quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Grave perigo de mais uma manobra judicial para legalização do aborto



Como Bispo, cônscio de minha missão de pastor, venho alertar o Povo de Deus sobre grave perigo de mais uma manobra judicial para legalização do aborto em nosso País.

No Supremo Tribunal Federal (STF), está para ser julgada, a qualquer momento, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5581), que visa garantir “direito” ao assassinato de filhos deficientes ou não por suas mães, sob o argumento de defender “direitos de mulheres” que, grávidas e infectadas com o vírus da Zika, sofram o risco de seus filhos nascerem com microcefalia e ainda justificam que será para proteção da saúde, inclusive no plano mental, da mulher e de sua autonomia reprodutiva.

No Brasil, a vida do nascituro tem sido alvo de inadmissíveis e constantes ataques, com a colaboração da Suprema Corte, em seu ativismo judicial, que vem usurpando a função precípua do Poder Legislativo de editar leis, pela via de representação da vontade popular. Interesses espúrios de grupos, que em nada se interessam pelo verdadeiro bem-estar do povo, encontram-se por trás desta agenda globalista de despopulação e da cultura da morte, representando uma grave ameaça aos valores cristãos e da civilização ocidental, e, mesmo, da nossa soberania nacional.

Trata-se de uma genuína alienação que nega a verdade de que somente Deus é o Senhor da vida: ninguém tem o direito de assassinar inocentes e indefesos nos ventres de suas mães, seja qual for a desculpa ou racionalização.

Defender a vida, desde o momento da sua concepção, não é mera questão de saúde pública: a proteção da vida é um dever moral de caráter transcendente, pelo qual todos nós prestaremos contas ao Senhor Nosso Deus.

Usada como justificativa para institucionalizar uma condenável forma de eugenia, estamos diante de uma verdadeira manipulação, travestida de defesa de direitos de mulheres com risco de terem filhos com os efeitos da Zika.

Ressalte-se que tais mulheres (especialmente dos estados do Nordeste, onde grassou a epidemia) abraçaram sua nobre missão com verdadeiro amor de mãe e sem nenhuma rejeição aos bebês microcéfalos, tanto que, por si mesmas, se autodenominam “Mães de Anjos”. 

Reino Unido: Autorizam aborto forçado de mulher com deficiência mental



Um Tribunal no Reino Unido decidiu, na semana passada, que a melhor coisa para uma mulher grávida com graves dificuldades de aprendizagem é fazer um aborto.

Estima-se que a mulher não identificada neste caso esteja grávida de 12 semanas. Ela, junto à terceirizada do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) e o conselho municipal, não foram assinalados pelo tribunal ou nos relatórios dos meios de comunicação para proteger a sua privacidade.

A decisão do tribunal foi emitida na sexta-feira, 11 de outubro, após uma audiência no Tribunal de Proteção (Court of Protection) do Reino Unido, que trata de casos que envolvem indivíduos que não têm capacidade mental para tomar decisões por si mesmos.

A terceirizada do NHS, responsável pelo cuidado da mulher, pediu permissão ao tribunal para realizar um aborto, argumentando que a continuação da gravidez seria prejudicial à mãe.

Eloise Power, a advogada representante do NHS, comprovou que os médicos e encarregados da mulher apoiam o término da gravidez.

A mulher mora no norte da Inglaterra e passou a maior parte de sua vida em lares de cuidados temporários. Seus encarregados, que se descrevem como "cristãos e fiéis", apoiam o aborto, de acordo com PA Media, um canal de TV a cabo no Reino Unido. 

Papa recebe delegação de indígenas por ocasião do Sínodo da Amazônia



O Papa Francisco recebeu cerca de 40 indígenas por ocasião do Sínodo da Amazônia, que ocorre no Vaticano até 27 de outubro.

“Na tarde de hoje, por volta das 15h30, o Santo Padre encontrou um grupo de cerca de quarenta indígenas, entre participantes do Sínodo para a Região Pan-Amazônica e de outras iniciativas que estão sendo realizadas em Roma nestes dias. Eles estavam acompanhados por sua excelência Dom Roque Paloschi, Arcebispo de Porto Velho, e por sua eminência o Cardeal Claudio Hummes”, informou Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, em uma nota divulgada nesta quinta-feira, 17 de outubro.

“O encontro foi aberto por um breve pronunciamento de uma mulher e um homem, representantes dos povos indígenas, que por meio deles expressaram gratidão ao Santo Padre pela convocação do Sínodo”, continua o texto.

Esses representantes também pediram ao Papa "ajuda para concretizar seu desejo de garantir uma vida serena e feliz a seus povos, cuidando de suas terras, protegendo suas águas, para que também seus descendentes possam usufruir destas riquezas". 

Qualquer pessoa pode viver o celibato, diz sacerdote indígena no Sínodo



O sacerdote salesiano pertencente à comunidade indígena brasileira Tuyuka e que participa do Sínodo da Amazônia, Pe. Justino Sarmento Rezende, afirmou que, com oração e esforço, qualquer pessoa de qualquer cultura do mundo pode viver o celibato, também os indígenas.

Durante sua intervenção para os meios de comunicação credenciados ante o Vaticano no briefing informativo realizado nesta quinta-feira, 17 de outubro, na Sala de Imprensa da Santa Sé, para informar sobre os avanços dos trabalhos sinodais, Pe. Sarmento disse que “é importante que as pessoas vivam o celibato com esforço, com oração e com a ajuda das pessoas. Vivê-lo da forma mais equilibrada possível”.

Contradizendo o que afirmou o Bispo Emérito de Xingu (Brasil), que assegurou aos meios de comunicação, em 9 de outubro, que "os povos indígenas não entendem o celibato", Pe. Sarmento assinalou que “o celibato é uma virtude que pode ser vivida por qualquer pessoa, homem ou mulher”.

O presbítero indígena deixou claro que se “pensasse que o celibato não é para mim, eu deixaria o sacerdócio. Porque, se algum dia de minha vida eu ver que estou sofrendo muito com isso e que já não estou sendo mais testemunho de vida para as pessoas de minha comunidade, de minha Igreja, já não teria nenhum sentido para mim”.

"O celibato não é algo que nasce com a pessoa humana, é algo que se estabelece ao longo da história", continuou.

“Nenhum de nós que estamos aqui, nem eu nem vocês, estamos preparados para viver o celibato. Por isso, eu já escrevi artigos nos quais falo que o celibato é um dom de Deus”, assinalou. 

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Sínodo da Amazônia: Bispos do México incentivam "conversão ecológica"

 
A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) incentivou, em 14 de outubro, uma "conversão ecológica", que "deve nos levar à transformação de nossos hábitos de consumo mais simples, onde o mais importante deles é reduzir antes mesmo que reciclar".

Assim expressaram em um comunicado intitulado "O Sínodo para a Amazônia", assinado pelo presidente da CEM, Dom Rogelio Cabrera, pelo secretário da CEM, Dom Alfonso Miranda, e por Dom Engelberto Polino Sánchez, Bispo Auxiliar de Guadalajara e responsável pela Dimensão do Cuidado Integral da Criação.

Os bispos mexicanos garantiram que “a Amazônia envolve todo o mundo, porque nela está refletida a custódia de uma porção importantíssima da biodiversidade para nossa ‘casa comum’, acolhe diversidade de culturas e é um espaço onde a Criação se expressa como Deus a pensou”.

“O homem tem a missão de custodiar a Criação, porque, tendo sido dotado de uma inteligência específica, é responsável por cuidar para que a 'casa comum' se conserve bela e a serviço de toda a humanidade, a desta geração e a de amanhã”.

Para a CEM, “a Amazônia merecia um Sínodo”, porque “os Sínodos respondem à necessidade da igreja de 'caminhar juntos', um espaço onde se escutem várias vozes e que, através do Espirito Santo, encontre-se o melhor caminho para que o Reino de Deus se faça presente em todas as realidades e em todas as pessoas”.

“A Amazônia abriga cerca de 15% da biodiversidade terrestre, armazena entre 150 e 200 bilhões de toneladas de carbono por ano. Mas também existem 110 a 130 diferentes povos indígenas vivendo em isolamento voluntário ou ‘povos livres’, diversidade de culturas e tradições".

Os bispos mexicanos garantiram que a riqueza que a Amazônia aporta para o mundo "é sem dúvida uma tentação para um modelo de vida predatório e oportunista".

Deste Sínodo, indicaram, espera-se “fazer presente o Evangelho de Jesus na Amazônia para reconhecer o Deus criador que nos convida a estar em harmonia neste triplo relacionamento de Deus, homem e toda a Criação”, assim como “escutar os clamores daqueles que habitam a Amazônia e construir com eles os caminhos necessários para proteger sua cultura, sua biodiversidade, sua história e esse grande pulmão do mundo”.

Diaconisas e viri probati não são temas essenciais na Amazônia nem na Alemanha, diz Cardeal


O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, destacou que a ordenação de diaconisas ou de viri probati, idosos de comprovada virtude, não são temas essenciais nem na Amazônia nem na Igreja na Alemanha que prepara um "processo sinodal" que começaria no Advento deste ano.

Em entrevista concedida em Roma à rede de televisão EWTN TV da Alemanha, o Purpurado que participa do Sínodo da Amazônia por ser chefe de um dicastério do Vaticano indicou que entre os Padres sinodais existem "opiniões diferentes" sobre "temas que certamente preocupam as pessoas".

O Purpurado de origem suíça destacou que não considera “que estes sejam os temas importantes nem no Sínodo da Amazônia nem na Alemanha. E olhando para a Alemanha, estas também não são as questões mais profundas”. 

Depois de assinalar que a Igreja Luterana na Alemanha, na qual as mulheres são ordenadas, também enfrenta desafios parecidos ou mais sérios que a Igreja Católica, o Cardeal Koch explicou que tudo “isso mostra que, embora estes temas não possam ser deixados de lado, pois preocupam as pessoas, tampouco são os assuntos mais profundos que precisam ser colocados, em minha opinião, tanto aqui como na Alemanha”.

O Cardeal Koch também disse que o sucesso das igrejas pentecostais na Amazônia é um assunto importante, pois "uma quantidade considerável" de católicos foi para elas nos últimos anos. "É claro que existem várias razões para isso e a Igreja precisa considerá-las", disse.

O Cardeal recordou as palavras do Papa Francisco, que encorajou os bispos do Sínodo da Amazônia a se deixarem iluminar pelo Espírito Santo, para que ele seja o protagonista, uma vez que o Sínodo não tem poder de decisão, mas apenas a possibilidade de fazer propostas ao Santo Padre que depois decidirá se vai aceitá-las ou não.

A REPAM no Sínodo: o desabafo de um missionário católico


Me chamo Alain Matos Viana. Nasci em meio à Floresta Amazônica, no rio de nome indígena chamado Mamurú. Fui criado noutro rio de nome também indígena, Uaicurapá. Estudei numa vila que fica na entrada de outro rio com nome igualmente indígena, Andirá (Barreira do Andirá). Sei fazer farinha de mandioca, aprendi a caçar de espingarda e pescar de arco e flecha, hoje sou missionário católico.

Desde minha iniciação cristã nas vilas ribeirinhas que passei, seja em minha juventude ou agora, como missionário, em tantas missas e celebrações da Palavra ao redor de Parintins, Maués, Urucará, Iranduba, e da própria Capital Manaus, nunca – eu disse NUNCA – presenciei uma “missa indígena”. Mesmo sendo Caboclo de raiz, sempre soube que missa era missa, seja ela vivida em Roma ou em meio à Floresta.

Hoje, com o Sínodo da Amazônia, pessoas levadas daqui pelo pessoal da REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica) mostram veementemente “rituais indígenas” como se esses rituais fossem a expressão da Igreja na Amazônia: NÃO! Aqui veneramos a Virgem Maria e não a Pachamama (Mãe Terra).

Não estou negando minhas origens, pelo contrário, sou Caboclo com muito orgulho, tenho em meu sangue tanto da parte afro como da parte indígena, mestiço, meio branco, meio índio, meio negro… Mas em se tratando de Fé, também sei muito bem que herdo a Fé que muitos missionários vindos dos quatro cantos da terra ensinaram, com uma evangelização destemida, eficaz, com a força do celibato de tantos padres e religiosos, tantas vezes a preço do sangue do martírio.

Não posso negar minha origem de sangue muito menos minha origem de Fé.

Aprendi cedo que a Igreja Católica é também Apostólica e Romana, seja ela na Ásia, Europa ou no Uaicurapá onde fui batizado.

Não sou autoridade no assunto, mas a experiência não me deixa ser tão leigo a ponto de não ter o precioso senso crítico. Creio na Graça do Espírito Santo, que ela vai prevalecer ao final deste Sínodo, mas fico inquieto em ver pessoas (REPAM) tentando desmoralizar a Tradição Bimilenar usando um povo e seus costumes como justificativa progressista e um emaranhado de ideias contrárias à Fé deixada pelos primeiros que aqui passaram.

Respeitar culturas é uma coisa, fazer delas profissão de fé é outra.
O povo da Amazônia é mestiço, mas a Fé é Católica.
As terras pertencem a um povo, mas o Evangelho é de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Respeitar os rituais indígenas é necessário. Adorar Jesus no Rito da Santa Missa é mais ainda.

Por fim, miscigenação significa a mistura de vários povos, ou seja, a Amazônia não é só indígena! Por isso a Igreja em sua Doutrina e Teologia Universais é suficientemente capaz de abraçar a todos sem ter que inventar uma “teologia índia”, muito menos uma “missa amazônica-indígena”.

Comissão de redação do documento final do Sínodo está completa


O Papa Francisco nomeou quatro novos membros para a comissão de redação do documento final do Sínodo da Amazônia, deste modo, esta comissão fica completa.

O Papa Francisco nomeou o Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena (Áustria), Dom Edmundo Ponciano Valenzuela, Arcebispo de Assunção (Paraguai), Dom Marcelo Sánchez Sorondo, Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências e das Ciências Sociais (Vaticano), e o Pe. Rossano Sala (Itália) como membros da comissão para a redação do documento final do Sínodo da Amazônia.