quarta-feira, 8 de maio de 2019

Adoração e Idolatria

 
No evangelismo há adoração de Deus?
E os sacrifícios?  (II Reis 17,36)

A Igreja nos ensina que só devemos adorar Deus; esse culto se chama “latria”. Adorar é reconhecimento da Divindade e oferecimento de sacrifício presidido pelo Sacerdote. O Sacrifico da Cruz é oferecido em todas as missas; é o mesmo Sacrifício, mas, incruento.

Aos Santos prestamos nosso culto de veneração chamado “dulia”, a eles não se faz sacrifícios.

À Maria nossa veneração se chama “hiperdulia”, a Ela não se faz sacrifícios. 

O motivo desta celeuma é que externamente, TODOS OS CULTOS SÃO IGUAIS; o que diferencia é o sacrifício (externo) e o coração do fiel (interno).

Se na oração, o fiel está pedindo para a Imagem fazer algo na terra, apesar da imagem representar alguém que já está no céu, é idolatria. Deixa de ser idolatria, quando se pede a quem a imagem “representa” que “interceda” junto a Deus. A ação vai depender única e exclusivamente de Deus.

VENERAR significa ter um respeito muito grande. Os Evangélicos VENERAM a Bíblia, por exemplo, fazem hinos para a bíblia, fazem poesias, etc.

Se Deus fosse contra imagem, porque no Santos dos Santos (1 Rs 6,23-28) havia duas imagens da altura equivalente a um prédio de dois andares, mais ou menos 5 metros (10 côvados)? [1]

A diferença entre a imagem de um santo e um ídolo é que se alguém quebrar a Imagem de um Santo não destruirá a existência do Santo, mas se partir um ídolo, acaba a divindade.

No caso da serpente de bronze (cf. Nm 21,8-9), enquanto ela não ocupou o lugar de Deus, foi cultuada, mas quando as pessoas começam a adorar a estátua como deus-serpente (a quem chamaram de “Neustã”) o rei mandou destruí-la (2 Rs 18,4). [2]



A VERDADEIRA ADORAÇÃO ESTÁ EM SEGUNDO REIS

2Reis 17,36: “Vocês devem cultuar, adorar e OFERECER SACRIFÍCIOS somente a Javé...

A Verdadeira Adoração deve cultuar em espírito e verdade (João 4,23)

A Verdadeira Adoração deve adorar em espírito e verdade (João 4,23)

A Verdadeira Adoração deve OFERECER SACRIFÍCIOS em espírito e verdade (João 4,23)

Isto é, é o Espírito quem inspira em nós a prática na comunhão com a Verdade que é Cristo, o filho de Deus; e se dirige ao Pai.[3] “Pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8,14).

No primeiro capítulo do Livro Levítico, Moisés estabelece as leis do sacrifício; todo sacrifício requer um sacerdote, um altar e uma vítima.  Logo, não existe adoração sem sacerdote, sem altar e sem sacrifício. [4]

SACRIFICIO PAGÃO

Gehenna – (Mt 5,22; Mc 9,43) era um vale ao sul de Jerusalém que era utilizado para sacrifícios pagãos de crianças pelo fogo.[5]

Nm 25,1-2; 2Cr 28,23

At 14,12ss Chamavam a Barnabé Zeus e a Paulo Hermes, porque era este quem dirigia a palavra. Um sacerdote de Zeus Propóleos trouxe para as portas touros ornados de grinaldas, querendo, de acordo com todo o povo, sacrificar-lhes.

SACRIFÍCIO CATÓLICO



O Sacrifício de Cristo na Cruz é oferecido a Deus na Santa Missa, este Sacrifício é tornado presente (atualizado, não repetido), de forma incruenta. O centro da Missa é o Sacrifício, oferecido pelo sacerdote na Pessoa de Cristo em benefício de toda a Igreja. 

Nas narrativas da instituição da Eucaristia (Mt 26,26s; Mc 14,22s; Lc 22,19s; I Cor 11,23s) vemos que Nosso Senhor disse que o Pão e o Vinho são Seu Corpo e Seu Sangue (Isto é Meu Corpo; Isto é o cálice do Meu Sangue). 

Na Missa, fazemos memória do Sacrifício de Cristo, tornando-o presente. Se a última ceia, foi uma antecipação do sacrifício, a Missa é a sua perpetuação.

O termo utilizado pelos evangelistas, e que traduzimos por “memória” é anamnese. Tal palavra não é uma simples memória (mnemone), mas um “recordar, tornar presente” (cf. Lc 22,19).

“O sacrifício da Missa é o verdadeiro e o próprio sacrifício da Nova Lei, no qual Cristo é oferecido sob as espécies de pão e vinho pelo sacerdote sobre o altar, em memória e renovação do sacrifício do Calvário.” [6] [7]

Seria possível escrever em grego "isto significa", ou "isto representa"?

Sim, se Jesus quisesse poderia usar “semanei” (em grego) para “simbolizar” ou “significar”. No entanto, a forma usada pelos três evangelistas é "Esti" (em grego), que significa "É". [8]

Se Jesus queria falar em sentido figurado, por que preferiu usar o verbo “ser” aos quarenta verbos figurativos existentes no aramaico? 

Nos versos 52 e 54 de João 6, Jesus falou em “comer” e o verbo correspondente no grego é “phagéin”. A partir do verso 55, porém, o texto grego usa um verbo mais forte: “trógo”, que além de “comer”, quer dizer também “mastigar”, quebrar com os dentes os alimentos mais duros”. Perguntamos: Se Jesus falou em sentido figurado, por que além do verbo “ser”, o texto grego usa um verbo que exige o sentido real das palavras? [9].

terça-feira, 7 de maio de 2019

De agricultura urbana a feixe de luz, veja algumas propostas de restauro da Notre-Dame


O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, quer realizar competição arquitetônica internacional para reconstruir o pináculo e parte do teto destruídos pelo incêndio (Foto: Reprodução)

Desde que a França anunciou a abertura de um concurso internacional para reconstruir Notre-Dame, não param de aparecer propostas ousadas e inovadoras para transformar o monumento após o incêndio.

Entre as muitas sugestões, o Studio NAB, da França, apresentou um conceito que envolve a construção de uma estufa no telhado, permitindo que a Notre-Dame seja um lugar de integração com o meio ambiente, em sintonia com os desafios atuais da ecologia. De acordo com o Design Boom, a torre destruída foi reimaginada como um apiário, abrigando diversas colméias.

Papa aos sacerdotes e religiosos: "ternura, paciência e compaixão".


VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO
À BULGÁRIA E MACEDÔNIA DO NORTE
[5-7 DE MAIO DE 2019]

ENCONTRO COM SACERDOTES, RELIGIOSOS E RELIGIOSAS DISCURSO DO SANTO PADRE

Catedral do Sagrado Coração de Jesus (Skopje)
Terça-feira, 7 de maio de 2019

Queridos irmãos e irmãs!

Obrigado pela oportunidade que me dais de vos poder encontrar. Vivo com uma gratidão especial este momento em que posso ver a Igreja respirar plenamente com os seus dois pulmões – rito latino e rito bizantino – para se encher do ar sempre novo e renovador do Espírito Santo. Dois pulmões necessários, complementares, que nos ajudam a saborear melhor a beleza do Senhor (cf. Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 116). Demos graças pela possibilidade de respirar juntos, a plenos pulmões, como o Senhor foi bom para conosco.

Agradeço os vossos testemunhos, sobre os quais gostaria de voltar. Aludíeis ao facto de ser poucos e ao risco de ceder a algum complexo de inferioridade. Enquanto vos ouvia, vinha-me à mente a imagem de Maria de Betânia, que, tomando uma libra de perfume de nardo puro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com os seus cabelos. O evangelista conclui a descrição da cena, dizendo: «A casa encheu-se com a fragrância do perfume» (Jo 12, 3). Aquele nardo foi capaz de impregnar tudo e deixar uma marca inconfundível.

Há situações – e não são poucas – em que sentimos necessidade de fazer contas à vida: começamos a olhar quantos somos... e somos poucos; os meios que temos... e são poucos; depois vemos a quantidade de casas e obras a sustentar... e são demasiadas! Poderíamos continuar a enumerar as múltiplas realidades em que experimentamos a precariedade dos recursos que temos à disposição para levar por diante o mandato missionário que nos foi confiado. Quando isto acontece, parece que o saldo do balanço apareça «em vermelho», seja negativo.

É verdade que o Senhor nos disse: se queres construir uma torre, calcula as despesas; «não suceda que, depois de assentar os alicerces, [tu] não a possas acabar» (cf. Lc 14, 29). Mas, o «fazer as contas» pode-nos levar à tentação de olhar demasiado para nós próprios e, curvados sobre as nossas realidades e misérias, podemos acabar quase como os discípulos de Emaús, proclamando o querigma com os nossos lábios enquanto o nosso coração se fecha num silêncio marcado por subtil frustração, que o impede de escutar Aquele que caminha ao nosso lado e é fonte de júbilo e alegria.

Irmãos, «fazer as contas» é sempre necessário, quando nos pode ajudar a descobrir e aproximar de muitas vidas e situações que todos os dias sentem dificuldade em fazer quadrar as contas: famílias que não conseguem continuar, pessoas idosas e sozinhas, doentes forçados a estar na cama, jovens tristes e sem futuro, pobres que nos lembram o que somos, isto é, uma Igreja de mendigos necessitados da Misericórdia do Senhor. Só é lícito «fazer as contas», se isto leva a mover-nos tornando-nos solidários, atentos, compreensivos e solícitos em abeirar-nos das fadigas e precariedade em que vivem submersos muitos dos nossos irmãos necessitados duma Unção que os levante e cure na sua esperança.

Só é lícito fazer as contas para exclamar com força e implorar com o nosso povo: «Vinde, Senhor Jesus!»

Discurso do Papa Francisco em encontro inter-religioso com jovens da Macedônia do Norte



VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO
À BULGÁRIA E MACEDÔNIA DO NORTE
[5-7 DE MAIO DE 2019]

ENCONTRO ECUMÊNICO E INTER-RELIGIOSO COM OS JOVENS

DISCURSO DO SANTO PADRE

Centro Pastoral (Skopje)
Terça-feira, 7 de maio de 2019

Queridos amigos!

Poder ter estes encontros é sempre motivo de alegria e esperança. Obrigado por o terdes feito possível e me terdes dado esta oportunidade. De coração, obrigado pela vossa dança, muito linda, e as vossas perguntas. Eu conhecia as perguntas: tinha-as recebido e conheci-as, tendo preparado alguns pontos para refletir convosco sobre estas perguntas.

Começo pela última (como dizia o Senhor, os últimos serão os primeiros). Liridona, depois de teres partilhado conosco as tuas aspirações, perguntavas-me: «Sonho demais?» Uma boa pergunta, à qual gostaria de podermos responder juntos. Na vossa opinião, Liridona sonha demais?

Quero dizer-vos que sonhar nunca é demais. Um dos principais problemas de hoje e de muitos jovens é terem perdido a capacidade de sonhar. Nem muito nem pouco; simplesmente não sonham! E, quando uma pessoa não sonha, quando um jovem não sonha, o respetivo espaço é ocupado pela lamentação e pela resignação ou pela tristeza. «Estas deixemo-las aos que seguem a “deusa lamentação”! (...) É um engano: faz com que te encaminhes pela estrada errada. Quando tudo parece estar parado e estagnante, quando os problemas pessoais nos preocupam, as dificuldades sociais não encontram as devidas respostas, não é bom dar-se por vencido» (Francisco, Exort. ap. pós-sinodal Christus vivit, 141). Por isso, querida Liridona, queridos amigos, nunca, nunca se sonha demais. Tentai pensar nos vossos sonhos maiores, em sonhos como o de Liridona (ainda o recordais?): dar esperança a um mundo cansado, juntamente com os outros, cristãos e muçulmanos. É, sem dúvida, um sonho muito lindo. Não pensou em coisas pequenas, em coisas terra a terra, mas sonhou em grande. E vós, jovens, deveis sonhar em grande!

Alguns meses atrás, juntamente com um amigo, o Grande Imã de Al-Azhar Ahmad Al-Tayyeb, tínhamos, nós também, um sonho muito parecido com o teu que nos levou a querer comprometer-nos assinando juntos um documento que diz que a fé deve levar-nos, a nós crentes, a ver nos outros irmãos que devemos apoiar e amar sem nos deixarmos manipular por interesses mesquinhos (cf. Documento sobre a Fraternidade Humana, Abu Dhabi 4 de fevereiro de 2019). Somos crescidos, mas não há uma idade para sonhar! Sonhai e sonhai em grande!

Isto faz-me pensar naquilo que nos dizia Bozanka: que a vós, jovens, agradam as aventuras. E fico contente que seja assim, porque é a forma linda de ser jovem: viver uma aventura, uma boa aventura. O jovem não tem medo de fazer da sua vida uma boa aventura. E pergunto-vos: haverá aventura que requeira mais coragem do que o sonho partilhado connosco por Liridona, ou seja, dar esperança a um mundo cansado? O mundo está cansado, está envelhecido; o mundo está dividido; e parece vantajoso dividi-lo e dividir-nos ainda mais. Há tantos adultos que querem criar divisão entre nós. Tende cuidado! Como ressoam fortes as palavras do Senhor: «Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9)! Que nos poderá estimular mais do que esforçar-nos todos os dias, com dedicação, por ser artesãos de sonhos, artesãos de esperança? Os sonhos ajudam-nos a manter viva a certeza de saber que outro mundo é possível, e que somos chamados a envolver-nos nele e contribuir para ele com o nosso trabalho, o nosso empenho e a nossa atividade.

Neste país, há uma bela tradição: a dos artesãos cinzeladores, hábeis em cortar a pedra e trabalhá-la. Sabem? É preciso fazer como aqueles artistas e tornar-se bons cinzeladores dos próprios sonhos. Precisamos de trabalhar sobre os nossos sonhos. Um cinzelador toma a pedra nas suas mãos e, lentamente, começa a moldá-la e transformá-la, com dedicação e esforço e sobretudo com uma grande vontade de ver como aquela pedra, pela qual ninguém daria nada, se torna uma obra de arte.

«Os sonhos mais belos conquistam-se com esperança, paciência e determinação, renunciando às pressas [como aqueles artistas]. Ao mesmo tempo, é preciso não se deixar bloquear pela insegurança: não se deve ter medo de arriscar e cometer erros [isso não, não tenhais medo]; devemos, sim, ter medo de viver paralisados, como mortos ainda em vida, sujeitos que não vivem porque não querem arriscar [e um jovem que não arrisca está morto. Eles] não perseveram nos seus compromissos ou têm medo de errar. Ainda que erres, poderás sempre levantar a cabeça e voltar a começar, porque ninguém tem o direito de te roubar a esperança» (Francisco, Exort. ap. pós-sinodal Christus vivit, 142). Não deixeis que vos roubem a esperança!

Documentário "Eles estão no meio de nós", que denuncia a teologia da libertação, será lançado em breve


A Igreja no Brasil é permeada de conflitos políticos desde o seu tenro desenvolvimento. A relação entre Igreja e Estado sempre foi campo minado de tensões. Elementos históricos, e dentre eles o florescimento político-partidário  progressista no país, produziram um solo fértil para que documentos, inclusive da Santa Sé, fossem lidos, reinterpretados e apropriados com intencionalidades distintas das quais foram inicialmente promulgados. A Ação Católica adotada por Pio XI e seu posterior encaminhamento adotado no Brasil revelam um exemplo – e por que não – um sinal de contradição?

A criação e o desenvolvimento de ações ideológicas no seio da Igreja brasileira demonstram que o país estava disponível a aceitar e conviver com o caos decorrente destas infiltrações. A presença da Teologia da Libertação no Brasil, após 1968, embora não seja a detentora exclusiva dos malefícios no catolicismo nacional, é uma das grandes responsáveis por nossos males, pois investiu em camadas de base, “formação” em escala de intelectuais e difusão ideológica.

Considerando o entendimento da Doutrina Católica, e nela a fé como um de seus pilares, subentende-se os sacramentos como sinais visíveis da graça de Deus. E que pureza há n’alma da Igreja, que embora materialmente seja mantida por mãos humanas, é sobretudo sustentada pela graça e pelo Espírito Santo. Deveria ser ela, portanto, cheia de manchas e pecado? Quando o Papa Paulo VI anunciou que “a fumaça de satanás entrou na Igreja”, com isto advertia que os sacramentos e a vida do povo de Deus estavam sob ameaça.

É nos sacramentos que resplandece a face misericordiosa do próprio Deus. Encontrar, no entanto, em seu lugar um deus histórico, homem comum e não o Homem Deus, tira o próprio Cristo da centralidade da vida da Igreja.

A Teologia da Libertação dessacraliza a disposição à santidade da Igreja. Os sacramentos são tidos, para essa teologia, como meros sinais de partilha e inclusão, e não da graça; não são sinais de transubstanciação, de Presença Real nem de penitência, mas de libertação social, emancipação e sincretismo de crenças que ignora a Tradição, o Magistério e as Escrituras, instituídos desde os séculos sob a luz de concílios, papas e doutores da Igreja em benefício da salvação eterna de todos os homens.

A aproximação do ideal marxista à doutrina da Igreja causa a ilusão de um falso céu na terra, ao contrário do que realmente nos ensina a vida de Cristo, uma vida de abnegação e desprendimento, que afirmou que a vida eterna é a plenitude da alma justa na presença do Deus amoroso; o mesmo Deus que nos chama a viver a santidade nesta vida terrena, que jamais poderá se comparar ao paraíso celeste por Ele prometido.

Gleisi Hoffmann diz que “o PT nasceu influenciado por Cristo”


Em um vídeo que circula nas redes sociais, a deputada federal e presidente do PT Gleisi Hoffmann afirmou que ‘o PT nasceu influenciado por Cristo’.

Segundo ela, o partido sempre preservou os ‘ensinamentos de linhagem cristã’.

“O PT nasceu influenciado pelos ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo. É o partido da justiça, é o partido da vida, do respeito, do amor. Então, os militantes evangélicos do PT têm o grande desafio de conversar com a totalidade do povo evangélico, mostrando a verdade – declarou a deputada federal”, disse.

A declaração foi feita enquanto Gleisi participava de um culto evangélico.

Em certo momento do vídeo, Gleisi aparece cantando e batendo palmas durante a celebração religiosa.

Atentados no Sri Lanka: todos os suspeitos estão mortos ou detidos


Todos os suspeitos ligados diretamente aos atentados suicidas no Sri Lanka, no domigo de Páscoa, foram mortos ou detidos, anunciou na segunda-feira a polícia.

De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa, as forças de segurança confiscaram também todo o material explosivo destinado a futuros ataques, que as autoridades indicaram estarem a ser planeados por extremistas.

O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, indicou que os atentados foram perpetrados por um “pequeno grupo, mas bem organizado”, cujos operacionais se fizeram explodir em três igrejas e três hotéis.

Pelo menos 257 pessoas morreram, 40 das quais estrangeiras, incluindo um cidadão português.

Uma centena de pessoas foi detida após os ataques, reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Segundo as autoridades, o Sri Lanka conta com cerca de 140 apoiantes do EI.

Macedônia: Papa Francisco adverte que desinformação prejudica o sentido da realidade



VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO
 À BULGÁRIA E MACEDÔNIA DO NORTE
[5-7 DE MAIO DE 2019]

SANTA MISSA

HOMILIA DO SANTO PADRE

Praça Macedônia (Skopje)
Terça-feira, 7 de maio de 2019

«Quem vem a Mim não mais terá fome e quem crê em Mim jamais terá sede» (Jo 6, 35): acaba de nos dizer o Senhor.

Ao redor de Jesus – segundo o Evangelho –, concentra-se uma multidão, que tinha ainda fixa nos olhos a multiplicação dos pães; um daqueles momentos que se gravou nos olhos e no coração da primeira comunidade dos discípulos. Tinha sido uma festa... A festa de descobrir a superabundância e a solicitude de Deus pelos seus filhos, irmanados na fração e partilha do pão. Imaginemos por um momento aquela multidão. Algo havia mudado. Por alguns instantes, aquelas pessoas sedentas e silenciosas, que seguiam Jesus à procura duma palavra, puderam tocar com as próprias mãos e sentir no seu corpo o milagre da fraternidade capaz de saciar e fazer sobreabundar.

O Senhor veio para dar vida ao mundo e fá-lo sempre duma maneira que consegue desafiar a mesquinhez dos nossos cálculos, a mediocridade das nossas expectativas e a superficialidade dos nossos intelectualismos; coloca em discussão as nossas perspectivas e as nossas certezas, convidando-nos a passar a um horizonte novo que dá espaço a um modo diferente de construir a realidade. Ele é o Pão vivo descido do Céu: «quem vem a Mim não mais terá fome e quem crê em Mim jamais terá sede».

Toda aquela gente descobriu que a fome de pão tinha também outros nomes: fome de Deus, fome de fraternidade, fome de encontro e de festa partilhada.

Habituamo-nos a comer o pão duro da desinformação, e acabamos prisioneiros do descrédito, dos rótulos e da infâmia; julgamos que o conformismo saciaria a nossa sede, e acabamos por nos dessedentar de indiferença e insensibilidade; alimentamo-nos com sonhos de esplendor e grandeza, e acabamos por comer distração, fechamento e solidão; empanturramo-nos de conexões, e perdemos o gosto da fraternidade. Buscamos o resultado rápido e seguro, e encontramo-nos oprimidos pela impaciência e a ansiedade. Prisioneiros da virtualidade, perdemos o gosto e o sabor da realidade.

Digamo-lo com força e sem medo: temos fome, Senhor... Temos fome, Senhor, do pão da vossa Palavra capaz de abrir os nossos fechamentos e as nossas solidões; temos fome, Senhor, de fraternidade, onde a indiferença, o descrédito, a infâmia não encham as nossas mesas nem ocupem o primeiro lugar em nossa casa. Temos fome, Senhor, de encontros onde a vossa Palavra seja capaz de elevar a esperança, despertar a ternura, sensibilizar o coração abrindo caminhos de transformação e conversão.

Temos fome, Senhor, de experimentar – como aquela multidão – a multiplicação da vossa misericórdia, capaz de quebrar os estereótipos e de repartir e partilhar a compaixão do Pai por cada pessoa, especialmente por aqueles de quem ninguém cuida, que são esquecidos ou desprezados. Digamo-lo com força e sem medo, temos fome de pão, Senhor: do pão da vossa palavra e do pão da fraternidade.