sexta-feira, 20 de julho de 2018

Mais um padre assassinado na Venezuela


A grave situação dos padres na Venezuela continua sendo uma das principais preocupações da Fundação Pontifícia ACN; a fundação lançou campanhas de apoio em vários países.

Mais um padre é assassinado na Venezuela em razão da onda de violência que varre o país. O Padre Irailuis García, da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, recebeu 3 tiros de indivíduos que roubavam sua van. O ocorrido se deu então no terreno paroquial da igreja, na terça-feira 9 de julho. Sua morte foi confirmada em um comunicado da Diocese de Barquisimeto, no nordeste do país. Ademais, o comunicado pedia orações pela alma do sacerdote.

Mortes anteriores

Devido à falta de informações confiáveis, é difícil dar uma estimativa do número de religiosos que foram assassinados nessa onda de violência que aflige a Venezuela nos últimos anos. É fato, entretanto, que a Igreja já sofreu com muitas mortes.

Em março de 2017, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia expressou sua tristeza pelo assassinato do padre colombiano Diego Bedoya Castrillón; ele foi assassinado em Aragua, Venezuela, durante um ataque ao convento da comunidade religiosa onde estava hospedado. Em 2016, Padre Darwin Gámez foi assassinado em ataque com faca em San Cristóbal, no sudeste do país; durante o que se presume ser um assalto enquanto ele realizava atividades esportivas.

Já em setembro de 2014, Padre Reinaldo Lures, capelão militar das Forças Armadas venezuelanas, foi vítima de sequestro e posterior assassinato. Além disso, nesse mesmo ano, dois salesianos – o irmão leigo Luis Heriberto Sánchez e o Padre Jesús Erasmo Plaza – morreram no Colégio Dom Bosco, em Valência; depois de terem sido espancados durante um assalto no edifício.

Onde não está o Espírito de Deus, está Satanás


Consideremos, em primeiro lugar, com que ditoso hóspede se entretém a alma, quando tem dentro de si o Espírito Santo. Ele é chamado na Escritura de Paráclito (Qui diceris Paraclitus), nome que significa, ao mesmo tempo, "consolador" e "intercessor": consolador, por causa das graças e consolações que Ele comunica à alma, tornando doces, em sua peregrinação mortal, todas as suas cruzes e trabalhos, e ajudando-a a superar todas as dificuldades e oposições; e intercessor, por suplicar para ela o espírito de oração, que Ele mesmo inspira, ensinando-a a rezar, agindo com ela e nela.

Ele é chamado o dom do Altíssimo por excelência (altissimi donum Dei), o maior presente que Deus nos pode conceder. Afinal, o que pode Ele nos dar que seja maior do que Ele mesmo? Ele é dom que abarca, pois, todos os outros.

Ele é chamado de fonte viva (fons vivus), ou fonte de água viva, jorrando para a vida eterna, revigorando o homem interior, amenizando o fogo da concupiscência, extinguindo toda sede pelas coisas deste mundo, e regando a alma com uma corrente perene de graças.

Ele é chamado de fogo (ignis), pelas chamas vivas de amor com que incendeia a alma; de unção da alma (spiritalis unctio), por difundir com doçura a Si mesmo por toda a alma, dando-lhe força e vigor. Ó, que mais pode querer a alma que com um tal hóspede se entretém? Não se antecipa nela, em certa medida, a alegria do Céu, tendo dentro de si o Rei dos céus com todas as suas graças?

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Ladrões invadem Catedral no centro de Campo Grande e destroem até parte do altar


A Paróquia Santo Antônio (Catedral Nossa Senhora da Abadia de Campo Grande), localizada na avenida Calógeras, foi arrombada na madrugada desta terça-feira (17). De acordo com publicação no Facebook do Padre Odair Costa, Cura da Catedral, possivelmente, os invasores estavam em busca de valores.

Na invasão foi destruído o sacrário – onde ficam reservadas as espécies consagradas do Pão distribuído na Santa Missa. A paróquia já tomou as medidas cabíveis. Hoje ocorreu uma missa de desagravo, com o Arcebispo, às 19 horas.

Feriram nosso Sagrado

Machucaram o nosso coração.

Infelizmente preciso informar publicamente, que nesta madrugada do dia 17 de julho de 2018, arrombaram nosso Templo e, provavelmente em busca de valor financeiro, destruíram nosso Sagrado, nosso maior BEM.

Arrebentaram e destruíram o nosso SACRÁRIO. Deus tenha misericórdia e compaixão desta pessoa. Com o coração dolorido, mas firme em Jesus já tomamos todas as providências necessárias.

Confira as fotos:

Por que Jesus chamou Pedro de 'Satanás'?


Todo ser humano tem um desígnio divino, ou seja, estar, fazer e viver na vontade de Seu Criador. Cumprir o chamado e a missão confiada por Deus desde o Batismo é o ponto essencial para a salvação pessoal e em alguns casos também para a salvação da família inteira. Por exemplo: para os casados Deus confiou uma família, para os profissionais de saúde Deus confiou os doentes, para o motorista os passageiros, para os padres e consagrados o seu rebanho, e assim por diante. Na parábola dos talentos o Senhor, por fim, dirá aos fiéis: “Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor.”(Mt 25,21).

A boca de Satanás

Os principais inimigos da nossa salvação são aqueles que, disfarçados de amigos e protetores nos levam ao afastamento da missão pessoal, estes se tornam em nossa vida a boca de satanás.

Quando alguém é boca de satanás? Quando repete as antigas palavras do paraíso, “oh, não! – tornou a serpente – vós não morrereis! Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem o do mal” (Gn 3,4-5).  A boca de satanás é aquela que tenta convencer que o errado é tolerável, afinal, o que importa é ser feliz aqui e agora, este tipo de interpretação da vida, leva o homem a soberba, “conhecedores do bem o do mal”, e a revoltar-se contra os preceitos e as leis divinas, ao proferir os mandamentos a seu povo Deus disse através da boca de Moisés: “Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar aos outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no reino dos céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no reino dos céus” (Dt 4,19). As leis divinas são dádivas de Deus,  quando cumpridas levam o homem a viver em paz neste mundo, mesmo em meio às tribulações inevitáveis, e a vida eterna. Com o salmista rezemos: “Louva Jerusalém ao Senhor;(…)nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos” (Sl147).

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Inimigos da Cruz de Cristo...


O mundo ocidental, fundado hoje numa sociedade de mentalidade imanentista, adoradora do bem-estar e do prazer, não compreende nem deseja compreender a linguagem da Cruz. Aliás, sobre isto a Escritura Santa sempre nos advertiu: "O que está em Deus, ninguém o conhece senão o Espírito de Deus. Quanto a nós, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que vem de Deus, a fim de que conheçamos os dons da graça de Deus. Desses dons não falamos segundo a linguagem ensinada pela sabedoria humana, mas segundo aquela que o Espírito ensina, exprimindo realidades espirituais em termos espirituais. O homem psíquico (aquele no simples limite de sua razão) não aceita oque vem do Espírito de Deus. É loucura para ele; não pode compreender, pois isso deve ser julgado espiritualmente (isto é, no Espírito do Cristo)"(1Cor 2,11ss).

Pode-se ter título universitário de teólogo, pode-se ser professor de teologia... sem piedade, sem oração, sem a obediência da fé, sem docilidade ao Espírito, somente se pensará e se falará segundo o mundo, segundo o homem carnal ou, pelo menos, segundo o homem psíquico. Não por acaso, Santo Atanásio de Alexandria, no século IV, observada: "Não se conhece a Divindade só com raciocínios, mas com a fé o raciocínios piedosos!"

Pois bem, vivendo neste mundo tão secularizado e insensível para Deus, a Igreja precisa sempre se converter, sim. Mas, não ao mundo pagão! A conversão da Igreja deverá ser sempre mais a Cristo, com todas as Suas exigências! Somente assim ela será sal e luz. Não são uma doutrina e uma moral feitas sob medida para o mundo que prestarão um serviço à humanidade! Uma Igreja sob medida não serveria para mais nada a não ser para ser jogada fora e pisada pelos homens!

A verdade é Cristo – e é o homem quem deve converter-se a Ele, não Ele ao homem. Os primeiros cristãos encantaram o mundo não facilitando as coisas, mas crendo no Senhor e amando-O de todo o coração, até a morte quando preciso. Penso, sinceramente, que o caminho que a Igreja deve percorrer é exatamente o oposto daquilo que muitos setores secularizastes da Igreja propõem. Sonho com uma Igreja cada vez mais fascinada por Cristo, que apresente o escândalo do Seu Evangelho sem medo nem meias palavras, na verdade que o Espírito infunde e sustenta, na alegria com a qual o Espírito do Ressuscitado embriaga os discípulos do Cristo. Sonho com uma Igreja de cristãos que não tenham medo de ser diferentes, de viver radicalmente na Palavra do Senhor e na fidelidade à Sua Igreja. Seremos, certamente, minoria, aquele pequeno rebanho que servirá de luz, sal e referencial para o mundo.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Sem medo de ser cristão


Hoje, mais que em qualquer outra época, caminhar pelas ruas de uma grande cidade como Roma é deparar-se com uma incrível mistura de pessoas, raças, culturas...

Caminho por Roma, tomo seu metrô, utilizo seus ônibus pensando na antiga Europa cristã...

Esta Europa não existe mais...

Existem sim, uma Europa e um Ocidente misturados, diversificados que, infelizmente, além de abertos aos demais (o que é bom), desconhecem e renegam seu passado cristão... e, desconhecendo suas gloriosas raízes cristãs, se desfiguram, se renegam a si mesmos...

Penso, então, em nós, “homens de Igreja”, tão preocupados em evangelizar: fazer novamente o Ocidente e a Europa conhecerem o Cristo e, mais ainda, plasmar uma nova cultura cristã, é o sonho e a obssessão de tantos de nós, “homens de Igreja”... Para isto, inventamos mil programas, mil modos para anunciar o Evangelho, levantamos mil hipóteses sobre o motivo da descristianização do mundo; culpamo-nos, culpamos a catequese, culpamos os erros históricos da Igreja, culpamos a liturgia...

Mas, nas nossas doutas análises – em geral tão pouco espirituais e tão desatentas ao Senhor – esquecemos o principal: o cristianismo não é uma proposta primeiramente a uma cultura, a um povo, a uma civilização;

o cristianismo é uma proposta a pessoas concretas, individuais, que, tendo a falta de juízo de acolher um Crucificado como Salvador, recebem o Batismo e entram no Povo santo de Deus, que é a Igreja...

segunda-feira, 16 de julho de 2018

O que é ser “Pobre em espírito”?


Em Seu notório “Sermão da Montanha”,  Nosso Senhor Jesus Cristo, o Novo Moisés, tal e qual ao Moisés do Antigo Testamento, que ao subir o Monte Sinai recebeu de Deus os Dez Mandamentos, subiu o Monte Tabor e deu-nos as Bem-Aventuranças, uma espécie de Dez Mandamentos do Novo Testamento.  Pelas Bem-aventuranças Ele revelou à toda a gente, de modo mais íntimo, a descrição de Seu rosto,  deixando-nos um modelo concreto para a imitação de Sua caridade.

Há cerca de um ano atrás, eu visitei ambos o Monte Sinai, no Egito e o Monte Tabor, em Israel, na Terra Santa. Santo é justamente o adjetivo mais apropriado para descrever ambos os lugares, não pelo simbolismo de tudo aquilo que representam, mas porque em ambos os casos,  pelo amor e misericórdia de Deus, fomos instruídos no caminho seguro para alcançarmos a verdadeira felicidade, que é perene e nos conduz à Deus.

Foi um programa de rádio que me inspirou a escrever  a entrada de hoje, mas também porque nos dias atuais tanto se fala em felicidade que, por vezes, já nem sabemos mais definí-la. A confusão é tamanha que felicidade virou sinônimo de riqueza, prosperidade, etc… Assim, no mundo de hoje, para amar e ser amado, para ser feliz e fazer alguém feliz ou demonstrar amor, parece que é necessário o dinheiro ou algum meio material.  Acerca disso, o Bem-aventurado John Henry Newman escreveu:

 «A riqueza é a grande divindade deste tempo: é a ela que a multidão, toda a massa dos homens, presta instintiva homenagem. Mede-se a felicidade pela fortuna, como pela fortuna se mede a honorabilidade […] Tudo provém desta convicção: com a riqueza, tudo se pode. A riqueza é, pois, um dos ídolos actuais: outro, é a notoriedade. […] A notoriedade, o facto de se ser conhecido e de dar brado no mundo (a que poderia chamar-se fama de imprensa), acabou por ser considerada como um bem em si mesma, um bem soberano, objecto, até, de verdadeira veneração»

Mas de que modo este pensamento dos nossos dias reconcilia-se com o ensinamento de Cristo: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus »?

Afinal, o que é ser “pobre em espírito”?

A palavra pobre parece representar “Anya” em Aramaico (em hebraico ‘Ani’), e significa rebaixado, aflito, miserável, pobre, enquanto manso é sim um sinônimo da mesma raiz, “ánwan” (hebraico ‘Anaw’), que convém “curvado” para baixo, humilde, manso, delicado. Alguns estudiosos atribuiriam à antiga palavra também o senso de humildade, outros pensam em “mendigos diante de Deus”, humildemente reconhecendo sua necessidade de ajuda divina. Mas a oposição à “ricos” nas “Bem-aventuranças” do Evangelho de Lucas (Lucas 6,24) aponta especialmente para o significado comum e óbvio, que, no entanto, não deve ser limitado à necessidade econômica e de socorro, mas pode compreender o conjunto da dolorosa condição dos pobres: seu baixo patrimônio, a sua dependência social, a sua exposição à injustiça, indefesos dos ricos e poderosos. 

Apesar da bênção do Senhor, a promessa do reino celestial não é agraciada na real condição externa de tal pobreza. Os verdadeiros bem-aventurados são os pobres “em espírito”, aqueles que por sua livre vontade estão dispostos a suportarem por amor de Deus esta condição dolorosa e humilde, apesar de, no presente, eles serem talvez realmente ricos e felizes, enquanto por outro lado, o homem realmente pobre pode ficar aquém desta pobreza “em espírito”, por ressentir sua condição, desejando para si sempre a riqueza material que não possui.

Mas ai de vós, os ricos, porque já tendes a vossa consolação! (Lucas 6,24)

Mas, então a Igreja Católica ensina que devemos ser pobres?

domingo, 15 de julho de 2018

Nicarágua: Ataques «brutais e arrogantes» contra um centro humanitário


A Arquidiocese de Manágua (capital da Nicarágua) publicou, este sábado, na rede social facebook que o Centro Social Jesus da Divina Misericórdia foi atacado de forma «brutal e arrogante» por polícias e paramilitares.

Para além do ataque à instituição onde se tratavam feridos, refere-se também que foram “mortas duas pessoas” e foram destruídos locais ligados à paróquia.

A Igreja Católica na Nicarágua manifestou a intenção de continuar a mediar o diálogo no país, tendo em vista o fim do clima de violência nesta nação centro-americana, apesar das ameaças de que tem sido alvo.

Numa mensagem partilhada pelo portal ‘Vatican News’, da Santa Sé, os bispos católicos da Nicarágua salientam que vão prosseguir “com o mesmo compromisso e entusiasmo” a “fornecer o serviço que o governo lhes pediu, como mediadores e testemunhas do diálogo nacional”.

O arcebispo de Manágua, cardeal Leopoldo Brenes, e o núncio apostólico D. Waldemar Stanislaw Sommertag, estão na referida paróquia e conseguiram que as ambulâncias entrassem no local para transferirem os feridos.

Os atos de violência ocorreram quando os prelados foram expressar sua proximidade a uma comunidade eclesial na cidade de Diriamba, pelas quatro mortes de seus membros ocorridas durante manifestações contra o governo.

O núncio na Nicarágua, Dom Waldemar Stanislaw Sommertag, disse que o Papa Francisco está “muito preocupado” com o ato de agressão contra os três bispos ocorrido na última segunda-feira e pede “que sejam respeitados os direitos humanos” de todos, não só dos bispos”.

“Nós deixamos de lado as ameaças e confiamos em Deus, que é o Senhor da história, da vida e de cada um de nós.”

Recorde-se que a Conferência Episcopal da Nicarágua tinha suspendido as sessões plenárias com representantes políticos e sociais, por considerar que não estavam reunidas as condições para continuar a desempenhar o seu papel, depois de vários bispos e sacerdotes terem sido vítimas de agressões físicas.