quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Cardeal Cordes responde ao Cardeal Marx: "Abençoar casais gays é sacrílego"


O Cardeal alemão Paul Josef Cordes, Presidente Emérito do Pontifício Conselho Cor Unum, afirmou que a iniciativa de oferecer bênçãos a casais gays, difundida por alguns de seus compatriotas bispos, é algo “sacrílego”.

Em um comentário publicado em 7 de fevereiro no site austríaco Kath.net, o Cardeal respondeu ao Cardeal Reinhard Marx, Presidente da Conferência Episcopal da Alemanha, que dias antes havia dito à rádio Bavarian State Broadcasting que “não pode haver regras” sobre o tema das bênçãos a casais gay e que “sim” é possível abençoar os casais homossexuais. Para o presidente do episcopado alemão, este é uma decisão que recai sobre “um sacerdote ou um agente de pastoral”.

Em seu comentário, o Cardeal Cordes questiona: “Uma bênção eclesiástica como confirmação de uma relação que é contrária à vontade de Deus? Isso é realmente sacrílego”.

“Qualquer um que reflita sobre isto por um só instante, descobrirá a verdadeira intenção daqueles preocupados” com as uniões homossexuais. “Neste caso, as pessoas não querem receber a assistência de Deus, e sim procuram, com seu pedido, o reconhecimento e a aceitação de seu estilo de vida homossexual assim como sua validação por parte da Igreja”, prossegue o Cardeal Cordes.

Em sua opinião, “a iniciativa do Cardeal Marx ignora a clara revelação de Deus” já que “a Igreja em seu cuidado pastoral une as Sagradas Escrituras à sua interpretação através do Magistério da Igreja”.

Assim, lamenta o purpurado, o Cardeal “Marx nem sequer menciona que a homossexualidade sempre contradiz a vontade de Deus” e que a ideia de abençoar os casais homossexuais é “assustadoramente ingênua”.

O Presidente Emérito do Pontifício Conselho Cor Unum considera deste modo que o Cardeal Marx “não compreende aqui a ideia de cuidado pastoral” e afirma: “as coisas que são contrárias a Deus são sempre um pecado”.

O Cardeal Cordes compara a ideia de abençoar os casais gays a benzer “as atividades dos mafiosos” ou “aceitar o cuidado pastoral para médicos que fazem abortos”.

“Que homem de Igreja é, assim, tão presunçoso para esperar mais salvação da sua confundida ‘compaixão’ que da escuta à vontade de Deus? Que servo sabe mais que seu Mestre?”

Sobre a intenção do Cardeal Marx, Dom Paul Josef Cordes meciona uma frase de Santo Agostinho “que mostra ao Cardeal (Marx) seus limites: ‘ama quem erra, mas combate com ódio seu erro! Sem orgulho desfrute por possuir a verdade e lute por ela com mansidão e bondade!’”

Cinzas de Conversão


Na quarta-feira de Cinzas, começa o tempo litúrgico da Quaresma, como nos lembra o Papa Francisco em sua mensagem para este ano, “para mais uma vez encontrar-nos com a Páscoa do Senhor! Todos os anos, com a finalidade de nos preparar para ela, Deus na sua providência oferece-nos a Quaresma, sinal sacramental da nossa conversão, que anuncia e torna possível voltar ao Senhor de todo o coração e com toda a nossa vida”.

“Desejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me inspirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no evangelho de Mateus: ‘Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos’ (24, 12). Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, quando Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a situação em que poderia encontrar-se a comunidade dos crentes: à vista de fenômenos espaventosos, alguns falsos profetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar-se, nos corações, o amor que é o centro de todo o Evangelho”.

“Como agem esses falsos profetas? Uns assemelham-se a ‘encantadores de serpentes’, ou seja, aproveitam-se das emoções humanas para escravizar as pessoas e levá-las para onde eles querem. Quantos filhos de Deus acabam encandeados pelas adulações dum prazer de poucos instantes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mulheres vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na realidade, os torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!”

Aberta a Campanha da Fraternidade de 2018: “Fraternidade e superação da violência”.


Na manhã desta quarta-feira, 14 de fevereiro, na sede provisória da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi aberta oficialmente a Campanha da Fraternidade (CF) 2018. Este ano, a Campanha trata da “Fraternidade e a superação da violência”. O presidente da entidade, cardeal Sergio da Rocha, e o secretário-geral, dom Leonardo Steiner, receberam autoridades para o evento: a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, o coordenador da Frente Parlamentar pela Prevenção da Violência e Redução de Homicídios, deputado Alessandro Molon, e o presidente da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Carlos Alves Moura.

Mensagem do Papa

O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Luís Fernando da Silva, leu para os presentes no evento a mensagem enviada pelo papa Francisco: “O perdão das ofensas é a expressão mais eloquente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Às vezes, como é difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração, a paz. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança é condição necessária para se viver como irmãos e irmãs e superar a violência”.

No final da Mensagem, papa Francisco pediu: “Peço a Deus que a Campanha da Fraternidade deste ano anime a todos para encontrar caminhos de superação da violência, convivendo mais como irmãos e irmãs em Cristo. Invoco a proteção de Nossa Senhora da Conceição Aparecida sobre o povo brasileiro, concedendo a Bênção Apostólica. Peço que todos rezem por mim”.

Mensagem do Papa Francisco por ocasião da Campanha da Fraternidade 2018


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO 
AOS FIÉIS BRASILEIROS 
POR OCASIÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2018

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Neste tempo quaresmal, de bom grado me uno à Igreja no Brasil para celebrar a Campanha “Fraternidade e a superação da violência”, cujo objetivo é construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência. Desse modo, a Campanha da Fraternidade de 2018 nos convida a reconhecer a violência em tantos âmbitos e manifestações e, com confiança, fé e esperança, superá-la pelo caminho do amor visibilizado em Jesus Crucificado.

Jesus veio para nos dar a vida plena (cf. Jo 10, 10). Na medida em que Ele está no meio de nós, a vida se converte num espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos (cf. Exort. Apost. Evangelii gaudium, 180). Este tempo penitencial, onde somos chamados a viver a prática do jejum, da oração e da esmola nos faz perceber que somos irmãos. Deixemos que o amor de Deus se torne visível entre nós, nas nossas famílias, nas comunidades, na sociedade.

“É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (1 Co 6,2; cf. Is 49,8), que nos traz a graça do perdão recebido e oferecido. O perdão das ofensas é a expressão mais eloquente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Às vezes, como é difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração, a paz. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver como irmãos e irmãs e superar a violência. Acolhamos, pois, a exortação do Apóstolo: “Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento” (Ef 4, 26).

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Austrália: Vaticano confirma excomunhão de sacerdote que violou segredo de confissão



A Arquidiocese australiana de Brisbane informou que um dos seus sacerdotes foi excomungado automaticamente depois de violar o segredo de confissão.

Assim indicou a Arquidiocese liderada por Dom Mark Coleridge em um comunicado divulgado em 7 de fevereiro.

A notícia do caso já foi divulgada por alguns meios, assinalando que foi o Papa teria excomungado Pe. Ezinwanne Igbo, quando na verdade foi o próprio sacerdote de origem nigeriana que incorreu na excomunhão automática.

O que o Vaticano fez foi confirmar a pena pela ofensa canônica cometida pelo sacerdote que servia na Paróquia Stella Maris, em Queensland, onde está localizada a Arquidiocese de Brisbane.

O caso teve início em 2016, quando a Arquidiocese recebeu várias reclamações sobre o sacerdote. Uma delas se referia a “uma ofensa canônica que resultou em excomunhão automática”.

A Santa Sé autorizou o início de uma investigação arquidiocesana, com a qual “foi confirmada a acusação de maneira unânime”, indica o texto.
Depois de concluir o processo local, refere o comunicado: “O Arcebispo enviou o processo à Santa Sé, que solicitou que se torne pública a excomunhão. Portanto, a Arquidiocese informa agora que Pe. Ezinwanne Igbo foi excomungado”.

O texto explica que, “enquanto a excomunhão estiver em vigor, Pe. Ezinwanne não pode presidir a celebração da Missa ou qualquer outra celebração de culto, nem pode celebrar ou receber os sacramentos e não pode exercer nenhum  ofício do ministério na Igreja”.

“A excomunhão continuará vigente até que Pe. Ezinwanne procure, e lhe concedam, a remissão do Papa, que é o único que pode concedê-la”.

Esta situação, concluiu o comunicado da Arquidiocese, “foi dolorosa para a paróquia” e, por isso, “pedimos para que rezem por todos aqueles que sofrem as consequências do que aconteceu. Que Maria, Stella Maris, guie a paróquia em seu caminho à paz”. 

Ninguém tem autoridade para realizar cerimônias de “bênção” de casais homossexuais, afirma bispo.



Só para esclarecer...

A internet é cheia de boatos, notícias falsas e informações inexatas...

Gira na rede que um importante cardeal teria admitido a possibilidade de abençoar pares homossexuais.

É verdade que isto foi dito? Não sei!

A informação é, realmente, esta? Não sei!

O cardeal pensa isto? Não sei! Prefiro achar que não...

Mas, coloco a questão em tese:

Seria possível abençoar um par homossexual?

A resposta firme e cristalina é NÃO!

Abençoar pessoas homossexuais é possível: são pessoas e, se batizados, são filhos de Deus.

Agora, abençoar uma união homossexual é contra as Escrituras e a perene Tradição da Igreja!

Ninguém, na Igreja, tem autoridade para fazê-lo, permiti-lo ou incentivá-lo!
 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Igreja dedicada aos 21 mártires cristãos decapitados pelo ISIS será inaugurada na Líbia


No dia 15 de fevereiro, a igreja dedicada aos 21 mártires coptas que foram decapitados na Líbia pelos terroristas do Estado Islâmico (ISIS) em 2015 será aberta no Egito.

A agência do Vaticano Fides informou que os parentes dos cristãos assassinados participarão. Ainda não foi confirmado se os restos mortais destes serão transferidos para o novo templo.

A construção começou  em abril de 2015 , com o apoio do governo egípcio, na cidade de Our, que está perto da aldeia de Samalot, na província de Minya, onde a maioria dos mártires veio. O ISIS sequestrou os 21 homens entre dezembro de 2014 e janeiro do ano seguinte na Líbia.

Seus corpos  foram encontrados em setembro de 2017  na cidade líbia de Sirte e posteriormente  identificados pelo Departamento de Medicina Forense do Egito .

A abertura da igreja foi marcada para 15 de fevereiro de 2018. Uma semana após o martírio, o Papa copta Tawadros II decidiu matriculá-los no livro dos mártires da Igreja Copta e estabeleceu que sua memória será celebrada nesse dia.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Campanha da Fraternidade 2018: "Fraternidade e superação da violência".



A Campanha da Fraternidade de 2018 tem como tema: “Fraternidade e superação da violência” e como lema: “Vós sois todos irmãos (Mt 23,8).

Segundo o texto-base: “o tema pretende considerar que a violência nunca constitui uma resposta justa. A Igreja Católica proclama, com a convicção de sua fé em Cristo e com a consciência de sua missão, que a violência é um mal, que a violência é inaceitável como solução para os problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira que se opõe à verdade de nossa fé, à verdade de nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos”.

O Objetivo Geral da campanha da Fraternidade 2018 é: “Constituir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”. Há também nesta Campanha sete Objetivos Específicos: