terça-feira, 7 de julho de 2020

Sudão: Líderes das Mesquitas incitam muçulmanos a atacar cristãos.


Após telefonemas de líderes de mesquitas no leste de Cartum, no Sudão, para livrar sua “área muçulmana” de cristãos do sul do Sudão, vários cristãos foram atacados no país e em Omdurman, este mês, disseram fontes.

No final das orações da noite em uma mesquita na região de Al-Jerif East, na margem oriental do rio Nilo Azul, na localidade de Nile Oriental em Cartum, os imãs pediram aos moradores que livrassem os sudaneses do sul de cristãos na “área muçulmana, ”, disse uma fonte que pediu anonimato ao Morning Star News. Ataques contra cristãos na área ocorreram naquela noite e no dia seguinte.

Em um ataque separado no sábado (20 de junho) em Omdurman, do outro lado do rio Nilo, a oeste de Cartum, jovens muçulmanos gritando o slogan jihadista “Allah Akbar [Deus é maior]” esfaqueou um cristão até a morte em um ataque de rua contra ele e quatro outros sudaneses do sul na área de Shigla, disse outra fonte sob condição de anonimato.

Mariel Bang deixa sua esposa e quatro filhos com idades entre 1 e 4 anos, disse a fonte. Bang tinha 35 anos.

Além da morte de Bang, ele acrescentou, o ataque deixou um dos outros cristãos do sul do Sudão em estado crítico. Os outros três cristãos agredidos eram mulheres que sofreram ferimentos leves, disse ele.

“Vamos queimar este lugar“, disse um dos agressores, segundo a fonte. 

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Autorizada a reabertura gradual do Santuário de Aparecida



Um decreto publicado pela prefeitura de Aparecida, SP, autoriza a reabertura gradual do Santuário Nacional para celebrações públicas a partir do dia 28 de julho.

O decreto municipal exige que as Missas na Basílica tenham número reduzido de fiéis e que o Santuário adote medidas preventivas para evitar a transmissão do novo coronavírus. Mas o documento deixa claro que a reabertura só acontecerá nessa data se a região seguir na fase 2 estabelecida pelo Governo de São Paulo no chamado plano de “retomada consciente”. As fases foram definidas de acordo com o número de casos de Covid-19 em cada localidade e determina os segmentos econômicos e de serviços que poderão ter suas atividades retomadas.

Hoje, o Santuário está aberto apenas para a visita de fiéis. O número de pessoas que podem entrar é reduzido e os visitantes precisam seguir medidas sanitárias de prevenção ao coronavírus. As Missas estão sendo transmitidas pela internet e pelos canais de rádio e TV do Santuário.

Protocolo para a retomada das atividades
Os representantes do Santuário Nacional já apresentaram para a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida e para os membros do Comitê de Crise do município o protocolo que deverá ser adotado na retomada das atividades religiosas.

O plano detalha o trajeto que os romeiros serão orientados a seguir ao chegarem ao complexo religioso (para evitar aglomerações), além dos pontos em que deverão parar para aferir a temperatura corporal e os locais de permanência permitidos dentro da Basílica, respeitando a distância de segurança entre as pessoas.

O documento ainda aborda o reforço da higienização do local, a instalação de totens com álcool em gel, a utilização de bombas costais para aplicação de desinfetantes em grandes espaços, o uso obrigatório de máscaras e de outros equipamentos de segurança individual para os funcionários do Santuário, que já estão seguindo essas medidas preventivas. 

Coreia do Norte: Diocese de Pyongyang será consagrada a Nossa Senhora de Fátima



A diocese de Pyongyang, na capital da Coreia do Norte, vai ser consagrada a Nossa Senhora de Fátima, anunciou esta segunda-feira a Fundação AIS | ACN Portugal.

Segundo uma nota da Fundação AIS | ACN Portugal, o anúncio foi feito pelo cardeal Andrew Yeom, arcebispo de Seul, numa cerimónia em que se recordou o início da guerra da Coreia, há 70 anos, no dia 25 de junho.

O anúncio da consagração da diocese de Pyongyang foi o momento mais significativo da cerimónia na Catedral de Myeongdong, em Seul, onde este ano se assinalou a data e se rezou pela reconciliação do povo coreano, lê-se na mesma nota.

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Andrew Yeom Soo-jung salientou a importância da paz e da concórdia na península coreana, lembrando os cerca de 3 milhões de mortos da guerra que eclodiu a 25 de junho de 1950, além da tragédia que se abateu sobre os refugiados, o drama das famílias separadas e a perseguição aos cristãos pelo regime da Coreia do Norte, refere o comunicado.

A Fundação AIS | ACN Portugal informa que este aniversário ocorre “num momento de particular tensão, com os responsáveis pelo regime da Coreia do Norte a cortarem todos os canais de comunicação com o Sul e a fazerem explodir, a 16 de junho, o edifício que servia de escritório de ligação entre as delegações dos dois países, em Kaesong”.

“Na verdade, os dois países ainda se encontram tecnicamente em guerra e é constante a ameaça por parte do regime de Pyongyang de desenvolver novas armas de destruição maciça. O aumento de tensão nas últimas semanas fez avivar os riscos de um confronto militar direto e significa um revés profundo no caminho da reconciliação encetado nos últimos anos entre os dois países”, salienta o comunicado.

Segundo a Fundação AIS | ACN Portugal, a Igreja Católica tem estado “particularmente empenhada no processo de paz na península coreana”.

Sinal disso é a celebração de uma missa diária pela paz na Coreia do Sul desde dezembro até ao próximo dia 28 de novembro.

“A Coreia do Norte é amplamente considerado como o lugar mais perigoso do mundo para se ser cristão”, diz relatório da Fundação AIS

A fundação recorda ainda a questão da liberdade religiosa na Coreia do Norte.

O mais recente relatório da Fundação AIS sobre a perseguição aos cristãos, lançado em Lisboa, em outubro de 2019, sublinha que “a Coreia do Norte é amplamente considerado como o lugar mais perigoso do mundo para se ser cristão”, referindo-se que a prática religiosa é “gravemente punida” neste país, revela a nota de imprensa. 

Cardeal Zen alertou que novas normas cortarão liberdade religiosa em Hong Kong



O Arcebispo Emérito de Hong Kong, Cardeal Joseph Zen, alertou que as novas leis de segurança na província chinesa poderiam conduzir a uma repressão à liberdade religiosa.

Em uma série de vídeos publicados nesta terça-feira na página do Facebook "Grupo de Católicos Preocupados com a Lei de Segurança Nacional de Hong Kong", o Cardeal Zen disse que não tem “confiança” nas proteções à liberdade religiosa na nova lei de segurança.

Em 28 de maio, o legislador chinês aprovou uma resolução que impõe "leis de segurança" a Hong Kong. Essas leis visam criminalizar qualquer ato que Pequim considere "interferência estrangeira", atividades separatistas ou subversão contra o poder do Estado, e permitir que as forças de segurança chinesas operem na cidade.

Embora as disposições completas da lei tenham sido publicadas em 30 de junho, o Cardeal John Tong Hon, sucessor do Cardeal Zen como bispo e atualmente administrador da diocese, expressou publicamente, na semana passada, o seu apoio às medidas e disse que não era uma ameaça para a liberdade religiosa.

"Acredito que a Lei de Segurança Nacional não terá efeito sobre a liberdade religiosa, pois o artigo 32 da lei básica garante que tenhamos liberdade religiosa e que podemos pregar abertamente e realizar cerimônias de culto, além de participar nas atividades religiosas", escreveu o Cardeal no Kung Kao Po, jornal da diocese de Hong Kong.

A respeito dessa declaração, o Cardeal Zen disse que considera "incorreto" que o governo incentive as pessoas a falar em apoio à lei antes que todos os detalhes sejam revelados, mas reconheceu que seu sucessor está em uma situação "difícil".

"Por um lado, será um grande problema se não apoiamos o governo. Nunca sabemos o que farão à nossa Igreja", disse o Cardeal Zen. "Por outro lado, (o cardeal Tong) desapontou muitos na Igreja, ao dar o seu apoio" ao governo.

Segundo a nova lei, uma pessoa condenada por secessão, subversão, terrorismo ou conspiração com forças estrangeiras receberá no mínimo 10 anos de prisão, com a possibilidade de prisão perpétua. A ampla definição de terrorismo na lei inclui incêndios provocados e vandalismo no transporte público "com a intenção de intimidar o governo de Hong Kong ou o governo chinês para fins políticos".

"Isso não é apenas contra a política de 'um país, dois sistemas', mas também contra a lei básica (Hong Kong)", disse o Cardeal Zen sobre as novas medidas.

A disposição da lei sobre conspiração com governos estrangeiros despertou alarme entre a população católica de Hong Kong. 

Mais de 500 cruzes foram eliminadas pelo Governo chinês em menos de três meses



Nos últimos três meses, mais de 500 cruzes das igrejas da província de Anhui na China foram eliminadas pelo regime comunista, sem que as autoridades católicas e protestantes pudessem resistir.

Segundo UCA News, desde meados de abril o Governo chinês removeu mais de 500 cruzes de igrejas cristãs e locais públicos na província de Anhui, como parte de uma campanha do governo que buscaria remover o símbolo cristão dos olhos do público.

Paul Lee, um pregador protestante na cidade de Anhui, em Suizhou, disse que todas as cruzes da igreja foram removidas, exceto uma que pertence a uma igreja de um século de antiguidade considerada um patrimônio nacional.

"Sem essa igreja, o sinal da cruz não poderia ter sobrevivido nesta cidade", disse Lee, afirmando que a maioria das cruzes pertencentes à igreja foi removida em um trecho de 500 quilômetros de Zhejiang a Anhui.

Da mesma forma, Lee explicou que nem a Associação Patriótica Católica Chinesa, aprovada pelo estado, nem a Conferência Episcopal da China podem se opor à remoção das cruzes. “O clero em Anhui não quer causar problemas. Eles têm medo do governo", acrescentou o pastor protestante.

Uma igreja na zona turística de Anhui está negociando com as autoridades para salvar sua cruz por mais quinze dias.

“Muitos turistas visitam esta área. Se a cruz for derrubada, perde o símbolo de nossa igreja e o sinal do cristianismo”, disse o Pe. Joseph, um sacerdote católico local. Além disso, o sacerdote exortou os paroquianos a proteger a cruz e informou ao Bispo de Anhui, Dom Liu Xinhong, sobre a disposição do governo de derrubá-la.

"O Bispo [Dom Liu Xinhong] disse que, quando a cruz for derrubada, tire fotos para salvar as evidências. O bispo expressou sua incapacidade de enfrentar as autoridades. Afinal, isso sempre esteve sob o controle do Governo e o bispo Liu não tem nada a dizer sobre isso", indicou o Pe. Joseph. 

Schoenstatt rechaça firmemente acusações de abusos sexuais do seu fundador



O Pe. Juan Pablo Catoggio, da Presidência Geral do movimento Schoenstatt, expressou seu total rechaço às acusações de supostos abusos sexuais contra mulheres consagradas por parte do fundador da instituição religiosa, o falecido Pe. José Kentenich.

Em um comunicado publicado este 2 de julho, o Pe. Catoggio assegurou que “rechaçamos firmemente a acusação de que José Kentenich tenha sido culpado de abuso sexual contra membros do Instituto das Irmãs de María de Schoenstatt”.

“Seu comportamento em torno de outras pessoas – particularmente as mulheres – sempre esteve marcado por uma pronunciada reverência e estima, como também pelo princípio da intangibilidade corporal, que também imprimiu em suas comunidades”, assegurou.

O presidente da Presidência Geral de Schoenstatt responde assim às acusações apresentadas pela Dra. Alexandra von Teuffenbach, conhecida perita em história da Igreja, em artigos publicados no blog Settimo Cielo de Sandro Magister e no diário alemão Die Tagespost.

Von Teuffenbach se remeteu à documentação disponível nos recentemente abertos documentos do pontificado de Pio XII no Arquivo Apostólico Vaticano e aos achados do teólogo jesuíta Sebastian Tromp, que realizou uma visita apostólica à Família de Schoenstatt em meados do século XX, a pedido da Santa Sé.

Em seu relatório, a perita em história da Igreja apresentou supostos diálogos de conteúdo sexual que teriam ocorrido entre o Pe. Kentenich e algumas integrantes do Instituto das Irmãs de Maria de Schoenstatt antes da visita apostólica do Pe. Tromp. Além disso assinalou a existência de pelo menos uma carta denunciando “abuso sexual” e disse que outras missivas com conteúdo similar teriam sido desprezadas pela então superiora geral da instituição religiosa na Alemanha.

Von Teuffenbach denunciou além disso o suposto “grave abuso de poder por parte do fundador para com as religiosas”. 

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Um passo para a ditadura é o controle da opinião através de “órgãos reguladores”.


Nunca se falou tanto em “fake news” e propagação de “discursos de ódio” como nos últimos anos. Na última terça-feira (30), por exemplo, o Senado Federal aprovou o polêmico projeto de lei 2.630/2020, apelidado por muitos como “PL da Censura”.

Diante desses fatos, o que muitos parecem não ter parado para se questionar é que se leis contra “notícias falsas” ou “discursos de ódio” são aprovadas, o passo lógico na sequência é a criação de mecanismos de controle, uma vez que é preciso classificar esse tipo de conteúdo.

É aí onde entram os “órgãos reguladores” ou grupos, que podem ser criados pelo próprio Congresso Nacional por iniciativa própria ou em parceria com agentes privados, como empresas de comunicação.

Esse mecanismo não é diferente do que já existe em outros países, diga-se de passagem, onde regimes autoritários operam, tais como China e Coreia do Norte. A ideia transmitida para a sociedade, obviamente, é a de combater a chamada “desinformação”, mas a prática vai muito além disso.

Isso porque quem classifica o que é ou não “fake news” são pessoas, obviamente. O órgão ou empresa, grupo, etc., é a fachada que visa dar à sociedade à aparência de legitimidade dos critérios adotados pelos que controlam esses mecanismos.

O que o alimenta esses órgãos de controle, no entanto, são pessoas, e onde há pessoas há interesses, certo?

Diferentemente de um tribunal comum, como o Supremo Tribunal Federal, que tem como limite de atuação a Constituição Federal, ou seja, critérios objetivos e aceitos por toda a sociedade mediante um debate longo e massivo feito pelo Congresso Nacional, até a publicação da sua última versão, em 1988, quais são os limites na definição do que é um “discurso de ódio” ou uma “notícia falsa”, por exemplo? 

Palavra de Vida: “Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,50).



O Evangelho de Mateus conta um episódio da vida de Jesus que pode parecer pouco importante: a sua mãe e os seus familiares vão a Cafarnaúm, onde Ele está com os discípulos para anunciar a todos o amor do Pai. É provável que tenham caminhado muito para O encontrar e gostariam de falar com Ele. Não entram no local onde Jesus se encontra, mas mandam-Lhe uma mensagem: «A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo».

A dimensão familiar era, sem dúvida, muito importante para o povo de Israel: o próprio povo era considerado “filho” de Deus, herdeiro das promessas, e os membros do povo consideravam-se “irmãos”.

Mas Jesus abre um horizonte inesperado: faz um gesto solene com a mão e, apontando para os discípulos, diz:

“Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe”

Jesus revela uma nova dimensão: qualquer pessoa se pode sentir parte da sua família, se se esforçar por conhecer e cumprir a vontade do único Pai.

Qualquer pessoa: adulto ou criança, homem ou mulher, com saúde ou doente, de qualquer cultura ou estrato social. Cada pessoa traz em si a imagem de Deus Amor. Não só, mas cada pessoa é o tu de Deus, e pode estabelecer com Deus um relacionamento de conhecimento e amizade.

Todos podem fazer a vontade de Deus, que consiste no amor a Ele e no amor fraterno. Por isso, quando amamos, Jesus reconhece-nos como seus familiares: seus irmãos, suas irmãs. É a nossa grande oportunidade, que nos surpreende. Liberta-nos do passado, dos nossos medos, dos nossos esquemas. Nesta perspetiva, até os nossos limites e as nossas fragilidades se podem tornar um trampolim para a nossa plena realização. Realmente, é como se tudo desse um salto de qualidade.