sexta-feira, 29 de julho de 2016

Santa Marta


As escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilômetros de Jerusalém. Ali moravam Marta, Lázaro e Maria. Há poucas, mas importantíssimas citações de Marta nas sagradas escrituras.

É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Ali chegando Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia ouvindo o Mestre. Jesus aproveita então para ensinar que os valores espirituais são mais importantes que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender.

Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus, nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará". (Jo 11,20-22). O milagre de reviver Lázaro, solicitado com tamanha simplicidade por Marta, exemplifica a plena fé na onipotência do Senhor.

Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica à Santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de julho. Ela se difundiu e o povo cristão passou a celebrar Santa Marta como a padroeira dos anfitriões, dos hospedeiros, dos cozinheiros, dos nutricionistas e dietistas.  


Ó gloriosa Santa Marta, entrego-me confiante em vossas mãos, esperando o vosso amparo. Acolhei-me sob a vossa proteção, consolai-me nos meus sofrimentos. Pela felicidade que tivestes em hospedar em vossa casa o Divino Salvador do mundo, consolai-me em minhas dificuldades. Intercedei hoje por mim e por minha família, para que tenhamos o auxílio de Deus Pai de Bondade na nossa vida. Isso vos pedimos por Cristo Nosso Senhor. Amém.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Papa: Jesus Cristo é um dom, não se compra e não se vende.



Viagem do Papa Francisco a Cracóvia, Polônia – JMJ 2016
Cerimônia de acolhida dos jovens da JMJ
Parque Blonia
Quinta-feira, 28 de julho de 2016

Queridos jovens, boa tarde!

Finalmente encontramo-nos…! Obrigado por esta calorosa recepção! Agradeço ao Cardeal Dziwisz, aos bispos, aos sacerdotes, aos religiosos, aos seminaristas e a todos queles que vos acompanham. Obrigado a quantos tornaram possível a nossa presença aqui, hoje, que «desceram em campo» para que pudéssemos celebrar a fé. Nós estamos aqui todos juntos celebrando a fé.

Nesta sua terra natal, quero agradecer especialmente a São João Paulo II, que sonhou e deu impulso a estes encontros. Do céu, ele nos acompanha vendo tantos jovens pertencentes a povos, culturas, línguas tão diferentes animados por um único motivo: celebrar Jesus que está vivo no meio de nós. Vocês entenderam? Celebrar Jesus, que está vivo no meio de nós. E dizer que está vivo é querer renovar o nosso desejo de O seguir, o nosso desejo de viver com paixão o seu seguimento. E qual ocasião melhor para renovar a amizade com Jesus do que ao reforçar a amizade entre vós? Qual modo melhor para reforçar a nossa amizade com Jesus do que partilhá-la com os outros? Qual maneira melhor para viver a alegria do Evangelho do que querer “contagiar”, com a sua Boa Nova, a tantas situações dolorosas e difíceis?

Jesus é Aquele que nos convocou para esta trigésima primeira Jornada Mundial da Juventude; é Ele que nos diz: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). Felizes são aqueles que sabem perdoar, que sabem ter um coração compassivo, que sabem dar o melhor de si mesmos aos outros. O melhor, não aquilo que sobra, o melhor.

Queridos jovens, nestes dias, a Polônia, essa nobre terra, veste-se de festa; nestes dias, a Polônia quer ser o rosto sempre jovem da Misericórdia. A partir desta terra, convosco e unidos também a muitos jovens que, vendo-se impossibilitados de estar aqui hoje, nos acompanham através dos vários meios de comunicação, todos juntos faremos desta Jornada uma verdadeira Festa Jubilar nesse Jubileu da Misericórdia.

Nos meus anos de bispo, aprendi uma coisa, aprendi muitas, mas uma eu quero dizer: não há nada mais belo do que contemplar os anseios, o empenho, a paixão e a energia com que muitos jovens abraçam a vida. Isso é bonito. E de onde vem essa beleza? Quando Jesus toca o coração dum jovem, duma jovem, estes são capazes de ações verdadeiramente grandiosas. É estimulante ouvi-los partilhar os seus sonhos, as suas questões e o seu desejo de opor-se a quantos dizem que as coisas não podem mudar. Nada, nada se pode mudar para alguns jovens, os jovens têm a força de se opor a isso. Mas alguns não estão seguros disso, vocês respondam, por favor: a gente pode mudar as coisas? É um dom do céu poder ver muitos de vós que, com as vossas questões, procurais fazer com que as coisas sejam diferentes. É bonito e conforta-me o coração ver-vos assim exuberantes. Hoje a Igreja olha-vos e digo mais, o mundo hoje olha para vocês,  e quer aprender de vós, para renovar a sua confiança na Misericórdia do Pai que tem o rosto sempre jovem e não cessa de nos convidar para fazer parte do seu Reino. Ele é capaz de nos dar a força para mudar as coisas. Então eu pergunto: as coisas podem ser mudadas?

Jornalista iraniano do Wall Street se converte à fé católica depois de ver que o ISIS degolou padre



Sohrab Ahmari, um jornalista nascido em Teerã mas a partir de 13 anos foi educado nos Estados Unidos, especializada em informação política internacional e autor de um livro sobre dissidentes na Primavera Árabe, anunciou na quarta-feira pelo Twitter, com a hashtagh #IAmJacquesHames (#EusouJacquesHamel), que “este é o momento certo de anunciar que eu estou me convertendo ao catolicismo sob a formação em @LondonOrat”.

Refere-se ao oratório de Brompton em Londres, uma grande igreja católica, conhecida por sua liturgia tradicional (do latim e Inglês) e abundância de missas (cinco cada dia, duas em latim, que facilitam o precepto em atrair turistas e imigrantes).

Mensagem excluída por “malucos da Internet”

Por causa da atenção que atraiu sua mensagem no Twitter que estava vinculado à conta do Oratório e cheio de “loucos da Internet” Ahmari então apagou o anúncio, e substituiu pelo seguinte: “Aos novos seguidores [da conta]: Eu apaguei meu Tweet anunciando minha conversão, para evitar atrair a atenção de loucos da Internet à minha igreja. Fora isso, sejam bem-vindos”.

Perguntado se ele ainda mantém sua conversão, responde. “É claro. Apenas não quero que milhares de usuários do Twitter poluam e baguncem a conta da igreja”.

“Deus salva-nos fazendo-se pequeno, próximo e concreto”, diz Papa




Viagem do Papa Francisco a Cracóvia, Polônia – JMJ 2016  
Santa Missa pelo 1050º aniversário do batismo da Polônia  
Santuário de Czestochowa  
Quinta-feira, 28 de julho de 2016

Das leituras desta Liturgia emerge um fio divino, que passa para a história humana e tece a história da salvação.

O apóstolo Paulo fala-nos do grande desígnio de Deus: «Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher» (Gal 4, 4). A história, porém, diz-nos que, quando chegou esta «plenitude do tempo», isto é, quando Deus Se fez homem, a humanidade não estava particularmente preparada, nem era um período de estabilidade e de paz: não havia uma «idade de ouro». A cena deste mundo não era merecedora da vinda de Deus; antes pelo contrário, já que «os seus não O receberam» (Jo 1, 11). Assim a plenitude do tempo foi um dom de graça: Deus encheu o nosso tempo com a abundância da sua misericórdia; por puro amor – por puro amor –, inaugurou a plenitude do tempo.

Impressiona, sobretudo, o modo como se realiza a entrada de Deus na história: «nascido de uma mulher». Não há qualquer entrada triunfal, qualquer manifestação imponente do Todo-Poderoso. Não Se manifesta como um sol ofuscante, mas entra no mundo da forma mais simples, chega como uma criança através da mãe, com aquele estilo de que nos fala a Sagrada Escritura: como a chuva sobre a terra (cf. Is 55, 10), como a menor das sementes que germina e cresce (cf. Mc 4, 31-32). Assim – ao contrário do que esperaríamos e talvez quiséssemos – o Reino de Deus, hoje como então, «não vem de maneira ostensiva» (Lc 17, 20), mas na pequenez, na humildade.

O Evangelho de hoje retoma este fio divino que atravessa delicadamente a história: da plenitude do tempo passamos ao «terceiro dia» do ministério de Jesus (cf. Jo 2, 1) e ao anúncio da «hora» da salvação (cf. v. 4). O tempo restringe-se, e a manifestação de Deus acontece sempre na pequenez. Assim «Jesus realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos» (v. 11), em Caná da Galileia. Não há um gesto estrondoso realizado diante da multidão, nem uma intervenção que resolva um problema político flagrante, como a subjugação do povo à dominação romana. Pelo contrário, numa pequena aldeia, tem lugar um milagre simples, que alegra o casamento duma jovem família, completamente anónima. E contudo a água transformada em vinho na festa de núpcias é um grande sinal, porque revela o rosto esponsal de Deus, de um Deus que Se põe à mesa connosco, que sonha e realiza a comunhão conosco. Diz-nos que o Senhor não Se mantém à distância, mas é vizinho e concreto, está no nosso meio e cuida de nós, sem decidir em nosso lugar nem Se ocupar de questões de poder. De facto prefere encerrar-Se no que é pequeno, ao contrário do homem que tende a querer possuir algo sempre maior. Deixar-se atrair pelo poder, a grandeza e a visibilidade é tragicamente humano, resultando uma grande tentação que procura insinuar-se por todo o lado. Ao passo que é requintadamente divino dar-se aos outros, eliminando as distâncias, permanecendo na pequenez e habitando concretamente a quotidianidade.

Por conseguinte, Deus salva-nos fazendo-Se pequeno, vizinho e concreto. Antes de mais nada, Deus faz-Se pequeno. O Senhor, «manso e humilde de coração» (Mt 11, 29), prefere os pequeninos, a quem é revelado o Reino de Deus (cf. Mt 11, 25); são grandes a seus olhos e, sobre eles, pousa o seu olhar (cf. Is 66, 2). Prefere-os, porque se opõem àquele «estilo de vida orgulhoso» que vem do mundo (cf. 1 Jo 2, 16). Os pequenos falam a mesma língua d’Ele: o amor humilde que os torna livres. Por isso, Jesus chama pessoas simples e disponíveis para serem seus porta-vozes, e confia-lhes a revelação do seu nome e os segredos do seu Coração. Pensemos em tantos filhos e filhas do vosso povo: nos mártires, que fizeram resplandecer a força desarmada do Evangelho; nas pessoas simples, e todavia extraordinárias, que souberam testemunhar o amor do Senhor no meio de grandes provações; nos arautos mansos e fortes da Misericórdia, como São João Paulo II e Santa Faustina. Através destes «canais» do seu amor, o Senhor fez chegar dons inestimáveis a toda a Igreja e à humanidade inteira. E é significativo que este aniversário do Batismo do vosso povo tenha coincidido precisamente com o Jubileu da Misericórdia.

Freira testemunha a morte de Pe. Jacques Hamel: “Forçaram-no a ficar de joelhos”



Uma das irmãs presentes durante o ataque a uma Igreja na Normandia conta como jihadistas filmaram e deram um sermão em árabe antes de decapitar o sacerdote de 84 anos.

Na terça-feira de manhã dois jihadistas atacaram a Igreja de St.-Etienne-du-Rouvray (Igreja de Santo Estevão). Estavam presentes ali um padre, duas freiras e muitos fiéis participando da celebração da Santa Missa.

Os terroristas tomaram como reféns os fiéis presentes na igreja e degolaram o padre Jacques Hamel de 84 anos antes deles serem abatidos pela polícia. O Estado Islâmico reivindicou e comemorou o ataque.

Uma das freiras que testemunharam o ataque garantiu à televisão BFM que o padre foi forçado a se ajoelhar antes de ser morto na presença dos fiéis na Igreja que gritavam e imploravam por sua vida. Mas os terroristas continuavam. Eles gritavam: ‘vocês, os cristãos, nos suprimem’”.

“Ele foi forçado a se ajoelhar. Ele queria se defender. E isso foi quando a tragédia aconteceu”, disse a freira, identificada como irmã Danielle.

“Eles filmaram a si mesmos. Eles fizeram uma espécie de sermão em torno do altar, em árabe. Foi horrível”, assegurou. Disse sobre o padre morto pelo ISIS a irmã Danielle: “Ele era um grande sacerdote”.

A religiosa pôde fugir da Igreja e abordar a uma viatura que passava perto da igreja para avisar o que estava acontecendo dentro do templo.

De acordo com outras testemunhas citadas pela imprensa francesa, os jihadistas gritaram “Allahu akbar” (“Deus é o maior”) durante o ataque antes de serem neutralizados pelas forças de segurança.

Através de uma agência de notícias Amaq ligada ao ISIS, o grupo alegou que o ataque foi realizado por “dois soldados do Estado Islâmico”.

 

A Igreja, esposa de Cristo


Igreja “Católica”: é o nome próprio desta santa Mãe de todos nós. É também a Esposa de nosso Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus. Com efeito, está escrito: Assim como Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, e o que se segue. Ela também manifesta em si a figura e a imitação da Jerusalém do alto, que é livre e mãe de todos nós. Sendo antes estéril, é agora mãe de numerosa prole.

Repudiada a primeira, na segunda, isto é, na Igreja católica, Deus, no dizer de Paulo, estabeleceu em primeiro lugar os apóstolos, em segundo os profetas, em terceiro os doutores, depois o poder dos milagres, os dons de curar, de assistir, de governar, as diversidades das línguas, e toda outra virtude, quero dizer, a sabedoria e a inteligência, a temperança e a justiça, a misericórdia e a bondade, a insuperável paciência nas perseguições.

Ela, a Igreja, pelas armas da justiça à direita e à esquerda, na glória e no opróbrio, primeiro nas perseguições e angústias, coroou os santos mártires com coroas de variadas e múltiplas flores entrelaçadas com a paciência; agora, em tempos de paz, pela graça de Deus, recebe dos reis, dos homens ilustres e de todo gênero humano as honras devidas.

Os reis, existentes em todo lugar, têm seu poder determinado pelos limites de seu reino. Unicamente a Santa Igreja Católica possui irrestrita autoridade em todo o orbe da terra: Pôs Deus a paz por seus confins, como está escrito.

Instruídos com os preceitos e modo de viver nesta Santa Igreja Católica, possuiremos o reino dos céus e receberemos por herança a vida eterna. Por este motivo, aguentamos absolutamente tudo para a alcançarmos de Deus. Nossa meta proposta não é nada insignificante: a posse da vida eterna, esta é a nossa luta. Por isso na profissão de fé, após termos dito: Na ressurreição da carne, isto é, dos mortos, já explicada, aprendamos a crer: E na vida eterna, que é a nossa batalha de cristãos.

Portanto, a vida em sua realidade e verdade é o Pai, que, pelo Filho no Espírito Santo, derrama qual fonte os dons celestes sobre nós, e por sua benignidade também a nós, homens, nos foram firmemente prometidos os bens da vida eterna.



Das Catequeses de São Cirilo de Jerusalém, bispo
(Cat. 18,26-29: PG33,1047-1050)
(Séc.IV)

8 erros sobre morte, inferno e demônio que não devemos cometer


Dada a complexidade da teologia católica sobre a natureza da morte, o inferno e o demônio, a lista a seguir, com base nas Sagradas Escrituras e no Magistério da Igreja, contém respostas para 7 erros recorrentes que os católicos devem evitar.

1. O demônio é um mero símbolo

Se isso fosse verdade, então Jesus deve ter se equivocado cada vez que falou do demônio em diferentes partes das Sagradas Escrituras. O diabo é real e anda ao redor, como leão que ruge procurando almas para devorar (1Pd 5,8). E, francamente, se é possível para um ser humano rejeitar Deus, por que é tão inconcebível que um anjo possa fazer o mesmo? Nessa existência, como na outra, os anjos e os seres humanos podem se alienar com Deus ou não (Dt 30,19).

2. Ao morrer, tornamo-nos anjos

Não, absolutamente não. O ser humano é diferente de um anjo e não pode se tornar um ser que não é.

O Catecismo da Igreja Católica assinala no parágrafo 328 que existem anjos. No parágrafo 330, afirma que são seres puramente espirituais com inteligência e vontade. Também indica que são servidores e mensageiros de Deus.

Ao contrário de anjos, os seres humanos têm um corpo. O Catecismo assinala, no parágrafo 366, que a alma espiritual do homem foi criada por Deus e “não morre quando, na morte, se separa do corpo; e que se unirá de novo ao corpo na ressurreição final”.

3. É fácil determinar quem irá para o inferno

A competência da Igreja está em determinar quem está no céu, entretanto, ninguém sabe quem se encontra no inferno. Aqueles que morrem em estado de pecado mortal tem muito poucas opções disponíveis, no entanto, esta não é uma razão pela qual devemos ser ultrajantes ou triunfalistas em relação a eles. Pelo contrário, é importante orar por todos os pecadores, até mesmo os nossos piores inimigos para que se arrependam e voltem (Sab 1,13-15). Perdoem e serão perdoados (Mt 6,14, Lc 6,37). O juízo só pertence a Deus e a ninguém mais. Simplesmente não podemos conhecer o interior de outra alma e a verdadeira natureza de seu relacionamento com Deus.

4. Todos vão para o céu

O inferno existe e Jesus assegura várias vezes ao longo dos Evangelhos (Mt 7,13-14, Mt 8,12, Mc 9,43, Mt 13,41-42, 49-50, 48-49, Mt 22,13, Mt 25,46, Lc 12, 5, Jo 3,18). João também dedica uma longa passagem em Apocalipse (Ap 14,19-11; 19,3). Se todos vão para o céu, isso significa que Jesus estava errado ou era ignorante, o que é inaceitável.

5. Quem morre em estado de graça vai direto para o céu

Deixemos nas mãos de Deus, que tudo pode. É possível que alguns duvidem do Purgatório, mas as Sagradas Escrituras são muito claras acerca disso (2Mac 12,39-46, Mt 5,24-25., Hab 1,13, 1Co 3,11-15, Ap 21,27). O Purgatório existe como parte da economia salvífica. Além da Virgem Maria, há alguém entre nós puro o suficiente para estar diante de Deus? (Rom 3,10, 14,4, Dt 7,24, Js 23,9: 1Sam 6,20 Esd 10,13, Pr 27,4, Sl 76,7, 130,3, Na 1,6). Até mesmo os santos têm pecados que precisam ser expiados e o Purgatório é parte da infinita misericórdia de Deus, porque Ele não quer que qualquer um de nós morra, mas viva e se arrependa (2Pd 3,9). 

Homilia da Missa de abertura da JMJ Cracóvia 2016


Missa de Abertura da Jornada Mundial da Juventude
HOMILIA
Cracóvia 2016

Queridos Amigos!

Escutando o diálogo entre Jesus ressuscitado e Simão Pedro nas margens do Mar da Galileia, escutando três vezes a pergunta sobre o amor e a resposta, isto nos lembra a história da vida daquele pescador da Galileia.

Sabemos que um certo dia ele deixou tudo – a família, o barco e as redes – e seguiu este Mestre extraordinário de Nazaré. Ele tornou-se o discípulo Dele. Ele estava aprendendo do olhar Dele para Deus e para o próximo. Ele viveu o sofrimento e a morte Dele e também passou por momentos da sua fraqueza e traição. Mas depois ele experimentou a alegria da Ressureição de Jesus que se revelou para seus próximos antes de entrar no céu.

Sabemos também muito bem o resto do diálogo, que na verdade foi uma prova de amor. Que nós hoje escutamos no Evangelho.

Simão Pedro tornou -se, pelo poder do Espírito Santo, a testemunha corajosa de Jesus Cristo. Tornou-se uma rocha da Igreja nascente. E por tudo isto ele deu a sua vida na capital do Império Romano, crucificado como o seu Mestre. O sangue derramado de Pedro se tornou uma semente da fé e do crescimento da Igreja, que se espalhou pelo mundo inteiro.

Hoje Jesus Cristo conversa conosco em Cracóvia, na beira do rio Vístula, que percorre toda a Polônia, das montanhas até o mar. A experiência de Pedro pode tornar-se também a nossa experiência e nos fazer refletir.

Podemos nos fazer três perguntas e procurar as respostas.

Primeiro: de onde nós viemos?

Segunda: onde nós estamos neste momento da nossa vida?

E terceiro: para onde nós iremos e o que vamos levar deste encontro?