segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Papa recebe luteranos e encoraja continuidade do diálogo


DISCURSO
Audiência à delegação da Federação Luterana Mundial
e aos membros da comissão luterano-católica para a unidade
Segunda-feira, 21 de outubro de 2013


Queridos irmãos e irmãs luteranos e queridos irmãos católicos,

Com prazer dou as boas vindas a todos vocês, Delegação da Federação Luterana Mundial e Representantes da Comissão para a Unidade luterano-católica. Este encontro segue aquele, muito cordial e de bom grado, que tive com o senhor, estimado bispo Younan, e com o Secretário da Federação Luterana Mundial, Reverendo Junge, em ocasião da celebração do início do meu ministério como Bispo de Roma.

Olho com sentido de profunda gratidão ao Senhor Jesus Cristo, aos numerosos passos que as relações entre luteranos a católicos deram nas últimas décadas, e não somente através do diálogo teológico, mas também mediante a colaboração fraterna em múltiplos âmbitos pastorais e, sobretudo, no empenho em progredir no ecumenismo espiritual. Este último constitui, em certo sentido, a alma do nosso caminho rumo à plena comunhão e nos permite colher desde já alguns frutos, mesmo se imperfeitos: à medida que nos aproximamos com humildade de espírito do Nosso Senhor Jesus Cristo, estamos seguros de nos aproximarmos também entre nós e à medida que invocamos ao Senhor o dom da unidade, estamos certos de que Ele nos tomará pela mão e será nosso guia. É necessário deixar-se levar pelas mãos do Senhor Jesus Cristo.


Este ano, como resultado do diálogo teológico, que completa agora 50 anos, e em vista da comemoração do quinto centenário da Reforma, foi publicado o texto da Comissão para a Unidade luterano-católica, de significativo título: “Do conflito à comunhão. A interpretação luterano-católica da Reforma em 2017”. Parece-me realmente importante para todos o esforço de se colocar em diálogo sobre a realidade histórica da Reforma, sobre as consequências e sobre respostas que a essa são dadas. Católicos e luteranos possam pedir perdão pelo mal causado uns aos outros e pelas culpas cometidas diante de Deus e, juntos, alegrarem-se pela nostalgia de unidade que o Senhor despertou nos nossos corações e que nos faz olhar adiante com um olhar de esperança.

À luz do caminho destas décadas e de tantos exemplos de comunhão fraterna entre luteranos e católicos dos quais somos testemunhas, confortado pela confiança na graça que nos é doada no Senhor Jesus Cristo, estou certo de que saberemos levar adiante o nosso caminho de diálogo e de comunhão, abordando também as questões fundamentais, bem como nas divergências que surgem em campo antropológico e ético. Certo, as dificuldades não faltam e não faltarão, vão requerer ainda paciência, diálogo, compreensão recíproca, mas não se assustem! Saibam bem – como muitas vezes nos recordou Bento XVI – que a unidade não é primeiramente fruto do nosso esforço, mas da ação do Espírito Santo ao qual ocorre abrir os nossos corações com confiança para que nos conduza sobre os caminhos da reconciliação e da comunhão.

O Beato João Paulo II perguntava-se: “Como anunciar o Evangelho da reconciliação sem ao mesmo tempo empenhar-se em trabalhar pela reconciliação dos cristãos? (Cart. Apost. Ut unum sint, 98). A oração fiel e constante nas nossas comunidades possa apoiar o diálogo teológico, a renovação da vida e a conversão dos corações, a fim de que, com a ajuda de Deus Uno e Trino, possamos caminhar rumo ao cumprimento do desejo do Filho, Jesus Cristo: que todos sejam um. Obrigado.

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Fonte:Boletim da Santa Sé

Tradução:Jéssica Marçal

Veremos os parentes no céu?

Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, 
mas sem desespero e sem desilusão

A morte é um enigma, e muitos perguntam se nós veremos os nossos entes queridos no céu. A saudade é amarga e as lágrimas não podem deixar de rolar quando perdemos uma pessoa querida. Cristo chorou quando perdeu o amigo Lázaro.

Fé não é insensibilidade e dureza de coração. Você pode chorar, até diante dos filhos, mas chore como quem tem fé na ressurreição. Os santos nos garantem que veremos os entes queridos mortos que nos antecederam.

Diante da dor da morte gosto de me lembrar de Nossa Senhora aos pés da cruz do seu Amado. Ela perdeu o Filho Único…, Deus, morto de uma maneira tão cruel como  nenhum de nós o será. Ela perdeu muito mais do que nós e não se desesperou. Certamente chorou muito, mas nunca se desesperou e nunca perdeu a . Aos pés da cruz de Jesus estava de pé (stabat!).

Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, mas sem desespero e sem desilusão.

Até o céu; lá nos voltaremos a ver, ensinam os santos. Que grande felicidade será para nós poder encontrá-los, depois de ter chorado tanto a sua ausência! Não nos deixemos levar ao desespero quando alguém parte; não somos pagãos. Lá não haverá mais pranto, nem lágrimas e nem luto.


São Francisco de Sales disse: “Meu Deus, se a boa amizade humana é tão agradavelmente amável, que não será ver a suavidade sagrada do amor recíproco dos bem-aventurados… Como essa amizade é preciosa e como é preciso amar na terra, como se ama no Céu!”

São Tomás de Aquino garante que no Céu conheceremos nossos parentes e amigos. Diz o santo doutor:

“A contemplação da Essência Divina não absorve os santos de maneira a impedir-lhes a percepção das coisas sensíveis, a contemplação das criaturas e a sua própria ação. Reciprocamente, essa percepção, essa contemplação e essa ação não os podem distrair da visão beatífica de Deus” (S. Teológica, 30, p. 84).

A morte não é o aniquilamento estúpido que pregam os materialistas sem Deus, mas o renascimento da pessoa. A Igreja reza na Liturgia que “a vida não é tirada mas transformada”.

Só o cristão valoriza a morte e é capaz de ficar de pé diante dela. Deus não nos criou para o aniquilamento estúpido, mas para a sua glória e para o seu amor. Fomos criados para participar da felicidade eterna de Deus.

Santa Teresinha disse ao morrer: “não morro, entro para a vida”.

A árvore cai sempre do lado em que viveu inclinada; se vivermos inclinados ao Coração de Jesus, nele cairemos.

É preciso saber educar os filhos também diante da morte; a psicologia recomenda, por exemplo, que os pais deixem os filhos verem os mortos, se assim eles desejarem, embora não devam forçá-los. Fale da morte com naturalidade aos filhos, e aproveite o momento para ensinar sobre o céu e sobre a ressurreição. Não se pode permitir que as crianças assistam cenas de desespero diante da morte, mesmo que se possa manifestar a dor e sofrimento diante delas.


O grande santo São Francisco Xavier, jesuíta, amigo íntimo de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, foi evangelizar o Japão e a China e por lá morreu. Sabendo que não mais poderia ver o rosto do seu querido amigo Santo Inácio, escreveu-lhe uma carta onde dizia: Não mais verei o teu rosto, mas lá no céu te darei um abraço que durará para sempre.

Prof. Felipe Aquino
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Disponível em: Aleteia

Indulgências em leito de morte


Em sua coluna sobre liturgia, o padre McNamara responde nesta semana à pergunta de um leitor irlandês.

“Eu sempre ouvi dizer que um sacerdote pode dar a bênção apostólica em nome do papa a quem está em leito de morte, concedendo assim a indulgência plenária. Esta informação é verdadeira?” - T.T., Galway, Irlanda.

Sim, é uma afirmação correta. Ela é explicada no ritual para o cuidado pastoral dos doentes e no Manual das Indulgências. Devemos lembrar, no entanto, alguns conceitos sobre as indulgências como tais.

No nº 1471 do Catecismo da Igreja Católica, lemos:

1471. A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos efeitos do sacramento da Penitência.

«A indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determinadas condições, pela acção da Igreja, a qual, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos» (Indulgentiarum Doctrina, Norma 1). 

«A indulgência é parcial ou plenária, consoante liberta parcialmente ou na totalidade da pena temporal devida ao pecado» (Idem, Norma 2). 

«O fiel pode lucrar para si mesmo as indulgências [...], ou aplicá-las aos defuntos» (Idem, Norma 3).

Nos números 195 e 201, o ritual para o cuidado pastoral dos enfermos explica o rito a ser seguido para aqueles que se aproximam da morte.


O nº 201 trata do viático fora da missa, que seria a circunstância habitual para esta bênção. Diz:

"O sacramento da penitência ou o ato penitencial pode-se concluir com a indulgência plenária in articulo mortis”. O sacerdote a concede com esta fórmula:

"Pelos santos mistérios da nossa redenção, Deus Todo-Poderoso te perdoe toda pena da vida presente e futura, te abra as portas do paraíso e te conduza à felicidade eterna".

Ou:

"Em virtude da faculdade a mim concedida pela Sé Apostólica, eu te concedo a indulgência plenária e remissão de todos os pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".

Se não estiver disponível um sacerdote para dar a bênção papal, o Manual das Indulgências oferece uma alternativa em seu número 28:

“O sacerdote que administra os sacramentos aos fiéis em perigo de morte não deve deixar de lhes dar a bênção apostólica, acompanhada pela indulgência plenária. Se a assistência do sacerdote é impossível, a Santa Mãe Igreja concede igualmente a indulgência plenária ao fiel em leito de morte, desde que esteja devidamente disposto e tenha recitado regularmente durante a vida alguma oração. Para obter a indulgência, é recomendado o uso do crucifixo ou da cruz”.

A condição “desde que esteja devidamente disposto e tenha recitado regularmente durante a vida alguma oração” substitui, neste caso, as três condições habituais necessárias para se obter uma indulgência plenária.

A indulgência plenária na hora da morte (in articulo mortis) pode ser obtida também pelo fiel que no mesmo dia já tenha conquistado outra indulgência plenária.

Esta concessão, no nº 28, vem da constituição apostólica Indulgentiarum doctrina, norma 18, emitida pelo papa Paulo VI em 1º de janeiro de 1967.

Diferentemente do sacramento dos enfermos, é possível dar a bênção papal ao se aproximar a morte, com a respectiva indulgência, somente uma vez durante a mesma situação de enfermidade. Se a pessoa se recuperar, a bênção pode ser realizada novamente em caso de nova ameaça de morte iminente.

Essas bênçãos papais e as indulgências foram concedidas pela primeira vez aos cruzados e aos peregrinos que morreram durante a viagem que tinham empreendido a fim de obter a indulgência do Ano Santo. Os papas Clemente IV (1265-1268) e Gregório XI (1370-1378) a estenderam às vítimas da peste.

As concessões têm se tornado cada vez mais frequentes, embora ainda limitadas no tempo ou reservadas aos bispos, de modo que relativamente poucas pessoas puderam desfrutar desta graça.


Esta situação levou o papa Bento XIV (1740-1758) a promulgar a constituição Pia Mater, em 1747, concedendo a mesma faculdade a todos os bispos, juntamente com a possibilidade de subdelegá-la aos sacerdotes.


Pe. Edward McNamara, LC, 

professor de teologia e diretor espiritual

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Fonte: ZENIT

A vergonha das políticas migratórias

É preciso que haja cooperação internacional
e um espírito de profunda solidariedade e compaixão

Uma só palavra do Papa Francisco foi suficiente para mexer com a consciência de milhões de habitantes, sobretudo dos políticos ocidentais. Esta palavra, como bem sabemos, foi "vergonha".
 
Vergonha pelo ocorrido em Lampedusa, que não foi a primeira vez, e Deus queria que seja a última. E vergonha pelas políticas migratórias dos países desenvolvidos, que, além de querer colocar portas no campo – porque as migrações existiram e existirão sempre –, chegam a punir o auxílio humanitário, que, ao contrário, precisa ser um dever: seria preciso punir por não prestar este auxílio.

 
Há números que clamam ao céu: cada ano, mais de 20 mil pessoas perdem a vida na travessia da migração forçada. Cada ano, os países industrializados gastam 17 bilhões de dólares para evitar a imigração.

 
O custo de um barco e de um avião para a vigilância das fronteiras espanholas, por exemplo, é de 3.700 euros por hora, o que equivaleria à renda anual de 10 cidadãos de Serra Leoa.



Somente a terceira fase da cerca de Melilla, que incorpora os últimos avanços tecnológicos, custou ao Estado espanhol, em 2006, mais de 20 milhões de euros – dinheiro com o qual se poderia facilitar o tratamento contra a malária de 11 milhões de crianças africanas.

 
Como diz o Papa Francisco, "não são peões no tabuleiro de xadrez da humanidade. Trata-se de crianças, mulheres e homens que deixam ou são forçados a abandonar suas casas por vários motivos, que compartilham o mesmo desejo legítimo de conhecer, de ter, mas, acima de tudo, de ser mais".
 
O que pode ser feito? Não é tão difícil.

 
O Papa Francisco já deu a resposta: isso "exige, acima de tudo, uma cooperação internacional e um espírito de profunda solidariedade e compaixão. É importante a colaboração em vários níveis, com a adoção unânime de instrumentos de regulamentação para proteger e promover a pessoa humana". Basta mudar as leis egoístas e protecionistas.

 
Já Bento XVI explicou, em sua encíclica Caritas inveritate (62), as duas chaves do necessário giro político: por um lado, "uma estreita colaboração entre os países donde partem os emigrantes e os países de chegada".


 
Por outro, adotar "adequadas normativas internacionais, capazes de harmonizar os diversos sistemas legislativos, na perspectiva de salvaguardar as exigências e os direitos das pessoas e das famílias emigradas e, ao mesmo tempo, os das sociedades de chegada dos próprios emigrantes."
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Fonte: Aleteia

domingo, 20 de outubro de 2013

8º Mandamento: "Não dirás falso testemunho contra teu próximo"


OITAVO MANDAMENTO

§2464 Não apresentarás um falso testemunho contra teu próximo (Ex 20,16). Ouvistes também o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com o Senhor (Mt 5,33).

O oitavo mandamento proíbe falsear a verdade nas relações com os outros. Essa prescrição moral decorre da vocação do povo santo a ser testemunha do; seu Deus, que é e quer a verdade. As ofensas à verdade exprimem, por palavras ou atos, uma recusa de abraçar a retidão moral: são infidelidades fundamentais a Deus e, neste sentido, minam as bases da Aliança.

Viver na verdade

§2465 O Antigo Testamento atesta: Deus é fonte de toda verdade. Sua Palavra é verdade. Sua lei é verdade. "Sua fidelidade continua de geração em geração" (Sl 119,90). Uma vez que Deus é "veraz" (Rm 3,4), os membros de seu Povo são chamados a viver na verdade.

§2466 Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou plenamente. "Cheio de graça e verdade, Ele é a "luz do mundo" (Jo 8,12), é a Verdade.".. para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas." O discípulo de Jesus "permanece em sua palavra" para conhecer "a verdade que liberta" (Jo 8,32) e santifica. Seguir a Jesus é viver do "Espírito da verdade" que o Pai envia em seu nome e conduz "à verdade plena" (Jo 16,13). Jesus ensina a seus discípulos o amor incondicional da verdade: "Seja o vosso 'sim', sim, e o vosso 'não', não" (Mt 5,37).

§2467 O homem tende naturalmente para a verdade. É obrigado a honrá-la e testemunhá-la: "É postulado da própria dignidade que os homens todos, por serem pessoas... se sintam por natureza impelidos e moralmente obrigados a procurar a verdade, sobretudo a que concerne à religião. São obrigados também a aderir à verdade conhecida e a ordenar toda a vida segundo as exigências da verdade"

§2468 A verdade como retidão do agir e da palavra humana tem o nome de veracidade, sinceridade ou franqueza. A verdade ou a veracidade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, guardando-se da duplicidade, da simulação e da hipocrisia.

§2469 "Os homens não poderiam viver juntos se não tivessem confiança recíproca, quer dizer, se não manifestassem a verdade uns aos outros." A virtude da verdade devolve ao outro o que lhe é devido. A veracidade observa um justo meio entre aquilo que deve ser expresso e o segredo que deve ser guardado; implica a honestidade e a discrição. Por justiça, "um homem deve honestamente a outro a manifestação da verdade".

§2470 O discípulo de Cristo aceita "viver na verdade", isto é, na simplicidade de uma vida conforme o exemplo do Senhor permanecendo em sua verdade. "Se dissermos que estamos em comunhão com Ele e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade" (1 Jo 1,6).

§2471 "Dar testemunho da verdade" Diante de Pilatos, Cristo proclama que "veio ao mundo para dar testemunho da verdade" O cristão não "se envergonha de dar testemunho do Senhor" (2 Tm 1,8). Nas situações que requerem a declaração da fé, o cristão deve professá-la sem equívoco, a exemplo de S. Paulo diante de seus juizes. Ele deve manter "uma consciência irrepreensível, constantemente, diante de Deus e diante dos homens" (At 24,16).

§2472 O dever dos cristãos de tomar parte na vida da Igreja leva-os a agir como testemunhas do Evangelho e das obrigações dele decorrentes. Esse testemunho é transmissão da fé em palavras e atos. O testemunho é um ato de justiça que estabelece ou dá a conhecer a verdade: Todos os cristãos, onde quer que vivam, pelo exemplo da vida e pelo testemunho da palavra, devem manifestar o novo homem que pelo Batismo vestiram e a virtude do Espírito Santo que os revigorou pela confirmação.

§2473 O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé; designa um testemunho que vai até a morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Enfrenta a morte num ato de fortaleza. "Deixai-me ser comida das feras. E por elas que me será concedido chegar até Deus."

§2474 Com o maior cuidado, a Igreja recolheu as lembranças daqueles que foram até o fim para testemunhar a fé. São as "Atas dos Mártires" (Acta Martyrum). Constituem os arquivos da Verdade escritos em letras de sangue:
De nada me servirão os encantos do mundo e dos remos deste século. Melhor para mim é morrer (para me unir) a Cristo Jesus do que reinar até as extremidades da terra. É a Ele, que morreu por nós, que eu procuro; é a Ele, que ressuscitou por nós, que eu quero. Aproxima-se o momento em que serei gerado... .

Eu vos bendigo por me terdes julgado digno desse dia e dessa hora, digno de ser contado no número dos vossos mártires... Guardastes vossa promessa, Deus da fidelidade e da verdade. Por essa graça e por todas as coisas, eu vos louvo, vos bendigo e vos glorifico pelo eterno e celeste sumo sacerdote, Jesus Cristo vosso Filho bem-amado. Por Ele, que está convosco e com o Espírito, vos seja dada glória, agora e por todos os séculos. Amém.


As ofensas à verdade

§2475 Os discípulos de Cristo "revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade" (Ef 4,24). "Livres da mentira" (Ef 4,25), devem "rejeitar toda maldade, toda mentira, todas as formas de hipocrisia, de inveja c maledicência" (l Pd 2,1).

§2476 Falso testemunho e perjúrio. Quando emitida publicamente, uma afirmação contrária à verdade assume uma gravidade particular. Diante de um tribunal, torna-se um falso testemunho. Quando está sob juramento, trata-se de perjúrio. Essas formas de agir contribuem para condenar um inocente para inocentar um culpado ou para aumentar a sanção em que incorre o acusado. Elas comprometem gravemente exercício da justiça e a eqüidade da sentença pronunciada pelos juízes.

§2477 O respeito à reputação das pessoas proíbe qualquer atitude e palavra capazes de causar um prejuízo injusto. Torna-se culpado:

* de juízo temerário aquele que, mesmo tacitamente, admite como verdadeiro, sem fundamento suficiente, um defeito moral no próximo.
* de maledicência aquele que, sem razão objetivamente válida, revela a pessoas que não sabem os defeitos e faltas de outros.
* de calúnia aquele que, por palavras contrárias à verdade, prejudica a reputação dos outros e dá ocasião a falsos juízos a respeito deles.

§2478 Para evitar o juízo temerário, todos hão de cuidar de interpretar de modo favorável tanto quanto possível os pensamentos, as palavras e as ações do próximo.

Todo bom cristão deve estar mais inclinado a desculpar as palavras do próximo do que a condená-las. Se não é possível desculpá-las, deve-se perguntar-lhe como as entende; e se ele as entende mal, que seja corrigido com amor; e, se isso não bastar, que se procurem todos os meios apropriados para que, compreendendo-as corretamente, se salve.

§2479 Maledicência e calúnia destroem a reputação e a honra do próximo. Ora, a honra é o testemunho social prestado à dignidade humana. Todos gozam de um direito natural à honra do próprio nome, à sua reputação e ao seu respeito. Dessa forma, a maledicência e a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade.

§2480 Deve-se proscrever qualquer palavra ou atitude que, por bajulação, adulação ou complacência, encoraje e confirme o outro na malícia de seus atos e na perversidade de sua conduta. A adulação é uma falta grave quando cúmplice de vícios ou de pecados graves. O desejo de prestar serviço ou a amizade não justificam uma duplicidade da linguagem. A adulação é um pecado venial quando deseja somente ser agradável, evitar um mal, remediar uma necessidade, obter vantagens legítimas.

§2481 A jactância ou fanfarronice constitui uma falta contra a verdade. O mesmo vale para a ironia, que visa depreciar alguém caricaturando, de modo malévolo, um ou outro aspecto de seu comportamento.

§2482 "A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar." O Senhor denuncia na mentira uma obra diabólica: "Vós sois do diabo, vosso pai, . . nele não há verdade: quando ele mente, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8,44).

§2483 A mentira é a ofensa mais direta à verdade. Mentir é falar ou agir contra a verdade para induzir em erro. Ferindo a relação do homem com a verdade e com o próximo, a mentira ofende a relação fundante do homem e de sua palavra com o Senhor.

§2484 A gravidade da mentira se mede segundo a natureza da verdade que ela deforma, de acordo com as circunstâncias, as intenções daquele que a comete, os prejuízos sofridos por aqueles que são suas vítimas. Embora a mentira, em si, não constitua senão um pecado venial, torna-se mortal quando fere gravemente as virtudes da justiça e da caridade.

§2485 A mentira é condenável em sua natureza. E uma profanação da palavra que tem por finalidade comunicar a outros a verdade conhecida. O propósito deliberado de induzir o próximo em por palavras contrárias à verdade constitui uma falta à justiça e à caridade. A culpabilidade é maior quando a intenção de enganar acarreta o risco de consequências funestas para aqueles são desviados da verdade.

§2486 A mentira (por ser uma violação da virtude da veracidade) é uma verdadeira violência feita ao outro porque o fere em sua capacidade de conhecer, que é a condição de todo juízo e de decisão. Contém em germe a divisão dos espíritos e todos os males que ela suscita. A mentira é funesta para toda a sociedade; mina a confiança entre os homens e rompe o tecido das relações sociais.

§2487 Toda falta cometida contra a justiça e a verdade impõe o dever de reparação, mesmo que seu autor tenha sido perdoado. Quando se toma impossível reparar um erro publicamente, deve-se fazê-lo em segredo; se aquele que sofreu o prejuízo não pode ser diretamente indenizado, deve-se dar-lhe satisfação moralmente, em nome da caridade. Esse dever de reparação se refere também às faltas cometidas contra a reputação de outrem. Essa reparação, moral e às vezes material, será avaliada na proporção do dano causado e obriga em consciência.

O respeito à verdade

§2488 O direito à comunicação da verdade não é incondicional. Cada um deve conformar sua vida com o preceito evangélico do amor fraterno. Este requer, nas situações concretas, que se avalie se é conveniente ou não revelar a verdade àquele que a pede.

§2489 A caridade e o respeito à verdade devem ditar a resposta a todo pedido de informação ou de comunicação. O bem e a segurança do outro, o respeito à vida privada, o bem comum são razões suficientes para se calar aquilo que não deve ser conhecido ou para se usar uma linguagem discreta. O dever de evitar o escândalo impõe muitas vezes uma estrita discrição. Ninguém é obrigado a revelar a verdade a quem não tem o direito de conhecê-1a.

§2490 O sigilo do sacramento da Reconciliação é sagrado e não pode ser traído sob nenhum pretexto. "O sigilo sacramental é inviolável; por isso, não é lícito ao confessor revelar o penitente, com palavras, ou de qualquer outro modo, por nenhuma causa."

§2491 Os segredos profissionais, por exemplo, de políticos, militares, médicos, juristas ou as confidências feitas sob sigilo devem ser guardados, salvo casos excepcionais em que a retenção do segredo causasse àquele que os confia, àquele que os recebe ou a um terceiro prejuízos muito graves e somente evitáveis pela divulgação da verdade. Ainda que não tenham sido confiadas sob sigilo, as informações privadas prejudiciais a outros não podem ser divulgadas sem uma razão grave e proporcionada.

§2492 Cada um deve manter a justa reserva acerca da vida privada das pessoas. Os responsáveis pela comunicação devem manter uma justa proporção entre as exigências do bem comum e o respeito dos direitos particulares. A ingerência da informação na vida privada de pessoas comprometidas numa atividade política ou pública é condenável na medida em que ela viola sua intimidade e liberdade.

§2493 O uso dos meios de comunicação social Na sociedade moderna, os meios de comunicação social exercem um papel primordial na informação, na promoção cultural e na formação. O papel cresce em razão dos avanços técnicos, com a amplitude e a diversidade das notícias transmitidas, com a influência exercida sobre a opinião pública.

§2494 A informação dos meios de comunicação social está a serviço do bem comum. A sociedade tem direito a uma informação fundada sobre a verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade:

O correto exercício desse direito exige que a comunicação seja, quanto ao objeto, sempre verídica e completa, dentro do respeito às exigências da justiça e da caridade; que ela seja, quanto ao modo, honesta e conveniente, quer dizer, que na aquisição e difusão das notícias observe absolutamente as leis morais, os direitos e a dignidade do homem.

§2495 "É indispensável que todos os membros da sociedade cumpram também neste particular os deveres de justiça e verdade. Hão de empregar os meios de comunicação social a fim de cooperar para a formação e a difusão da reta opinião pública." A solidariedade aparece como conseqüência de uma comunicação verdadeira e justa e da livre circulação das idéias que favoreçam o conhecimento e o respeito aos outros.

§2496 Os meios de comunicação social (especialmente a mídia) podem gerar certa passividade entre os usuários, tornando-os consumidores pouco criteriosos a respeito das mensagens e dos espetáculos, Os usuários hão de se impor moderação e disciplina quanto à mídia. Hão de formar em si uma consciência esclarecida e correta, para resistir mais facilmente às influências menos honestas.

§2497 Os responsáveis pela imprensa, exatamente por sua profissão têm o dever, na difusão da informação, de servir à verdade e não ofender a caridade. Hão de se esforçar por respeitar, com igual cuidado, a natureza dos fatos e os limites do juízo crítico a respeito dai pessoas. Devem evitar ceder à difamação.

§2498 "Cabem às autoridades civis deveres especiais em razão do bem comum. Os poderes públicos devem defender e proteger a verdadeira e justa liberdade de informação." Publicando leis e cuidando de sua aplicação, os poderes públicos cuidarão para que o mau uso dos meios de comunicação não "cause graves prejuízos aos costumes públicos aos progressos da sociedade". Estabelecerão sanções contra a violação dos direitos de cada pessoa à reputação e ao segredo da vida privada. Darão no momento oportuno e honestamente as informações que dizem respeito ao bem comum e respondem às inquietações fundadas da população. Nada pode justificar o recurso a falsas informações para se manipular a opinião pública pelos meios de comunicação. Essas intervenções não ferirão a liberdade dos indivíduos e dos grupos.

§2499 A moral denuncia o flagelo dos estados totalitários que falsificam sistematicamente a verdade, exercem mediante os meios de comunicação uma dominação política da opinião, "manipulam" os acusados e as testemunhas de processos públicos e imaginam assegurar sua tirania sufocando e reprimindo tudo o que consideram "delitos de opinião".

Verdade, beleza e arte sacra

§2500 A prática do bem é acompanhada de um prazer espiritual gratuito e da beleza moral. Da mesma forma, a verdade implica a alegria e o esplendor da beleza espiritual. A verdade é bela em si mesma. A verdade da palavra, expressão racional do conhecimento da realidade criada e incriada, é necessária ao homem dotado de inteligência, mas a verdade também pode encontrar outras formas de expressão humana, complementares, sobretudo quando se trata de evocar o que ela contém de indizível, as profundezas do coração humano, as elevações da alma, o mistério de Deus. Antes de se revelar ao homem em palavras de verdade, Deus se lhe revela pela linguagem universal da criação, obra de sua Palavra, de sua Sabedoria: a ordem e a harmonia do cosmo que tanto a criança como o cientista descobrem , "a grandeza e a beleza das criaturas levam, por analogia, à contemplação de seu Autor" (Sb 13,5), "pois foi a própria fonte da beleza que as criou" (Sb 13,3).

A Sabedoria é um eflúvio do poder de Deus, emanação puríssima da glória do Todo-Poderoso; por isso nada de impuro pode nela insinuar-se. É reflexo da luz eterna, espelho nítido da atividade de Deus e imagem de sua bondade (Sb 7,25-26). A sabedoria é mais bela que o sol, supera todas as constelações. Comparada à luz do dia, sai ganhando, pois a luz cede lugar à noite, ao passo que, sobre a Sabedoria o mal não prevalece (Sb 7,29-30). Enamorei-me de sua formosura (Sb 8,2).

§2501 "Criado à imagem de Deus", o homem exprime também a verdade de sua relação com o Deus Criador pela beleza de suas obras artísticas. A arte de fato é uma forma de expressão própria mente humana; acima da procura das necessidades vitais, com a todas as criaturas vivas, ela é uma superabundância gratuita da riqueza interior do ser humano. Nascendo de um talento dado pelo Criador e do esforço do próprio homem, a arte é um forma de sabedoria prática, que une conhecimento e perícia para dar forma à verdade de uma realidade na linguagem acessível à vista e ao ouvido. A arte inclui certa semelhança cor a atividade de Deus na criação, na medida em que se inspira na verdade e no amor das criaturas. Como qualquer outra até atividade humana, a arte não tem um fim absoluto em si mesma mas é ordenada e enobrecida pelo fim último do homem.

§2502 A arte sacra é verdadeira e bela quando corresponde, por sua forma, à sua vocação própria: evocar e glorificar, na fé e na adoração, o Mistério transcendente de Deus, beleza excelsa invisível de verdade e amor, revelada em Cristo, "resplendor de sua glória, expressão de seu Ser" (Hb 1,3), em quem "habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2,9), beleza espiritual refletida na Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, nos anjos santos. A arte sacra verdadeira leva o homem à adoração, à oração e ao amor de Deus Criador e Salvador, Santo e Santificador.

§2503 Por isso devem os bispos, por si ou por delegação, cuidar de promover a arte sacra, antiga e nova, sob todas as formas, e afastar, com o mesmo zelo religioso, da liturgia e dos edifícios do culto, tudo o que não harmoniza com a verdade da fé e a autêntica beleza da arte sacra.

§2504 "Não levantarás falso testemunho contra teu próximo" (Ex 20,16). Os discípulos de Cristo "revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade" (Ef 4,24).

§2505 A verdade ou veracidade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade, dê simulação e da hipocrisia.

§2506 O cristão não deve "se envergonhar de dar testemunho de Nosso Senhor" (2Tm 1,8) em atos e palavras. O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé.

§2507 O respeito à reputação e à honra das pessoas proíbe toda atitude ou palavra de maledicência ou calúnia.

§2508 A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar o próximo.

§2509 Toda falta cometida contra a verdade exige reparação.

§2510 A regra de ouro ajuda a discernir, nas situações concretas, se convém ou não revelar a verdade àquele que a pede.

§2511 "O sigilo sacramental é inviolável.” Os segredos profissionais devem ser guardados. As confidências prejudiciais a outros não devem ser divulgadas.

§2512 A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça. É conveniente que se imponham moderação e disciplina no uso dos meios de comunicação social.


§2513 As artes, mas sobretudo a arte sacra, têm em vista, "por natureza, exprimir de alguma forma nas obras humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir poderosamente para encaminhar os corações humanos a Deus."
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Cuidado com o Halloween!

“O Halloween é o Hosana do Diabo.” (Padre Gabriele Amorth)

Todo dia 31 de Outubro existe uma festa chamada Halloween, também conhecido aqui no Brasil como o Dia das Bruxas.

Esta dia chamado de Halloween é uma data comemorativa que tem sua origem ainda com o povo Celta, dizem que há mais de 2300 anos.

Era uma data que para o povo Celta, por ser o ultimo dia do verão, diziam que os espíritos dos mortos saiam de suas covas e iriam de encontro ao vivos para tomar posse de seus corpos. É claro que o povo, Celta por medo destas almas, decidiram então colocar em suas casas, de preferência na frente das mesmas, objetos que pudessem “assustar” estas almas, e colocavam Caveiras, ossos, bonecos enfeitados e coisas do tipo.
Portanto a origem desta festa é a MORTE, as almas que que se levantam e vem de encontro aos vivos.


Na verdade esta festa esta cheia de realidades que nos apresenta o Ocultismo de frente: Bruxas, Fantasmas, Caveiras e personagens ligados ao terror…


Hallowenn tem a origem de seu nome que em ingles se diz: “All Hallow’s Eve” (Vigília de Todos os Santos), e atualmente antecede o que para nós Católicos Apostólicos Romanos o Dia de todos os Santos e posteriormenteo dia de Finados, ou alguns mais antigos ainda o chama de dia dos mortos.

E ai começa a grande cofusão que sempre o Ocultimo quer trazer em meio à nós. Nós Católicos temos o nosso “dia dos mortos” (FINADOS) que é claro tem um outro significado, e para se aproveitarem daquela data que era comemorado o dia dos mortos também para o povo Celta, mas é claro com outro significado, o Diabo na sua esperteza conseguiu introduzir esta festa chamada Halloween.

O grande problema disso tudo é que para os Satanistas, para os Bruxos, para muitas seitas ocultistas, este dia de Halloween não é somente uma data histórica, mas se tornou para eles o GRANDE DIA do DIABO! É o dia em que se reunem para fazer suas celebrações mais macabras, rituais verdadeiramente satanicos, na qual envolve sacrificios de animais e se chega a realizar até mesmo sacrifícios humanos.

Nao pensem que isso é historinhas sobre satanismo ou coisas do tipo; isso é real e é mais real do que imaginamos. Satanistas e ocultistas de muitos “ramos” utilizam estes dias para profanar o Sagrado de Deus, é o momento de grande exaltação do demonio; e ai muitos procuram ir a igreja e verem se de alguma forma conseguem levar uma hostia consagrada para tais rituais, com o propósito de ofender a Deus, existe ainda nestes rituais muitas orgias sexuais com as pessoas que lá participam.

Então o que era a mais de 2300 anos atrás uma data que podemos chamar hoje de anti-cristã, pois contraria o principio do cristianismo, hoje se tornou uma festa totalmente pagã. Padre Gabriele Amorth diz:

“Halloween é uma armadilha do demônio. É uma festa nojenta e me dá nojo…” e ainda completa: “Trata-se de uma coisa pagã, anticristã e anticatólica…”

Deixamos os nossos filhos se vestirem de diabos, bruxos e bruxas, se pintarem dos mais bizarros personagesn trashs da TV Americana, e tudo isso para que? Para que exaltar aquilo que não deve ser exaltado? Qual o intuito de se vestir de diabo, de demônios, de bruxos, magos e coisas do tipo?

Para os satanistas é uma maneira de instigarem as crianças e os jovens a fazerem memória para o mundo daquilo que eles comemoram: o DIA DO DIABO.
Aqui no Brasil ainda não está tão difundida esta festa de Halloween como para o povo AMERICANO, mas sei que será importante este artigo também para o povo AMERICANO. O meu BLOG é visto pelos Americanos, sei disso, e é visto provavelmente por brasileiros que moram lá.

Sem contar que o clima de magia no ar para os Jovens fica aguçado, tem jovens que aproveitam já que estão vestidos destas formas para fazerem alguns tipos de rituais que viram em filmes, que acharam na internet; abrindo uma grande brecha para o demônio. Isso é muito sério.

A verdade é que este dia se tornou um dia propicio para se cultuar o demonio das mais diversas maneiras que voce imaginar.

Enquanto escrevo este artigo, estou conversando com uma jovem que se envolveu de maneira muito profunda com satanismo, e resolvi perguntar a ela se na data de Halloween esta seita que ela participava, faziam algo. Ela me disse que sim, que faziam reuniões com grupos na qual ofereciam sacrifícios aos demônios, e que ela de maneira particular, preferia oferecer do seu próprio sangue, mas que pessoas que nao queriam oferecer seu próprio sangue, ofereciam a de animais que lá eram mortos…

Não quero ficar me delongando muito, fazendo diversas comparações e coisas do tipo, mas acho que deu para entender o que se passa na verdade por detras das comemorações que acontecem no dia de Halloween. E que não convém ficarmos participando e fazendo memoria das coisas que representam o próprio MAL.

Mas ao contrário, dia 31 de Outubro, quando se comemora o Dia das Bruxas, é o dia de permanecermos ainda mais em oração, voltados para Deus, intercedendo para que pessoas inocentes não se machuquem com estas práticas sedutoras de Halloween.

Esta jovem que estou acompanhando, um dia poderá testemunhar aqui no BLOG tudo o que ela viveu. Ainda estamos passando por um processo de libertação de muitas coisas, mas sei que em breve, muito breve ela estará completamente livre!


Deus abençoe você!
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Orei pelos ladrões


Vi o rapaz que me roubou. Tinha cerca de 25 anos. Era o único que estava perto. Uma distração de menos de um minuto o tornou um pouco mais rico e eu um pouco mais pobre. O dinheiro era para comprar uma peça de computador. Levou tudo: dinheiro e documentos. Corri atrás e ele sumiu no meio da multidão do shopping. O outro ladrão enfiou seus enormes pés na porta do quarto onde me hospedei no seminário, quebrou tudo e levou o que sobrara. Tudo em cinco dias… Foi descoberto, mas jurou que nada roubara.

Eram jovens! Orei por eles para que sejam felizes, porque quem rouba dinheiro e documento dos outros não se importa com os problemas que causará. Vagabundo por profissão ele quer o dinheiro imediato. É preciso ser muito egoísta para mergulhar no mundo do roubo e do desvio de verbas. Ladrões pequenos ou de porte gigantesco são egoístas a um grau praticamente irrecuperável. Todos os dias causam problemas a milhares de pessoas. No Brasil, já se disse, 90% nascem para ser roubados e 10% nascem para roubar. Muitos deles moram em apartamentos de cobertura e têm casas monumentais.


O triste é que milhares de brasileiros acham que a esperteza compensa. Dão sempre um jeito de meter os pés numa porta de hotel ou de escola, meter a mão no dinheiro do povo e desviar milhões ou bilhões dos cofres do país para famílias, partidos ou agrupamentos associados para delinqüir. E não se arrependem. Descobertos, negam e vão para a cadeia, mas não dizem onde está o dinheiro roubado.

Orar pelos ladrões, porém, não é o mesmo que aplaudi-los ou deixar passar. O sincero desejo é o de que se convertam e devolvam. Talvez um em mil o faça. Os demais simplesmente não devolvem. Talvez seja doença. Talvez seja podridão de alma.

Por causa deles há milionárias indústrias de proteção da pessoa, de fábricas, domicílios, máquinas e produtos de valor. São milhares os artefatos para impedir que nos roubem. Assim mesmo eles conseguem desviar, roubar e apossar-se do que não lhes pertence. Estão sempre á frente do cidadão honesto. Inteligentemente desonestos, eles sabem quando, como e de quem roubar. Nós nunca sabemos quem, quando e como nos roubarão.


O mundo inteiro sofre com esta praga humana, mas o país Brasil tem sido um dos mais atingidos por esse tipo de desvio mental e moral. E aí, oramos por eles para que parem de roubar ou pelos policiais e juízes para que os prendam? Onde? Com que dinheiro? É que, para o governo, um ladrão costuma custar cinco a dez vezes mais caro do que um cidadão honesto! Faça as contas você mesmo!…



As palavras do Papa Francisco que perturbam os católicos

Toda comparação entre papas é irrelevante em uma perspectiva cristã, 
e o amor de um católico ao Santo Padre vai muito além da sintonia pessoal

Como lido com coisas católicas desde a época de Paulo VI, em livros e jornais, muitas pessoas – talvez desconcertadas ou confusas – insistem em pedir-me opiniões sobre os primeiros meses do novo pontificado. Costumo responder dizendo algo que parafraseia a resposta dada aos jornalistas no avião de volta do Brasil, precisamente pelo Papa Francisco: "Quem sou eu para julgar?". Se somos obrigados a não julgar os outros – palavras do Evangelho –, muito menos julgaremos um pontífice eleito, segundo os crentes, pelo Espírito Santo.
 
Certamente, houve séculos nos quais, ao parecer, os homens chegaram a substituir o Paráclito: conclaves simoníacos ou dirigidos pelas grandes potências da época, com candidaturas e vetos impostos pela política.

 
No entanto, os que conhecem realmente a história da Igreja – condição que não é própria de quem é superficial demais –, os que sabem perceber a dinâmica de "longa duração" ao longo de 20 séculos, acabam se surpreendendo ao descobrir que São Paulo parece realmente ter razão quando afirma que "Omnia cooperantur in bonum", tudo coopera para o bem – também o bem da Igreja, que, em matéria de fé, não é guiada unicamente por Cristo, mas também, certamente, pelo "corpo místico".



De qualquer maneira, estando em nossa época, não se trata de confiar, apesar de tudo, em uma Providência que às vezes pode nos parecer incompreensível. Não é assim, já que, para todos, é evidente a qualidade humana daqueles que, nas últimas décadas, desempenharam o papel de pontífices romanos.

 
Se nos centrarmos unicamente na sucessão desta pós-guerra, temos as figuras de Pacelli, Roncalli, Montini, Luciani, Wojtyla, Ratzinger e, agora, Bergoglio. Quem, por mais distante ou contrário à Igreja que for, poderá negar que são personalidades de insólito relevo, unidas pela mesma fé e pelo mesmo compromisso em sua função, mas com grandes diferenças de caráter, histórias, culturas e estilos pessoais?

 
E é este precisamente o ponto que, para muitos, inclusive católicos, parece não estar claro: independentemente de quem for o homem que chega ao papado e quais forem as nossas consonâncias ou dissonâncias humorais em relação à sua pessoa, ele sempre será o sucessor de Pedro, responsável e guardião da ortodoxia; portanto, um homem de Deus, que não só deve ser aceito, mas por quem também é preciso rezar e a quem é necessário obedecer com respeito e amor filial.

 
Estas coisas deveriam estar claras, sobretudo hoje, com este Bispo de Roma, "proveniente quase do fim do mundo", um homem de personalidade impetuosa, instintivamente impulsiva, talvez autoritária (como ele mesmo reconhece na entrevista com Civiltà Cattolica) e marcada, apesar de sua origem italiana, por uma cultura diferente da nossa [da europeia, N. da T.], como é o caso da sul-americana.

 
Este Papa provém, além disso, pela primeira vez em quase dois séculos, não do clero secular, mas de uma ordem religiosa caracterizada por uma formação diferente de todas as outras dentro da Igreja. É uma "Companhia" (denominação militar de um fundador procedente da vida militar) amada e detestada, admirada e temida há cinco séculos, chegando ao ponto – caso único – de ser suprimida – “propter bonum Ecclesiae ", diz a bula – por um papa franciscano, para depois ser ressuscitada por um papa beneditino.

 
A verdade exige admitir, sobretudo quando se observam muitos sites e blogs, que não faltam aqueles que recordam com nostalgia a sobriedade, o rigor doutrinal, a profundidade cultural e o respeito pelas tradições de Bento XVI, e a atenção por ele prestada à liturgia.

 
E ninguém esqueceu o quarto de século desse extraordinário ciclone que foi João Paulo II, cuja santidade já foi reconhecida. É compreensível: os sentimentos são algo eminentemente humano. Mas, repetindo, toda comparação entre papas é irrelevante em uma perspectiva cristã, e a sintonia de cada crente com um papa se baseia em algo muito diferente das simpatias pessoais.

 
A comunidade guiada e governada pelo sucessor de Pedro sempre teve e terá um fim último (e único) do qual tudo se desprende e que é recordado explicitamente pelo Código de Direito Canônico: "É lei suprema da Igreja e salvação das almas".

 
Ainda que às vezes pareça algo esquecido, tudo se desprende disso e a totalidade da instituição eclesial existe por isso: anunciar a vida eterna prometida pelo Evangelho e ajudar todos os homens – com a pregação e com os sacramentos – a seguir o caminho que leva à meta da morte – na verdade, ao nascimento à verdadeira vida.

 
Todo o resto é só instrumento, sempre modificável e destinado a passar, começando pela burocracia da cúria, apesar de esta ser indispensável: o próprio Deus quis precisar de uma instituição humana, com seus organismos e suas leis.

 
Cada papa está obviamente convencido desta prioridade da salus animarum, mas Francisco, ao que parece, com especial urgência e de tal maneira, que faz todo o necessário para que o clero, os religiosos e os leigos cheguem também a ter consciência disso.

 
Esta opção do Pontífice argentino parece produzir resultados surpreendentes: a respeito disso, eu também meço cada dia o interesse, a simpatia ou, de fato, a adesão de tantas pessoas que, no entanto, pareciam inamovíveis em sua indiferença, quando não se encontravam, além disso, em um laicismo polêmico e agressivo.

 
O retorno à sucessão natural e, por outro lado, frequentemente esquecida (em primeiro lugar a fé, e a moral será uma consequência necessária); o chamado às raisons du coeur  antes que às raisons de la raison, usando os termos pascalianos; os braços abertos a todos, recordando a misericórdia do Deus de Jesus, cujo ofício é perdoar e acolher os filhos, sem exceção, também os pródigos. Tudo isso está provocando resultados positivos, que recordam o critério de avaliação indicado pelo próprio Evangelho: "Conhecemos uma árvore pelos seus frutos". Se a colheita espiritual está sendo tão boa, não será igualmente boa a planta da qual ela provém?

 
Este homem de 77 anos, ainda vigoroso, com seu estilo de "pároco do mundo", quer comprometer a totalidade da Igreja neste desafio de reevangelização do Ocidente, que teve um caráter central também pelo programa pastoral dos seus dois últimos antecessores.


 
Nenhuma fratura, portanto, mas continuidade, inclusive na diversidade de temperamentos. Esta nossa Igreja bimilenar mostra também, dessa maneira, não ter intenção alguma de reduzir-se a uma seita rancorosa, não só minoritária, mas também marginalizada. Com Roma e seus bispos, o mundo inteiro deverá ser medido novamente, como ocorreu nos tempos do império romano, quando tudo começou.
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Fonte: Aleteia