quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Homilética: Finados (2 de Novembro) - Comemoração de Todos os Fiéis Falecidos: "A Esperança não decepciona"


A Igreja celebra o dia dos Fiéis Defuntos ou dia de Finados imediatamente após o dia de Todos os Santos (1º de novembro). Ambas as celebrações estão intimamente ligadas, uma vez que fazemos a memória dos que já se encontram na pátria celeste. Veneramos os santos reconhecidos oficialmente pela Igreja e pedimos a sua intercessão. No entanto, todos os que estão junto de Deus são também santos. Muitos deles foram nossos parentes, amigos ou conhecidos. Lembramo-nos deles e também de todas as pessoas que faleceram. 

Desde os primeiros séculos, os cristãos rezam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires e recordando seus testemunhos de fé e amor. A partir do século V, a Igreja dedica um dia do ano para rezar por todas as pessoas falecidas, também por aquelas que ninguém lembra. É um dia que evoca saudade, esperança e compromisso. Saudade daqueles que partiram e marcaram, de uma maneira ou de outra, a vida de todos nós que ainda peregrinamos neste mundo. Esperança porque nos foi revelado que a morte não tem a última palavra, é passagem para a vida em plenitude. Compromisso porque queremos que nosso tempo histórico seja vivido de acordo com o que nos exorta a palavra de Deus. 

Como Jó, depositamos nossa confiança naquele que é o defensor da vida (I leitura). Renovamos nossa convicção de que “a esperança não decepciona”, como afirma Paulo em sua carta aos Romanos (II leitura). E nos consolamos, agradecidos, com a declaração de Jesus: “Esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia”.

Nossa vida é medida pelo tempo, ao longo do qual passamos por mudanças, envelhecemos e, como acontece com todos os seres vivos da terra, a morte aparece com o fim normal da vida, é a conclusão da peregrinação terrestre do homem.   Mas graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo.  São Paulo nos conforta dizendo:  “Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1,21); e nos diz ainda:  “Se com Ele morrermos, com Ele viveremos” (2Tm 2,11). Na morte, Deus chama o homem a si.  É por isso que o cristão pode sentir, em relação à morte, uma aspiração semelhante à de São Paulo: “O meu desejo é partir e ir estar com Cristo” (Fl 1,23). E cada cristão pode transformar a sua própria morte em um ato de obediência e de amor para com o Pai, a exemplo de Cristo.

Cremos firmemente que, da mesma forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos, e vive para sempre, assim também, depois da morte, os justos viverão para sempre (cf. Jo 6,39ss).  Crer na ressurreição dos mortos foi, desde os primeiros tempos, um elemento essencial da fé cristã.  E o próprio Jesus liga a fé na ressurreição à sua própria pessoa:  “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25).  Também recitamos o Credo e rezamos: “Creio na ressurreição dos mortos, na vida eterna”.  E com relação à morte Santa Teresinha do Menino Jesus dizia:  “Eu não morro, entro na vida”. E a Igreja nos encoraja à preparação para a morte e a pedir à Mãe de Deus que interceda por nós “agora e na hora da nossa morte”, como rezamos quotidianamente na oração da Ave Maria.


E ao nos dirigirmos aos cemitérios para rezar pelos nossos defuntos, somos convidados, mais uma vez, a renovar com coragem e com força a nossa fé na vida eterna, e mais, viver com esta grande esperança e testemunhá-la ao mundo.  Diante da morte, nada mais consolador do que a mensagem do próprio Cristo.  Ele sabia que iria passar por este caminho, pelo caminho da dor que culminaria com a sua morte de cruz.  Mas após o terceiro dia ocorreu a ressurreição.  E São Paulo vem ainda nos confirmar: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa fé” (1Cor 15,14).

Por onde anda Pe. Roberto Lettieri?


Pe. Roberto Lettieri é o sacerdote fundador da Fraternidade Filhos da Probreza do Santíssimo Sacramento que ficou conhecida como Toca de Assis. O padre pregava retiros por todo o país e tornou-se afamado de santidade pela piedade com a qual celebrava a Missa. Desde 2008, no entanto, afastou-se da mídia e não se apresenta publicamente, bem como não dirige mais sua fundação.

Diante da pergunta onde está padre Roberto e das inúmeras especulações que surgiram em torno de sua imagem, a irmã Maria Madalena, OCD, escreveu uma carta que foi replicada no blog Guarda Roupa esclarecendo, em partes, a situação do religioso.

No início a freira relata o pesar pelas mentiras ditas e espalhadas sobre a situação do padre. Muitas davam conta de desequilíbrio mental. “Isto é uma afirmação muito grave e muito séria, a que não tem confirmação nem no comportamento dele nem em laudos médicos. É muito triste difamar um Ministro do Senhor com estas e outras acusações falsas e pesadas”, escreve a religiosa.

Espalhou-se que Pe. Roberto não celebrava mais a Eucaristia. Mentira, segundo a irmã, “o Padre nunca deixou de celebrar a Santa Missa um só dia. Não foi suspenso das Ordens, e celebra da mesmíssima forma do seu costume, todos os dias. Os poucos filhos que participam percebem que celebra com o mesmo ardor, fervor e amor de sempre o Santo Sacrifício, com a mesma duração, como se tivesse diante de 10.000 pessoas! Muito embora, nunca tenha se importado com a quantidade de pessoas presentes”, desabafa.

Católicos no mundo são quase 1 bilhão e 300 milhões


Por ocasião do Dia Mundial das Missões, celebrado neste domingo, 23, a agência Fides apresentou, como faz todos os anos, algumas estatísticas a fim de oferecer uma imagem panorâmica da Igreja no mundo. Os dados são tirados do último "Anuário Estatístico da Igreja" (atualizado em 31 de dezembro de 2014) e referem-se aos membros da Igreja, às suas estruturas pastorais, às atividades no campo da saúde, educação e assistência. Entre parênteses indica a variação, aumento (+) ou diminuição (-) em relação ao ano precedente, de acordo com a comparação feita pela agência Fides.

População mundial ultrapassa 7 bilhões

Em 31 de dezembro de 2014, a população mundial era de 7.160.739.000 pessoas, um aumento de 66.941.000 unidades, em comparação com o ano anterior. O aumento global também se refere este ano a todos os continentes, exceto a Europa: os maiores aumentos, mais uma vez, estão na Ásia (+37.349.000) e África (+23.000.000), seguidos pela América (+8.657.000) e Oceania (649.000). Diminui a Europa (-2.714.000).

Católicos em todo o mundo são 1.272.281.000

Também em 31 de dezembro de 2014 o número de católicos era de 1.272.281.000, com um aumento global de 18.355.000 milhões de pessoas, menor do que o registrado no ano anterior. O aumento diz respeito a todos os continentes, exceto a Europa: África (+8.535.000) e América (+6.642.000), seguido pela Ásia (+3.027.000) e Oceania (+208.000). Diminui a Europa (-57.000). A percentagem de católicos aumentou em 0,09%, fixando-se em 17,77%. Por continente, houve aumentos na África (+0,38), América (+0,12), Ásia (0,05), Europa (+0,14) e Oceania (+0,09).

Habitantes e católicos por sacerdote

O número de habitantes por sacerdote aumentou também neste ano, um total de 130 unidades, atingindo a cota de 13.882. A repartição por continente mostra, como nos anos anteriores, o aumento na América (+79), Europa (+41) e Oceania (+289); diminuição na África (-125) e na Ásia (-1.100). O número de católicos por sacerdote no mundo aumentou complexivamente em 41 unidades, para um total de 3.060. Há aumentos na África (+73), América (+59), Europa (+22) e Oceania (+83). Diminuição na Ásia (-27). 

Soldados cristãos erguem cruz em honra aos assassinados pelo ISIS no Iraque


Depois de recuperar Bartella, na planície de Nínive, os soldados cristãos iraquianos construíram uma cruz com pedaços de uma árvore e a colocaram, junto com a bandeira do país, no alto de uma igreja enquanto tocavam os sinos.

As forças iraquianas, curdas e peshmergas conseguiram se situar apenas a cinco quilômetros ao norte de Mossul, onde se encontra o bastião do Estado Islâmico no Iraque. Assim o confirmou o porta-voz do Comando das Operações Conjuntas, o general da brigada, Yehia Rasul.


A ofensiva sobre Mossul está causando um lento retrocesso dos terroristas, que continuam mostrando uma dura resistência.

Líder muçulmano questiona protesto islâmico ante lugar de martírio de cristãos em Roma


Um líder muçulmano questionou o recente protesto de centenas de islamistas no lado de fora do Coliseu Romano – onde muitos cristãos foram martirizados nos primeiros séculos da Igreja –, que chegaram ao lugar para manifestar-se pelo fechamento de três mesquitas ilegais na Cidade Eterna.

O protesto realizado no dia 21 de outubro foi organizado pela associação Dhuumcatu que representa a comunidade de Bangladesh em Roma. Os meios de comunicação italianos explicam que nas mesquitas ilegais incentivavam a radicalização dos muçulmanos, um fenômeno que acontece em toda a Europa, pelo qual lutam as autoridades locais.

Os organizadores do protesto fizeram a convocatória através da internet e asseguraram que assim demonstravam que “fechar as mesquitas não detém a oração”, dizia o lema do protesto.

Entretanto, nem todos os muçulmanos residentes na Cidade Eterna pensam da mesma maneira, pois Omar Camileti, porta-voz da Grande Mesquita de Roma, manifestou na rádio que com isto “existem riscos simbólicos”.

“Roma é a nossa cidade e uma ferida à imagem de Roma nos afetaria também, por isso desaprovamos esta manifestação”, precisou.

Em seguida, indicou que “nesses dias perguntei a muitos muçulmanos como reagiriam se em algum lugar que é simbólico para os muçulmanos, os cristãos chegassem e fizessem uma manifestação”.

“No ano do Jubileu e no ano em que foram lançadas ameaças de fundamentalistas islâmicos, esta manifestação é de aficionados”, alertou. 

Nas coisas criadas está impressa a imagem da Sabedoria


Em nós e em todas as coisas está impressa a imagem criada da Sabedoria eterna. Por isso, não sem razão a verdadeira e operante Sabedoria, contemplando nas criaturas a imagem da sua própria natureza, diz: O Senhor Me criou nas suas obras. Deste modo, o Senhor considera toda a sabedoria que há e se manifesta em nós como participação de Si mesmo. 

O Senhor afirma isto de Si mesmo, não porque o Criador seja criado, mas por causa da sua imagem que criou e imprimiu nas criaturas. Assim como o Senhor diz: Quem vos recebe a Mim recebe, porque está impressa em nós a sua imagem, assim também, embora Ele não se possa contar entre as coisas criadas, criou nas suas obras a imagem e semelhança de Si mesmo, e por isso afirma, como se falasse de Si próprio: Deus criou-Me como primícias das suas obras. 

Ora a razão por que nas coisas criadas está impressa a imagem da Sabedoria é para que o mundo reconheça por meio dela o Verbo, seu criador, e por meio do Verbo conheça o Pai. É isto o que ensina Paulo: O que se pode conhecer de Deus é-lhes claramente manifestado; com efeito, Deus lho deu claramente a conhecer. As suas perfeições invisíveis tornaram-se, desde a criação do mundo, visíveis à inteligência por meio das suas obras. Portanto, aquele texto dos Provérbios não se refere ao Verbo, como se fosse criado, mas à sabedoria que se diz estar e está verdadeiramente em nós. 

Mas os que não têm esta fé devem responder-nos a uma pergunta: Existe ou não existe nas coisas criadas alguma forma de sabedoria? Se não existe, porque é que o Apóstolo se lamenta dizendo: Na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus por meio da sabedoria? Se não existe sabedoria alguma, porque é que a Escritura menciona tantos sábios? De facto está escrito: O sábio teme e afasta-se do mal e com sabedoria edifica a sua casa. 

Também o Eclesiastes diz: A sabedoria do homem faz resplandecer o seu rosto; e repreende os temerários com estas palavras: Não digas: Porque é que o tempo passado foi melhor que o presente? Semelhante pergunta não é inspirada pela sabedoria. 

Efetivamente nas coisas criadas existe a sabedoria, como declara o filho de Sirac com estas palavras: Ele derramou-a sobre todas as suas obras, sobre todos os seres vivos, e comunicou-a generosamente àqueles que O amam. O que é dado, porém, não é a natureza da Sabedoria, que é em Si mesma indivisível e unigénita, mas só a sua imagem impressa na criação. Sendo assim, porque há-de parecer impossível que a mesma Sabedoria criadora, cuja forma ou imagem se reflectem na sabedoria e na ciência espalhadas pelo mundo, diga em certo modo de Si mesma: O Senhor Me criou nas suas obras? Certamente a sabedoria que existe no mundo não é criadora, mas foi criada nas obras; e por ela os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.


Dos Sermões de Santo Atanásio, bispo, «Contra os arianos»
(Oratio 2, 78, 79: PG 26, 311, 314) (Sec. IV)

A infabilidade presente na Missa Nova


Os Romanos Pontífices não estão, de maneira nenhuma, impedidos de legislar contra as regulamentações disciplinares de seus predecessores (pois não existe autoridade de um igual sobre outro igual) ou contra o direito comum de veneranda antiguidade... E, embora possa acontecer que os Romanos Pontífices eventualmente promulguem, por breve tempo, leis menos oportunas que tenham precisado ser corrigidas ou retratadas por ele próprio ou por seus sucessores, não pode, porém, ocorrer e não ocorrerá nunca que seja promulgada pelo Romano Pontífice para a Igreja universal uma lei disciplinar contrária à reta fé e aos bons costumes. De fato, se bem que não tenha sido prometido aos Papas o supremo grau de prudência ao promulgar leis disciplinares, eles porém certamente gozam daquela infalibilidade da qual a Igreja desfruta acerca das leis disciplinares universais. (Wernz-Vidal: Jus canonicum, t. I [Roma 1952] pp. 268-269).

É necessário compreendê-la (a infalibilidade) quanto à substância ou quanto à honestidade dos costumes: de fato, no que se refere às circunstâncias, à multiplicação de leis, ou ao rigor, a penas excessivas, não há inconveniente em por vezes se incorrer nalgum defeito humano, pois isso não vai contra a santidade da Igreja; mas aprovar coisas nocivas como honestas ou, ao contrário, condenar coisas honestas como iníquas, repugna à verdade e à santidade da Igreja e, portanto, também nessas coisas o Pontífice não pode errar. (Francisco Suarez: Cit. in: Jus canonicum, cit., p. 269, nota 28).

Dizemos então que, quanto a substância e a moralidade da lei que o pontífice comumente propõe como regra de costumes por observar, seria HERESIA afirmar que a Igreja pode errar, de maneira que permitisse ou mandasse algo pernicioso, ou contra os bons costumes, ou contra o direito natural ou divino. (João de Santo Tomás: De auctoritate Summi Pontificis, disp. III, a. 3).

São Frumêncio


Frumêncio foi o primeiro bispo missionário da Etiópia. Era o tempo do imperador Constantino, por volta do século IV. Durante uma viagem, voltando das Índias, Frumêncio e alguns amigos foram atacados por ladrões etíopes que saquearam o barco e mataram os passageiros e tripulantes. O jovem Frumêncio sobreviveu e foi levado para a Etiópia e entregue ao rei, como escravo. 

O rei Etíope admirou-se da sabedoria de Frumêncio e o manteve como secretário. Sua influência cresceu na corte, principalmente junto à rainha. Ao se tornar viúva ela assumiu o poder para o filho menor, como regente. Tempos depois, eles conseguiram da rainha autorização para construir uma igreja próxima ao porto, para servir os mercadores cristãos que passavam pelo país. Este lugar foi a semente do cristianismo no continente africano. 

Quando o filho do rei tornou-se independente, Frumêncio pode retornar para casa. Resolveu então procurar Santo Atanásio, pedindo que designasse um Bispo e missionários para comandar a pregação católica na Etiópia. Atanásio não se fez de rogado, entendendo que o mais indicado era o próprio Frumêncio, o consagrou Bispo da Etiópia. 

Quando retornou, Frumêncio encontrou no trono da Etiópia o jovem rei seu pupilo que lhe dedicava grande estima. Logo em seguida ele se converteu e foi batizado e convidou todo seu povo a acompanhá-lo no seguimento de Cristo. 

Frumêncio, chamado pelos etíopes de "Abba Salama", ou seja "Padre da Paz" desenvolveu seu trabalho missionário na Etiópia até morrer no ano 380. 


Deus de amor, pela intercessão de São Frumêncio, concedei-nos ardoroso espírito missionário, para que possamos enfrentar os obstáculos que possam aparecer no decorrer de nosso apostolado. Por Cristo nosso Senhor. Amém.