sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Catequese do Papa Francisco: a realidade visível da Igreja


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia

Nas catequeses precedentes, tivemos a oportunidade de evidenciar como a Igreja tem uma natureza espiritual: é o corpo de Cristo, edificado no Espírito Santo. Quando nos referimos à Igreja, porém, imediatamente o pensamento vai para as nossas comunidades, às nossas paróquias, às nossas dioceses, às estruturas nas quais nos reunimos e, obviamente, também à componente e às figuras mais institucionais que a regem, que a governam. Esta é a realidade visível da Igreja. Devemos nos perguntar, então: trata-se de duas coisas diversas ou da única Igreja? E, se é sempre a única Igreja, como podemos entender a relação entre a sua realidade visível e aquela espiritual?

1. Antes de tudo, quando falamos da realidade visível da Igreja, não devemos pensar somente no Papa, nos bispos, nos padres, nas irmãs e em todas as pessoas consagradas. A realidade visível da Igreja é constituída por tantos irmãos e irmãs batizados que no mundo acreditam, esperam e amam. Mas tantas vezes ouvimos dizer: “Mas, a Igreja não faz isto, a Igreja não faz aquilo…”. “Mas, diga-me, quem é a Igreja?”. “São os padres, os bispos, o Papa…”. A Igreja somos todos, nós! Todos os batizados somos a Igreja, a Igreja de Jesus. De todos aqueles que seguem o Senhor Jesus e que, no seu nome, fazem-se próximos aos últimos e aos sofredores, procurando oferecer um pouco de alívio, de conforto e de paz. Todos aqueles que fazem aquilo que o Senhor nos ordenou são a Igreja. Compreendemos, então, que também a realidade visível da Igreja não é mensurável, não é conhecível em toda a sua plenitude: como se faz para conhecer todo o bem que é feito? Tantas obras de amor, tanta fidelidade nas famílias, tanto trabalho para educar os filhos, para transmitir a fé, tanto sofrimento nos doentes que oferecem os seus sofrimentos ao Senhor… Mas isto não se pode mensurar e é tão grande! Como se faz para conhecer todas as maravilhas que, através de nós, Cristo é capaz de operar no coração e na vida de cada pessoa? Vejam: também a realidade visível da Igreja vai além do nosso controle, vai além das nossas forças e é uma realidade misteriosa, porque vem de Deus.

2. Para compreender a relação na Igreja, a relação entre a sua realidade visível e aquela espiritual, não há outro caminho que não olhar para Cristo, do qual a Igreja constitui o corpo e do qual foi gerada, em um ato de infinito amor. Também em Cristo, de fato, em força do mistério da Encarnação, reconhecemos uma natureza humana e uma natureza divina, unidas na mesma pessoa de modo admirável e indissolúvel. Isso vale de modo análogo também para a Igreja. E como em Cristo a natureza humana ajuda plenamente aquela divina e se coloca ao seu serviço, em função do cumprimento da salvação, assim acontece, na Igreja, pela sua realidade visível, nos confrontos da realidade espiritual. Também a Igreja, então, é um mistério, no qual aquilo que não se vê é mais importante que aquilo que se vê e pode ser reconhecido somente com os olhos da fé (cfr Cost. dogm. sulla Chiesa Lumen gentium, 8).

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Cuba terá 1ª igreja católica desde a revolução


Em um sinal de distensão da relação entre o regime castrista e o Vaticano, a Igreja Católica em Cuba anunciou que, pela primeira vez desde a revolução de 1959, vai construir um novo templo na ilha. “Será no município de Sandino, na província de Pinar del Río”, informou um boletim dominical da igreja, distribuído aos fiéis no final da missa. A nota informa que isso só será possível “graças à colaboração da paróquia de San Lorenzo, em Tampa, nos Estados Unidos, composta em grande parte por fiéis cubanos.”

A nova igreja terá capacidade para 200 pessoas e ocupará uma área de 800 metros quadrados. Até o padre já foi escolhido. O titular da paróquia será Cirilo Castro — sem parentesco com os irmãos quer governam a ilha desde a revolução armada que tirou Fulgencio Batista do poder e decretou o pais um Estado ateu.

A cidade de Sandino foi criada após a revolução, no começo dos anos 60, por isso não tem nenhuma igreja. O local tem hoje cerca de 37 mil habitantes que se dedicam em grande parte à agricultura, principalmente de tabaco e frutas cítricas.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Depois de comungar é melhor sentar-se, ajoelhar-se ou ficar em pé?


Pergunta

Tenho uma dúvida: podemos nos sentar depois de receber a comunhão na Missa ou devemos esperar que as âmbulas* sejam guardadas no sacrário? Obrigado!

(*Âmbula, cibório ou píxide é o recipiente para a conservação e distribuição da Santa Eucaristia).

Resposta

Receber a comunhão ou comungar é estabelecer uma comum-união com Jesus Cristo, e isso envolve um momento intenso de fervor, pois se vive uma adesão pessoal a Ele.

Sobre a postura dos fiéis depois da comunhão, há indicações na Introdução Geral do Missal Romano (IGMR): “Compete, todavia, às Conferências Episcopais, segundo as normas do direito, adaptar à mentalidade e tradições razoáveis dos povos os gestos e atitudes indicados no Ordinário da Missa” (IGMR 43).

Segundo a IGMR, a comunhão pode ser recebida de joelhos ou em pé (fazendo antes a reverência profunda – cf. IGMR 160), e se permanece em pé enquanto se canta o cântico de comunhão.

E o canto se prolonga enquanto se administra o sacramento aos fiéis (cf. IGMR 86). Quando acaba o rito da comunhão? O rito termina quando o último fiel comunga.

Supõe-se que, durante este lapso de tempo, ou seja, desde que se comunga até que o último fiel comungue, a pessoa se une ao cântico de comunhão, e não fica rezando individualmente sentada ou de joelhos.

Por isso, normalmente se permanece em pé até que o Santíssimo Sacramento seja reservado, e depois disso podemos ficar de joelhos ou sentar-nos para adorar Jesus em silêncio.

Esta é a norma que, em princípio, se observa fielmente, na medida do possível. De qualquer maneira, respeita-se a postura que pode nascer livremente do fiel, em seu coração orante no momento posterior à comunhão.

Em outras palavras, apesar da norma, cada pessoa pode assumir, depois de comungar, a postura que lhe for mais cômoda segundo a idade (por exemplo, pessoas idosas), a saúde ou diversas circunstâncias, ou inclusive pelo desconhecimento da norma, e até pelo costume do local, para orar ou para unir-se ao cântico de comunhão. Portanto, não é preciso “sofrer” pelo que os outros possam pensar.

Santo Agostinho resume bem esta atitude: “Unidade no essencial; liberdade no opcional; caridade em tudo”. Pede-se aos sacerdotes e demais fiéis que respeitem a liberdade de cada um nesta matéria, sem julgar os motivos.


É preciso levar em consideração que a postura precisa favorecer a ação de graças, a adoração e o recolhimento que deveriam seguir a sagrada comunhão, tendo a pessoa comungado com fé, fervor e consciência pura.
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Aleteia

A solidariedade e comunhão com os irmãos finados


Neste domingo oficiamos em todas as Igrejas a Comemoração anual de todos os fiéis finados. Celebração da saudade e da esperança cristã que nos torna conscientes da misteriosa comunhão dos santos que conecta a Igreja peregrinante, com a padecente e a triunfante.

Esta liturgia apresenta desde suas origens no Mosteiro de Cluny a importância de aplicar missas em sufrágio dos falecidos e de rezar pelo seu descanso. A morte na perspectiva cristã embora tenha um aspecto doloroso de desmontar a tenda do corpo na nossa travessia terrestre e signifique a separação física dos seres queridos e dos amigos, é apenas um passamento, uma passagem para a vida eterna de felicidade que nos aguarda na Casa do Pai, se formos justos e misericordiosos.

Como nem todos alcançam a perfeição evangélica em vida, a doutrina católica fundamentada na solidariedade da comunhão dos santos e no tesouro infinito da paixão e morte do Redentor, socorre com orações, indulgências e as intenções das missas pelos irmãos que precisam de purificação e limpar seu coração para entrar no paraíso.

Papa: "Cristão deve entrar na Igreja, e não parar na 'recepção'"


“A Igreja é feita por Jesus”, que não olha ao pecado dos homens, mas a seu coração. Ele o procura e o cura”. Foi a reflexão feita pelo Papa na homilia na missa celebrada na manhã de terça-feira, 28, na Casa Santa Marta. “Os cristãos – completou Francisco – devem se sentir parte da Igreja, sem parar em sua porta”.

Dois mil anos atrás, Jesus construiu a sua Igreja e abriu as portas a todos, sem distinções, porque a Cristo interessa curar os corações e não medir os pecados. Citando o Evangelho do dia, que narra o nascimento da Igreja, e a Carta de Paulo, que descreve a Igreja como um ‘edifício bem ordenado’, o Papa chamou a atenção para as ações que marcaram a fundação da Igreja: Jesus se retira em oração, desce, vai aos discípulos, escolhe doze; simultaneamente acolhe e cura aqueles que tentam tocá-lo:

“Jesus reza, Jesus chama, Jesus escolhe, Jesus envia os discípulos, Jesus cura a multidão. Dentro deste templo, este Jesus, que é a pedra angular, faz todo este trabalho: é Ele que leva adiante a Igreja. Como dizia Paulo, esta Igreja foi edificada sobre o fundamento dos Apóstolos. Ele escolheu doze, doze pecadores. Judas não era o maior pecador, não sei quem era o mais pecador. Judas, pobrezinho, foi o que se fechou ao amor e por isso se tornou traidor, mas todos fugiram no momento difícil da Paixão e deixaram Jesus sozinho. Todos eram pecadores, mas Ele escolheu".

Jesus – disse ainda o Papa, citando São Paulo – não nos quer dentro da Igreja como hospedes ou estrangeiros, mas com o direito de um cidadão. Na Igreja não estamos de passagem, estamos radicados nela. Nossa vida está ali.

Francisco inaugura um busto em honra de Bento XVI e recorda que a evolução pressupõe a criação -Espírito grande e poderoso


«Bento XVI: um grande Papa». Francisco tributou uma homenagem de agradecimento ao seu predecessor esta manhã, segunda-feira 27, inaugurando um busto de bronze em sua honra na Casina Pio IV, por ocasião da plenária da Pontifícia Academia das ciências. A obra de arte evoca sobretudo o espírito do Papa Ratzinger, o qual – segundo o sucessor - «de geração em geração será sempre maior e poderoso».

Em particular o bispo de Roma elogiou «a força e acuidade da inteligência» de Joseph Ratzinger, «a sua relevante contribuição para a teologia, o seu amor em relação à Igreja e aos seres humanos, a sua virtude e religiosidade». Em seguida, recordou que o seu amor «pela verdade se abre às ciências», a ponto que «dele nunca se poderá dizer que o estudo e a ciência» tenham «tornada a sua pessoa árida». Eis então o convite a agradecer «a Deus pelo dom que fez à Igreja e ao mundo com a existência e o pontificado do Papa Bento».

Papa envia mensagem à Associação Internacional Exorcistas


Os exorcistas "no particular ministério exercido, em comunhão com seus bispos", manifestem "o amor e o acolhimento da Igreja àqueles que sofrem por causa da obra do maligno": é o que escreve o Papa Francisco numa mensagem enviada ao presidente da Associação Internacional Exorcistas (AIE), Pe. Francesco Bamonte, que nestes dias realizou seu primeiro Congresso após o reconhecimento jurídico por parte da Congregação para o Clero, em junho passado. O evento, que teve a participação de 300 exorcistas provenientes do mundo inteiro, tratou em particular da difusão e consequências do ocultismo, satanismo e esoterismo. A esse propósito, a Rádio Vaticano ouviu o porta-voz da Associação, o psiquiatra Valter Cascioli. Eis o que disse: 

Papa acenderá as luzes da maior árvore de Natal do mundo


De sua casa, no Vaticano, usando um ‘tablet’, o Papa acenderá este ano a maior árvore de Natal do mundo, no próximo dia 7 de dezembro.

Instalada na encosta do Monte Ingino, na região central da Itália, o efeito cromático da árvore em toda a região é único: mais de 250 pontos de luz verde delineiam o perfil da árvore, que tem mais de 650 metros de altura. Iluminada também com 300 lâmpadas coloridas, tem no topo uma estrela de mil m2. A realização entrou em 1991 no Livro Guiness dos recordes, dez anos depois da primeira instalação.

A árvore fica acesa todo o período de Natal, até depois da Epifania, e dezenas de milhares de pessoas visitam a região para admirá-la.