quinta-feira, 15 de março de 2012

Quadro Histórico da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (1969-2012)*: 43 anos de comunidade, 26 anos de Paróquia.


Igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Cohab

A assistência religiosa às casas populares foi iniciada por frei Hermenegildo em 1968 com celebrações de missa e batizados, nas calçadas das casas.  No inverno passaram a ser oficiadas no grupo escolar.

Em 1969, frei Hermenegildo armou uma barraca para as celebrações e saiu com as crianças pedindo garrafas para vender e tijolos para a construção da igreja. Depois de muitas lutas, conseguiu-se o terreno para a construção da igreja. Em outubro foi iniciada a construção. Seu primeiro coroinha foi Ribamar Nascimento, atualmente padre diocesano. Tendo faltado dinheiro para concluir a construção, frei Hermenegildo viajou para a Itália a fim de conseguir benfeitores que pudessem colaborar na arquitetura.

Em 1970, feitos os alicerces da igreja e tendo levantado as paredes, os atos religiosos passaram a ser celebrados no interior, mesmo sem o teto. Neste mesmo ano, frei João Franco organizou o Apostolado da Oração. Com a ajuda de benfeitores, são concluídos os trabalhos de construção da igreja e se parte para a construção do Salão Paroquial. Agora os horários das missas são às 8h e 17h.

Por devoção, frei Hermenegildo escolhe como padroeira da nova comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro além que a esta alguns anos mais tarde dará o mesmo título à igreja que fica no Olho d’Água.

Frei Hermenegildo

Enquanto morava na Cohab, sua primeira cozinheira foi Dona Raimunda que era membro do Apostolado da Oração e logo depois Dona Inácia.

Em 1972 é celebrado o 1° Festejo de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de 21 a 30 de Julho, com 400 pessoas, entre crianças e adolescentes fazendo a primeira Eucaristia, seguido de procissão.

Já em 1973 o Festejo passa a ser em outubro. Neste ano, o trabalho pastoral principal é a catequese de crianças e adolescentes, não descuidando dos casamentos e da assistência aos doentes. 


Em 1º de abril de 1974 há a transferência dos frades e frei Liberato, que compõe a fraternidade do Anil, assiste a Comunidade da Cohab.

Nesse ano vieram dar assistência à igreja as Irmãs Capuchinhas do Anil: Irmã Heráclia, responsável pelas Cruzadas das crianças. Elas se reuniam aos domingos, às 9h, para a celebração da missa na igreja e para comemorar os aniversários no atual Centro Catequético até às 12h; Irmã Crisolda que ficava com o Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), grupo de preparação dos jovens ao Apostolado da Oração e a Irmã Aparecida que ficou por pouco tempo e não assumiu nenhum trabalho específico na comunidade.

No mês de outubro aconteceu o festejo, sem muita participação, apesar de haver a missa com pregação todas as noites.

No Natal de 1975 surgiu o Cine Beta com o apoio de frei Liberato. Era uma “sessão de cinema” com filmes da época que funcionava de sexta a domingo. No início teve bastante sucesso, no entanto, com a chegada da televisão nas casas, foi perdendo espaço dando lugar ao Teatro Popular onde eram realizadas a apresentação de peças da semana santa, etc. O Cine Beta funcionava onde atualmente há a Capela Mortuária.

Nesse mesmo ano, o Dr. Fiquene, diretor presidente da Cohab (Companhia de Habitação Popular do Maranhão) liberou o terreno paroquial, e o até então prefeito de São Luís, Antonio Bayma, liberou a construção.

Entre os anos de 1976 e 1977 aconteceu a 1ª Crisma na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro com a presença de frei Liberato. A Crisma foi conferida por Dom Motta, então Arcebispo de São Luís.

Por volta de 1977, aos 27 de Junho, dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, deu-se início aos trabalhos de construção do Centro Catequético. 

Centro Catequético da Matriz

Em outubro houve o Novenário da Padroeira com vários pregadores: monsenhor Estrela, padre Marcos, frei Osvaldo, padre Marcelo Pepin, padre Cláudio, frei João de Deus, frei Liberato e frei Pedro Jorge. O encerramento foi grandioso, sendo levada a imagem de Maria cercada de anjos em cima de uma caminhonete. A TV Difusora divulgou a novena e a programação do Festejo.

Por frei Liberato e por Irmã Heráclia foi preparado em 26 de julho de 1978 o regimento interno do Clube das Mães da igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, esse Regimento foi baseado no estatuto do Clube das Mães de Bacabal que a pedido de frei Liberato (que se tornou o diretor espiritual do Clube das Mães) foi trazido por Dona Madalena, primeira diretora do mesmo em São Luís. 

Perseverança até quando?


O ser humano é realmente frágil, diante das agruras da vida. Somos capazes de grandes heroísmos. Mas perante a presença do mal, das oposições contínuas de gente mal intencionada, sentimos a falta de coragem. A tentação da fuga, pura e simples, é uma alternativa aliciadora. “Todos os discípulos, deixando-o, fugiram” (Mt 26, 56). Nisso somos parecidos com os animais que, diante do perigo, por instinto de conservação, fogem rapidamente. Os homens, por educação ou por graça divina (martírio), tem a capacidade de resiliência. Essa capacidade nos faz esperar que os tempos mudem, e tudo pode tomar um rumo novo. As pessoas, - homens ou mulheres, e até jovens - que tem perseverança e firmeza de conduta, tornam-se arrimo para outros  mais frágeis. Os que tem personalidade, e não se deixam desviar dos seus intentos, são líderes e vencedores. Tais pessoas se tornam heróis, pelo fato de abrirem caminho aos pusilânimes. Mas a perseverança é virtude proposta a todos, não só aos heróis. Este desafio nos é aberto em dois sentidos.


Antes de tudo, somos chamados ao heroísmo da fé. A tentação do desânimo, de abandonarmos a fé diante de outras propostas mais tentadoras, de alcançarmos a solução dos problemas pela via rápida dos milagres fáceis, nos pode fazer balançar. “Maldito seja aquele que vos anunciar um evangelho diferente daquele que eu anunciei” (Gal 1, 8). A Igreja possui a doutrina de Jesus (imagem do Pai). Nesta doutrina seremos perseverantes e seguiremos o que ensinavam os Apóstolos: “sede firmes na fé”. Entre nós católicos há muitos que se deixam seduzir com facilidade, e abandonam a fé do seu batismo, para aderirem a soluções menos complicadas. Outro chamado, feito a todos, é de sermos perseverantes na prática do bem. Trabalhar gratuitamente em benefício dos outros, pode cansar. As ingratidões, a falta de compromisso, pode nos levar ao desânimo, e a “jogar tudo para cima”. É mais fácil ter vida mansa e assistir tudo de camarote. Mas a Escritura nos alerta: “Quem for perseverante até o fim, este será salvo” (Mt 10, 22).

Dom Aloísio Roque Oppermann
Arcebispo em Uberaba (MG)

terça-feira, 13 de março de 2012

Homofobia ou Hamartemofobia?


Em 05 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal do Brasil aprovou a união homossexual no país, ou seja, que pessoas do mesmo sexo – homem com homem, mulher com mulher – têm os mesmos direitos perante a sociedade brasileira tanto quanto os casais heterossexuais – homem e mulher.

Dado que uma coisa puxa a outra, eis o motivo por que se ouve muito em nossos dias a palavra de origem grega homofobia, cujo sentido etimológico é “medo do igual”. No caso em questão, quer-se indicar o “medo do homossexual”. É exatamente sobre isto que quero discorrer aqui.


Partindo do gesto de Jesus Cristo que amou e acolheu com muita ternura e compaixão a mulher adúltera e não o pecado dela, quando a Lei judaica contrariamente determinava radicalmente o seu apedrejamento, afirmo: a Igreja, a exemplo do Mestre, também ama e acolhe com muito amor, compaixão e ternura cada homossexual em particular, porque sabe que como filhos amados de Deus merecem todo respeito, toda atenção. Porque sabe que cada um deles tem uma dignidade humana pelo simples fato de ser pessoa. O que ela não ama nem acolhe é, como Jesus, o pecado do homossexual. Porque o pecado escraviza o homem. Maltrata-o. Não o liberta. Não o eleva.

Ora, se Jesus não discriminou a pecadora, mas rejeitou radicalmente o pecado dela, quando lhe disse: “Vá e não peques mais”[1], do mesmo modo também a Igreja o faz: não discrimina nenhum homossexual, mas rejeita radicalmente o pecado dele, como qualquer pecado de quem quer que seja. Por causa disto, eu alcunho – ao lado da homofobia – outra palavra também de origem grega para que se torne conhecida e possa esclarecer a verdade cristã: hamartemofobia, cujo sentido etimológico é “medo do pecado”.

De posse desta palavra, convém, então, dizer que para a Igreja, o problema não é a homofobia, isto é, o medo do homossexual, a pessoa dele. Afinal, ela sabe que Jesus veio ao mundo para curar os pecadores, o errante na estrada da vida. Para ela, o problema é a hamartemofobia, isto é, o medo do pecado (dele). Afinal, o pecado obscurece “a razão, a verdade, a consciência reta”[2].

Deste modo, deve-se entender que a missão da Igreja não é compactuar com nenhum tipo de fraqueza moral do homem, mas, sim, ajudá-lo a se libertar dela para seu bem.

Estando, pois, a Igreja a serviço da verdade que liberta, ela ensina: “Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendência homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta.

Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãos, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa da sua condição”[3]. Ademais, os atos homossexuais “impedem que do ato sexual surja o dom da vida. Não são frutos de uma verdadeira complementariedade afetiva e sexual. De modo algum podem ser aprovados”[4].

O que se percebe aqui neste ensinamento da Igreja? Uma Igreja que, de um lado, é consciente dos limites existenciais de seus filhos e, por isto mesmo, os acolhe; e, do outro lado, esta mesma Igreja consciente de que o pecado não é exemplo de vida para ninguém e, por isto mesmo, o rejeita terminantemente.

Sendo assim, não há espaço para preconceito na Igreja, já que este está para a pessoa. Para ela o que há é tão somente a formação de bons conceitos capazes de educar bem o homem na sua correta relação com o mundo, enquanto dimensão corporal; na sua relação com o outro, enquanto dimensão psíquica; e na sua relação com Deus, enquanto dimensão espiritual. E conceitos estes que implicam, inclusive, uma linguagem.

Falando de linguagem, vale dizer: quando se chega à casa de uma família e se pergunta aos pais, quantos filhos vocês têm? Se for um menino e uma menina, respondem: um casal. Se forem dois meninos ou duas meninas, respondem: dois meninos ou duas meninas. Nunca dizem um casal. Isto nos faz notar que casal é sinônimo de multiplicação, de fecundidade. De fato, quando se vai à feira e se pede ao feirante um casal de pássaros para comprar, ele nos mostra um macho e uma fêmea. Eis a razão por que no início, referindo-se aos homossexuais, digo homem com homem e mulher com mulher; aos heterossexuais, homem e mulher. O “e” em português é uma conjunção aditiva. Homem e mulher, portanto, se completam adicionando naturalmente sexo com nexo. O “com” não joga no time da conjunção aditiva. Logo, pode-se dizer que na relação do homem com homem e da mulher com mulher há “sexo” sem nexo.

Em nome da verdade é preciso dizer que nenhuma decisão moral vai ser autêntica e libertadora quando se parte do mau exemplo, do erro, do gosto, do prazer, do interesse.

Que os santos da Corte celestial sejam para nós exemplos de superação na busca da retidão!
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[1] Jo 8,11.

[2] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1849.

[3] Ibid., n. 2358.

[4] Ibid., n. 2357.
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Frei Luis Leitão pertence a Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo. Atualmente reside no Pós-Noviciado de Filosofia e também é o vice-diretor geral do IESMA(Instituto de Estudos Superiores do Maranhão).

segunda-feira, 12 de março de 2012

Os católicos e as pesquisas



No dia do nosso batismo, quando crianças, o padre pergunta aos pais: “Pedistes o Batismo para vossos filhos. Devereis educá-los na fé ... Estais conscientes disto?” Respondem: “Estamos”. Depois aos padrinhos: “Deveis ajudar os pais a cumprir sua missão. Estais dispostos a fazê-lo?”. Respondem: “Estamos”. Por fim, “credes na Santa Igreja Católica ...?”. Respondem: “Cremos”.

Pois bem, com estas respostas, os pais e padrinhos assumem o compromisso cristão de ajudarem a criança batizada a crescer na fé cristã e nesta Igreja Católica que a acolheu para marcar-lhe com o selo definitivo da graça divina.

Mas, como os pais vão dar provas concretas de que estão conscientes do compromisso cristão, e, portanto, da fé professada, se vão à igreja católica só no dia do batismo do filho? Ou nos 15 anos da filha? Ou na missa de 7º dia de um parente?

E pior, o que dizer dos católicos que mandam batizar a criança por motivações erradas, tais como: para que ela não vire bicho, ou para que tenha um padrinho rico, ou para que a tradição continue na família?!


Uma planta que não se rega, ela murcha, seca e morre. Igualmente, a vida cristã, cuja semente da graça batismal está em cada um, se não for regada com a participação da Missa, com a Eucaristia, com a escuta da Palavra de Deus, com a vida sacramental, enfim, com o testemunho da própria fé partilhada na comunidade eclesial, o que acontece? A vida cristã do católico se torna estéril, porque infecunda; torna-se morta, porque sem vida; torna-se apagada, porque sem conteúdo; perde a credibilidade, porque falta o testemunho, enfim, não brilha nem atrai. Resultado, “enfraquecendo-se a vida cristã, enfraquece-se também a pertença à Igreja Católica”[1].

Ora, diga-me como é possível ser católico deste jeito? É claro que as pesquisas referentes a católicos evasivos só podem aumentar. Contudo, é bom saber que nelas estarão incluídos só os católicos de direito – os que foram batizados e têm seus nomes no livro de registro da paróquia –, nunca os de fato – os que, além de direito, praticam sua fé com veemência.

Para tanto, é oportuno destacar também que o desconhecimento da fé cristã recebida dos Apóstolos e continuada na missão da Igreja Católica ao longo de 21 séculos é um dos motivos determinantes que impede o católico de amar mais sua Igreja e, assim, de viver com mais firmeza e convicção a própria fé católica.

Sobre isto, vamos aos fatos: se o católico desconhece a importância e grandeza da Eucaristia na vida cristã, será que ele vai à missa aos domingos? Se o católico desconhece o valor do sacramento da Penitência e seu efeito de graça atuante na vida do pecador, será que ele vai ao encontro do sacerdote para fazer a confissão? Se o católico desconhece o valor e o sentido do batismo recebido na Igreja Católica, será que ele vai se comprometer com sua fé? Certamente, não.

Santo Agostinho, no século IV, buscando dar uma resposta sobre a discussão entre fé e razão dissera: Fidens quaerens intellectum, isto é, a fé que busca compreender.

Isto implica afirmar que nossa fé precisa ser amadurecida, compreendida e aprofundada. O católico que amadurece na fé e sabe dar-lhe razões nunca faz este tipo de discurso: só vou à igreja quando eu estiver com vontade, ou eu me confesso sozinho com Deus quando vou me deitar, e basta. Pois bem, isto não é fé. Isto é comodismo espiritual!

E mais, o católico convicto da própria fé nunca deixa sua Igreja Católica por outros grupos religiosos. Isto porque se a verdadeira Igreja de Cristo é continuidade com Sua missão, e Sua missão passa pela Eucaristia, porque Ele desejou ardentemente celebrar a Ceia com seus discípulos; passa pelo perdão dos pecados, porque Ele ordenou a seus Apóstolos que perdoassem a todos, então onde não há celebração da Eucaristia, sacramento da Confissão, aí não há também continuidade com a missão de Cristo na terra, e sim ruptura ou outra coisa qualquer do tipo: “Estai alerta para que ninguém vos enrede com sua filosofia e com doutrinas falsas, baseando-se em tradição humana e remontando às forças elementares do mundo, sem se fundamentar em Cristo”[2]. Logo, o católico não trocará sua fé por outra “fé”.

Quando o católico desconhece a beleza da doutrina católica – doutrina esta que se caracteriza pela sua unidade e comunhão de um único e mesmo credo, válido tanto para o católico do sertão do Maranhão quanto para o Papa lá em Roma –, ele perde também o encanto da própria fé, e, com isso, acaba-se tornando presa fácil nas mãos de grupos religiosos, os quais também por ignorância só sabem falar mal de Maria, nossa mãezinha do Céu, e das imagens.

Fundamentalmente, conhecer a Igreja Católica é tomar consciência de que o DEPÓSITO DA FÉ firma-se na Sagrada Escritura, na Tradição e no Magistério da Igreja. Qualquer católico, ao partir desta tríade, vai encontrar com muita consistência e precisão as razões de sua fé. Com efeito, é sempre em atenção contínua a esta tríade que a Igreja Católica vivificada pela ação do Espírito Santo conduz e orienta seus filhos na fé e na moral.

Se todos os que foram batizados na Igreja Católica deixarem de ser católicos de arquibancada, de raridade, de eventos e de uma “fé que busca consolação subjetiva”[3], asseguro: nunca vão abandonar a Igreja Católica. Afinal, “nela temos tudo o que é bom, tudo o que é motivo de segurança e de consolo!”[4].
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[1] Cf. Documento de Aparecida, n. 100b.
[2] Cl 2, 8.
[3] TESSORE, Dag. Bento XVI (questões de fé, ética e pensamento na obra de Joseph Ratzinger). São Paulo: Claridade, 2005. p. 29.
[4] Documento de Aparecida, n. 246.
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Frei Luis Leitão pertence a Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo. Atualmente reside no Pós-Noviciado de Filosofia e também é o vice-diretor geral do IESMA(Instituto de Estudos Superiores do Maranhão).