terça-feira, 11 de setembro de 2018

Os Papas e o 11 de setembro: o amor mais forte que o ódio


O dia 12 de setembro de 2001 foi uma quarta-feira. Pela manhã, a Praça São Pedro estava repleta de fiéis, como de costume, mas a atmosfera que se respirava não era de alegria, como sempre. Nos olhos das pessoas estavam ainda gravadas as imagens de terror do dia anterior: a queda das Torres Gêmeas, o avião batendo contra o Pentágono, as pessoas desesperadas que fugiam de um cenário infernal, poeira, sangue, mortos nas ruas. Foram as imagens que também João Paulo II, na residência de Castel Gandolfo, viu com desalento e angústia.

Karol Wojtyla - disse Joaquín Navarro-Valls - quis ir direto ao telefone expressar ao Presidente dos Estados Unidos sua tristeza e proximidade à cidadania, mas George W. Bush estava fora de alcance por razões de segurança. Assim, foi enviado um telegrama no qual o Papa falava de "horror", "ataques desumanos" e assegurava suas orações "nesta hora de sofrimento e provação".

Dia sombrio na história da humanidade, mas o ódio não prevalece

Um dos leitores na Praça enfatiza que a audiência é marcada pelos "eventos dramáticos" do dia anterior. "Só para criar um clima de recolhimento e oração - continua ele - o Santo Padre quer que não sejamos aplaudidos". A voz de Karol Wojtyla racha de emoção quando afirma que o 11 de setembro "foi um dia negro na história da humanidade, uma terrível afronta à dignidade do homem". E fazendo a pergunta angustiante que muitos têm em seu coração, ele questiona "como podem tais episódios de selvageria ocorrerem". No entanto, o futuro Santo não deixa espaço para o desespero estéril: “Mesmo no momento mais sombrio, "o fiel sabe que o mal e a morte não têm a última palavra", mesmo que "a força das trevas pareça prevalecer".

Nunca a religião seja usada como motivo de conflito

Alguns dias depois, estava agendada a visita de João Paulo II ao Cazaquistão, país de maioria muçulmana. Muitos aconselham o Papa a não cumprir o compromisso, considerado perigoso. "A religião - diz ele com palavras sinceras, em Astana - nunca deve ser usada como motivo de conflito". E convida "tanto cristãos como muçulmanos a rezar intensamente pelo Deus Todo-Poderoso que nos criou para que o bem fundamental da paz possa reinar no mundo". Um compromisso para o qual João Paulo II, idoso e enfermo, não poupa energias ao convocar, em janeiro de 2002, um novo Encontro de Religiões pela Paz em Assis, na esteira da histórica primeira reunião em 1986.

Vaticano anuncia projetos para prevenir abuso de menores em todo o mundo

Basílica de São Pedro / Crédito: Alexey Gotovskiy - ACI Prensa

No final de sua assembleia plenária realizada em Roma de 7 a 9 de setembro, a Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores anunciou vários projetos para a prevenção de abusos sexuais de menores em todo o mundo.

Em um comunicado divulgado domingo, 9 de setembro pela Imprensa da Santa Sé, o grupo de especialistas que trabalharam com vítimas de abuso por parte do clero, anunciou o lançamento de "vários projetos pilotos, o primeiro será no Brasil".

“Em continuidade com o trabalho dos membros fundadores, esses projetos visam criar ambientes seguros e processos transparentes dentro dos quais as pessoas que sofreram abusos possam confiar nelas”, destacou o texto.

Por sua parte, o grupo de trabalho sobre Educação e Formação delineou uma série de iniciativas futuras, seminários e conferências que representam uma parte essencial na promoção da responsabilidade e conscientização para as políticas locais de proteção.

Em abril de 2019, a Comissão patrocinará uma Conferência sobre Proteção para os Responsáveis da Igreja na Europa Central e Oriental. E em Aparecida, Brasil, a Comissão oferecerá junto com a Conferência Episcopal Brasileira (CNBB) uma semana de formação sobre o tema da salvaguarda a bispos e formadores.

E em novembro de 2019, os membros receberam o convite para ter um encontro com o Conselho Episcopal Latino Americano no México.

Em 2020, a Comissão será co-patrocinadora do Congresso sobre Proteção dos Menores , destinado a agentes da Igreja e da sociedade civil, em Bogotá, Colômbia.

Por outro lado, O grupo de trabalho “Direcionamentos e normas para a tutela” compartilhou seus progressos sobre “o desenvolvimento do instrumento de escuta para oferecer apoio às Conferências Episcopais locais, em relação às políticas de salvaguarda”.

Homossexualidade e Abuso Sexual


A sabedoria convencional afirma que existe uma crise de pedofilia na Igreja Católica. Apesar dessa posição ser popular, está empiricamente errado: os dados mostram que tem sido uma crise homossexual desde o início. A evidência não é ambígua, embora haja uma relutância em deixar os dados conduzirem à conclusão. Mas isso é uma função da política, não da escolaridade.

Alfred Kinsey foi o primeiro a identificar uma correlação entre a homossexualidade e o abuso sexual de menores. Em 1948, ele descobriu que 37% de todos os homossexuais masculinos admitiram ter relações sexuais com crianças menores de 17 anos. Mais recentemente, em órgãos como os  Arquivos de Comportamento Sexual, o Journal of Sex Research, o Journal of Sex and Marital Therapy, e Pediatrics, foi estabelecido que os homossexuais são desproporcionalmente representados entre molestadores de crianças.

Correlação não é causação; é uma associação. Portanto, dizer que há uma correlação entre a orientação homossexual e o abuso sexual de menores não significa dizer que ser homossexual faz de alguém um molestador. Por outro lado, não faz sentido fingir que não há relação entre a homossexualidade e o abuso sexual de menores.

Pense desta maneira. Sabemos que há uma correlação entre ser irlandês e ser alcoólatra, mas isso não significa que todos os irlandeses sejam ou se tornem alcoólatras. Mas isso significa que eles têm um problema especial nessa área.

Depois que o  Boston Globe  divulgou a história sobre abuso sexual de padres em 2002, os bispos americanos estabeleceram um painel independente para estudar essa questão. Quando o National Review Board divulgou suas conclusões em 2004, observou Robert S. Bennett, advogado de Washington que liderou o estudo, disse: “Não há dúvidas de que muitos padres de orientação homossexual vivem vidas castas e celibatárias, mas qualquer avaliação as causas e o contexto da crise atual devem ser conscientes do fato de que mais de 80% dos abusos em questão eram de natureza homossexual ”.

Além disso, o painel disse explicitamente que “devemos chamar a atenção para o comportamento homossexual que caracterizou a grande maioria dos casos de abuso observados nas últimas décadas”.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Mês da Bíblia


O mês de setembro é um dos meses temáticos, o que significa além dos temas que a própria liturgia traz em cada domingo e celebração, a existência de um assunto que nos ajuda a refletir sobre nossa caminhada de fé.

Aclamado como Mês da Bíblia, este mês quer nos ajudar a aprofundar o amor pela Sagrada Escritura e a situar a centralidade da Palavra de Deus em nossas vidas, seja pela reflexão e estudo, seja pelas celebrações.

É evidente que a Palavra de Deus é a luz de nosso caminho e está presente em todos os sacramentos que celebramos, em cada missa ou celebração da Palavra que temos, além, é claro, da oração diária, reflexão e leitura.

A leitura orante da Bíblia com o método “ler, meditar e orar” faz parte dos ensinamentos dados a todos os cristãos, e com bastante insistência, desejando que seja o alimento diário.

O Mês da Bíblia surge devido, principalmente, à comemoração do Dia de São Jerônimo, celebrado no dia 30 deste mês. Ele foi encarregado pelo Papa Dâmaso de preparar a Bíblia em latim, revendo traduções anteriores ou fazendo novas. Lembremos que São Jerônimo viveu entre 340 a 420, portanto, na segunda metade do século IV e início do século V. O Papa Dâmaso morreu em 385, e São Jerônimo iniciou uma série de viagens ao Oriente, passando grande parte em Belém, entregue totalmente à tradução e comentário da Sagrada Escritura. Além de sua vida austera, coerente e santa, é tido como um dos melhores padres da Igreja e colocado como ‘patrono dos biblistas’.

É por isso que o quarto domingo deste mês é o domingo da Bíblia. Normalmente seria o domingo mais próximo da Festa de São Jerônimo. É quando, ao comemorarmos o Dia da Bíblia, fazemos nosso exame de consciência e os propósitos com relação não só à leitura, mas, principalmente, de colocarmos em prática a Palavra do Senhor, guiados pelo Espírito de Deus.

domingo, 9 de setembro de 2018

A "ressurreição" da Igreja



A história da Igreja se assemelha a de Jesus: tem seus momentos de alegria, seus episódios de dor e também os espaços luminosos da "ressurreição".

Hoje podemos dizer que a Igreja percorre os caminhos da Paixão.

Por vários anos a Gaudium Press noticia que o cristianismo é a religião mais perseguida do mundo.

Por exemplo, a situação dos cristãos nos países de maioria islâmica é geralmente bastante difícil. Não é apenas pensar no calvário interminável de Asia Bibi e de muitos outros, falsamente acusados ou perseguidos das mais diversas formas.

Mas também a violência física não é a única forma de perseguição aos fiéis. A que existe em países 'pós-cristãos' pode ser ainda mais cruel: profissionais compelidos a realizar práticas contra a moral católica, lugares onde não se admite objeção de consciência, pais de família que veem como se quer forçar os seus filhos a frequentar aulas de 'educação' sexual degradantes, a ideologia de gênero que quer ser apresentada como dogma em todos os ambientes, e todo um mundo que é construído sem Cristo e contra Cristo.

Além disso, não podemos deixar de mencionar como elementos da 'paixão' da Igreja o mau exemplo dado por alguns de seus membros, e a confusão da doutrina que existe em muitos ambientes católicos. Porém...

No entanto, depois da Paixão vem a Ressurreição. 

sábado, 8 de setembro de 2018

Coroa de Espinhos e Idade Média



De todos os símbolos relacionados com a Paixão de Cristo Nosso Senhor, a Coroa de Espinhos é a que tem mais significado depois da Santa Cruz. A coluna da flagelação, o látego, o cetro de cana seca, os cravos, a lança, a tábua do INRI e outros que a Virgem Maria, os Apóstolos e alguns discípulos guardaram, são relíquias de um significado comovente, mas somente a Cruz poderia superar a Coroa de Espinhos em veneração e apreço.

Ela foi a que inspirou em 1241 São Luís IX, Rei da França, a construir um enorme relicário na 'Ile de la Cité' no rio Sena, onde Paris nasceu, e que hoje conhecemos como a 'Saint Chapelle', uma das mais belas expressões -senão a mais bela, da arquitetura gótica. Guardá-la nessa capela real como um precioso tesouro da cristandade, foi a ideia mais maravilhosa e sublime que tenha podido ocorrer a um governante, que quiçá não intuía a apostasia de seus descendentes e de seu próprio povo, séculos mais tarde. Aquele fato sozinho fez da França a nação monárquica por excelência, e é muito simbólico que a guardiã dessa coroa fosse precisamente a que deu o primeiro golpe mortal definitivo contra a monarquia na Europa, para estabelecer um republicanismo sangrento que ainda não resolveu os problemas políticos dessa nação.

Também foi a Coroa de Espinhos que sugeriu a Godofredo de Bouillon, aquela frase inesquecível quando lhe propuseram que ele se coroasse rei de Jerusalém após a ter recuperado dos muçulmanos: "Eu não usaria uma coroa de ouro onde meu rei usou uma de espinhos". Por isso, quando finalmente os reis latinos daquele pequeno reino franco do oriente próximo, resolveram usar a coroa, a mandaram fazer em ouro imitando uma de espinhos. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

O Papel da Mãe na Criação dos Filhos



Educar os filhos é a grande missão que Deus confiou aos pais. É por causa da importância dessa tarefa, que nos deu o quarto Mandamento: "honrar pai e mãe". Sem a educação dos pais os filhos se perdem; é por isso que as nossas cadeias estão cheias de jovens e a droga consome a muitos, além do mundo do crime.

Nada é tão grande neste mundo como construir um ser humano. As máquinas acabarão um dia, mas o nosso filho jamais.

É pela educação que o ser humano conquista e desenvolve as suas faculdades; e Deus quis que isto fosse feito antes de tudo pelos pais, e de modo especial pela mãe. Hoje sobretudo, onde muitas mães são obrigadas a criar sozinhas os seus filhos, porque são "órfãos de pais vivos", essa missão se torna mais importante e árdua ainda. Neste caso o papel da mãe triplica de importância, porque ela tem que fazer o papel do pai e dela mesma. (...)

Certa vez Michelangelo viu um bloco de pedra e disse a seus alunos: "aí dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!" Depois de algum tempo, com o seu gênio de escultor, fez o belo trabalho. Então os alunos lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. Ele respondeu: "o anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam sobrando". Educar é isto, é ir com paciência e perícia tirando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o "anjo" apareça.

Michel Quoist dizia "que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus".

Educar é colaborar com Deus, e é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.
Educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões: material, intelectual, moral e religiosa. Por isso, educação não se recebe só na escola, mas principalmente em casa. Às vezes se ouve dizer: "ele é analfabeto, mas é muito educado". Não adianta ser doutor e não saber tratar os outros como gente; não saber cumprir com a palavra dada; não se comportar bem; trair a esposa e os filhos; não ser gentil; não ser afável, etc. Sem dúvida, a educação é a melhor herança que os pais devem deixar aos filhos; esta ninguém pode lhes roubar nem destruir.

O livro do Eclesiástico diz aos pais: "Aquele que ama o seu filho, corrige-o com freqüência, para que se alegre com isso mais tarde..." (Eclo 30,1).

A educação visa sobretudo colocar o homem no caminho do bem e da virtude, do qual ele sempre tende a se desviar. É aos pais que cabe sobretudo dar início a esta tarefa na vida dos filhos. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Artista fica nua em frente à Gruta de Lourdes na França


A atriz Déborah de Robertis ficou nua em frente à imagem de Nossa Senhora de Lourdes, na França, causando indignação entre os fiéis reunidos durante uma procissão.

Às 17h40 (hora local) do dia 31 de agosto, a artista de 34 anos de Luxemburgo ficou completamente nua diante dos fiéis e das religiosas que estavam reunidos na gruta. Somente o seu cabelo estava coberto com um véu azul e as suas mãos estavam juntas como se estivesse rezando. Algumas pessoas intervieram para esconder sua nudez e chamaram a polícia.

De acordo com uma fonte policial entrevistada pelo jornal francês ‘Le Journal du Dimanche’ (JDD), a jovem foi presa e colocada sob custódia por exibição sexual. Também informaram que a mulher será julgada em maio de 2019 por um tribunal, após a denúncia apresentada contra ela pelo Santuário de Lourdes.

Em um comunicado divulgado pela agência Efe, o Santuário denunciou que no sábado, 1º de setembro, descobriu "que este era um ato premeditado, ligado a uma intenção supostamente artística".