sexta-feira, 22 de maio de 2015

Maria, um presente carinhoso do amor de Deus


Mães, mulheres casadas, solteiras, religiosas, idosas ou jovens, todas são a encarnação viva da ternura, bondade e amor de Deus Pai no tempo.

Do Gênesis ao Apocalipse a presença e missão de Maria é anunciada. Deus a apresentou como a mulher que haveria de “calcar a cabeça da serpente”, destruindo o mal (Gn 3,14-15). Está igualmente visualizada nas figuras das grandes mulheres bíblicas do AT, como Ester, Judite, Rebeca, etc. É anunciada pelo profeta Isaías como a jovem que nos traria o Salvador (Is 7,14). No NT é o próprio Deus Quem através do anjo Gabriel a apresenta em sua grande missão no plano divino e humano: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28s). Isabel, sua prima, proclama: “Donde me vem a honra de receber a Mãe de meu Salvador?” (Lc 1,43), e Maria mesmo profetiza, “todas as gerações me proclamarão bem-aventurada” (Lc 1,48).  “Apareceu no céu uma mulher vestida de sol tendo debaixo dos pés a lua ...” (Ap 12,1s). E acima de tudo, foi próprio Jesus Quem a deu como Mãe nossa e Mãe da Igreja ao pé da cruz: “Mãe, eis ai teu filho, filho eis ai tua Mãe” (Jo 19,26).

Maria é presença no Pentecostes, na vida da Igreja nascente, como através dos dois mil anos da história do cristianismo. Sua missão é muito clara. Basta recordar sua intercessão em Lourdes, França, pedindo nossa conversão. Em Fátima, Portugal, pedindo que rezássemos o terço para a conversão dos pecadores. Em Guadalupe, México, interveio a favor dos índios como seus filhos queridos. Em Aparecida, Brasil, pede para que acolhamos os negros e os menos favorecidos como seus filhos queridos. E agora em Medjugorje pede insistentemente para que nos convertamos e acolhamos a seu Filho amado, Jesus. Maria nos orientou e nos orienta sempre para o seu Filho amado, Jesus. 

Rezemos pelo povo do Burundi, pede Papa


PAPA FRANCISCO
 REGINA COELI

Praça São Pedro
Domingo, 17 de Maio de 2015


Caros irmãos e irmãs

No final desta celebração, desejo saudar todos vós que viestes prestar homenagem às novas Santas, de maneira particular as Delegações oficiais da Palestina, da França, da Itália, de Israel e da Jordânia. Saúdo carinhosamente os Cardeais, os Bispos e os sacerdotes, assim como as filhas espirituais das quatro Santas. Por sua intercessão, o Senhor conceda um renovado impulso missionário aos respectivos países de origem. Inspirando-se no seu exemplo de misericórdia, de caridade e de reconciliação, os cristãos destas terras olhem com esperança para o futuro, continuando a percorrer o caminho da solidariedade e da convivência fraterna.

Faço extensivas as minhas saudações às famílias, aos grupos paroquiais, às associações e às escolas aqui presentes, de forma particular aos crismandos da Arquidiocese de Génova. Dirijo um pensamento especial aos fiéis da República Checa, congregados no santuário de Svaty Kopećek, nos arredores da cidade de Olomuc, que hoje recordam o vigésimo aniversário da visita de são João Paulo II. 

"Sobre ‘cristianofobia’ a política não tem nada a dizer?"


Acolhendo o convite da Conferência Episcopal Italiana para oferecer a vigília de Pentecostes pelos mártires contemporâneos, pelos cristãos e pessoas cujo direito à vida e à liberdade religiosa é violado, Assis, a "cidade da paz", lança um forte apelo ao mundo e convida a rezar no sábado, 23 de maio às 21:00 (hora local), na da Catedral de San Rufino, durante a vigília de Pentecostes.

O bispo da diocese, Dom Domenico Sorrentino, mais uma vez, chama a atenção do mundo político e da sociedade civil.

"Infelizmente, a opinião pública muitas vezes indignada e que protesta em outras frentes de direitos humanos violados - disse Dom Sorrentino - agora parece assistir inerte este espetáculo. Como explicar esse silêncio? Deve-se reconhecer certamente que a solução não é fácil. Mas também deve ser salientado que recursos para uma intervenção armada, não poucas vezes, demonstrou que não é a solução". 

Santa Rita de Cássia - 22 de maio


Rita nasceu por volta do ano de 1381 em Roccaporena, uma aldeia situada na Prefeitura de Cássia na província de Perugia, filha de Antonio Lotti e Camata Ferri. Os seus pais eram pessoas de fé e a situação econômica não era das melhores, mas decorosa e tranquila.

A história de Santa Rita foi repleta de eventos extraordinários e um destes se mostrou na sua infância. São situações que a tradição dos cristãos quis expressar a missão e vocação dela. A criança, talvez deixada por alguns minutos sozinha em uma cesta na roça enquanto os seus pais trabalhavam na terra, foi circundada dá um enxame de abelhas. Estes insetos recobriram a menina mas estranhamente não a picaram. Um caipira, que no mesmo momento havia ferido a mão com a enxada e estava correndo para ir curar-se, passou na frente da cesta onde estava deitada Rita. Viu as abelhas que rodeavam a criança, começou a mandá-las embora e com grande estupor, à medida que movia o braço, a ferida se cicatrizava completamente.

Rita teria desejado ser monja, todavia ainda jovem (aos 13 anos) os pais, já idosos, a prometeram em casamento a Paulo Ferdinando Mancini, um homem conhecido pelo seu caráter iroso e brutal. Santa Rita, habituada ao dever não opôs resistência e se casou com o jovem oficial que comandava a guarnição de Collegiacone, presumivelmente entre os 17-18 anos, isto é, em torno aos anos 1387-1388.

Do casamento entre Rita e Paulo nasceram dois filhos gêmeos; Giangiacomo Antonio e Paulo Maria que tiveram todo o amor, a ternura e os cuidados da mãe. Rita conseguiu com o seu doce amor e tanta paciência a transformar o caráter do marido, o fazendo ser mais dócil.

Tiveram dois filhos, e ela buscou educá-los na fé e no amor. Porém, eles foram influenciados pelo pai, que antes de se casar se apresentava com uma boa índole, mas depois se mostrou fanfarrão, traidor, entregue aos vícios. E seus filhos o acompanharam. 

Afinal, os padres são ou não obrigados a usar um hábito eclesiástico?


Após o advento do Concílio Vaticano II criou-se a impressão errônea de que o hábito eclesiástico não era mais necessário. Não há nada nos diversos documentos conciliares que corrobore ou justifique tal impressão, mas é certo que ela se alastrou e muitos sacerdotes passaram a não mais usar o hábito sob alegação de que a lei universal fora revogada. Existe, porém, vasta documentação sobre o tema, sempre no sentido da obrigatoriedade do uso. O Código de Direito Canônico de 1983, assinado pelo Bem-aventurado Papa João Paulo II, no cânon 284, por exemplo, diz:

"Cân. 284 Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais."

A Igreja entende como ‘clérigos’, os padres, bispos e cardeais e como ‘hábito eclesiástico’ o clergyman, a batina ou os hábitos religiosos. Com respeito à tradução, existe uma pequena observação a ser feita. O original do mesmo cânon diz:

"Can. 284. – Clerici decentem habitum ecclesiasticum, iuxta normas ab Episcoporum conferentia editas atque legitimas locorum consuetudines, deferant."

A palavra decentem, ao pé da letra quer dizer decente, contudo, o sentido mais exato seria o da palavra decoroso. A palavra ‘conveniente’ traduz a ideia de que ‘pode não convir’ e não é esse o sentido adequado. A melhor tradução seria, talvez, decoroso, pois tem a ver com dignidade.

Outra observação diz respeito à expressão ‘hábito eclesiástico’. Por hábito é preciso compreender roupa e por eclesiástico, ‘que pertence à Igreja’ ou ‘homem dedicado ao serviço da Igreja’; assim, hábito eclesiástico é uma roupa distintiva do homem comum, especial para aquele que pertence à Igreja. Devido às diferenças climáticas, culturais e outras, o Papa deixa a cargo das Conferências Episcopais a definição dos detalhes; porém, a norma geral está dada: é obrigatório.


Ainda sobre o texto do cânon 284, tem-se a expressão ‘legítimos costumes locais’, ou seja, não se trata de qualquer costume, mas tão somente os legítimos, de acordo com a lei. E a lei diz que deve haver o hábito eclesiástico.

Em 1987, foi publicada uma norma especial para o Brasil, redigida pelo então secretário da Congregação para os Bispos, Dom Lucas Moreira Neves. A norma é bem intencionada, mas é confusa em sua linguagem. Veja:

"Usem os clérigos um traje eclesiástico digno e simples, de preferência, o clergyman ou batina." 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Fracasso total: Coalizão para Reforma Política, encabeçada por CNBB, não consegue nem metade da assinaturas pretendidas.


No Dia Nacional de Mobilização contra a Constitucionalização da Corrupção, mais de duas mil pessoas participaram de ato cultural e caminhada em favor da Reforma Política Democrática. O evento, organizado pela Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, ocorreu nesta quarta-feira, 20,  em Brasília, às 9h. 

A caminhada iniciou em frente à catedral metropolitana e seguiu até o Congresso Nacional, para a entrega das assinaturas já coletadas, em favor da Reforma Política Democrática. Ao todo, foram entregues 630.089 assinaturas (entre físicas e eletrônicas). A coleta continua, com a meta de alcançar 1,5 milhão de assinaturas.

“Jamais perderemos a esperança”, afirma o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão para Acompanhamento da Reforma Política da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joaquim Mol. “Que este Congresso Nacional veja que as mais de 600 mil assinaturas representam a vontade do povo brasileiro em mudar. A democracia brasileira só tem como avançar se as empresas forem extirpadas de vez da política”, pontua dom Joaquim. 

Ninguém nos vê chorar


O ataque terrorista contra o escritório da revista francesa "Charlie Hebdo" em Paris chocou o mundo. Oito vítimas trabalhavam para a revista e duas eram policiais. Um funcionário do prédio e um visitante também morreram. Mais tarde, quatro pessoas que ficaram reféns num supermercado judaico também foram assassinadas. No entanto, menos atenção foi dada quando houve reações violentas e ataques vingativos em vários países islâmicos contra cristãos e igrejas cristãs, depois que a revista publicou novamente caricaturas de Maomé, apenas uma semana após ao ataque em Paris.

O mundo quase não prestou atenção na violência que inocentes tiveram que suportar. Uma onda especialmente violenta de ataques foi desencadeada contra os cristãos do Níger, país da África Ocidental. Os ataques resultaram em saques e incêndios que destruíram doze das quatorze igrejas católicas da capital, Niamey. Dois conventos de freiras também foram atacados.

Entre os locais muito fortemente atingidos estava a paróquia católica da cidade de Zinder. A igreja local já havia sido atacada e incendiada anteriormente em 2012. Nos ataques recentes, nada da paróquia foi poupado. O presbiterio, a escola primária católica, o convento das irmãs, as salas para o catecismo e outros programas educacionais, os quartos de hóspedes e todos os veículos da paróquia, tudo foi saqueado e queimado. Em resumo, tudo que não estava pregado no chão foi saqueado e o que restou foi queimado e reduzido a cinzas. Até mesmo as casas dos cristãos foram saqueadas e incendiadas na mesma ocasião. O fato que ninguém perdeu a vida durante estes ataques, só pode ser atribuído à Divina Providência, explicou o administrador apostólico da arquidiocese. 

CELAM divulga mensagem final da Assembleia 2015


MENSAGEM DA XXXV 
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
DO CONSELHO EPISCOPAL 
LATINOAMERICANO (CELAM)

Santo Domingo (República Dominicana), 12 a 15 de maio de 2015

Aos Bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas do povo católico que peregrina como Igreja na América Latina e Caribe:

Reunidos para celebrar a XXXV Assembleia Geral Ordinária do Conselho Episcopal Latino-americano CELAM, na cidade de Santo Domingo, nos dias 12 a 15 de maio de 2015, enviamos-lhes nossa saudação com a alegria que brota da Palavra da Vida que se manifestou a nós (Cf. 1Jo 1, 1).

A comemoração dos 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, dos 60 anos de existência do CELAM, a próxima beatificação de Mons. Oscar Arnulfo Romero e dos três presbíteros missionários que deram sua vida como mártires na América Latina: Michele Tomaszek, Zbigneo Strzalkowski y Alessandro Dordi; assim como a expectativa da próxima visita do Papa Francisco ao nosso continente, constituem o contexto propício para assumir, com gratidão e esperança, os novos desafios que se apresentam às nossas Igrejas Particulares.
A experiência fraterna vivida durante esses dias nos permitiu, como discípulos-pastores, compartilhar a mesma fé e o mesmo sentimento, no firme compromisso de anunciar a Jesus Cristo vivo e misericordioso. Assim o apresenta a nossa caminhada eclesial dos últimos quatro anos e assim o testemunhamos com a disponibilidade para servir em comunhão.

Nosso coração acolheu a Palavra de Deus, e celebramos a Eucaristia, como fontes que animam toda nossa reflexão pastoral sobre a realidade e nos permitem discernir e agir em sintonia com o Plano de Deus. Recebemos essa Palavra numa nova tradução do CELAM: o Novo Testamento da “Bíblia da Igreja na América” (BIA). Ela ressoou com força e audácia, para recordarmos a urgência de animar a cultura do encontro, que evidencie a presença encarnada de Deus que é Mistério de comunhão (cf. Evangelii Gaudium 220). Essa mesma Palavra nos consola e nos faz dizer-lhes que não estão sozinhos, que caminhamos como pastores com vocês, compartilhando suas alegrias e tristezas.

Agradecemos o serviço da presidência e equipe de direção do quadriênio 2011-2015, e, com o mesmo espírito, elegemos alguns dos nossos irmãos bispos para que, com generosidade e intrepidez, assumam a tarefa de dirigir o CELAM, anunciando o Evangelho e vivendo em comunhão eclesial, durante os próximos quatro anos, 2015-2019.

Nestes dias, sentindo a fé e a oração solidária de nossas irmãs e irmãos latino-americanos e caribenhos, identificamos os grandes desafios que interpelam nosso peregrinar e os propusemos como tarefa do CELAM no novo período que se inicia. Em particular, continuaremos apoiando, com renovado esforço, a Missão Continental, e continuaremos convidando todas as Igrejas Particulares a viver uma autêntica “conversão missionária” (cf. EG 30). À luz do Concílio Vaticano II, de Aparecida e do Magistério do primeiro Papa latino-americano, queremos ser, cada vez mais, uma Igreja que, como Povo de Deus, seja missionária, misericordiosa e samaritana (cf. EG 114). Uma Igreja chamada a ser um “hospital de campanha” que acolhe e serve a todos os que a sociedade descarta e rejeita (cf. EG 195). Uma “Igreja em saída”, centrada em Cristo e descentralizada, para ir ao encontro das periferias. Uma Igreja fiel à sua missão que colabora com as pessoas de boa vontade na construção de uma sociedade mais justa e solidária.