segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Solidariedade muçulmana aos cristãos iraquianos perseguidos




Durante um programa de entrevistas, o apresentador de TV Nahi Mahdi foi às lágrimas pela situação dos cristãos iraquianos perseguidos, e chorou ao vivo.

Os cristãos no Iraque, estão sofrendo uma das maiores perseguição nas últimas décadas pelos extremistas do grupo Estado Islâmico (ISIS, na sigla em inglês) – vale lembrar que as ações do grupo têm sido amplamente rechaçadas por diversas nações de tradição muçulmana.

Nahi Mahdi lamentou a postura dos extremistas do ISIS e disse não compreender o motivo que os levou a agredir os cristãos. “Eles são a nossa própria carne e sangue”, afirmou. “Alguns deles foram para a Suécia ou a Alemanha… Quem é que [os extremistas do ISIS] pensam que são para expulsar nossos compatriotas?”, questionou o apresentador, demonstrando indignação.

Patriarca Católico pede que muçulmanos condenem publicamente o extremismo religioso no Iraque




“Nós esperamos que vocês expressem abertamente sua rejeição e sua condenação ao extremismo religioso violento, porque distorce a religião”, é o apelo que o Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Louis Raphael Sako I, fez na mensagem de felicitações dirigida aos muçulmanos iraquianos por ocasião da festividade islâmica do Eid Al-Adha, “Festa do Sacrifício”, que se celebra em diferentes países de 4 a 7 de outubro.

Na mensagem, difundida pela agência vaticana Fides, o Primaz da Igreja Caldeia pede a Deus que “proteja” os muçulmanos e “preserve o nosso país de todo mal”, acrescentando várias considerações sobre os trágicos momentos vividos pelo Iraque.

“Nós, cristãos iraquianos – lê-se no texto da mensagem – somos um componente genuíno e essencial no Iraque. Queremos estar com vocês como companheiros e trabalhar juntos como uma equipe para o progresso de nosso país e o bem do nosso povo".

Família é escola de humanidade, diz Papa na vigília pelo Sínodo



 HOMILIA Santa Missa de abertura da 3ª Assembleia
Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos Basílica Vaticana Domingo, 5 de outubro de 2014

Nas leituras de hoje, é usada a imagem da vinha do Senhor tanto pelo profeta Isaías como pelo Evangelho. A vinha do Senhor é o seu «sonho», o projecto que Ele cultiva com todo o seu amor, como um agricultor cuida do seu vinhedo. A videira é uma planta que requer muitos cuidados!

O «sonho» de Deus é o seu povo: Ele plantou-o e cultiva-o, com amor paciente e fiel, para se tornar um povo santo, um povo que produza muitos e bons frutos de justiça.

Mas, tanto na antiga profecia como na parábola de Jesus, o sonho de Deus fica frustrado. Isaías diz que a vinha, tão amada e cuidada, «produziu agraços» (5, 2.4), enquanto Deus «esperava a justiça, e eis que só há injustiça; esperava a rectidão, e eis que só há lamentações» (5, 7). Por sua vez, no Evangelho, são os agricultores que arruínam o projecto do Senhor: não trabalham para o Senhor, mas só pensam nos seus interesses.

Através da sua parábola, Jesus dirige-se aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, isto é, aos «sábios», à classe dirigente. Foi a eles, de modo particular, que Deus confiou o seu «sonho», isto é, o seu povo, para que o cultivem, cuidem dele e o guardem dos animais selvagens. Esta é a tarefa dos líderes do povo: cultivar a vinha com liberdade, criatividade e diligência.

Mas Jesus diz que aqueles agricultores se apoderaram da vinha; pela sua ganância e soberba, querem fazer dela aquilo que lhes apetece e, assim, tiram a Deus a possibilidade de realizar o seu sonho a respeito do povo que Ele escolheu.

A tentação da ganância está sempre presente. Encontramo-la também na grande profecia de Ezequiel sobre os pastores (cf. cap. 34), comentada por Santo Agostinho num famoso Discurso que lemos, ainda nestes dias, na Liturgia das Horas. Ganância de dinheiro e de poder. E, para saciar esta ganância, os maus pastores carregam sobre os ombros do povo pesos insuportáveis, que eles próprios não põem nem um dedo para os deslocar (cf. Mt 23, 4).

O povo brasileiro


As eleições são uma luta travada entre partidos e candidatos. Agora é a polarização com dois deles. Parece até que o povo está em momento de aflição, de correria para justificar a importância de um voto em seu candidato. É a vida de todos os brasileiros que está em jogo, tendo os “perdedores” que se sujeitar, por mais quatro anos, a administração feita por um seu “adversário”.

Comemorando o dia das crianças, sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, é fundamental ver e investir nelas para que o país tenha um futuro promissor e administrado por pessoas realmente competentes. Isto significa que a nova gestão tem que investir no Ensino Fundamental, dando melhores condições para os professores, não só econômica, mas também em sua capacitação.

Pesa sobre quem for eleito uma responsabilidade muito grande. É um país que estará em suas mãos para ser administrado. Os desafios são incomensuráveis, mas as projeções e expectativas ultrapassam os interesses individuais. O Brasil é uma Nação de recursos privilegiados, mas que exigem uma política com honestidade e desejo de construir uma sociedade saudável para todos.

Família precisa ser alimentada pela Palavra de Deus, diz Papa



 ANGELUS Praça São Pedro – Vaticano Domingo, 5 de outubro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Nesta manhã, com a celebração eucarística na Basílica de São Pedro, inauguramos a Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos. Os padres sinodais provenientes de toda parte do mundo, junto comigo, viverão duas intensas semanas de escuta e de diálogo, fecundados pela oração, sobre o tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.

Hoje, a Palavra de Deus apresenta a imagem da vinha como símbolo do povo que o Senhor escolheu. Como uma vinha, o povo requer tanto cuidado, requer um amor paciente e fiel. Assim faz Deus conosco, e assim somos chamados a fazer nós Pastores. Também cuidar da família é um modo de trabalhar na vinha do Senhor, para que produza os frutos do Reino de Deus (cfr Mt 21, 33-43).

A fraudulenta lógica do termo "Moral Judaico-Cristã"



A tradição “judaico-cristã” não existe e nunca existiu, é um termo genérico, o qual foi usado pela primeira vez no Oxford English Dictionary em 1899, mas depois tentaram inverter o significado o associando à Igreja primitiva por haver sido gerada em solo israelita e foi usado com esse novo sentido em 27 de julho de 1939 pela New English Weekly. 

A Igreja primitiva e o Novo Testamento são tão irreconciliáveis com o judaísmo que há dois mil anos somos atacados de antissemitas por seguirmos a Única Igreja neotestamentária. O termo ganhou popularidade nos Estados unidos e em 1952 o presidente eleito norte-americano, Dwight Eisenhower, falou que o "conceito judaico-cristão" é a fé sobre a qual "o nosso [...] governo [...] é fundado”. Esse termo é espalhado pela peste neopentecostal, um movimento puramente Ianque divulgador de uma forma Estadunidense de cristianismo, baseado numa suposta moral “judaico-cristã”. 
Ultimamente vi o Pastor protestante e político Marco Feliciano citando Olavo de Carvalho como um grande defensor dessa moral. A moral cristã e a judaica são tão antagônicas que o rabino Eliezer Berkovits escreveu: "o judaísmo é judaísmo porque rejeita o cristianismo, e o cristianismo é cristianismo porque rejeita o judaísmo". Uma boa denuncia sobre a farsa desse termo está em “The Myth of the Judeo–Christian Tradition” do teólogo e romancista Arthur A. Cohen, onde ele questiona a validade teológica judaico-cristã e sugere que ela não passa de uma faceta para facilitar relações políticas e ecumênicas.

Namorados violentos tendem a tornar-se maridos agressivos, assinala estudioso



Um namoro atormentado pode acabar em maltrato durante a vida matrimonial. Luca Pasquale, membro do Pontifício instituto João Paulo II de Roma para os estudos sobre o matrimônio e a família, compartilhou com o Grupo ACI alguns pontos chaves para detectar os sintomas de um namoro que fará mal à vida matrimonial.

Conforme explica Pasquale, autor de várias publicações dedicadas ao cuidado familiar, o maltrato afeta todas as classes sociais, idades, cidades pequenas e grandes metrópoles e não tem relação com a profissão ou sucessos alcançados.

Pasquale assinala que durante o namoro qualquer ato de violência é inaceitável, não deve ser tolerado, e deve ser denunciado imediatamente tanto durante o namoro como no matrimônio. “A frase ‘estava nervoso’ não é uma desculpa para levantar a mão”, destaca.

“Se a pessoa que temos ao lado demonstra com as suas palavras e com o seu comportamento, que não tem nenhuma estima por nós, significa que as coisas não estão bem. Menosprezar uma pessoa e coloca-la em condições de submissão, como impedir que tenha um trabalho, amizades, criticá-la e ridicularizá-la, são outras formas sutis de violência que prejudicam o casal”, acrescenta.

Mentir é sempre pecado?




As pessoas tendem a considerar a mentira como um pecado circunstancial, como se determinadas situações - salvar pessoas em risco de vida, por exemplo - a tornassem moralmente legítima. No entanto, a doutrina tradicional da Igreja ensina que a mentira é sempre e intrinsecamente má. “A mentira é, por sua natureza, condenável” [1], diz o Catecismo. Isso significa dizer que ela não é pecado porque é proibida - como é comer carne na Sexta-Feira Santa, uma proibição de que se pode obter dispensa -, mas porque é desordenada em si mesma. Por isso, não é justificável mentir em nenhuma circunstância.



O Catecismo da Igreja Católica define a mentira como “falar ou agir contrariamente à verdade, para induzir em erro” [2]. No caso, trata-se de falar ou agir contrariamente àquilo que está na própria mente. Uma pessoa, por exemplo, que estivesse enganada a respeito de algo e o comunicasse, pensando ser a verdade, não mentiria. Se, ao contrário, se começa a dizer coisas que não estão de acordo com o que está na mente, a razão de ser da palavra, que é comunicar os pensamentos, desaparece.



É preciso levar em conta, sobretudo, o grande apreço que os cristãos devem ter pela verdade, pois Nosso Senhor se definiu como “o caminho, a verdade e a vida” [3] e o Espírito Santo foi chamado por Ele de “o Espírito da Verdade” [4]. Ao mesmo tempo, é com seriedade que Jesus repreende os mentirosos: “O vosso pai é o diabo, (...) nele não há verdade. Quando ele fala mentira, fala o que é próprio dele, pois ele é mentiroso e pai da mentira” [5].