domingo, 22 de fevereiro de 2015

A Rede Globo e o Espiritismo


A Rede Globo investe pesado na difusão do espiritismo em sua programação. Na teledramaturgia da emissora as figuras do mundo católico como padres, freiras e devotos são apresentados de forma esteriotipada e ridicularizada, bem diferente da retratação dos personagens espíritas.

Em dias que se fala tanto contra o preconceito, poderíamos nos perguntar o porquê do preconceito contra a Igreja Católica e de seus membros à emissora carioca. Por que favorecer o espiritismo e ridicularizar, algumas vezes, personagens do mundo cristão?  O pior de tudo é a confusão  – talvez com um propósito – que fazem acerca do tema, pretendendo associar o espiritismo à fé católica, levando ao público a ideia de que se trate de duas realidades conciliáveis, quando não o são.

As manchetes sobre a próxima novela espírita da globo fazem questão de explicitar que a autora é católica. Denominam essa vertente de espiritismo cristão. A Igreja Católica não reconhece tal ligação e não permite ao católico frequentar sessões mediúnicas ou ter como fonte de doutrinamento a filosofia espírita. Quem queira assim agir que o faça sem a alcunha de católico, isto é uma opção, entanto, reafirmando o pensamento, para quem escolheu ser católico não lhe é permitido um adendo religioso.

A investida da emissora na divulgação do espiritismo  não é ocasional ou sazonal, parece fazer parte da ideologia do grupo, dada a  frequência que aparecem na programação, no decorrer dos anos. A Sra. Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, se diz católica, mas desde a década de 60 é espírita.

Por que cobrir as imagens nas Igrejas com véus roxos durante a Quaresma?


Do ponto de vista espiritual, o costume da velatio foi interpretado como sinal da penitência à qual todos os fiéis são chamados como sinal da antecipação do luto da Igreja pela morte do seu Esposo e da humilhação de Cristo, que teve de esconder-se para escapar da ameaça de morte. (Cf.: Jo 8,59).

O motivo principal para a orientação de COBRIR AS IMAGENS NAS IGREJAS, COM VÉUS ROXOS, é para que os fiéis não "se distraiam" com os Santos e que a sua devoção deve estar fundamentada no Mistério Pascal de Cristo, ou seja, na Sua paixão, morte e ressurreição.

Assim, cobrindo-se todas as imagens dos Santos e os crucifixos, surge com maior evidência o que há de essencial nas igrejas: o altar, onde se opera e atualiza o Mistério Pascal de Cristo, por seu Sacrifício incruento.


sábado, 21 de fevereiro de 2015

"Não se pode fazer ofertas à Igreja e ser injusto com seus funcionários", diz Papa.


Os cristãos, especialmente durante a Quaresma, são chamados a viver coerentemente o amor a Deus e o amor ao próximo, recordou o Santo Padre durante a homilia desta manhã em Santa Marta. Por outro lado, o Papa advertiu aqueles que mandam um cheque para a igreja, mas são injustos com seus funcionários.

O povo se lamenta diante do Senhor por não ouvir seus jejuns. Assim, o Papa comentou o trecho de Isaías, da primeira leitura de hoje, enfatizando a necessidade de distinguir entre "o formal e o real". Para o Senhor "não adianta jejuar, não comer carne" e depois "brigar ou explorar os trabalhadores".  Por isso Jesus condenou os fariseus, porque eles faziam "muitas observações exteriores, mas sem a verdade do coração".

Portanto, o jejum que Jesus quer é o que desfaz as cadeias da injustiça, liberta os oprimidos, veste quem está nu, faz justiça. "Este é o verdadeiro jejum, o jejum não é apenas exterior, mas deve vir do coração", explicou o Papa.

Além disso, Francisco afirmou que "nas tábuas da lei há o preceito em relação a Deus, em relação ao próximo e os dois estão juntos”. Alguém pode dizer: “Mas, não, eu cumpro os três primeiros mandamentos... e os outros mais ou menos. Não, se não cumpre estes, não pode cumprir aqueles, e se cumpre este, deve cumprir aquele. Estão unidos: o amor a Deus e o amor ao próximo são uma unidade e se quiser fazer penitência, real e não formal deve fazê-la diante de Deus e também com o seu irmão, com o próximo”.

E, como diz o apóstolo Tiago, você pode ter muita fé, mas se não realiza obras, é inútil. Por isso, o Papa advertiu que se alguém vai à missa todos os domingos e comunga, pode-se perguntar "como é a sua relação com seus funcionários? Os paga de maneira irregular? Dá a eles um salário justo? Paga também as taxas para a aposentaria? Para a assistência de saúde?”

A este respeito, o Santo Padre alertou sobre esses homens e mulheres de fé que dividem as tábuas da lei: “'Sim, sim, eu faço isso'. Mas você dá esmolas? Sim, sim, sempre mando um cheque para a Igreja. Mas na tua Igreja, na tua casa, com quem depende de você é generoso, é justo? Não se pode fazer ofertas à Igreja e pelas costas, ser injusto com seus funcionários. Este é um pecado gravíssimo, usar Deus para cobrir a injustiça ", alertou. 

Bispos do Centro-Oeste manifestam preocupação com situação de famílias em Corumbá


Nota do Regional Centro Oeste
sobre a ocupação Fazenda Santa Mônica - Corumbá–GO

A justiça e a paz se abraçarão” (Cf. Sl 85, 10)

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz do Regional Centro Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunida em Goiânia no dia 19 de fevereiro de 2015, manifesta sua preocupação com a situação do Acampamento Dom Tomás Balduíno, localizado na fazenda Santa Mônica, em Corumbá – GO, onde mais de 3 mil famílias, há cinco meses moram e produzem.

O anseio das famílias é que aquele latifúndio que, das egundo informações veiculadas na impressa, compreende mais de 90 propriedades, totalizando cerca de 20 mil hectares, seja adquirido pelo Governo Federal e destinado à reforma agrária.

Há uma ordem de despejo das famílias para o dia 25 de fevereiro próximo, sentenciada pelo juiz Dr. Levine Raja Gabaglia Artiaga, da Comarca de Corumbá. Caso esse procedimento seja realizado, a Comissão entende que existe grande risco de uma nova tragédia ocorrer, a exemplo de Corumbiara - RO, em 1995, Eldorado dos Carajás - PA, em 1996, e o Parque Oeste, em Goiânia - GO, no ano de 2005, uma vez que as famílias não têm para onde ir e colocaram seus poucos recursos na produção agrícola em aproximadamente duzentos hectares de terra, produção esta que somente estará pronta para colheita em julho deste ano. 

O sacerdote é um ministro não um showman, diz o Papa Francisco.


Recuperar a fascinação pela beleza é o central do ars celebrandi, da arte de celebrar, afirmou o Papa Francisco na manhã desta quinta-feira no tradicional encontro com o clero romano na Sala Paulo VI que durou cerca de duas horas.

Embora o Vaticano ainda não tenha divulgado a íntegra do diálogo do Santo Padre com os sacerdotes, o jornal Avvenire da Conferência Episcopal Italiana adiantou alguns extratos deste importante encontro.

Diante de centenas de presbíteros, o Santo Padre pediu “recuperar o assombro” tanto de quem celebra como do povo. “Precisa-se entrar em uma atmosfera espontânea, normal, religiosa, mas não artificial, e assim se recupera um pouco o assombro, aquilo que se sente durante o encontro com Deus”, informou Avvenire.

Assim, “quando encontramos o Senhor na oração sentimos este estupor, quando não rezamos formalmente temos o sentimento do encontro, o assombro, aquilo que escutaram os apóstolos quando foram convidados, o estupor atrai e te deixa em contemplação, isso é importante, e contra o estupor vai tudo aquilo que é artificial”.

O Pontífice explicou que “se deve rezar diante de Deus com a comunidade”. Assim, “quando encontramos padres que celebram de maneira sofisticada, artificial, ou com gestos um pouco... ou que abusam um pouco dos gestos, não é fácil que se dê este estupor ou esta capacidade de fazer entrar no mistério”.

“Celebrar é entrar e fazer entrar no mistério, é simples mas é assim, se eu for excessivamente rígido, não faço entrar no mistério... e se for um 'showman', o protagonista da celebração, não faço entrar no mistério, temos assim os dois extremos”.

Também sobre a maneira de celebrar, o Papa indicou que o sacerdote, “com a sua atitude faz com que o Senhor provoque”. 

Homem acorda depois de passar 12 anos em ‘estado vegetativo’. Ele revela: ‘eu tinha consciência de tudo’.


Martin Pistorius odeia Barney. Não é de admirar. Por 12 anos, enquanto ele estava num coma que os médicos descreveram como “estado vegetativo”, enfermeiras tocavam incessantes reprises de Barney – pensando que ele não podia ver ou escutar nada – enquanto ele permanecia sentado e amarrado à sua cadeira de rodas.

Mas Martin não era o “vegetal” que os médicos diziam que ele era. Na verdade, ele podia ver e escutar tudo.

“Eu sequer posso dizer a você o quanto odiava Barney”, ele disse recentemente ao NPR. Na década de 1980, Martin era um típico jovem ativo sul-africano. Porém, quando tinha 12 anos, foi acometido por uma doença que deixou os médicos desconcertados, e que eventualmente resultou na perda da capacidade de movimentar os membros, de fazer contato visual e, finalmente, de falar.

Seus pais, Rodney e Joan Pistorius, foram informados de que ele era um “vegetal” e que o melhor que eles poderiam fazer seria levá-lo para casa e mantê-lo confortável até que ele morresse.

Mas o jovem continuou a viver, apesar do diagnóstico.

“Martin simplesmente persistia, persistia”, disse a mãe dele.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Guarda Suíça: Estamos preparados para defender o Papa Francisco do Estado Islâmico


Christoph Graf tem 54 anos, é casado e tem dois filhos. É o novo comandante da Guarda Suíça Pontifícia, que tradicionalmente protege o Santo Padre, e afirma que diante da possível ameaça dos terroristas do Estado Islâmico “estamos preparados para intervir”.

Em uma entrevista concedida ao jornal italiano Il Giornale e publicada em 18 de fevereiro, Graf explica que diante das recentes ameaças dos extremistas muçulmanos no Oriente Médio, que assinalaram que agora querem “ir a Roma”, “pedimos aos guardas que estejam mais atentos, observem bem a movimentação das pessoas. Não podemos fazer mais”.

“O que aconteceu em Paris pode acontecer aqui e não se pode prevenir sem um serviço de inteligência que tenha informação precisa”. “Estamos preparados para intervir. Nossa tarefa é a segurança e estamos bem organizados como os guardas. Estamos preparados se acontecer alguma coisa”, explica Graf.

Sobre a sua designação, o comandante da Guarda Suíça afirma que “o Papa me perguntou se estava disponível e poderia ter dito que não. Mas acho que esta é uma missão e respondi que ‘sim’, porque vejo um projeto do Senhor. Sei que há várias cruzes para carregar (risadas), mas confio na ajuda de Deus”.

Ao ser perguntado sobre se o Santo Padre tem medo de alguma coisa, o comandante da Guarda Suíça afirma que “acho que o Papa não tem medo de nada. É só olhar o que ele faz, ama a proximidade com as pessoas. Pode acontecer qualquer coisa, mas se vê que não tem medo”. 

Homilética: 1º Domingo da Quaresma - Ano B: "Arrependei-vos e crede no evangelho" (Mc 1,15).


“Fazei penitência e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Essas palavras do Senhor mostram a conexão necessária entre a fé e a conversão, entre ser cristão e a mudança de vida à qual ele nos chama. O cristianismo é uma realidade que transforma todo o nosso ser, também a nossa maneira de pensar e de agir, a realidade cristã “nos faz a cabeça e o coração”.

“Já não vos é permitido trazer aquela velha túnica, digo, não esta túnica visível, mas o homem velho corrompido pelas concupiscências falazes. Oxalá a alma, uma vez despojada dele, jamais torne a vesti-lo” (São Cirilo de Jerusalém, Segunda Catequese Mistagógica sobre o Batismo, 2). Quem se aproxima de Deus se transforma numa criatura nova, pois assim como não é possível aproximar-se do sol sem se queimar ou entrar na água sem se molhar, tampouco é possível aproximar-se de Deus sem se transformar.

O 1º Domingo da Quaresma nos apresenta todos os anos o mistério do jejum de Jesus no deserto, seguido das tentações (Mc 1, 12-15).

Quaresma é para nós um tempo forte de conversão e renovação em preparação à Páscoa. É tempo de rasgar o coração e voltar ao Senhor. Tempo de retomar o caminho e de se abrir à graça do Senhor, que nos ama e nos socorre. É um tempo sagrado para aprofundar o Plano de Deus e rever a nossa vida cristã. E nós somos convidados pelo Espírito ao DESERTO da Quaresma para nos fortalecer nas TENTAÇÕES, que frequentemente tentam nos afastar dos planos de Deus.

Mas não pensemos em grandes façanhas, já que as verdadeiras batalhas se travam no dia-a-dia e nas pequenas coisas da nossa existência. Deixar de beber refrigerante durante a Quaresma é bom, melhor ainda seria deixar a aspereza e a falta de educação; não comer carne durante esses dias é algo louvável, mais excelente ainda é viver o pudor e a modéstia no vestir; não comer chocolate durante esse tempo de penitência é algo excelente, contanto que nos ajude a vencer a gula, especialmente a voracidade; não ver televisão durante a quaresma é excelente, mais excelente ainda se abandonássemos de uma vez por todas essas novelas que ferem constantemente a dignidade humana e a nobreza cristã.

A cena da tentação no limiar da vida pública de Jesus, proclama, de maneira impressionante, a inversão de situações que a Redenção vai operar no mundo. Naquilo mesmo em que Adão havia sucumbido, Cristo, o novo chefe da humanidade, triunfará do poder de Satanás: na hora da Paixão será destronado o Príncipe deste mundo.

O evangelho da tentação é prenúncio da vitória de Cristo. Colocando este evangelho no princípio da Quaresma, a Igreja proclama que esta vitória há de ser a nossa. Dentro de nós e ao nosso redor, é a tentação, o combate, a vitória de Cristo que continua: o nosso esforço é o seu; as nossas forças as suas; e o nosso triunfo no dia da páscoa será também o seu.

Como lemos no Livro da Imitação de Cristo, “o homem nunca está totalmente isento da tentação, enquanto viver… mas é com a paciência e a verdadeira humildade que nos tornaremos mais fortes do que todos os inimigos” ( Livro l, c. Xlll ), a paciência e a humildade de seguir o Senhor todos os dias, aprendendo a construir a nossa vida sem O excluir, ou como se Ele não existisse, mas nele e com Ele, porque é a fonte da vida verdadeira. A tentação de eliminar Deus, de pôr ordem sozinho em si mesmo e no mundo, contando unicamente com as próprias capacidades, está sempre presente na história do homem.

É a primeira vez que o demônio intervém na vida de Jesus, e faz isto abertamente. Põe à prova Nosso Senhor; talvez queira averiguar se chegou a hora do Messias. Jesus deixa-o agir para nos dar exemplo de humildade e para nos ensinar – diz São João Crisóstomo –, quis também ser conduzido ao deserto e ali travar combate com o demônio a fim de que os batizados, se depois do batismo sofrem maiores tentações, não se assustem com isso, como se fosse algo de inesperado. Se não contássemos com as tentações que temos de sofrer, abriríamos a porta a um grande inimigo: o desalento e a tristeza.

Jesus proclama que “o tempo se cumpriu, e o Reino de Deus está perto” ( Mc1, 15), anuncia que nele acontece algo de novo: Deus dirige – se ao homem de modo inesperado, com uma proximidade singular, concreta, cheia de amor; Deus encarna – se e entra no mundo do homem para assumir sobre si o pecado, para vencer o mal e restituir o homem ao mundo de Deus. Mas este anúncio é acompanhado pelo pedido de corresponder a um dom muito grande. Com efeito, Jesus acrescenta: “Arrependei –vos e crede no Evangelho” ( Mc1, 15); é o convite a ter fé em Deus e a converter todos os dias a nossa vida à sua Vontade, orientando para o bem todas as nossas obras e pensamentos. O tempo da Quaresma é o momento propício para renovar e tornar mais sólida a nossa relação com Deus, através da oração quotidiana, dos gestos de penitência e das obras de caridade fraterna.

A narrativa das tentações que Jesus sofreu mostra que Jesus “foi experimentado em tudo” (Hb 4, 15), comprovando também a veracidade da Encarnação do Verbo de Deus.

Por isso, a existência do ser humano nesta terra é uma batalha contínua contra o mal. É esta luta contra o pecado, a exemplo de Cristo, que devemos intensificar nesta Quaresma; luta que constitui uma tarefa para a vida toda.

O demônio promete sempre mais do que pode dar. A felicidade está muito longe das suas mãos. Toda a tentação é sempre um engano miserável! Mas, para nos experimentar, o demônio conta com as nossas ambições. E a pior delas é desejar a todo o custo a glória pessoal; a ânsia de nos procurarmos sistematicamente a nós mesmos nas coisas que fazemos e projetamos. Muitas vezes, o pior dos ídolos é o nosso próprio eu. Temos que vigiar, em luta constante, porque dentro de nós permanece a tendência de desejar a glória humana, apesar de termos dito ao Senhor que não queremos outra glória que não a dEle. Jesus também se dirige a nós quando diz: “Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás”. E é isto o que nós desejamos e pedimos: servir a Deus, alicerçados na vocação a que Ele nos chamou.

Contamos sempre com a graça de Deus para vencer qualquer tentação. Usemos as armas para vencermos na batalha espiritual, que são: a oração contínua, a sinceridade com o diretor espiritual, a Eucaristia, o sacramento da Confissão (Penitência), um generoso espírito de mortificação cristã, a humildade de coração e uma devoção terna e filial a Nossa Senhora. 

Lancemo-nos por conseguinte e confiadamente no combate, enchamo-nos de coragem, considerando que o progresso da vida cristã em nós, é a continuação do triunfo de Cristo.