quinta-feira, 1 de setembro de 2016

1º Congresso Nacional da Pastoral do Dízimo e da Partilha


O CONADIZ – Congresso Nacional da Pastoral do Dízimo e da Partilha é um evento voltado para a capacitação técnica dos agentes dessa Pastoral. Este encontro nacional busca ser um momento formativo e também celebrativo.

Além de promover uma rica troca de experiências entre as pastorais diocesanas e paroquianas, o método pretende ainda desenvolver e aprimorar questões relacionadas aos aspectos administrativos e financeiros com base na gestão eclesial contábil e financeira dos recursos captados, assim como sua aplicação em benefício da comunidade.

O objetivo geral do CONADIZ é capacitar os agentes da Pastoral do Dízimo para que possam administrar essa importante Pastoral evangelizadora buscando a conversão do fiel pela experiência do Dízimo, mas também desenvolver as questões sobre seus resultados práticos a fim de realinhar as estratégias às demandas atuais e seus aspectos fiscal, contábil, jurídico e administrativo-eclesial, auxiliando de forma direta na formação desses agentes capacitados para implantar, ampliar e gerir essa Pastoral.

Primeiramente, é importante lembrar que a Igreja do Brasil, por meio de suas paróquias e dioceses em quase sua totalidade já possui, de alguma forma, a Pastoral do Dízimo implantada. Um contingente enorme de pessoas atua, muitas vezes sem formação adequada, eficiente e eficaz, sem muita formação prática para desempenhar seu papel. Há, contudo, uma sede por formação técnica e prática e um clamor generalizado dos agentes que buscam capacitação especializada, tanto por parte dos leigos e leigas, como dos religiosos(as) e do clero.

Família, fonte de vocações: O chamado de Deus na vida do jovem Ayrton Frank


"Eu sempre deixei que os meus filhos decidissem o que queriam fazer, mas quando o Ayrton saiu do Seminário eu fiquei aguardando e perseverando em minhas orações". Essa declaração de dona Clenair Castro foi fundamental para garantir que a messe ganhasse mais um operário.

Ayrton Frank Castro Pinheiro, 30 anos, filho de Clenair Castro Pinheiro e de Armando Pinheiro Filho (em memória), é natural da cidade de Viana-MA e mudou-se junto com seus três irmãos para São Luís visando a oportunidade de estudo, passando a morar no bairro Cohatrac.

Segundoo dona Clenair, Ayrton foi um menino muito pacato, quase sempre silencioso, obediente, estudioso e inteligente. “Ele estava sempre com livros. Por ser o caçula, ele sempre andava comigo, e foi criado somente por mim, pois o pai faleceu quando ele tinha somente nove meses”.

Mesmo morando distante, Ayrton não esqueceu os ensinamentos de sua mãe e continuou a dedicar-se aos serviços da Igreja, agora atuante na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, onde seria o início de sua nova história.

“Nunca tinha passado pela minha cabeça ser padre. Inicialmente eu queria ser professor. Fou durante uma missa em preparação para o festejo de Nossa Senhora de Nazaré, que me veio o primeiro pensamento de ser padre, mas não associei a um chamado de Deus. Porém, as pessoas sempre me incentivaram a entrar no Seminário. O padre Clemilton, por exemplo, sempre me incentivou a pensar, a rezar, a pedir a Deus discernimento. Assim, através desses sinais, concluí que era Deus me chamando”, conta Ayrton Frank, diácono da Arquidiocese de São Luís desde 27 de fevereiro de 2016.

Após experiências de namoro, de encontros vocacionais, Ayrton entrou no Seminário aos 19 anos, no dia 10 de fevereiro de 2006. Tudo estava indo bem, e dona Clenair feliz com a bênção de ter um padre na família, porém Ayrton decidiu sair do Seminário em 2012.

Ayrton afastou-se por dois anos. “Eu procurei trilhar por um caminho de discernimento. A minha família esteve ao meu lado e me apoiou em todas as decisões, ninguém me julgou, e eu só queria estar convicto de um sim que era para toda a vida”, esclarece.

Apesar de seu afastamento, Ayrton continuou participando das celebrações. “Eu sentia dentro de mim que podia colaborar mais. Foi quando pedi ao padre Flávio Colins para ajudar na Catequese. Mas, dentro de mim, ainda tinha aquela sede de ajudar mais. Foi quando eu pensei em voltar. Porém, eu não me achava apto para o ministério, embora muitos dissessem o contrário. Foi quando eu me lancei nas mãos de Deus e disse: ‘Senhor, faça aquilo que tu achas que é o melhor para mim’. E em 2014, eu voltei ao Seminário, graças à permissão do arcebispo dom José Belisário. Hoje eu percebo que era isso que Deus queria para mim, eu gosto do que faço, e estou exercendo meu diaconato na Paróquia Nossa Senhora da Penha e o contato com o povo de Deus tem nutrido muito minha vocação”, evidencia Ayrton.

Diocese esclarece: Não se negou a batizar afilhado presidencial na Argentina


A Diocese de São Rafael, em Mendoza (Argentina), emitiu um comunicado no qual esclareceu que “nunca foi negado” o sacramento do batismo ao sétimo filho homem de uma mulher pelo “apadrinhamento presidencial”.

A lei do Apadrinhamento Presidencial vigente na Argentina foi levada pelos imigrantes russos ao país e garante que o sétimo filho homem ou mulher tenha o Presidente da Nação como padrinho.

Apesar de ser evangélica, a mãe procurava batizar o seu filho em uma igreja católica porque considerava que assim devia proceder para receber o benefício do apadrinhamento presidencial, pois o Presidente Mauricio Macri é católico.

Entre os benefícios que recebem quem acolhe esta norma estão uma bolsa de estudos do 1º grau, 2º grau e universidade. Para obtê-la, devem enviar uma carta ao mandatário com a documentação respectiva.

As versões que circularam na imprensa afirmavam que as paróquias da Diocese de São Rafael não queriam administrar o sacramento ao menor chamado Tizziano, porque o Presidente Macri não tem as condições canônicas para ser padrinho: divorciou-se duas vezes e agora está no seu terceiro casamento civil.

Ante a suposta negativa das paróquias católicas, Natalia Alcalle, mãe de Tizziano, se dirigiu a uma igreja cristã chamada ‘Vida e Paz’, onde seu filho foi batizado.

Entretanto, a Diocese de São Rafael consultou as paróquias mencionadas, que explicaram que “nunca foi negado tal batismo” e, portanto, a informação resulta “errônea”. “Mais ainda, cabe assinalar, que em todas as paróquias foi aberta a porta do diálogo, que não foi contínuo por quem realizou as consultas”, assinala o comunicado.

Em seguida, esclareceu que o “apadrinhamento presidencial” para os sétimos filhos é “uma instituição civil que não influência nas prescrições do direito canônico”.

Mensagem do Papa para Dia de Oração pelo Cuidado da Criação


Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial de Oração 
pelo Cuidado da Criação
Quinta-feira, 1º de setembro de 2016

Usemos de misericórdia para com a nossa casa comum

Em união com os irmãos e irmãs ortodoxos e com a adesão de outras Igrejas e Comunidades cristãs, a Igreja Católica celebra hoje o «Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação». A ocorrência tem como objetivo oferecer «a cada fiel e às comunidades a preciosa oportunidade para renovar a adesão pessoal à sua vocação de guardiões da criação, elevando a Deus o agradecimento pela obra maravilhosa que Ele confiou ao nosso cuidado, invocando a sua ajuda para a proteção da criação e a sua misericórdia pelos pecados cometidos contra o mundo em que vivemos».1

É muito encorajador que a preocupação com o futuro do nosso planeta seja partilhada pelas Igrejas e comunidades cristãs em conjunto com outras religiões. De facto, nos últimos anos, foram empreendidas muitas iniciativas por autoridades religiosas e organizações para sensibilizar mais a opinião pública sobre os perigos da exploração irresponsável do planeta. Quero aqui mencionar o Patriarca Bartolomeu e o seu antecessor Dimitrios, que durante muitos anos não cessaram de se pronunciar contra o pecado de causar danos à criação, chamando a atenção para a crise moral e espiritual que está na base dos problemas ambientais e da degradação. Em resposta à crescente solicitude pela integridade da criação, a III Assembleia Ecuménica Europeia (Sibiu, 2007) propunha que se celebrasse um «Tempo em prol da Criação» com a duração de cinco semanas entre o dia 1 de setembro (memória ortodoxa da criação divina) e 4 de outubro (memória de Francisco de Assis, na Igreja Católica e noutras tradições ocidentais). A partir de então aquela iniciativa, com o apoio do Conselho Mundial das Igrejas, inspirou muitas atividades ecuménicas em várias partes do mundo. Deve ser também motivo de alegria o facto de em todo o mundo iniciativas semelhantes, que promovem a justiça ambiental, a solicitude pelos pobres e o serviço responsável à sociedade, terem feito encontrar pessoas, sobretudo jovens, de diferentes contextos religiosos. Cristão ou não, pessoas de fé e de boa vontade, devemos estar unidos manifestando misericórdia para com a nossa casa comum – a terra – e valorizar plenamente o mundo em que vivemos como lugar de partilha e comunhão.

1. A terra clama…

Com esta Mensagem, renovo o diálogo com «cada pessoa que habita neste planeta» sobre os sofrimentos que afligem os pobres e a devastação do meio ambiente. Deus deu-nos de presente um exuberante jardim, mas estamos a transformá-lo numa poluída vastidão de «ruínas, desertos e lixo».2 Não podemos render-nos ou ficar indiferentes perante a perda da biodiversidade e a destruição dos ecossistemas, muitas vezes provocadas pelos nossos comportamentos irresponsáveis e egoístas. «Por nossa causa, milhares de espécies já não darão glória a Deus com a sua existência, nem poderão comunicar-nos a sua própria mensagem. Não temos direito de o fazer».3

O planeta continua a aquecer, em parte devido à atividade humana: o ano de 2015 foi o ano mais quente de que há registo e, provavelmente, o ano de 2016 sê-lo-á ainda mais. Isto provoca secura, inundações, incêndios e acontecimentos meteorológicos extremos cada vez mais graves. As mudanças climáticas contribuem também para a dolorosa crise dos migrantes forçados. Os pobres do mundo, embora sejam os menos responsáveis pelas mudanças climáticas, são os mais vulneráveis e já sofrem os seus efeitos.

Como salienta a ecologia integral, os seres humanos estão profundamente ligados entre si e à criação na sua totalidade. Quando maltratamos a natureza, maltratamos também os seres humanos. Ao mesmo tempo, cada criatura tem o seu próprio valor intrínseco que deve ser respeitado. Escutemos «tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres»4 e procuremos atentamente ver como se pode garantir uma resposta adequada e célere.

1º de Setembro: «Dia de oração e cuidado com a Criação»


Apesar de tudo, uma profunda esperança brilha sobre a Terra. Ela vem do fato de que, no mundo inteiro, a cada dia, cresce o número de pessoas e grupos que aprofundam a espiritualidade e se põem em diálogo para buscar novos caminhos. O resgate da dignidade da Terra, da Água e do Ar está na ordem do dia de grupos espirituais das mais diversas tradições.

Pela primeira vez na história, diversas Igrejas cristãs e até outras religiões se unirão nessa semana para orar e meditar sobre o cuidado com a Terra, a água, o ar e todo o universo no qual nós, seres humanos somos inseridos e ao qual pertencemos. Desde a década de 70, a cada ano, o Patriarca (Ecumênico Bartolomeu I) de Constantinopla propõe que todas as Igrejas Orientais (Ortodoxas) dediquem o 1º de Setembro como «Dia de oração e cuidado com a Criação». Em agosto do ano passado, o Papa Francisco enviou uma carta a todas as dioceses pedindo que a Igreja Católica também se una a essa celebração. Por sua vez, o Conselho Mundial de Igrejas convidou as Igrejas Evangélicas, membros do Conselho para entrarem nessa mesma sintonia de cuidado com o ambiente. E, nesses dias, algumas notícias da internet contam que grupos hindus e budistas quiseram também unir-se a essa iniciativa ecumênica e ecológica.

Orar e meditar sobre a natureza como criação significa contemplar nela uma presença ativa do Criador que, permanentemente, continua conduzindo o universo no rumo do seu amor. O ser humano só mudará a sua forma de relacionar-se com os seus semelhantes e com os outros seres vivos se optar por um olhar de amor sobre o universo. Ao aprofundar a relação consigo mesmo e com os outros, é fundamental pressentir uma marca divina por trás de cada ser do universo.

Atualmente, o planeta Terra abriga mais de sete bilhões de pessoas. Nos próximos 50 anos, a previsão é de que o mundo tenha entre 8, 5 a 9 bilhões de habitantes. Mas, como viverá essa população, se metade dos recursos hídricos disponíveis para consumo humano e 47% da área terrestre já são utilizados? E ainda assim mais de um bilhão de pessoas passa fome e, a cada dia, mais de 30 mil morrem por este motivo? Estudos afirmam que a relação entre crescimento populacional e o uso de recursos do Planeta já ultrapassou em 20% a capacidade de reposição da biosfera e esse déficit aumenta cerca de 2,5% cada ano. Isso quer dizer que a diversidade biológica – de onde vêm novos medicamentos, novos alimentos e materiais para substituir os que se esgotam – está sendo destruída muito mais rápido do que está sendo reposta. Esse desequilíbrio está crescendo. Até 2030, 70% da biodiversidade poderá ter desaparecido…”.

Imprimirei a minha lei no seu coração


Irmãos caríssimos: Quando Nosso Senhor Jesus Cristo pregava o Evangelho do reino e percorria toda a Galileia curando as mais diversas enfermidades, a fama dos seus milagres divulgou-se por toda a Síria, e de toda a Judeia afluíam grandes multidões ao médico divino. Porque a ignorância humana é tão lenta para acreditar no que não vê e esperar o que não conhece, era necessário que aqueles que deviam ser confirmados nos ensinamentos divinos fossem estimulados com benefícios corporais e milagres visíveis; e assim, experimentando o poder benéfico do Senhor, não duvidariam da sua doutrina salvadora.

Por isso o Senhor, para converter os dons exteriores em medicina interior e passar da cura dos corpos à saúde das almas, separou-Se das multidões que O rodeavam e subiu para um sítio isolado de um monte próximo, levando consigo os Apóstolos a fim de os instruir nos mais sublimes ensinamentos. Sentou-Se no alto da sua cátedra mística, querendo significar, com o lugar escolhido e com a atitude tomada, que Ele era o mesmo que outrora falara a Moisés, também num monte isolado; mas enquanto noutros tempos fizera sentir a severidade da justiça, agora manifestava a sua íntima bondade, para cumprir o que tinha anunciado por meio do profeta Jeremias: Dias virão, diz o Senhor, em que firmarei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma nova aliança. Depois daqueles dias, diz o Senhor, hei-de imprimir a minha lei no seu coração e gravá-la no íntimo da sua alma. 

Portanto, Aquele que falara a Moisés dirigia-se agora aos Apóstolos; assim a mão veloz do Verbo ia gravando nos corações dos discípulos os mandamentos da Nova Aliança, não como outrora, rodeado de densas nuvens e com trovões e relâmpagos que atemorizavam o povo e o mantinham afastado do monte, mas entretendo-Se com os presentes em tranquila e afável conversação. Deste modo, a suavidade da graça substituía a aspereza da lei e o espírito de adopção filial afastava o temor servil.

Então a doutrina de Cristo tornava-se manifesta pelas suas mesmas palavras; com elas o Senhor queria declarar os diversos graus que devem subir aqueles que desejam chegar à bem-aventurança eterna.
 
Bem-aventurados os pobres em espírito, diz o Senhor, porque deles é o reino dos Céus. A que espécie de pobres se referia a Verdade, talvez ficasse incerto se dissesse apenas: Bem-aventurados os pobres, sem nada acrescentar sobre o género de pobreza de que falava. Poder-se-ia pensar que, para merecer o reino dos Céus, bastaria apenas aquela indigência material que muitos padecem por triste e dura necessidade. Mas ao dizer: Bem-aventurados os pobres em espírito, o Senhor manifesta que o reino dos Céus pertence àqueles que são pobres mais pela humildade interior do que pela carência de bens exteriores.




Início do Sermão de São Leão Magno, papa, sobre as Bem-aventuranças
(Sermo 95, 1-2: PL 54, 461-462) (Sec. V)

Quando virá o Anticristo?

 

Admoestamo-los a não apartar-se da verdade, como se o dia do juízo estivesse próximo, porque primeiro há de dar-se a conhecer o Anticristo, que São Paulo chama o homem do pecado.

 

1 Entretanto, irmãos, vos suplicamos, pelo advento de Nosso Senhor Jesus Cristo, e de nossa união à Ele. 2 que não abandoneis rapidamente vossos sentimentos, nem os assusteis com supostas revelações, com certos discursos, ou com cartas que se suponham enviadas por nós, como se o dia do Senhor estivesse muito próximo. 3 Não deixai-vos seduzir por nada e de nenhum modo, porque não virá este dia sem que primeiro haja acontecido a apostasia geral dos fiéis, e aparecido o homem do pecado, o filho da perdição, 4 o qual se oporá à Deus e se levantará contra tudo o que se diz Deus, ou se adora, até chegar a por seu assento no templo de Deus, dando-se a entender que é Deus. 5 Não vos recordais que, quando estava entre vós, vos dizia estas coisas?- 2 Tessalonicenses 2,1-5

 

No capítulo anterior o Apóstolo correu o véu aos acontecimentos futuros no que mostra as penas dos maus e o prêmio dos bons; aqui anuncia os perigos que correrá a Igreja no tempo do Anticristo; e primeiro anuncia a verdade desses perigos futuros, e exorta-os logo a permanecer na verdade.


Quanto ao primeiro, excluída a falsidade, os instrui na verdade.


Traz-lhes também a consideração à (tripla) razão que servirá para persuadi-los, e a que: “a não deixar-se alterar tão facilmente”; e toma do meio que pudera abordá-los. Induze-os, não com mandatos (Fil 1) senão com seus próprios rogos: “os suplicamos”.


Pelo advento de Cristo, embora terrível para os maus (Am 5), desejável para os bons (2Tm 4; Ap 22);

 

Pelo desejo e amor de toda a congregação dos Santos, “nele mesmo”, e à saber, onde está Cristo, porque “onde está o corpo, ali se juntarão as águias” (Mt 24).


Ou nele mesmo, porque todos os Santos, em lugar e glória, estarão no mesmo, segundo o mesmo: “junta-lhe seus santos”.


Mas a que os induz? “a que não mudeis de ligeiro vossos sentimentos”. Mas uma coisa é mover-se e outra ser presa do terror.


Move-se de seu sentir quem deixa o que teve; como se dissera: não deixes tão rapidamente minha doutrina. “Quem pronto crê é cabeça leviana” (Eclo. 19).

Santa Beatriz da Silva Menezes


Beatriz nasceu no norte da África, numa colônia portuguesa. Ainda na infância, voltou com a família para Portugal. Ao completar vinte anos de idade, Beatriz foi para a corte da Espanha, pois sua tia Isabel, Infanta de Portugal, que se casara com o rei de Castela, convidou-a para ser sua primeira dama de honra. 

Beatriz era uma jovem muito bela fisicamente, além de ser amável, culta, inteligente e educada nas virtudes cristãs. Logo que chegou despertou a admiração de todos. Isto provocou o ciúme e a inveja da rainha sua tia, que passou a maltratá-la. Beatriz tudo suportou sem falar nada para ninguém. No auge de seus sofrimentos, Beatriz entrega-se a Nossa Senhora e recebe a incumbência de fundar uma Ordem religiosa dedicada à Imaculada Conceição. 

Imediatamente, deixou a corte e ingressou no mosteiro, onde cobriu seu rosto com um véu branco por toda a vida. Somente em 1479 Beatriz conseguiu realizar seu sonho e fundou uma nova congregação: a Ordem da Clarissas da Imaculada Conceição, conhecidas como concepcionistas. 

Beatriz Menezes faleceu em 1490, um dia antes da cerimônia de profissão das primeiras irmãs. Seu projeto de amor perpetuou e alcançou o mundo todo. 



Senhor Pai de bondade, aprendemos com Santa Beatriz a aceitar os desafios da vida e nunca abandonar o projeto de Deus em favor da libertação da humanidade. Guia-nos pelos caminhos da sabedoria e do discernimento e ajudai-nos a Vos encontrar nos mais pequeninos e sofredores. Por Cristo nosso Senhor. Amém.