domingo, 28 de fevereiro de 2016

São Serapião


Serapião foi um grande monge e bispo de Thmuis, no Egito. Temos poucas informações sobre ele, mas sabemos que estudo na escola catequética de Alexandria. Aí conheceu Santo Antão, de quem se fez discípulo e de quem herdou uma túnica de pêlo. São Serapião também foi grande amigo de Atanásio e lutou contra o arianismo.

Quando recebeu a indicação para tornar-se bispo, São Serapião mostrou um pouco triste em ter que abandonar a vida monástica. Para ele a vida de perfeição cristã era a vida do monge.

O santo que hoje comemoramos escreveu muitos livros e cartas pastorais. Quando Atanásio foi preso, Serapião foi até o imperador Constâncio II interceder pelo amigo, mas o grupo dos defensores da heresia ariana conseguiram derrubar Serapião e martirizá-lo em 370 no Egito.

O historiador Eusébio de Cesaréia registra seu martírio, com as seguintes palavras: "Preso Serapião em sua casa, foram-lhe infligidas cruéis torturas. Desfizeram-lhe todas as juntas dos membros e o precipitaram do andar de cima da casa, de cabeça para baixo".  


Querido Deus, mais uma vez celebramos a vida de um mártir. Ajudai-nos a seguir o exemplo da vida de São Serapião e buscar em primeiro lugar a Verdade, que vem do seu filho Jesus. Que nossa vida seja testemunha do amor de Deus e vivamos a vocação de ser sal da terra e luz do mundo. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Papa a jesuítas mexicanos: trabalhem pela dignidade de quem sofre


JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA

JUBILEU DA CÚRIA ROMANA

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica Vaticana
Segunda-feira, 22 de Fevereiro de 2016


A festa litúrgica da Cátedra de São Pedro vê-nos congregados para celebrar o Jubileu da Misericórdia como comunidade de serviço da Cúria Romana, do Governatorado e das Instituições ligadas à Santa Sé. Atravessando a Porta Santa, viemos até ao túmulo do Apóstolo Pedro para fazer a nossa profissão de fé; e hoje a Palavra de Deus ilumina de modo especial os nossos gestos.

Neste momento, a cada um de nós o Senhor Jesus repete a sua pergunta: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» (Mt 16, 15). Uma pergunta clara e directa, diante da qual não é possível fugir nem permanecer neutro, e nem sequer adiar a resposta ou delegá-la a uma outra pessoa. Mas ela não contém nada de inquisitivo, aliás, está cheia de amor! O amor do nosso únco Mestre, que hoje nos chama a renovar a fé nele, reconhecendo-o como Filho de Deus e Senhor da nossa vida. E o primeiro a ser chamado a renovar a sua profissão de fé é o Sucessor de Pedro, que tem a responsabilidade de confirmar os irmãos (cf. Lc 22, 32).

Deixemos que a graça volte a plasmar o nosso coração para acreditar, e abra a nossa boca para cumprir a profissão de fé e alcançar a salvação (cf. Rm 10, 10). Portanto, façamos nossas as palavras de Pedro: «Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo!» (Mt 16, 16). O nosso pensamento e o nosso olhar permaneçam fixos em Jesus Cristo, princípio e fim de qualquer obra da Igreja. Ele é o fundamento, e ninguém pode pôr outro diferente (cf. 1 Cor 3, 11). Ele é a «pedra» sobre a qual devemos edificar. Recorda-o santo Agostinho com palavras expressivas, quando escreve que a Igreja, não obstante agitada e abalada pelas vicissitudes da história, «não desaba, porque está fundamentada sobre a pedra, da qual deriva o nome Pedro. Não é a pedra que haure o seu nome de Pedro, mas é Pedro que o recebe da pedra; assim como não é o nome Cristo que deriva de cristão, mas o nome cristão que provém de Cristo. [...] A pedra é Cristo, sobre cujo fundamento também Pedro foi edificado» (In Joh. 124, 5: PL 35, 1972).

Desta profissão de fé deriva para cada um de nós a tarefa correspondente ao chamamento de Deus. Em primeiro lugar, aos Pastores é pedido que tenham como modelo o próprio Deus que cuida do seu rebanho. O profeta Ezequiel descreveu o modo como Deus age: Ele vai à procura da ovelha tresmalhada, reconduz ao aprisco a perdida, cura aquela que se feriu e restabelece a que está doente (cf. 34, 16). Um comportamento que é sinal do amor sem fim. É uma dedicação fiel, constante e incondicional, para que a sua misericórdia possa chegar a todos aqueles que são os mais frágeis. E, todavia, não devemos esquecer que a profecia de Ezequiel nasce da constatação das faltas dos pastores de Israel. Portanto far-nos-á bem, também a nós, chamados a ser Pastores na Igreja, deixar que a Face do Deus Bom Pastor nos ilumine, nos purifique, nos transforme e nos restitua plenamente renovados à nossa missão. Que também nos nossos ambientes de trabalho possamos sentir, cultivar e praticar um forte sentido pastoral, antes de tudo em relação às pessoas que encontramos todos os dias. Que ninguém se sinta ignorado nem maltratado, mas cada um possa experimentar, antes de tudo aqui, a atenção carinhosa do Bom Pastor. 

Papa: nenhuma condenação à morte seja executada no Ano da Misericórdia


PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça São Pedro
II Domingo de Quaresma, 21 de Fevereiro de 2016


Amados irmãos e irmãs, bom dia!

O segundo domingo de Quaresma apresenta-nos o Evangelho da Transfiguração.

A viagem apostólica que realizei nos dias passados ao México foi uma experiência de transfiguração. Porquê? Porque o Senhor nos mostrou a luz da sua glória através do corpo da sua Igreja, do seu Povo tantas vezes oprimido, desesperado, violado na sua dignidade. Com efeito, os diversos encontros vividos no México foram cheios de luz: a luz da fé que transfigura os rostos e ilumina o caminho.

O «centro de gravidade» espiritual da minha peregrinação foi o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Permanecer em silêncio diante da imagem da Mãe era o que antes de tudo me propunha. E dou graças a Deus porque mo concedeu. Contemplei, e deixei-me olhar por aquela que tem impressos nos seus olhos os olhares de todos os seus filhos, e recolhe os sofrimentos devidos à violência, aos raptos, aos assassínios, aos abusos com dano para tanta pobre gente, tantas mulheres. Guadalupe é o Santuário mariano mais frequentado no mundo. De toda a América vão rezar ali onde a Virgen Morenita se mostrou ao índio são Juan Diego, dando início à evangelização do continente e à sua nova civilização, fruto do encontro entre as diversas culturas.

Foi precisamente esta a herança entregue pelo Senhor ao México: preservar a riqueza da diversidade e, ao mesmo tempo, manifestar a harmonia da fé comum, uma fé genuína e robusta, acompanhada por uma grande carga de vitalidade e de humanidade. Tal como os meus Predecessores, também eu fui para confirmar a fé do povo mexicano, mas contemporaneamente para ser confirmado; recolhi de mãos-cheias este dom para que seja em benefício da Igreja universal.

Um exemplo luminoso do que estou a dizer é dado pelas famílias: as famílias mexicanas acolheram-me com alegria como mensageiro de Cristo, Pastor da Igreja; mas por sua vez deram-me testemunhos límpidos e fortes, testemunhos de fé vivida, de fé que transfigura a vida, e isto para a edificação de todas as famílias cristãs do mundo. E o mesmo se pode dizer para os jovens, para os consagrados, para os sacerdotes, para os trabalhadores e para os presos.

Por isso dou graças ao Senhor e à Virgem de Guadalupe pelo dom desta peregrinação. Além disso, agradeço ao Presidente do México e às demais Autoridades civis pelo caloroso acolhimento: agradeço vivamente aos meus irmãos no Episcopado, e a todas as pessoas que colaboraram de tantas maneiras.

Elevemos um louvor especial à Santíssima Trindade por ter querido que, nesta ocasião, se realizasse em Cuba o encontro entre o Papa e o Patriarca de Moscovo e de toda a Rússia, o querido irmão Cirilo; um encontro tão desejado inclusive pelos meus Predecessores. Também este evento é uma luz profética de Ressurreição, da qual hoje o mundo precisa como nunca. A Santa Mãe de Deus continue a guiar-nos no caminho da unidade. Rezemos a Nossa Senhora de Kazan’, da qual o Patriarca Cirilo me ofereceu um ícone.

Depois do Angelus 

Imagem da Virgem de Lourdes foi profanada no Chile


O Santuário de Lourdes localizado na capital Santiago (Chile) sofreu um novo ataque na madrugada da segunda-feira, 22. Desconhecidos invadiram o lugar e destruíram o local onde se acendem velas e os arranjos de flores deixados como oferta pelos devotos à Virgem e cortaram a fiação elétrica e o som do local.

Quando os funcionários, religiosos e também peregrinos do Santuário viram os estragos deste ataque, começaram a organizar, limpar e sobretudo manter um clima de calma e oração para participar logo depois de uma Eucaristia de desagravo presidida pelo Bispo Auxiliar de Santiago, Dom Galo Fernández, neste mesmo dia.

Em sua homilia Dom Fernández convidou a “pensar naquelas pessoas que tiveram experiências negativas em suas famílias, que estão sofrendo, ou estão com raiva pelas perdas de um ser querido devido a alguma doença. Às vezes, não sabem enfrentar adequadamente esta situação e revelam-se contra Deus”.

“Jesus nos pede olhar aqueles que não o conhecem, aqueles que por algum motivo têm o coração rebelde e muito longe d’Ele. Jesus Cristo sempre está com o olhar e o coração atento para ver mais longe, para aproximar-se daqueles que estão longe”, disse o Prelado segundo informou o Escritório de Comunicações do Arcebispado de Santiago. 

Falsear o nome ou figura de Jesus «desqualifica» os seus autores


O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou hoje à Agência ECCLESIA que a utilização da frase “Jesus também tinha dois pais” num cartaz sobre a adoção por casais do mesmo sexo “falseia uma verdade” e “desqualifica quem a propaga”.

D. Manuel Clemente disse que Jesus sempre se referiu a Deus “como Seu Pai”, tinha uma mãe, Maria, e um pai adotivo, na “terminologia atual”, que era José.

“Utilizar o nome de Jesus ou a figura de Jesus para dizer outra coisa é uma mentira que desqualifica quem a propaga”, sustentou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

D. Manuel Clemente disse a respeito do cartaz divulgado esta quinta-feira pelo Bloco de Esquerda, onde se apresenta a figura de Jesus com a afirmação de que “também tinha dois pais” que é a “pior das mentiras”.

“O meu comentário só pode ser negativo porque falseia uma verdade e essa é a pior das mentiras”, sublinhou. 

Milícia do Rio ameaça padre que acolhe refugiados em Brasília


A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga ameaças de morte ao padre polonês Pedro Stepien, que desde ano passado acolhe no Distrito Federal 15 pessoas de cinco famílias cariocas expulsas de um condomínio do 'Minha Casa, Minha Vida', em Campo Grande, Zona Oeste.

A região é controlada pela milícia chamada 'Liga da Justiça'. Os policiais milicianos invadiram e se apossaram de dezenas de apartamentos. Há relatos até agora de sete mortes de quem resistiu às ordens. E um homem entrou no programa de proteção a testemunhas, do governo do Estado.

E pelo ocorrido com o padre, os milicianos estão muito bem informados sobre os paradeiros das famílias na capital federal. As famílias também correm risco de vida.


Há três dias, o padre Stepien passou a receber mensagens ameaçadoras no seu celular, pelo aplicativo Whatsapp, e o caso chegou ontem ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O ministro avalia pedir a Polícia Federal para entrar na investigação, pelo cenário envolver denúncias em um programa federal.

O religioso já entregou seu celular às autoridades. “O que você está fazendo no Congresso? Não adianta pedir ajuda a político porque muitos nos devem favores'', registra a última mensagem recebida pelo padre.

Busquemos a Deus, único bem verdadeiro


Onde está o coração do homem está também o seu tesouro; pois Deus não costuma negar o bem aos que lhe pedem.

Porque o Senhor é bom, e é bom sobretudo para os que nele esperam, unamo-nos a ele, permaneçamos com ele de toda a nossa alma, de todo o coração e de todas as forças, para vivermos na sua luz, vermos a sua glória e gozarmos da graça da felicidade eterna. Elevemos nossos corações para esse bem, permaneçamos e vivamos unidos a ele, que está acima de tudo quanto possamos pensar ou imaginar; e concede a paz e a tranquilidade perpétuas, uma paz que ultrapassa toda a nossa compreensão e sentimento.

É esse o bem que tudo penetra; todos vivemos nele e dele dependemos; nada lhe é superior, porque é divino. Só Deus é bom e, portanto, o que é bom é divino e o que é divino é bom; por isso se diz no salmo: Vós abris a mão e todos se fartam de bens (Sl 103,28). É, com efeito, da bondade de Deus que nos vêm todos os bens, sem nenhuma mistura de mal.

Esses bens são os que a Escritura promete aos fiéis, dizendo: Comereis dos bens da terra (Is 1,19).

Nós morremos com Cristo e trazemos em nosso corpo a morte de Cristo, para que também a vida de Cristo se manifeste em nós. Portanto, já não é a nossa própria vida que vivemos, mas a vida de Cristo: vida de inocência, vida de castidade, vida de sinceridade e de todas as virtudes. Também ressuscitamos com Cristo; vivamos, pois, unidos a ele, subamos com ele, a fim de que a serpente não possa encontrar na terra o nosso calcanhar e feri-lo.

Fujamos daqui. Podes fugir com o espírito, embora permaneças com o corpo; podes ficar aqui e estar ao mesmo tempo junto do Senhor, se teu coração estiver unido a ele, se teus pensamentos se fixarem nele, se percorreres seus caminhos, guiado pela fé e não pelas aparências, se te refugiares junto dele – que é nosso refúgio e nossa força, como disse Davi: Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor, que eu não seja envergonhado para sempre (Sl 70,1).

Já que Deus é o nosso refúgio, e Deus está nos céus e no mais alto dos céus, é preciso fugir daqui para as alturas onde reina a paz, onde repousaremos de nossas fadigas, onde celebraremos o banquete do grande sábado, como disse Moisés: O repouso sabático da terra será para vós ocasião de festim (Lv 25,6). Descansar em Deus e contemplar as suas delícias é, na verdade, um banquete, cheio de alegria e felicidade.

Fujamos, como os cervos, para as fontes das águas. Que a nossa alma sinta a mesma sede de Davi. Qual é esta fonte? Escuta o que ele diz: Em vós está a fonte da vida (Sl 35,10). Diga minha alma a esta fonte: Quando terei a alegria de ver a face de Deus? (Sl 41,3). Porque a fonte é o próprio Deus. 


Do Tratado sobre a fuga do mundo, de Santo Ambrósio, bispo

(Cap.6,36; 7,44: 8,45;9,52:CSEL32,192.198-199.204)            (Séc.IV)

Frases sobre o Aborto!


“Não matarás” (Êxodo 20,13).

Madre Tereza de Calcutá:

Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos Aids, mas matar crianças inocentes não nos assusta. 

Um país que aceita o aborto não está apto a ensinar os seus cidadãos a amar, mas a usar a violência para obter o que querem. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto.

Eis porque o aborto é um pecado tão grave. Não somente se mata a vida, mas nos colocamos mais alto do que Deus; os homens decidem quem deve viver e quem deve morrer. 

A pior calamidade para a humanidade não é a guerra ou o terremoto. É viver sem Deus. Quando Deus não existe, se admite tudo. Se a lei permite o aborto e a eutanásia, não nos surpreende que se promova a guerra!”. 

O mundo que Deus nos deu é mais do que suficiente. Segundo os cientistas e pesquisadores, para todos; existe riqueza mais que de sobra para todos. É só uma questão de reparti-la bem, sem egoísmo. O aborto pode ser combatido mediante a adoção. Quem não quiser as crianças que vão nascer, que as dê a mim. Não rejeitarei uma só delas. Encontrarei uns pais para elas. Ninguém tem o direito de matar um ser humano que vai nascer: nem o pai, nem a mãe, nem o estado, nem o médico. Ninguém. Nunca, jamais, em nenhum caso. Se todo o dinheiro que se gasta para matar, fosse gasto em fazer com que as pessoas vivessem, todos os seres humanos vivos e os que vêm ao mundo viveriam muito bem e muito felizes. Um país que permite o aborto é um país muito pobre, porque tem medo de uma criança, e o medo é sempre uma grande pobreza. Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos Aids, mas matar crianças inocentes não nos assusta. 

Mas eu sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança - um assassinato direto da criança inocente - assassinato pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo sua própria criança, como nós podemos dizer para outras pessoas que não matem uns aos outros?