sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

São Vicente Pallotti


Vicente Pallotti nasceu em Roma, dia 21 de abril de 1795, numa família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo. 

Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Em 1818, depois de muito custo, tornou-se sacerdote pela diocese de Roma, onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.

Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica. Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações evangelizadoras e de caridade.

Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade. Em 1963, as suas idéias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou Vicente Pallotti, Santo.

ORAÇÃO


Deus Pai de misericórdia, que tudo fizeste para possibilitar que o ser humano fosse redimido, enviando até seu Filho para morar entre nós, ajudai-nos, pela intercessão de São Vicente Palotti, a responder com fidelidade e amor aos apelos de nossa fé. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Os estragos da TV brasileira


Em duas oportunidades (13/01/93 e 27/01/93) – antes de surgir as TVs católicas - o falecido Cardeal, e ex-Primaz do Brasil, Dom Lucas Moreira Neves publicou, no JORNAL DO BRASIL, dois famosos artigos sobre a televisão brasileira. Foram publicados também na Revista “Pergunte e Responderemos” (n. 375, 1993, pg. 357ss)”. No primeiro, cujo título é J'ACCUSE! (Eu acuso), o prelado afirmava, entre outras coisas:

“Eu acuso a TV brasileira pelos seus muitos delitos. Acuso-a de atentar contra o que há de mais sagrado, como seja, a vida...”. “Acuso-a de disseminar, em programas variados, ideias, crenças, práticas e ritos ligados a cultos os mais estranhos. Ela se torna, deste modo, veículo para a difusão da magia, inclusive magia negra, satanismo, rituais nocivos ao equilíbrio psíquico.”

“Acuso a TV brasileira de destilar em sua programação e instalar nos telespectadores, inclusive jovens e adolescentes, uma concepção totalmente aética da vida: triunfo da esperteza, do furto, do ganho fácil, do estelionato. Neste sentido merece uma análise à parte as telenovelas brasileiras sob o ponto de vista psicossocial, moral, religioso [...]

“Qual foi a novela que propôs ideais nobres de serviço ao próximo e de construção de uma comunidade melhor? Em lugar disso, as telenovelas oferecem à população empobrecida, como modelo e ideal, as aventuras de uma burguesia em decomposição, mas de algum modo atraente”.

“Acuso, enfim, a TV brasileira de instigar à violência: A TV brasileira terá de procurar dentro de si as causas da violência que ela desencadeou e de que foi vítima [...]”.

No segundo artigo (27/01/93), sob o título de “Resistir, Quem Há de? o Cardeal pede uma mobilização da família cristã contra isso: “Opino que a Família deve estar na linha de frente de resistência: os pais, os filhos, os parentes, os agregados - toda a constelação familiar. Ela é a primeira vítima, torpemente agredida dentro da própria casa; deve ser também a primeira a resistir. É ela quem dá IBOPE, deve ser também quem o negue, à custa de fazer greve ou jejum de TV. Cabe, pois, às famílias, 'formar a consciência crítica' de todos os seus membros frente à televisão; velar sobre as crianças e os adolescentes com relação a certos programas; mandar cartas de protesto aos donos de televisão; chamar a atenção dos anunciantes, declarando a decisão de não comprar produtos que financiam programas imorais ou que servem de peças publicitárias ofensivas ao pudor, exigir programas sadios e sabotar os mórbidos para que não se diga que o público quer uma TV licenciosa, violenta e deseducativa”. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Cristãos ameaçados de morte na Alemanha querem voltar para o Oriente Médio


Em plena véspera de Ano Novo, na cidade de Colônia, mulheres alemãs foram violentadas por jovens de ascendência árabe e norte-africana, em um episódio que choca não só pela gravidade, mas principalmente pelo silêncio com que foi recebido pela mídia ocidental. Mas a violência de parte dos refugiados não se dirige apenas às mulheres europeias. Cristãos que saíram do Oriente Médio e chegaram à Alemanha "suportam pressões tão fortes nos campos de refugiados por parte dos imigrantes muçulmanos, que preferem voltar para as suas casas".

A denúncia é de Daniel Irbits, superior do monastério ortodoxo de São Jorge, situado a 100 quilômetros da capital Berlim. Em carta endereçada ao ministro de assuntos especiais, Peter Altmaier, o religioso afirma que os cristãos "são ameaçados de morte e tratados como animais pelos muçulmanos". "Com grande preocupação e vergonha, ficamos sabendo nesses últimos dias que os imigrantes cristãos procedentes da Síria, da Eritreia e de outros países são expostos em nossos campos de refugiados a ultrajes, perseguições e violências por parte de seus vizinhos muçulmanos", ele escreve. Os casos, desgraçadamente, "não são raros e as violências chegam inclusive a ameaças de morte e ferimentos graves". 

Rito do Lava-pés: também as mulheres poderão ser escolhidas


O Papa Francisco decidiu fazer uma mudança nas rubricas do Missal Romano relativas ao Rito do “Lava pés” contido na Missa da Santa Ceia: de agora em diante, entre as pessoas escolhidas pelos pastores poderão ser incluídas também as mulheres.

O Papa explica sua decisão numa Carta endereçada ao prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Robert Sarah. Por conseguinte, o referido Dicastério vaticano emitiu um Decreto a propósito.

Expressar a caridade sem limites de Jesus

“Expressar plenamente o significado do gesto realizado por Jesus no Cenáculo, o seu doar-se ‘completamente’, para a salvação do mundo, a sua caridade sem limites”: com essas palavras, o Papa Francisco explica, na Carta ao Cardeal Sarah, a decisão de modificar a rubrica do Missal Romano que indica as pessoas escolhidas para receber o “Lava-pés” durante a Missa da Santa Ceia, na Quinta-feira Santa.

Incluídas as mulheres entre os fiéis escolhidos

A decisão do Papa, tomada “após atenta ponderação”, explica o próprio Pontífice, faz de modo que “de agora em diante os pastores da Igreja possam escolher os participantes para o rito entre todos os membros do povo de Deus”.

Efetivamente, se antes estes deviam ser homens adultos ou jovens, agora – explica o decreto da Congregação para o Culto Divino – poderão ser quer homens, quer mulheres, “convenientemente jovens e idosos, sadios e doentes, clérigos, consagrados e leigos”, incluídos casados e solteiros.

“Esse pequeno grupo de fiéis deverá representar a variedade e a unidade de cada porção do povo de Deus”, ressalta o Dicastério, sem especificar o seu número. 

Estado Islâmico destrói mosteiro mais antigo do Iraque


Os terroristas do Estado Islâmico destruíram o Mosteiro cristão mais antigo do Iraque, localizado na cidade de Mossul.

Segundo informa Associated Press (AP), o Mosteiro de Santo Elias, construído há 1.400 anos, foi reduzido a escombros, de acordo com as imagens de satélite difundidas pela agência de notícias.

Este mês, a pedido da AP, a empresa de imagens por satélite DigitalGlobe tirou fotos aéreas do local com uma câmara de alta resolução e as comparou com imagens prévias: é possível observar que a estrutura de 2.500 metros quadrados não existe mais.

O Mosteiro, que tinha 26 salões que incluíam um santuário e uma capela, foi destruído com “bulldozers, maquinas pesadas, marretas e provavelmente com explosivos. A sua estrutura foi completamente destruída”, assinala Stephen Wood, diretor executivo de Allsource Analysis.

Em declarações à AP, o sacerdote Paul Thabit Habib, afirmou sobre esta destruição que “a história da cristandade em Mossul está sendo destruída de forma cruel. Consideramos que esta é uma tentativa de expulsar-nos do Iraque, querem nos eliminar e exterminar nossa existência nesta terra”.

Não esqueçam os pobres, pede Papa ao Fórum Econômico Mundial


MENSAGEM
Mensagem do Papa Francisco ao presidente do Fórum Econômico Mundial
por ocasião do encontro anual em Davos
Quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


Ao Professor Klaus Schwab
Presidente executivo do Fórum Econômico Mundial

Antes de mais nada, quero agradecer-lhe pelo gentil convite a dirigir uma palavra à reunião anual do Fórum Económico Mundial, que terá lugar em Davos-Klosters, no final de Janeiro, sobre o tema «Mastering the Fourth Industrial Revolution – Dominar a quarta revolução industrial». Formulo votos cordiais pelo bom sucesso do encontro, que visa incentivar uma contínua responsabilidade social e ambiental através dum diálogo construtivo com responsáveis de governo, da actividade empresarial e da sociedade civil, e também com representantes ilustres dos sectores político, financeiro e cultural.

A aparição da chamada «quarta revolução industrial» foi acompanhada pela crescente percepção da inevitabilidade duma redução drástica do número de postos de trabalho. Os últimos estudos, realizados pela Organização Internacional do Trabalho, indicam que o desemprego afecta, actualmente, centenas de milhões de pessoas. O financiamento e tecnologização das economias nacionais e da global produziram profundas mudanças no campo do trabalho. A diminuição de oportunidades para um emprego vantajoso e digno, aliada a uma redução da cobertura da previdência social, estão a causar um aumento preocupante da desigualdade e da pobreza em vários países. Claramente surge a necessidade de criar novos modelos empresariais que, enquanto promovem o desenvolvimento de tecnologias avançadas, sejam capazes também de utilizá-las para criar trabalho digno para todos, manter e consolidar os direitos sociais e proteger o meio ambiente. O homem deve guiar o progresso tecnológico, sem se deixar dominar por ele!

Mais uma vez faço apelo a todos vós: «Não esqueçais os pobres!» Este é o principal desafio que, como líderes no mundo dos negócios, tendes diante de vós. «Quem tem os meios para levar uma vida decente, em vez de estar preocupado com os privilégios, deve procurar ajudar os mais pobres a terem, também eles, acesso a condições de vida respeitosas da dignidade humana, nomeadamente através do desenvolvimento do seu potencial humano, cultural, económico e social» (Discurso à classe dirigente e ao Corpo Diplomático, Bangui, 29 de Novembro de 2015).

Não devemos permitir jamais que «a cultura do bem-estar nos anestesie» e torne «incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios», de modo que «já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe» (Evangelii gaudium, 54).

Chorar à vista do drama dos outros não significa apenas compartilhar os seus sofrimentos, mas também e sobretudo dar-se conta de que as nossas acções são causa de injustiça e desigualdade. Por isso, «abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo» (Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Misericordiae vultus, 15).

Quando nos damos conta disto, tornamo-nos mais plenamente humanos, uma vez que a responsabilidade pelos nossos irmãos e irmãs é uma parte essencial da nossa humanidade comum. Não tenhais medo de abrir a mente e o coração aos pobres. Desta forma, dareis livre curso aos vossos talentos económicos e técnicos e descobrireis a felicidade duma vida plena, que o consumismo, de por si, não pode oferecer. 

Papa: transmitir a misericórdia de Deus é missão comum aos cristãos


CATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano
Quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Ouvimos o texto bíblico que este ano guia a reflexão na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que vai de 18 a 25 de janeiro: esta semana. Tal trecho da Primeira Carta de São Pedro foi escolhido por um grupo ecumênico da Letônia, encarregado pelo Conselho Ecumênico das Igrejas e pelo Pontifício Conselho para a promoção da unidade dos cristãos.

No centro da catedral luterana de Riga há uma pia batismal que remonta ao século XII, ao tempo em que a Letônia foi evangelizada por São Mainardo. Aquela fonte é sinal eloquente de uma origem de fé reconhecida por todos os cristãos da Letônia, católicos, luteranos e ortodoxos. Tal origem é o nosso comum Batismo. O Concílio Vaticano II afirma que “o Batismo constitui o vínculo sacramental da unidade que vigora entre todos aqueles que, por meio desse, foram regenerados” (Unitatis redintegratio, 22). A Primeira Carta de Pedro é dirigida à primeira geração dos cristãos para torná-los conscientes do dom recebido com o Batismo e das exigências que este comporta. Também nós, nesta Semana de Oração, somos convidados a redescobrir tudo isso e a fazê-lo juntos, indo além das nossas divisões.

Antes de tudo, partilhar o Batismo significa que todos somos pecadores e precisamos ser salvos, redimidos, libertos do mal. É este o aspecto negativo que a Primeira Carta de Pedro chama “trevas” quando diz “[Deus] vos chamou fora das trevas para conduzir-vos na sua luz maravilhosa”. Esta é a experiência da morte, que Cristo fez sua, e que está simbolizada no Batismo quando somos imersos na água e à qual segue o ressurgir, símbolo da ressurreição à vida nova em Cristo. Quando nós cristãos dizemos partilhar um só Batismo, afirmamos que todos nós – católicos, protestantes e ortodoxos – partilhamos a experiência de sermos chamados das trevas impiedosas e alienantes ao encontro com o Deus vivo, cheio de misericórdia. Todos, de fato, infelizmente, fazemos a experiência do egoísmo, que gera divisão, fechamento, desprezo. Partir novamente do Batismo quer dizer reencontrar a fonte da misericórdia, fonte de esperança para todos, porque ninguém está excluído da misericórdia de Deus. 

Santa Inês


Inês pertencia à uma rica, nobre e cristã família romana. Isso lhe possibilitou receber uma bela educação. Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã. Tudo porque não aceitou casar-se com o prefeito de Roma.

A narração que nos chegou conta que o rapaz tentou a todo custo casar-se com Inês, mas nada convencia Inês. Um dia tentou agarrá-la a força e acabou sendo atingido por um raio. O pai do rapaz suplicou a Inês que recuperasse a vida do filho. Inês, armada de fé, rezou e trouxe de novo respiração ao rapaz.

Diante disso, o rapaz converteu-se, mas o pai, endurecido de coração, passou a perseguir Inês. Acabou presa, mas nem sob tortura renegou a fé em Cristo. Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse, Inês se manteve firme em suas orações à Cristo. Depois foi levada à uma casa de prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer num fio de seu cabelo.

Num ato de desespero, o prefeito mandou decapitar a jovem menina, que tornou-se uma das mártires mais conhecidas do cristianismo. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha, e uma palma, sendo que a ovelha sugere sua castidade e inocência.

ORAÇÃO


Senhor nosso Deus, que deste Santa Inês como modelo e guia a numerosas virgens, concedei que conservemos sempre bem vivo aquele espírito seráfico, que ela ensinou com sabedoria e confirmou com magníficos exemplos de santidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.