“A
cirurgia não te converte em uma mulher”, assegurou recentemente Walt Heyer,
ex-transexual que, após um encontro pessoal com Deus, se arrependeu de mudar de
sexo.
Heyer contou a sua história durante uma conferência do apostolado
Courage, em Phoenix (Estados Unidos) entre 9 e 11 de janeiro, na qual estiveram
presentes dezenas de membros do clero e apostolados de todo o país que buscam
servir melhor às pessoas que sentem atração pelo mesmo sexo ou enfrentam o tema
da transexualidade.
Heyer recordou o momento no qual começou a querer ser menina:
aos quatro anos sua avó o obrigava a colocar vestidos e, inclusive, fez um
vestido para ele.
Isto foi um segredo que ele não contou para os seus pais, a
pedido da sua própria avó.
“A partir deste vestido, começou uma vida cheia
de disforia de gênero, abuso sexual, alcoolismo, drogas e, finalmente, uma
cirurgia de mudança de sexo desnecessária. A minha vida foi destruída por um
adulto de confiança que gostava de me vestir como uma menina”, assegurou em seu
testemunho.
Aos 7 anos, Heyer levou para a sua casa aquele vestido e
escondeu em uma das suas gavetas. Pouco tempo depois, a sua mãe o encontrou e
repreendeu o menino. Nesse momento, ele decidiu contar para os seus pais que a
sua própria avó o vestia como uma menina durante anos.
Os
pais de Heyer não tinham o vocabulário ou recursos para saber como lidar com
esta situação. Seu pai reagiu com medo e tomou serias medidas disciplinares.
O tio de Heyer ficou sabendo desta história e começaram a zombar
dele. Eventualmente, abusou sexualmente do menino.
"Vemos que as pessoas que têm pensamento desordenado estão
sofrendo. O problema é que não sabemos o que devemos fazer com eles",
disse Heyer.
O desejo de ser uma mulher - de ser mais do que o menino
maltratado e ferido - permaneceu com Heyer durante a idade adulta, apesar de
ser casado com uma mulher e ter dois filhos.
Aos 42 anos, fez uma operação de mudança de sexo e pediu aos
seus amigos o chamassem de Laura Jensen.
"Tudo começou como uma fantasia e continuou do mesmo modo,
porque a cirurgia não te converte em uma mulher. Não é mais autêntico do que
uma falsificação de 20 dólares. Não se pode mudar biologicamente um homem para
uma mulher", detalhou.