católicos ou outros crentes, podemos exibir e usar para promover nossa fé. Isso tem que acabar”, disse Dom Cordileone.

“Atacar os símbolos da fé de milhões de católicos, que têm etnias tão diversas quanto qualquer outra fé nos Estados Unidos, é contraproducente. Também é simplesmente incorreto”, acrescentou.

Mike Brown, porta-voz da Arquidiocese de São Francisco, disse à mídia local que os manifestantes não pediram à missão para remover a estátua antes do protesto de segunda-feira.

Dom Cordileone destacou que o protesto contra a estátua começou pacificamente, mas logo se transformou em violência. Ele encorajou as pessoas a aprender mais sobre São Junípero Serra.

“Não há dúvida de que os povos indígenas do nosso continente sofreram com os europeus que vieram aqui e seus descendentes, especialmente depois que a era das missões acabou e a Califórnia entrou nos Estados Unidos. Mas o Pe. Serra é o símbolo errado para aqueles que desejam abordar ou reparar este agravo”, disse Dom Cordileone.

“O Pe. Serra e seus companheiros franciscanos – continuou – renunciaram a todos os propósitos mundanos para dar suas vidas ao serviço dos povos nativos, protegendo-os assim dos abusos de seus compatriotas espanhóis”.

Especialistas contestaram as alegações de que São Junípero estava de alguma forma envolvido no genocídio e, ao contrário, há evidências de que o santo defendeu os direitos dos povos indígenas frente aos maus-tratos por parte dos militares espanhóis.

PB: Padre detido por pintar cruz pede afastamento de paróquia por ser hostilizado


Padre Luciano Gustavo Lustosa pediu afastamento da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Conde (PB), por estar sendo “hostilizado” após o episódio em que foi conduzido à delegacia depois de pintar um cruzeiro localizado em frente à Igreja.
O caso ocorreu em 3 de outubro, depois que o sacerdote pintou de marrom um cruzeiro que havia sido pintado de azul pela prefeitura de Conde.

Pe. Lustosa foi conduzido pela Guarda Municipal para a delegacia da cidade de Alhandra, para prestar esclarecimentos “sobre o dano causado ao patrimônio, conforme alegou a prefeita Márcia [Lucena, do PSB], uma vez que a Prefeitura havia feito um gesto para recuperar o Cruzeiro”, indicou ‘Paraíba Online’. O sacerdote, porém, declarou que o cruzeiro pertence à Paróquia.

Diante desses fatos, Pe. Lustosa informou por meio de uma nota publicada no Facebook da Paróquia Nossa Senhora da Conceição que pediu “a Arquidiocese um afastamento provisório da Paróquia”.

Trata-se de uma medida para se “resguardar”, explicou o sacerdote, acrescentando: “temo por minha integridade física, uma vez que eu estou sendo hostilizado por meio de discursos de ódio e ataques verbais dirigidos a mim através de redes sociais”.

“A referida salvaguarda de minha integridade física em nada prejudica todos os procedimentos administrativos, policiais e judiciais sobre os lamentáveis fatos ocorridos, inclusive a respeito de qualquer tipo de ameaça decorrente de posicionamentos divergentes e lamentáveis”, ressaltou.

Além disso, Pe. Lustosa recordou que o caso “está sendo devidamente acompanhado pela Arquidiocese da Paraíba, através do Arcebispo Metropolitano e da assessoria jurídica, buscando assim as elucidações dos fatos ocorridos”.

“Desta forma, vivendo em um estado democrático de direito e respeito as garantias fundamentais do cidadão, desejamos que a luz da justiça, da democracia e da verdade, se evite erros, tiranias e abusos porvindouros”, afirmou.

O sacerdote também agradeceu o apoio recebido por parte dos paroquianos e moradores de Conde, bem como de pessoas de outros locais que ficaram sabendo do ocorrido.

“Procuremos construir um mundo com base na solidariedade, buscando nas divergências o complemento e não o afastamento em convívio social, respeitando sempre o próximo naquilo que lhe seja de direito, buscando o diálogo, a serenidade e a paz”, concluiu.

Após a condução do sacerdote à delegacia, a Arquidiocese da Paraíba publicou uma nota no dia 7 de outubro, afirmando que “acompanha com indignação o episódio” e que “entende que se tratou de uma exposição desnecessária no contexto de um estado democrático de direito e respeito às garantias fundamentais do cidadão”.

“Reivindicamos que o caso seja acompanhado com o devido respeito às pessoas envolvidas e às instituições públicas e religiosa, que buscarão todos os meios para elucidar o caso, à luz da justiça, da democracia e da verdade, tudo a evitar qualquer espécie de abuso de autoridade posterior”, concluiu a Arquidiocese.

PB: Sacerdote desaparece em João Pessoa e Arquidiocese pede orações


Padre José Gilmar Moreira, SV, está desaparecido desde a tarde de terça-feira, 13 de outubro, em João Pessoa (PB), após ter saído para atender a um pedido de oração das exéquias.

Segundo a Arquidiocese da Paraíba, o sacerdote, pároco da Paróquia de Santa Teresinha, teria saído por volta das 11h de terça-feira e, “desde então, não há informações sobre o seu paradeiro”.

Ao portal G1, o vigário geral da Arquidiocese da Paraíba, Pe. Luís Júnior, afirmou que às 12h15, Pe. José Gilmar lhe enviou uma mensagem com a palavra “socorro”. Mas, ele só visualizou a mensagem às 15h.

A Arquidiocese da Paraíba informou que “desde o fim da tarde de ontem (13) as autoridades policiais estão empenhadas na solução do caso”.

Segundo o G1, a Polícia Civil está tentando rastrear o celular do sacerdote e a Polícia Rodoviária Federal informou que um carro semelhante ao que ele estava passou por voltadas 12h pela BR-101, com sentido Recife (PE). As filmagens da rodovia estão sendo analisadas.

Vaticano lança moeda comemorativa com estampa da Mãe Terra?


O Escritório Filatélico e Numismático do Vaticano colocará à venda a partir do dia 16 de outubro uma moeda de prata de dez euros por ocasião do 50º aniversário do Dia Mundial da Terra, com a figura de uma mulher nativa amazônica grávida e que nas redes sociais foi associada a Pachamama ou “Mãe Terra”, divindade que gerou polêmica no Sínodo da Amazônia.

De acordo com o site do escritório do Vaticano, a moeda criada por Luigi Oldani “representa uma mãe carregando a Terra, a qual devemos cuidar e amar como se fosse uma filha, com longas espigas de trigo nos cabelos, em uma referência cruzada entre o passado e o futuro que se torna atemporal, portanto eterna”.

Indicou-se também que um total de 3.300 moedas foram cunhadas no Istituto Poligrafico e Zecca dello Stato (IPZS) italiano, sob a supervisão da Zecca (Casa da Moeda) do Estado da Cidade do Vaticano.

Também no dia 16 de outubro, será colocada à venda uma moeda de prata no valor de cinco euros, dedicada ao Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. Esta mostra São Pedro que “acolhe, protege e cuida de todos aqueles que se refugiam na Igreja e nos interrogam, uma Igreja sem fronteiras, mãe de todos”, segundo o site do Escritório Filatélico e Numismático do Vaticano.

MG: Homem confessa assassinato de padre encontrado carbonizado


Um rapaz de 22 anos foi preso suspeito de matar e carbonizar o corpo do padre Adriano da Silva Barros. De acordo com a Polícia Militaro jovem confessou o crime. Desde terça-feira (13), o pároco de Simonésia, na Zona da Mata, estava desaparecido. O corpo do religioso foi encontrado queimado, na noite de quarta-feira (14), e, horas após a localização, os militares chegaram até o suspeito.

No primeiro momento, o rapaz negou participação no homicídio. Mas, segundo a PM, depois admitiu o crime. Ele disse que tinha um relacionamento amoroso com o padre, e que os dois se desentenderam por causa de dinheiro. 

Durante a briga, contou à PM que golpeou e matou o pároco. O corpo foi deixado em um terreno em Manhumirim. No dia seguinte, o suspeito teria voltado ao local para atear fogo nos restos mortais.

A versão, no entanto, será investigada. A polícia acredita que o assassinato foi motivado por latrocínio - roubo seguido de morte.

Um adolescente 16 anos, que estava na casa do homem no momento da prisão, foi apreendido. O menor, conforme a PM, admitiu que sabia do assassinato. Contudo, negou participação no homicídio.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Palavra de Vida: “Quem se eleva será humilhado e quem se humilha será exaltado.” (Lc 14,11)


Os Evangelhos mostram-nos muitas vezes que Jesus aceitava de bom grado os convites para almoçar: eram momentos de encontro, ocasiões para estabelecer amizades e consolidar relações sociais.

Nesta passagem do Evangelho de Lucas, Jesus observa o comportamento dos convidados: há uma corrida para ocupar os primeiros lugares, que estavam reservados às personalidades. Nota-se bem a ânsia de querer sobressair sobre os outros.

Mas Ele tem no pensamento um outro banquete: aquele que será oferecido a todos os filhos, na casa do Pai, sem “direitos adquiridos” em nome de uma pretensa superioridade.

Pelo contrário, os primeiros lugares estarão reservados precisamente para aqueles que escolhem o último lugar, ao serviço dos outros. Por isso proclama:

Quem se eleva será humilhado 
e quem se humilha será exaltado. 

Colocando-nos no centro, com a nossa avidez, o nosso orgulho, as nossas exigências, as nossas lamúrias, caímos na tentação da idolatria, isto é, na adoração de falsos deuses, que não merecem nem honra nem confiança. 

Por isso, o primeiro convite de Jesus é para descer do “pedestal” do nosso eu, para não colocarmos o nosso egoísmo no centro, mas, pelo contrário, nos centrarmos em Deus. Sim, Ele pode ocupar o lugar de honra na nossa vida!

É importante dar-Lhe lugar, aprofundar a nossa relação com Ele, aprender d’Ele o estilo evangélico do rebaixar-se. De facto, colocar-se livremente no último lugar é escolher o lugar que o próprio Deus, em Jesus, escolheu. Ele, mesmo sendo o Senhor, escolheu partilhar a condição humana, para anunciar a todos o amor do Pai.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Padre Robson é inocentado, por unanimidade, e tribunal de justiça arquiva ação


Em decisão unânime, na tarde desta terça-feira (6/10), o Tribunal de Justiça de Goiás inocentou padre Robson de Oliveira das acusações de lavagem de dinheiro. A informação foi confirmada pela defesa do religioso. Investigações do Ministério Público de Goiás, por meio da Operação Vendilhões, tinham indicado que o réu havia movimentado R$ 2 bilhões em 10 anos, por meio da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), com sede em Trindade (GO).

O julgamento de padre Robson começou às 13h e, após quarenta minutos, foi proferida a decisão do desembargador Nicomedes Domingos Borges, acompanhado por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal. A ação do MP contra o religioso foi, portanto, arquivada.

“Com isso, fica reconhecido que não houve a qualquer ilicitude praticada pelo religioso, que sempre se dispôs a esclarecer toda e qualquer dúvida sobre a sua atuação na Afipe ou em qualquer outro âmbito de evangelização”, resumiu o advogado de defesa Pedro Paulo de Medeiros.

Cléber Lopes, também advogado de defesa do padre, afirmou que a decisão dos magistrados reforça que “a associação presidida pelo pároco é de natureza privada e não houve qualquer desvio de valores, sendo certo que todos os investimentos foram aprovados pelos membro da associação”.

“A decisão do tribunal reconhece o que a defesa já havia dito há algum tempo. Esperam, com isso, que o sacerdote possa ter a sua biografia restaurada”, diz o advogado.