domingo, 11 de agosto de 2019

Semana Nacional da Família 2019 celebra os 25 anos do tema da Campanha da Fraternidade de 1994


Neste domingo (11), a Comissão Episcopal Pastoral Para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), iniciou a celebração da Semana Nacional das Famílias que segue até o dia 17.

Com a temática “A família, como vai?”, que celebra o jubileu de prata – 25 anos – da Campanha da Fraternidade de 1994, a proposta da Semana Nacional das Famílias é indicar a necessidade de a família vivenciar uma profunda experiência de Jesus e da sua Palavra para conseguir vencer os desafios e dificuldades que encontra em seu caminho, e assim compreender seu papel evangelizador na Igreja e na sociedade.

“Padre Roberto Lettieri” perde o estado clerical


“Padre Roberto Lettieri”,  fundador da  Fraternidade Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento, mais conhecida como Toca de Assis, perdeu o estado clerical. Isto significa dizer que ele não pode mais exercer as funções sacerdotais, como celebrar a missa e confessar penitentes,  a não ser em perigo de morte de um fiel. A decisão é resultado de um processo  eclesiástico, com detalhes públicos desconhecidos,  instaurado contra o sacerdote.

Em 2016, Às vésperas de completar vinte anos de sacerdócio, “Padre Roberto Lettieri” havia reaparecido publicamente com mensagem em vídeo e com página no Facebook. Na mensagem, retirada do ar,  o então padre fazia um agradecimento: “Minha gratidão à Igreja por todo cuidado comigo neste tempo, minha gratidão a você”. “Creio no Senhor que a minha volta está próxima”. “Será uma alegria está de volta, pregar o Evangelho, adorar ao Santíssimo Sacramento, poder manifestar publicamente meu amor aos sofredores de rua”, completou.

Contudo, não foi o que aconteceu. Roberto Lettieri foi afastado da Toca de Assis, em 2009. Dois anos depois, Dom Bruno Gamberini, o então arcebispo Metropolitano de Campinas, escreveu uma carta aos membros da Fraternidade dos Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento explicando a situação da instituição e de seu fundador. “Padre Roberto solicitou-me a permissão para recolhimento no eremitério franciscano do Getsêmani, em Jerusalém, local que permaneceu por livre vontade, até final de maio de 2010, quando retornou ao Brasil. Desde então, por motivos pessoais, encontra-se em residência particular na Arquidiocese de Campinas, sendo pessoalmente por mim acompanhado”.

Cardeais atacam Sínodo para a Amazônia


"As críticas de cardeais alemães ao Instrumentum Laboris (latim para "Instrumento de Trabalho") do Sínodo para a Amazônia – e que, indiretamente, atingem o papa Francisco – deverão marcar o encontro previsto para ocorrer em Roma, de 6 a 27 de outubro. Os dois textos mais enfáticos sobre o tema foram escritos pelo prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, Gerhard Muller, 71 anos, e por Walter Brandmüller, 90 anos. Brandmüller é um dos signatários de uma carta em que quatro cardeais pediam ao papa esclarecimentos sobre temas controversos da exortação apostólica Amoris Laetitia, escrita por Francisco e na qual alguns intérpretes veem a possibilidade de comunhão para católicos divorciados que estão em uma nova união civil. Tanto Muller quanto Brandmüller usaram termos como "heresia", "estupidez" e "apostasia" para se referir a trechos do documento que orientará o Sínodo para a Amazônia.

O Instrumentum Laboris não é escrito pelo papa, mas por uma equipe que tem a função de recolher opiniões por meio de consultas com lideranças religiosas e leigas, que no caso do Sínodo para a Amazônia ocorreram ao longo do primeiro semestre de 2018. O documento apresenta temas para discussão no evento, e após o Sínodo os participantes levam ao papa o resultado de seus debates. Só então o pontífice pode escrever o que se chama "exortação pós-sinodal", mas ele não é obrigado a endossar as conclusões do Sínodo caso não concorde com elas. Não existe um prazo definido para a publicação deste documento; nos sínodos anteriores realizados no pontificado de Francisco, sobre a família e sobre os jovens, a exortação pós-sinodal tem sido divulgada poucos meses depois do encerramento dos eventos.

O Sínodo da Amazônia terá cerca de 250 participantes, dos quais 61 brasileiros, sem contar os convidados do papa. Estarão presentes bispos dos nove estados que compreendem a Amazônia Legal brasileira (Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso), além de religiosos de outros países cortados pela floresta – Bolívia, Equador, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

Crítico aponta semelhanças com o marxismo

No livro recém-publicado Römische Begegnungen ("Encontros em Roma", em tradução livre), Muller acusa o papa Francisco de trabalhar pela dissolução da Igreja. No texto, há amplas críticas a aproximações com "política" e "intrigas", além de falas sobre uma secularização da Igreja ao modelo protestante. São amplas as queixas, por exemplo, à participação de Francisco na celebração dos 500 anos da Reforma Protestante, durante sua visita à Suécia, em 2017.

Quanto ao Sínodo da Amazônia, Muller concentra suas objeções aos conceitos de cosmovisão (com acenos a mitos e rituais evocando a "mãe natureza"), ecoteologia, cultura indígena e ministério sacerdotal, com a possibilidade de ordenar padres casados, presente no instrumento de trabalho. "A cosmovisão dos povos indígenas é uma concepção materialista semelhante ao marxismo e não é compatível com a doutrina cristã" afirmou o cardeal, em entrevista em 17 de julho. Em sua defesa, Muller, lembra que não é exatamente um eurocentrista que desconhece a realidade amazônica: por 15 anos ele visitou o Peru, em viagens regulares de ao menos três meses, nas quais manteve contatos constantes com Gustavo Gutiérrez, um dos fundadores da Teologia da Libertação."

Uruguai: Criam capela móvel para combater indiferença religiosa


Com o objetivo de combater a indiferença religiosa, uma capela móvel foi inaugurada em 4 de agosto e circulará no bairro Malvín Nuevo, em Montevidéu (Uruguai).

Pe. Omar Franca, pároco de Santa Bernadette, explicou ao Grupo ACI que foi iniciativa da comunidade levar a oração às feiras do bairro, onde circulam muitas pessoas para comprar frutas e verduras e “existe um bom ambiente de interação".

A capela móvel visa incentivar as pessoas que não frequentam a igreja por falta de tempo ou insegurança a rezar, mas, sobretudo, visa combater “a indiferença em relação ao religioso”, disse o sacerdote.

A iniciativa surge em um país com mais de 100 anos de secularização, onde, segundo uma pesquisa realizada em fevereiro de 2019, apenas 38% se declaram católicos e onde as celebrações católicas como o Natal ou a Semana Santa foram substituídas pelo Dia da Família e pela Semana do Turismo, respectivamente.

Por isso, Pe. Franca disse que querem ser uma “Igreja em saída, levar a Igreja para onde estão as pessoas. Assim como há unidades móveis de cuidados intensivos médicos, que atendem doentes, a capela móvel quer levar Deus e a Igreja para onde as pessoas estão”.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

'Na Amazônia ou fora da Amazônia, a Igreja não pode permitir confusão´, afirma Cardeal


O cardeal George Pell escreveu uma carta a apoiadores afirmando estar "perturbado" com os preparativos para o próximo sínodo na Amazônia.

O texto da carta manuscrita de duas páginas circulou entre um grupo de fiéis próximos ao Cardeal na Austrália.

Na carta, escrita na Melbourne Assessment Prison, cujas imagens foram partilhadas com Catholic News Agency, a agência em inglês do grupo ACI, com data de 1º de agosto, o purpurado também diz que durante seu encarceramento tem se sentido sustentado pela sua fé e pelas orações dos fiéis, e que está oferecendo seu sofrimento na prisão pelo bem da Igreja.

"O conhecimento de que meu pequeno sofrimento pode ser usado em prol de bons propósitos estando unido a Jesus me proporciona direção e propósito", escreve o Arcebispo Emérito na carta. "Desafios e problemas na vida da Igreja devem ser confrontados em um espírito similar de fé”, prossegue.

O prelado australiano afirma que os católicos "temos suficientes motivos para nos perturbarmos com o Instrumentum Laboris do Sínodo Amazônico", que foi publicado em junho, antes da reunião que se desenvolverá entre os dias 06 a 27 de outubro no Vaticano.

Esse documento, que tem sido fonte de discussão e comentários em nível mundial, incluiu a discussão sobre o tema da ordenação de homens casados com o fim de responder à escassez de vocações sacerdotais.

O documento de trabalho, que se chama "Uma Igreja com uma rosto amazônico", recomenda ainda que o Sínodo identifique "o tipo de ministério oficial que pode ser conferido à mulher, tendo em consideração o papel central que hoje ela desempenha na Igreja amazônica".

"Este não é o primeiro documento de baixa qualidade que o secretariado do Sínodo produz", escreve Pell.

Papa Francisco: "Sacerdotes casados" não é um tema importante do Sínodo da Amazônia


O Papa Francisco assegurou que a possibilidade de ordenar “viri probati”, homens idosos e casados ​​de comprovada virtude que possam remediar a ausência de sacerdotes em certas regiões, não será um tema central do próximo Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, que acontecerá em outubro, em Roma.

Em uma entrevista publicada nesta sexta-feira, 9 de julho, no jornal italiano ‘La Stampa’, o Santo Padre negou que este seja um dos principais temas do Sínodo: “Absolutamente não", assegurou Francisco. “É simplesmente um número do Instrumentum Laboris. O importante serão os ministros da evangelização e as diferentes formas de evangelizar”.

Na entrevista, o Pontífice disse que este evento, que acontecerá de 6 a 27 de outubro, "é filho da Laudato si’. Quem não a leu, nunca compreenderá o Sínodo na Amazônia”.

Francisco enfatizou que "Laudato si’ não é uma encíclica verde, é uma encíclica social baseada em uma realidade 'verde', a proteção da Criação".

Além disso, ressaltou que a razão pela qual foi decidido centrar no Sínodo na Amazônia é por causa da natureza emblemática deste espaço natural. “É um lugar representativo e decisivo. Junto com os oceanos, contribui decisivamente para a sobrevivência do planeta”.

“Muito do oxigênio que respiramos vem de lá. Portanto, o desmatamento significa matar a humanidade”.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

EUA: Jesuítas publicam artigo em defesa do comunismo


A revista America, órgão dos jesuítas nos Estados Unidos e que tem como redator-chefe o célebre “apóstolo dos LGBTs”, padre James Martin, publicou em sua última edição uma longa defesa do Comunismo dentro da Igreja.

A defesa católica do comunismo (“The Catholic Case for Communism”) é o título do artigo, no qual Dean Dettloff faz uma fervorosa defesa do Comunismo como uma ideologia não só compatível com a doutrina católica, mas idealmente adaptada aos seus fins.

Dettloff absolve de uma só vez o horror de mortes, repressão, opressão e miséria que o socialismo causou no mundo – como fazem todos os seus correligionários -, e concentra-se na teoria marxista para concluir que ela é uma valiosa expressão política da mensagem evangélica.

“Os comunistas perseguem o bem quando são perigosos”, conclui Dettloff. “Eles se opõem a um sistema econômico baseado na avareza, exploração e no sofrimento humano, afligindo os opulentos e consolando os aflitos. Em um mundo dominado por uma economia de morte, uma economia que está arruinando nossa ‘casa comum’, como nos disse o Papa Francisco, e se impondo como fim da história, devemos acrescentar: quando os comunistas se tornam perigosos é que são bons”.

Embora as palavras de Dettloff possam lembrar vagamente as do Papa Francisco, quando o Pontífice disse que “os comunistas pensam como os cristãos”, a ideia de que uma publicação supostamente ortodoxa possa aceitar como séria uma doutrina não só evidentemente incompatível com a religião, a que com maior sanha tentou destruí-la durante um século, mas também uma doutrina condenada pela Igreja, chega a ser perturbador, e é mais um indício da deriva rumo à confusão dos últimos anos.

Cardeal Marx: “Só os sacerdotes podem fazer homilias? Isso deve evoluir”


O Cardeal Reinhard Marx, Arcebispo de Munique e presidente da Conferência Episcopal Alemã, questionou se os leigos poderiam pregar a homilia durante a Missa, algo que iria contra as normas da Igreja.

O Purpurado fez estas declarações em um evento realizado no sábado, 20 de julho, com cerca de 120 leigos na casa de retiros Schloss Fürstenried, de acordo com uma nota da Arquidiocese de Munique.

Ele disse se sentir “um pouco decepcionado” com os sermões e homilias de algumas paróquias e questionou: “Como será a homilia no futuro? Por acaso apenas o sacerdote pode pregar? É necessário que isso evolua”.

O Arcebispo também indicou que poderiam ser incluídos alguns testemunhos ou material visual para dar “uma maior variedade às homilias”.

Ao ser perguntado posteriormente se os livros impressos poderiam ser substituídos por dispositivos eletrônicos, como tablets, na liturgia, o Cardeal respondeu negativamente, mas admitiu: “leio meu breviário no iPad”.

As declarações do Cardeal ocorreram no dia seguinte à divulgação feita pela Conferência Episcopal Alemã de algumas cifras dos católicos no país, entre as quais destaca que em 2018 mais de 216 mil fiéis deixaram a Igreja.

Um leigo pode pregar a homilia na Missa?

O Código de Direito Canônico de 1983, que contém as normas que regem a Igreja universal, estabelece que apenas os ministros ordenados, como o sacerdote ou o diácono, têm a faculdade de pregar a homilia.

Embora o mesmo código indique no cânone 766 que “os leigos podem ser admitidos a pregar na igreja ou oratório, se em determinadas circunstâncias a necessidade o exigir, ou em casos particulares a utilidade o aconselhar, segundo as prescrições da Conferência episcopal”, também afirma que tudo isso é possível “sem prejuízo” das disposições do cânon 767§1.

Este cânon, 767§1, afirma que “entre as várias formas de pregação sobressai a homilia, que é parte da própria liturgia e se reserva ao sacerdote ou diácono”.

Do mesmo modo, em 1987, o Conselho Pontifício para os Textos Legislativos, com a permissão do Papa São João Paulo II, respondeu a uma série de perguntas, entre as quais estava a seguinte: “Se o Bispo diocesano pode dispensar da prescrição do cânon 767, § 1, que reserva a homilia ao sacerdote ou diácono”. A resposta foi: “Negativo”.

Em 15 de agosto de 1997, o Vaticano publicou a instrução intitulada “Acerca de algumas questões sobre a colaboração dos fiéis leigos no sagrado ministério dos sacerdotes”, que trata, entre outros, do tema da homilia.

O documento foi aprovado por oito Dicastérios, entre os quais se encontram as congregações para o Clero, para a Doutrina da Fé, para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos; e os conselhos pontifícios para os Leigos e para a Interpretação dos Textos Legislativos.

O texto assinala que a homilia “é parte integrante da liturgia” e “durante a celebração eucarística a homilia deve ser reservada ao ministro sagrado, sacerdote ou diácono. Estão excluídos os fiéis não ordenados, ainda que exerçam a tarefa de ‘assistentes pastorais’ ou de catequistas em qualquer tipo de comunidade ou de agregação”.

O documento imediatamente explica a razão disso:

    “Não se trata, com efeito, de uma eventual maior capacidade expositiva ou de preparação teológica, mas de função reservada àquele que é consagrado com o sacramento da Ordem sagrada, razão porque nem mesmo o Bispo diocesano é autorizado a dispensar da norma do cânon, uma vez que não se trata de lei meramente disciplinar e sim de lei que diz respeito às funções de ensino e de santificação estreitamente ligadas entre si.”

O texto do Vaticano também afirma que os seminaristas não ordenados tampouco podem pregar a homilia e que “deve-se considerar ab-rogada pelo cân. 767, § 1 qualquer norma anterior que tenha permitido a pregação da homilia, durante a celebração da Santa Missa, por parte de fiéis não ordenados”.

Embora seja permitido algum eventual testemunho, o documento reforça que “não devem assumir características tais que os possam confundir com a homilia”.

O texto também admite a possibilidade de “diálogo” dirigido pelo sacerdote durante o sermão, mas sem delegar “a outrem o dever da pregação”.

Finalmente, o documento do Vaticano afirma que “a homilia não pode ser confiada em nenhum caso a sacerdotes ou diáconos que tenham perdido o estado clerical ou que, de algum modo, tenham abandonado o ministério sagrado”.