terça-feira, 10 de junho de 2014

Diocese entra na justiça contra pastor que incitou urinarem em imagens


A Igreja Católica, através da Diocese de Cajazeiras-PB, acionou a Justiça contra um grupo de evangélicos que teriam urinado sobre a imagem de uma santa na cidade de Carrapateira, no Alto Sertão da Paraíba. O grupo teria ainda incendiado a imagem.

A denúncia foi feita pelo padre Querino Pedro, titular da paróquia de Carrapateira. Ele revelou que estaria havendo uma espécie de perseguição dos evangélicos contra católicos da cidade.

Segundo o Padre Querino, as crianças de famílias católicas estariam sendo amedrontadas nas escolas por fieis de uma igreja liderada pelo polêmico pastor Luiz Lourenço , conhecido na região como Pastor Poroca.

“Eles dizem que as crianças estão condenadas ao inferno. Estão fazendo a cabeça das crianças para repudiarem Nossa Senhora”, comentou.
Padre Querino também denunciou o grupo de evangélicos por estarem pichando as paredes da paróquia com ofensas aos católicos. “Estão chamando os católicos de baratas pretas”, contou.

A Diocese de Cajazeiras emitiu uma Nota de Desagravo contra o grupo, em que diz estar acionando os órgãos públicos responsáveis “para que as devidas sanções sejam tomadas, de acordo com o Código Penal Brasileiro”.

Confira a nota na íntegra:

No Regina Coeli, Papa fala sobre a festa de Pentecostes


REGINA COELI
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 8 de junho de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A festa de Pentecostes comemora a efusão do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no Cenáculo. Como a Páscoa, é um evento que aconteceu durante a pré-existente festa judaica, e que leva a uma realização surpreendente. O livro dos Atos dos Apóstolos descreve os sinais e os frutos daquela extraordinária efusão: o vento forte e as chamas de fogo; o medo desaparece e dá lugar à coragem; as línguas se soltam e todos entendem o anúncio. Onde chega o Espírito de Deus, tudo renasce e se transfigura. O evento de Pentecostes marca o nascimento da Igreja e a sua manifestação pública; e nos surpreendem dois aspectos: é uma Igreja que surpreende e desordena.

Um elemento fundamental de Pentecostes é a surpresa. O nosso Deus é o Deus das surpresas, sabemos disso. Ninguém esperava mais nada dos discípulos: depois da morte de Jesus, eram um grupo insignificante, derrotados órfãos de seu Mestre. Em vez disso, se verifica um evento inesperado que desperta admiração: as pessoas ficam perturbadas porque cada uma ouvia os discípulos falarem em sua própria língua, contando as grandes obras de Deus (cfr At 2,6-7.11). A Igreja que nasce em Pentecostes é uma comunidade que causa admiração porque, com a força que vem de Deus, anuncia uma mensagem nova – a Ressurreição de Cristo – com uma linguagem nova – aquela universal do amor. Um anúncio novo: Cristo está vivo, ressuscitou; uma linguagem nova: a linguagem do amor. Os discípulos são revestidos de poder do alto e falam com coragem – poucos minutos antes estavam todos covardes, mas agora falam com coragem e franqueza, com a liberdade do Espírito Santo.

Assim é chamada a ser sempre a Igreja: capaz de surpreender anunciando a todos que Jesus Cristo venceu a morte, que os braços de Deus estão sempre abertos, que sua paciência está sempre ali nos esperando para nos curar, para nos perdoar. Justamente para esta missão Jesus ressuscitado doou o seu Espírito à Igreja.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Papa alerta sobre cristãos aproveitadores na Igreja


A Igreja “não é rígida”, “é livre”. Foi o que destacou o Papa Francisco, na Missa desta quinta-feira, 5, na Casa Santa Marta. Na homilia, o Pontífice advertiu para três grupos que se declaram cristãos: os “uniformizadores”, os “alternativos” e os “aproveitadores”. Para eles, a Igreja não é a casa própria, mas vivem de aluguel.

Francisco recordou que Jesus reza pela Igreja e pede ao Pai que entre os Seus discípulos não existam divisões nem brigas. Porém, muitos afirmam que pertencem à Igreja, mas estão com um pé dentro e outro fora dela. Desse modo, outorgam-se a possibilidade de estar em ambos os lugares.

Sobre os três grupos de pessoas que se dizem cristãs, o Santo Padre começou por aqueles que querem que todos sejam iguais na Igreja. “A uniformidade. A rigidez. São rígidos! Não têm aquela liberdade que o Espírito Santo dá. E confundem aquilo que Jesus pregou no Evangelho com a doutrina deles de igualdade. E Jesus nunca quis que a sua Igreja fosse rígida. Nunca. E essas pessoas, por esta atitude, não entram na Igreja. Declaram-se cristãos, católicos, mas sua atitude rígida os afasta da Igreja”.

Outro grupo é formado pelos alternativos, que são aqueles que sempre têm uma ideia própria que não condiz com a da Igreja, e sim constitui uma alternativa. Desse modo, a pertença dessas pessoas à Igreja é parcial. “Alugam-na até um certo ponto. Eles não estavam presentes no início da pregação evangélica! Pensemos nos gnósticos que o apóstolo João repreende fortemente: ‘Somos, sim, católicos, mas com essas ideias’. Uma alternativa. Não compartilham aquele sentimento próprio da Igreja”.

O terceiro grupo constitui-se por aqueles que se dizem cristãos, mas não entram no coração da Igreja. São os “aproveitadores”, que querem tirar vantagem da Igreja para interesses próprios, uma situação que existe desde o início dela.

“Nós os vimos em comunidades paroquiais, dioceses, congregações religiosas, em benfeitores da Igreja… são muitos! Vangloriam-se de serem benfeitores, mas do outro lado da mesa, fazem seus negócios. Eles também não sentem a Igreja como mãe, como sua”.

Discuso do Papa Francisco no encontro com Aram I


DISCURSO
Encontro do Santo Padre com o Catholicos da 
Igreja Armênia Apostólica da Cilícia, Aram I
Sala Clementina
Quinta-feira, 5 de junho de 2014

Santidade,
Queridos irmãos em Cristo,

Tenho o prazer de dar uma cordial saudação no Senhor Jesus à Sua Santidade e aos distintos membros da sua delegação. O meu pensamento se estende neste momento aos bispos, ao clero e a todos os fiéis do Catolicossato da Cilícia. “A vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo!” (Rm 1, 7). Bem vindos aos limiares dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo!

Há um mês tive o prazer de receber Sua Santidade o Catholicos Karekin II, hoje tenho a alegria de encontrar Vossa Santidade, Catholicos da Grande Casa da Cilícia. Agradeço junto convosco ao Senhor pelas relações que nos unem, pelo seu contínuo progresso e considero um autêntico dom de Deus poder partilhar este momento de encontro e de oração comum.

É bem conhecido por todos o empenho de Vossa Santidade na causa da unidade entre os crentes em Cristo. O senhor ocupou papéis de primeiro plano no Conselho Ecumênico de Igrejas, continua a oferecer um apoio eficaz ao Conselho das Igrejas do Oriente Médio, que desenvolve um papel precioso em apoiar as comunidades cristãs da região, tão provadas por numerosas dificuldades. E não iria me esquecer da contribuição especial oferecida por Vossa Santidade e pelos representantes do Catolicossato da Cilícia à Comissão mista de diálogo entre a Igreja católica e as Igrejas ortodoxas orientais. Eu diria que, neste caminho rumo à plena comunhão, partilhamos as mesmas esperanças e o mesmo empenho responsável, conscientes de caminhar assim na vontade do Senhor Jesus Cristo.

Vossa Santidade representa uma parte do mundo cristão profundamente marcada por uma história de provações e de sofrimentos, aceitos corajosamente por amor de Deus. A Igreja Apostólica Armênia se viu forçada a se tornar um povo peregrino, experimentando assim de modo singular o próprio estar em caminho rumo ao Reino de Deus. A história de emigração, perseguição e martírio de tão numerosos fiéis deixou feridas profundas nos corações de todos os armênios. Devemos vê-las e venerar como as feridas do próprio corpo de Cristo: justamente por isso são também causa de inabalável esperança e de confiança na misericórdia providente do Pai.

Ter piedade não é fazer cara de santo, diz papa na catequese


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 4 de junho de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

Hoje queremos nos concentrar em um dom do Espírito Santo que tantas vezes é mal entendido ou considerado de modo superficial, e em vez disso toca no coração a nossa identidade e a nossa vida cristã: trata-se do dom da piedade.

É preciso esclarecer logo que este dom não se identifica com ter compaixão de alguém, ter piedade do próximo, mas indica a nossa pertença a Deus e a nossa ligação profunda com Ele, uma ligação que dá sentido a toda a nossa vida e que nos mantém sadios, em comunhão com Ele, mesmo nos momentos mais difíceis e conturbados.

1.             Esta ligação com o Senhor não deve ser entendida como um dever ou uma imposição. É uma ligação que vem de dentro. Trata-se de uma relação vivida com coração: é a nossa amizade com Deus, dada a nós por Jesus, uma amizade que muda a nossa vida e nos enche de entusiasmo, de alegria. Por isso, o dom da piedade suscita em nós antes de tudo a gratidão e o louvor. É este, na verdade, o motivo e o sentido mais autêntico do nosso culto e da nossa adoração. Quando o Espírito Santo nos faz perceber a presença do Senhor e todo o seu amor por nós, aquece-nos o coração e nos move quase naturalmente à oração e à celebração. Piedade, então, é sinônimo de autêntico espírito religioso, de intimidade filial com Deus, daquela capacidade de rezar a Ele com amor e simplicidade que é própria das pessoas humildes de coração.

Evangélicos mijam em cima de Nossa Senhora e depois queimam imagem na região de Cajazeiras


O Padre Querino Pedro, administrador da Paróquia Santo Afonso, na cidade de Carrapateira, região de Cajazeiras lamentou nesta terça-feira (03), a destruição da imagem de Nossa Senhora por algumas pessoas evangélicas.

“Mijaram em cima da imagem, jogaram gasolina e queimaram Nossa Senhora. Dizem que os católicos estão condenados ao inferno”. Lastimou o padre.

O religioso destacou também a preocupação das mães, pois as crianças estão sendo taxadas de que estarem “condenadas ao inferno”. 

O padre disse que essas declarações são feitas por evangélicos até nas escolas, e isso está deixando os católicos constrangidos e as crianças amedrontadas.  “Estão fazendo a cabeça das crianças para repudiarem Nossa Senhora”.

Querino denunciou ainda que estão pichando as paredes da igreja com palavrões. “Estão também chamando os católicos de baratas pretas”.

Segundo o padre, as pessoas que estão fazendo esse tipo coisa pertencem a igreja dirigida por Luiz Lourenço, mais conhecido por Pastor Poroca. Ele informou que não procurou a polícia para denunciar o caso.

Polêmica! Decisão da Justiça sobre cultos afro-brasileiros surpreende até frei e pastor


A indignação de religiosos de diferentes cultos contra a decisão do juiz federal Eugênio Rosa de Araújo vai engrossar o protesto planejado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa. Representantes católicos já estão garantidos.

O frei franciscano David Raimundo dos Santos diz que o magistrado demonstrou desconhecer as religiões afro-brasileiras. “A definição de religião que o juiz tem na cabeça revela total desconhecimento das teses teológicas”. Ele avalia que o texto justifica a mobilização dos adeptos do candomblé e umbanda. “Caso os membros das religiões afro façam protestos, terão o apoio de nós, católicos”, afirmou o frei.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Sem palmas na missa por favor!


Olá caro leitores, eu como tinha prometido nas redes sociais estou preparando dois artigos um sobre as “Cruzadas” e outro sobre a “Teologia da Libertação” mas um assunto foi muito colocado esta semana em minhas mãos sobre a polêmica das palmas na santa missa; antes de qualquer coisa quero dizer que ao contrário do que eu faço rotineiramente eu procurarei neste artigo usar de reflexões não somente minhas, mas também de pessoas do clero, que darão mais credibilidade do que um simples “leigo” que sou, sempre baseio minhas reflexões nas sólidas doutrinas da Igreja, mas hoje deixarei escancarado isso, então espero que leiam e se aprofundem.
 
Sacralidade Histórica

A santa missa desde de o cristianismo primitivo, na teologia católica ela teve um único e específico sentido, que é reviver o sacrifício do calvário, nas palavras do mais renomado Biblista católico Scott Hahn: “Era a Eucaristia: a representação do sacrifício de Jesus Cristo, a refeição sacramental em que os Cristãos consumiam o corpo e o sangue de Jesus.” (Hahn, 2011. P 37), creio que até aqui não haja desavenças de opiniões, até porque se houver já estamos no âmbito da heresia, mas enfim, continuemos, sendo assim a igreja desde seus primórdios viu que se necessitava de uma certa “sacralidade” quando havia a eucaristia envolvido, afinal não era mero simbolismo, ou teatro mas sim o verdadeiro sacrifício de Jesus. A verdade é que os primeiros cristãos já tinha esta visão de que a eucaristia é sacrifício de Jesus, isto é um fato para os teólogos, é óbvio que cada um vivia a sacralidade que lhe era próprio de seu tempo, os primeiros cristãos não havia paramentos de ouro, nem vestes tecidas a linho nobre, pois eram perseguidos e não eram de poder aquisitivo elevado em sua maioria, mas havia o respeito único e primordial com o corpo de Cristo, é com certeza a contemplação algo típico dos primeiros cristãos, até por que os judeus em seus ritos previam regras quase que super-sacras, ao ponto de somente o sumo sacerdote ter contato com os “santo dos santos” prevendo um respeito divino para com os ritos. Chegando à idade média a Igreja se viu envolta de beleza, e presentes de reinos cristãos, presentes estes como ouro, terras, obras de artes e até catedrais feitas por reis em honra a suas devoções pessoais, através desta riqueza podendo assim elevar a eucaristia ainda mais ao nível de sagrado, agora adornando Jesus como um rei (Ap 1, 5), muito merecido dado as discrições do livro do apocalipse; para Scott Hahn e para a Igreja o apocalipse é a chave para compreensão da missa, e na missa vemos toda soberania descrita no apocalipse, Jesus como Rei, nossa Senhora como Rainha, os santos ao redor do cordeiro, os sete candelabros de ouro (Ap1, 12) até as vestes do sacerdote (Ap 1, 13).

Você deve estar se perguntando mais o que tudo isso tem a ver com as palmas? Ora, tem tudo a ver, a missa tem dois princípios básicos quanto ao rito eucarístico, ela é o sacrifício de Jesus, e ela é solene pois representa o celeste, a céu na terra, ai vamos para o segundo tópico, sobre a essência da santa missa.