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sábado, 20 de agosto de 2011

A Assunção de Maria aos Céus


Século VI na Igreja Bizantina, em grego: “Koimesis tes Theodokou” (Dormição da Mãe de Deus). Século VII na Igreja Romana (dormtio, pausatio, natalis). 

O dogma da Assunção de Maria, festejado no dia 15 de agosto,  tem nomes diferentes, como Nossa Senhora Boa Viagem, Nossa Senhora da Glória ou da Abadia, Nossa Senhora da Luz. Para muitos católicos esse dogma nem traz problemas, nem soluções.

A Bíblia não fala nada a respeito do final da vida de Maria. São João mostra que ela na cruz foi adotada pela comunidade como mãe[1]. Lucas nos diz que ela estava junto com o grupo que se preparava para a vinda do Espírito Santo, em Pentecostes[2].

Maria está a serviço da comunidade cristã como mãe. Mas a Bíblia não conta os detalhes sobre a morte, idade e onde viveu seus últimos dias aqui na terra.

Nos primeiros séculos, os primeiros cristãos tinham muito cuidado em guardar os restos mortais dos santos, especialmente dos apóstolos e mártires. Não há, no entanto, nenhuma notícia sobre o corpo de Maria. No século IV na Igreja Oriental já se encontram notícias da festa devocional da “Dormição de Nossa Senhora” e do túmulo vazio, em uma capela em Jerusalém, em uma capela em Jerusalém. E no século VIII começa-se a criar uma história a dizer que Maria teria sido levada ao céu sem morrer. Está contada em alguns apócrifos, textos que a Igreja não reconhece como inspirados por Deus. Depois do dogma da Imaculada Conceição, houve outro movimento forte, para que a assunção de Maria se transformasse em dogma. Isso aconteceu em 1950, com o Papa Pio XII (mas a bula papal não entra em detalhes se Maria morreu ou não).


Nós cremos que a vida que Deus nos deu e nós cultivamos, não termina com a morte. Deus dá a todos a possibilidade de ressuscitar, de entrar na vida eterna.

No fim dos tempos Jesus vai voltar com glória e poder. Será a parusia. Haverá também a ressurreição final dos mortos, ou seja, cada um vai receber um corpo transformado, de acordo com a sua situação após a morte. A alma volta a se unir ao corpo. Não este corpo de carne e osso, que morre e estraga, mas um corpo glorificado. Maria, diferente de nós, não precisou esperar o fim dos tempos para receber um corpo glorificado. Hoje há outras maneiras de compreender a ressurreição dos mortos. O importante é crer que Maria já está glorificada junto de Deus, toda inteira. 

Não podemos entender ao pé da letra a assunção, como se Maria subisse ao Céu com o corpo que ela possuía aqui na terra com ossos, pele, carne e sangue. O corpo de Jesus ressuscitado e de Maria assunta não é como o de Lázaro[3] ou do filho da viúva de Naim[4]. Essas pessoas mais cedo ou mais tarde, voltaram a morrer, e seus corpos se estragaram. O corpo de Maria, ao contrário, foi transformado e assumido por Deus.

São Paulo nos diz que Jesus é o primeiro ressuscitado (cf. Cl 1,18; 1Cor 15,20-22) e que nós o seguiremos.

Cremos que Maria está junto de Jesus glorificada por inteiro. Deus assumiu e transformou toda sua história, suas ações e seu corpo. E como ela está na glória de Deus e dos santos, continua perto de nós, acompanhando-nos como mãe amorosa da fé.

A Assunção de Maria é a festa do seu destino de plenitude e bem-aventurança, da glorificação de sua alma imaculada e de seu corpo virginal, de sua perfeita configuração com Cristo Ressuscitado.