quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Vaticano reitera a bispos alemães: "Protestantes não podem comungar".


Uma carta sobre a participação e comunhão de católicos e protestantes na Eucaristia, emitida pela Congregação para a Doutrina da Fé aos bispos alemães, obscureceu a Assembleia Plenária realizada de 22 a 24 de setembro na cidade de Fulda para discutir questões como o “caminho sinodal”, o papel da mulher na Igreja e a indenização das vítimas de abuso sexual cometido por religiosos.

Trata-se de uma carta de 18 de setembro que rejeita a possibilidade de dar a comunhão aos protestantes que participam das Missas católicas, como alguns Bispos têm promovido na Alemanha.

Na carta, assinada pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Luis Francisco Ladaria Ferrer; e pelo secretário desta Congregação, Dom Giacomo Morandi, afirma-se que as diferenças entre católicos e protestantes sobre a Eucaristia "ainda são muito significativas".

Segundo assinalam Cardeal Ladaria e Dom Morandi na carta, “é necessário um aprofundamento teológico para determinar temas centrais, como a questão da 'presença real' (do corpo de Cristo na Eucaristia) e o conceito de sacrifício”.

A Congregação para a Doutrina da Fé assim se expressou depois que, no dia 20 de maio, a Congregação para os Bispos lhe enviou o documento intitulado “Juntos à Mesa do Senhor - Opções ecumênicas para a celebração da Ceia Eucarística e da Eucaristia”, publicado em setembro de 2019, após dez anos de trabalho do grupo ecumênico formado por teólogos católicos e protestantes e fundado em 1946 na cidade alemã de Paderborn.

Arcebispo convoca fiéis a voltarem às missas: "Se podem ir à praia, também podem ir à igreja".


O Arcebispo de Teresina (PI), Dom Jacinto Brito, convocou os fiéis a retornarem à participação presencial nas Missas e ressaltou que, se as pessoas podem ir à praia, podem também frequentar a Igreja.
 
A declaração do Prelado se deu no contexto da retomada das atividades após um período de isolamento social devido à pandemia de coronavírus.
 
“Se você pode ir a supermercado, farmácia e até a praia, você também por ir à missa, pois nossas igrejas estão todas preparadas e seguras para recebê-los”, afirmou Dom Jacinto, segundo o site da Arquidiocese de Teresina.
 
O Arcebispo recordou que “o auge da pandemia se deu quanto todos os nossos templos estavam fechados, inclusive a basílica de São Pedro, na Itália”. “Não foi através da nossa Igreja que o vírus se espalhou, e agora que estamos na linha azul de segurança, com índice decrescente de casos e óbitos provocados exclusivamente pela Covid, convoco a todos os fiéis que retomem a participação na missa”, exortou.
 
Pediu ainda para que, “se for preciso, aumentem a quantidade de celebrações diárias”, a fim de que os fiéis possam participar presencialmente das Celebrações Eucarísticas, seguindo o limite de do número de pessoas que podem ingressar nos templos. 
Segundo a Arquidiocese de Teresina, as Igrejas estão autorizadas a receber pessoas com até 50% da sua capacidade de lotação, respeitando todos os critérios de distanciamento, como a sinalização dos bancos, uso de máscara e álcool em gel acessível.
 
Além disso, na liturgia da Santa Missa, está suspenso o cumprimento da paz de Cristo e a Eucaristia deve ser entregue diretamente na mão do fiel.
 

STF: Padre é condenado a pagar R$ 398 mil por impedir aborto


O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e determinou que um padre pró-vida pague R$ 398 mil de indenização a um casal por ter impedido uma jovem de abortar.

Em 2005, uma jovem de 19 anos descobriu que o bebê que estava esperando tinha a síndrome de Body Stalk, o que impedia o desenvolvimento de órgãos como tórax e pulmão.

Pe. Lodi impetrou o habeas corpus para impedir que a gestante levasse adiante o procedimento de aborto, que foi autorizado pela Justiça. A doença de Body Stalk é caracterizada pelo cordão umbilical curto e a não possibilidade de fechamento da parede abdominal, promovendo a exposição dos órgãos.

De acordo com o STJ, a mulher já havia tomado medicação para induzir o parto, quando chegou ao hospital a decisão do Tribunal de Justiça de Goiás, que atendeu ao pedido do padre e determinou a interrupção do procedimento.

Justiça dá, justiça toma!

A condenação gerou indignação para os cristãos em geral, uma vez que o padre foi condenado por uma decisão da Justiça.

Leia o comentário do Padre José Eduardo sobre a condenação feito através de suas redes sociais:

SOBRE O CASO DO PADRE LODI

Como noticiado ontem pela imprensa, o Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz foi condenado pelo STF a pagar R$ 400.000,00 de indenização por ter conseguido uma liminar da justiça para a interrupção de um aborto.

É isto, mesmo! A justiça está condenando o Pe. Lodi por ter recorrido à justiça e ganhado na justiça (e isto sem reformar a sentença anterior nem condenar o juiz que a emitiu).

Se isto não é um caos jurídico, não sei mais o que poderia ser.

Quer dizer que, daqui pra frente, qualquer pessoa poderá ser condenada pelo fato de ter ganhado uma causa e a justiça ter-lhe dado razão? ISTO É UM ABSURDO!“

Trump nomeia a juíza católica Amy Coney Barrett para a Suprema Corte dos EUA


Donald Trump convocou uma coletiva de imprensa no domingo para defender veementemente sua escolha de Amy Coney Barrett, a juíza da Suprema Corte, depois que os democratas lançaram uma série de ataques contra sua suposta incapacidade de ser uma juíza imparcial devido à sua fé católica.

‘Percebemos alguns comentários feitos na mídia sobre minha incrivelmente qualificada nomeada, Amy. O New York Times disse que sua religião não é consistente com os valores americanos – ela é católica. Isso cobre muitas pessoas. Isso é uma coisa muito vergonhosa de se dizer ‘, disse Trump a repórteres reunidos na Casa Branca no domingo à noite, apenas um dia depois de anunciar sua escolha. 
‘Pensei, porém, na situação religiosa de Amy – pensei que havíamos resolvido isso há 60 anos com a eleição de John F. Kennedy’, disse Trump referindo-se ao primeiro e único presidente católico dos Estados Unidos.

A nomeação de Kennedy na época foi controversa, já que muitos americanos tinham fortes atitudes anticatólicas.

Ele conseguiu prevalecer, no entanto, devido à sua convicção vocal na separação entre Igreja e Estado e capacidade de atrair os eleitores católicos.

Trump jurou que a religião de Barrett não interferiria em sua tomada de decisão como juíza da Suprema Corte – e cinco dos oito juízes restantes são católicos romanos.

“Mas, falando sério, eles estão perseguindo o catolicismo dela”, lamentou Trump. – Vou ficar com ela, lutar com ela e vamos garantir que esses ataques parem. Porque eles são realmente – não tem precedentes. 

‘‘Eles estão basicamente lutando contra uma religião importante em nosso país’, disse o presidente sobre os democratas. ‘Isto é incrível. Lutar contra qualquer religião – lutar contra o catolicismo é simplesmente incrível."

Os democratas afirmam que a religião de Barrett pode afetar seus pensamentos sobre o aborto no que diz respeito ao caso histórico Roe vs. Wade.

A fé de Barrett provavelmente terá um papel nas próximas audiências do Comitê Judiciário, que a presidente Lindsey Graham disse que começará em 12 de outubro.

Arquidiocese do Rio impede gravação Anitta no Cristo Redentor



Na semana passada, a cantora Anitta se queixou de não ter sido autorizada, pela Prefeitura do Rio de Janeiro, a exibir pontos turísticos da cidade em uma apresentação. Mas, além da Prefeitura, a Arquidiocese do Rio vetou uma gravação da cantora no Cristo Redentor.

O trabalho da cantora foi considerado “incondizente” com a imagem do Cristo. Segundo informou o site da Veja Rio, a cantora conseguiu que a filmagem seja feita no Bondinho do Pão de Açúcar, porém a data não foi revelada.

A busca por um local de gravação faz parte da divulgação do novo single de Anitta, Me Gusta. O conteúdo será exibido no programa The Tonight Show, de Jimmi Fallon.

Na última quarta-feira (16), Anitta usou as redes sociais para falar sobre a dificuldade de encontrar um local para gravar.

– É verdade! Vai ter Me Gusta no Jimmy Fallon. A apresentação vai ser babado na medida do possível, porque ia ser super babado. Ia ser passando pelo Cristo Redentor, para o Pão de Açúcar, projeções no MAC (Museu de Arte Contemporânea) de Niterói… mas aí, ano eleitoral, o governo brasileiro e suas questões, a gente não conseguiu. Não entendi muito bem, mas fazer o quê? – declarou ela, na ocasião.

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2020


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
O PAPA FRANCISCO
PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2020
 
[18 de outubro de 2020]
 
«Eis-me aqui, envia-me» (Is 6, 8)
 
 
Queridos irmãos e irmãs!
 
Desejo manifestar a minha gratidão a Deus pelo empenho com que, em outubro passado, foi vivido o Mês Missionário Extraordinário em toda a Igreja. Estou convencido de que isso contribuiu para estimular a conversão missionária em muitas comunidades pela senda indicada no tema «Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo».
 
Neste ano, marcado pelas tribulações e desafios causados pela pandemia do covid-19, este caminho missionário de toda a Igreja continua à luz da palavra que encontramos na narração da vocação do profeta Isaías: «Eis-me aqui, envia-me» (Is 6, 8). É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?» (Ibid.). Esta chamada provém do coração de Deus, da sua misericórdia, que interpela quer a Igreja quer a humanidade na crise mundial atual. «À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer” (cf. Mc 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos» (Francisco, Meditação na Praça de São Pedro, 27/III/2020). Estamos verdadeiramente assustados, desorientados e temerosos. O sofrimento e a morte fazem-nos experimentar a nossa fragilidade humana; mas, ao mesmo tempo, todos nos reconhecemos participantes dum forte desejo de vida e de libertação do mal. Neste contexto, a chamada à missão, o convite a sair de si mesmo por amor de Deus e do próximo aparece como oportunidade de partilha, serviço, intercessão. A missão que Deus confia a cada um faz passar do «eu» medroso e fechado ao «eu» resoluto e renovado pelo dom de si.
 
No sacrifício da cruz, onde se realiza a missão de Jesus (cf. Jo 19, 28-30), Deus revela que o seu amor é por todos e cada um (cf. Jo 19, 26-27). E pede-nos a nossa disponibilidade pessoal para ser enviados, porque Ele é Amor em perene movimento de missão, sempre em saída de Si mesmo para dar vida. Por amor dos homens, Deus Pai enviou o Filho Jesus (cf. Jo 3, 16). Jesus é o Missionário do Pai: a sua Pessoa e a sua obra são, inteiramente, obediência à vontade do Pai (cf. Jo 4, 34; 6, 38; 8, 12-30; Heb 10, 5-10). Por sua vez, Jesus – crucificado e ressuscitado por nós –, no seu movimento de amor atrai-nos com o seu próprio Espírito, que anima a Igreja, torna-nos discípulos de Cristo e envia-nos em missão ao mundo e às nações.
 
«A missão, a “Igreja em saída” não é um programa, um intuito concretizável por um esforço de vontade. É Cristo que faz sair a Igreja de si mesma. Na missão de anunciar o Evangelho, moves-te porque o Espírito te impele e conduz (Francisco, Sem Ele nada podemos fazer, 2019, 16-17). Deus é sempre o primeiro a amar-nos e, com este amor, vem ao nosso encontro e chama-nos. A nossa vocação pessoal provém do facto de sermos filhos e filhas de Deus na Igreja, sua família, irmãos e irmãs naquela caridade que Jesus nos testemunhou. Mas, todos têm uma dignidade humana fundada na vocação divina a ser filhos de Deus, a tornar-se, no sacramento do Batismo e na liberdade da fé, aquilo que são desde sempre no coração de Deus.
Já o facto de ter recebido gratuitamente a vida constitui um convite implícito para entrar na dinâmica do dom de si mesmo: uma semente que, nos batizados, ganhará forma madura como resposta de amor no matrimónio e na virgindade pelo Reino de Deus. A vida humana nasce do amor de Deus, cresce no amor e tende para o amor. Ninguém está excluído do amor de Deus e, no santo sacrifício de seu Filho Jesus na cruz, Deus venceu o pecado e a morte (cf. Rom 8, 31-39). Para Deus, o mal – incluindo o próprio pecado – torna-se um desafio para amar, e amar cada vez mais (cf. Mt 5, 38-48; Lc 23, 33-34). Por isso, no Mistério Pascal, a misericórdia divina cura a ferida primordial da humanidade e derrama-se sobre o universo inteiro. A Igreja, sacramento universal do amor de Deus pelo mundo, prolonga na história a missão de Jesus e envia-nos por toda a parte para que, através do nosso testemunho da fé e do anúncio do Evangelho, Deus continue a manifestar o seu amor e possa tocar e transformar corações, mentes, corpos, sociedades e culturas em todo o tempo e lugar. 

sábado, 26 de setembro de 2020

Abertura da Campanha Missionária 2020 terá programação especial


 
Na próxima quinta-feira, 1º de outubro, a Igreja Católica celebra a Festa de Santa Teresinha do Menino Jesus – padroeira das missões, e, em todo o Brasil, também terá início o mês missionário.
 
Para marcar essa data, o presidente da Comissão Missionária da CNBB, Dom Odelir José Magri, presidirá uma Missa de abertura do mês dedicado às missões no Santuário Nacional de Aparecida, às 9h.
 
Nesta segunda-feira, 28 de setembro, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam uma Live para o lançamento da Campanha Missionária, às 19h. A transmissão será pelo Facebook das POM (@POMBrasil1) e terá a participação de Dom Odelir José Magri, da presidente da CRB Nacional, Ir. Maria Inês Ribeiro, e do diretor das POM no Brasil, Pe. Maurício Jardim.
 

ONU: Papa apela a desarmamento nuclear e alerta para «erosão do multilateralismo»


 
O Papa apelou na sexta-feira (25), desde o Vaticano, ao desarmamento nuclear e alertou para “erosão do multilateralismo”, numa intervenção em vídeo para a 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a decorrer em Nova Iorque.
 
“Temos de perguntar-nos se as principais ameaças à paz e à segurança, como a pobreza, epidemias e terrorismo, entre outras, podem ser efetivamente enfrentadas quando a corrida armamentista, incluindo às armas nucleares, continua a desperdiçar recursos preciosos”, referiu Francisco, numa intervenção em espanhol.
 
Os trabalhos da 75.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, órgão constituído por representantes dos 193 Estados-membros da organização, começaram na última semana; o debate geral teve início na terça-feira.
 
O Papa lamentou o “clima de desconfiança existente” no cenário global, convidando os responsáveis políticos a “apoiar os principais instrumentos jurídicos internacionais de desarmamento, não proliferação e proibição nuclear”.
 
“Estamos a testemunhar uma erosão do multilateralismo que é ainda mais grave à luz das novas formas de tecnologia militar”, advertiu Francisco, com referência específica aos sistemas de armas autónomas letais, “alterando irreversivelmente a natureza da guerra, separando-a ainda mais da ação humana”.
 
O uso de armas explosivas, especialmente em áreas povoadas, tem um impacto humano dramático, a longo prazo. Nesse sentido, as armas convencionais estão a tornar-se cada vez menos ‘convencionais’ e cada vez mais ‘armas de destruição em massa’, arrasando cidades, escolas, hospitais, locais religiosos, infraestrutura e serviços básicos para a população”.