sábado, 28 de setembro de 2013

O Papa Francisco e seus "intérpretes".

Os católicos têm o direito e o dever de informar-se bem
sobre o que o Papa realmente diz, e não se conformar
com as manchetes sensacionalistas

Existe um antigo provérbio italiano que diz "Traduttore, traditore", que poderíamos traduzir literalmente como "Tradutor, traidor", ainda que seu sentido mais adequado se expressaria com a ideia de que "a tradução trai" ou "a tradução pode ser traiçoeira".
Este provérbio acabou sendo de grande atualidade nos últimos dias, devido às diferentes "traduções" feitas a partir das palavras do Santo Padre nas últimas semanas: curiosos clarividentes e magos da linguagem oculta dizem ver nas palavras do Papa Francisco, em suas diversas entrevistas, informações que renderam manchetes como "Mulher será criada cardeal pelo Papa", "O Papa se abre ao casamento gay e ao sacerdócio feminino". Títulos como estes percorreram o globo, chegando a milhões de pessoas, com a velocidade de um tuíte ou de um "compartilhar" no Facebook.
É incrível a aparente autoridade com que aqueles clarividentes afirmam, como tema já resolvido, o que o Papa teria querido dizer em tais entrevistas. Se o Papa pergunta aos jornalistas "Quem sou eu para julgar uma pessoa homossexual?", estes magos do pensamento deduzem que o Pontífice apoiará o casamento gay.
Se o Papa disser "É preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja", eles concluirão que o Santo Padre apoiará o sacerdócio feminino. Enfim, os exemplos são intermináveis.


Alguns católicos, angustiados pelas constantes e mal-intencionadas traduções do que o Papa diz, começaram uma busca assídua de palavras e atos do Pontífice que possam desmentir aquelas notícias tendenciosas.

Foi assim que circulou, nos últimos dias, a triste e lamentável notícia da excomunhão (por parte da Congregação para a Doutrina da Fé e, portanto, com a aprovação do Papa) de um padre australiano que defendia as uniões homossexuais e o sacerdócio feminino, e que desobedeceu à proibição de continuar exercendo seu ministério. Mas será este o meio adequado para responder aos "traduttore, traditore"?
Hoje, todos os católicos têm acesso às palavras do Papa. Não podemos afirmar que ficamos sabendo das coisas que o Papa disse por meio da imprensa leiga e, ao mesmo tempo, dizer que é impossível chegar às palavras oficiais do Papa.
Os meios de comunicação vaticanos (Centro televisivo Vaticano, Rádio Vaticana, Sala de Imprensa da Santa Sé) estão fazendo um grande esforço por transmitir, em tempo real, as palavras do Bispo de Roma a todos os cantos do mundo. Também a mídia católica se esforça por transmitir as palavras íntegras do Papa.
Então, não podemos nos dar ao luxo de estar mal informados. Se alguém me diz "Você ficou sabendo que o Papa vai...?" ou "Você viu na televisão que disseram que o Papa ia...?", não posso me conformar com esta informação.
Dessa maneira, nada me diferenciará de um simples fofoqueiro ou de um sensacionalista, que busca mais o espetáculo que o bem e a verdade objetiva. Hoje, todos nós podemos ter acesso às palavras do Papa. Ninguém nos impede. A Igreja precisa de nossa ajuda para difundir a verdade.


Não podemos estar mal informados, particularmente agora, que a informação é de muito fácil acesso. Devemos responder ao mal com o bem. Não sejamos "intérpretes" do Santo Padre, pois o "traduttore, traditore" também poderia ser aplicado a nós. Ao contrário, sejamos testemunhas e difusores das palavras de um homem que busca, por todos os meios, anunciar Aquele que é a Verdade.
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Fonte: Aleteia

Rock in Rio termina com grito de “o mal permanece para sempre” em música do ‘Iron Maiden’.


O grupo inglês de heavy metal Iron Maiden encerrou o festival Rock in Rio, que teve público total de 600 mil pessoas. Às 0h10 desta segunda (23), iniciou sua apresentação, que segundo o jornal Estado de São Paulo “parecia anunciar mesmo o Apocalipse”.

Na introdução surgiram imagens nos telões mostrando destruição de forças da natureza. Logo depois, apareceu Jesus Cristo em um crucifixo prestes a incendiar. O vocalista, Bruce Dickinson, instigava o público a cantar junto músicas conhecidas como “The number the beast”, cujo letra anuncia “Ai de vós, ó terra e mar/ Pois o demônio envia a besta com ódio/ Porque ele sabe que o tempo é curto/O ritual começou, o trabalho do satanás está feito/ 666, o número da besta/ Está havendo sacrifício esta noite”.


Durante mais de uma hora, a banda tocou acompanhada pelo seu famoso “mascote” Eddie, um morto-vivo que aparecia soltando fogo pelo crânio nos telões atrás do palco. Perto das duas da manhã, encerrou-se o Rock in Rio 2013 com o Iron Maiden anunciando na última música “O mal permanece para sempre/ O mal que os homens fazem permanece para sempre!/ Círculo de fogo, meu batismo de alegria parece terminar/ A sétima ovelha morta, o livro da vida está aberto diante de mim”.

Mas esse não foi o único momento de trevas no espetáculo. No final da noite de domingo, quem estava no palco era a banda Slayer. Segundo o site Globo.com “O inferno não é mais o mesmo, mas continua cozinhando como sempre. Sem o ídolos Jeff Hanneman (morto este ano), o Slayer aterrorizou os fãs no último dia de Rock in Rio neste domingo com o peso e a velocidade que se esperava”.

Entre as músicas mais conhecidas, estava “Disciple”, onde o vocalista grita “God hates us all” (Deus odeia a nós todos). O finalda apresentação que teve o símbolo satanista do pentagrama no telão de fundo quase o tempo todo, foi com “Angel of Death”, que diz “Podre anjo da morte/ Voando livremente/ Monarca do reino dos mortos/ Infame sanguinário/ Anjo da morte”


Na quinta, 19, o Rock in Rio já havia mostrado uma noite que teve invocação satânica e cruzes invertidas, durante uma “missa” negra do grupo Ghost BC.
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Disponível em: "Morro" por Cristo.

Vaticano: Não é verdade que o Papa vai criar cardeal a uma mulher.


O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, desmentiu que o Papa Francisco esteja pensando em criar cardeal a uma mulher, tal como assegurou o jornal espanhol El País em 22 de setembro.

El País publicou em 22 de setembro o artigo informativo "Uma mulher cardeal?", no qual indicava que "não se trata de uma brincadeira. É algo que está passando pela cabeça do Papa Francisco: criar cardeal a uma mulher".

A notícia foi logo divulgada por diversos meios de imprensa seculares.

Entretanto, em comunicação com o grupo ACI em 25 de setembro, o Padre Federico Lombardi desprezou a informação do jornal espanhol, indicando que de jeito nenhum está certo.

"Não se pode ter El País como uma fonte do Vaticano", assinalou o porta-voz da Santa Sé.
O blogueiro católico Elentir, ao referir-se a este caso no seu blog Contando Estrelas, advertiu com um tom irônico que o jornal El País "já pode ler os seus pensamentos e convertê-los em notícia: fez isso com o Papa".


"Toda a notícia, se é que podemos chamar isto de notícia, parece uma mera manifestação dos desejos do seu redator, e não de fatos noticiáveis", criticou.

Esta não é a primeira vez que o jornal espanhol manipula informação relacionada ao Papa Francisco, pois, como criticou o Bispo de São Sebastião (Espanha), Dom José Ignacio Munilla, ao destacar na sua primeira página que o Santo Padre disse que "jamais fui de direita", El País junto com La Vanguardia "se equivocaram plenamente ou tentaram deformar a realidade. Acho que não entenderam o contexto em que foi pronunciada".

Em dias prévios à celebração da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013, celebrada no fim de julho, El País assegurou que o Papa nos seus discursos faria referência aos protestos que ocorreram no Brasil nesses dias, ao considera-los "justos e acordes com o Evangelho".

Nessa ocasião, o Padre Lombardi desmentiu o meio espanhol e esclareceu que "o jornal El País não é a fonte dos discursos do Papa".

Já em 2006, El País inventou um suposto apoio do Papa Bento XVI às negociações iniciadas pelo governo da Espanha, com José Luis Rodríguez Zapatero, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) à cabeça, com o grupo terrorista ETA.

Nessa ocasião, o então delegado diocesano de meios de comunicação da Arquidiocese de Madri, Pe. Manuel Bru, desmentiu firmemente as conjecturas de El País, assinalando que este atribuiu "falsamente ao Santo Padre Bento XVI um apoio explícito ao mal chamado processo de paz".


Em 24 de janeiro deste ano, o jornal espanhol teve que deter a circulação de toda a edição do dia, depois de fazer-se público que a foto de capa, em que aparecia Hugo Chávez Frías entubado, era falsa.
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Nunca acobertei casos de pedofilia, diz Bento XVI em uma longa carta escrita a um ateu militante.


O matemático italiano e ateu militante, Piergiorgio Odifreddi, recebeu no último dia 3 de setembro uma carta muito especial. Um envelope selado, com 11 páginas com data de 30 de agosto e assinada por Bento XVI.

No texto, o Bispo Emérito de Roma responde ao livro de Odifreddi "Caro papa, ti scrivo" (Querido Papa, escrevo-te, Mondadori, 2011). Um livro que, como o autor recorda, desde a capa se define como uma "luciferina introdução ao ateísmo".

No artigo no qual Odifreddi comenta as suas impressões ao receber esta carta afirma: "Não foi uma coincidência ter dirigido a minha carta aberta a Ratzinger. Depois de ter lido o seu "Introdução ao Cristianismo", entendi que a fé e a doutrina de Bento XVI, a diferença de outros, eram o suficientemente coerentes e sólidas para poder confrontar perfeitamente e sustentar ataques frontais".


Agressividade e descuido na argumentação

No fragmento da carta que foi publicado no jornal La Repubblica, pode-se ler como Bento XVI reconhece que desfrutou e aproveitou a leitura de algumas partes da carta, mas outras partes se surpreendeu por "uma certa agressividade e descuido na argumentação".

No início da carta, o Bispo Emérito de Roma assinala que "você me dá a entender que a teologia seria ‘fantaciência’". E frente a este argumento apresenta quatro pontos.

Ficção científica na religião... e a matemática

Em primeiro lugar assinala que "é correto afirmar que "ciência" no sentido mais estrito da palavra é somente a matemática, enquanto eu aprendi contigo que seria necessário distinguir ainda entre aritmética e geometria. Em todas as matérias específicas a científica tem a sua própria forma, segundo a particularidade do seu objeto. O essencial é que aplique um método verificável, exclua o arbítrio e garanta a racionalidade nas respectivas modalidades".

Em segundo lugar, Bento XVI sustenta que "você deveria pelos menos reconhecer que, no âmbito histórico e no do pensamento filosófico, a teologia produziu resultados duradouros".
Como terceiro aspecto afirma que "uma função importante da teologia é a de manter a religião unida à razão e a razão à religião. Ambas as funções são de essencial importância para a humanidade".

Recordando a Habermas

Neste ponto recorda que no seu diálogo com Habermas "mostrei que existem patologias da religião e -não menos perigosas- patologias da razão. Ambas necessitam uma da outra, e tê-las continuamente conectadas é uma tarefa importante da teologia".

No último ponto, muito mais longo que os anteriores, Bento expressa que "a "fantaciência" existe, por outro lado, no âmbito de muitas ciências e faz referências às teorias que Odifreddi expõe sobre o início e o fim do mundo em Heisenberg, Schrödinger, etc., que -continua Bento XVI-, "eu o designaria como ‘fantaciência’ no bom sentido: são visões e antecipações, para alcançar um verdadeiro conhecimento, mas são, de fato, somente imaginações com as que procuram aproximar-nos da realidade".

Pouco nível: a pederastia

Depois de desenvolver com mais detalhe estas ideias, Bento XVI se detém no capítulo sobre o sacerdote e a moral católica e nos distintos capítulos sobre Jesus. "No que se refere ao que você diz do abuso moral de menores por parte de sacerdotes, posso -como você sabe- mostrar somente uma profunda consternação. Nunca tentei acobertar estas coisas. O fato de o poder do mal penetrar até este ponto no mundo interior da fé é para nós um sofrimento que, por um lado, devemos suportar, e por outro, nos obriga a fazer todo o possível para que estes casos não se repitam".

"Não é tampouco motivo de tranquilidade saber que, segundo as investigações dos sociólogos, a porcentagem dos sacerdotes culpados destes crimes não é mais alta que em outras categorias profissionais semelhantes. Em qualquer caso, não se deveria apresentar este desvio ostentosamente como se fosse uma sujeira específica do catolicismo. Não é lícito calar o mal na Igreja, mas também não se deve fazer esquecer o grande rasto luminoso de bondade e pureza que a fé cristã deixou ao longo dos séculos".

Por isso, Bento XVI recorda nomes como São Bento de Nursia e sua irmã Escolástica, Francisco e Clara de Assis ou Teresa de Ávila e João da Cruz.

O "Jesus histórico", o do Hengel e Schwemer

Com respeito ao que o matemático diz sobre a figura histórica de Jesus, Bento recomenda ao autor os quatro volumes da obra que Martin Hengel publicou em conjunto com Maria Schwemer, "um exemplo excelente de precisão histórica e de amplíssima informação histórica", assinala Ratzinger.

Assim mesmo, recorda, como já esclareceu no primeiro volume de seu livro sobre Jesus de Nazaré, que "a exegese histórica-crítica é necessária para uma fé que não propõe mitos com imagens históricas, mas reclama uma verdadeira historicidade e por isso deve apresentar a realidade histórica de suas afirmações também de forma científica".

Em vez de Deus, uma natureza sem definir

Continua Bento XVI afirmando que "se você, entretanto, quer substituir Deus pela "Natureza", fica a pergunta, quem ou o que é esta natureza. Em nenhuma parte você a define e aparece, portanto, como uma divindade irracional que não explica nada".

E acrescenta: "Queria, portanto, sobretudo destacar que na Sua religião da matemática três temas fundamentais da existência humana ficam sem serem considerados: a liberdade, o amor e o mal. Qualquer coisa que a neurobiologia diga sobre a liberdade, no drama real da nossa história está presente como realidade determinante e deve ser levada em consideração".


Na última parte publicada da carta de Bento, assinala que a "minha crítica sobre o seu livro é por um lado dura, mas a franqueza faz parte do diálogo; só assim o conhecimento pode crescer".
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Rock in Rio: O Direito de Tripudiar a Fé (ou como se pretende fazer da Igreja e da fé gato e sapato...)


Ultimamente temos assistido, nós pobres ignorantes tapados que temos o dom da fé, a um verdadeiro festival de afrontas, agressões, ridicularizações, ataques, paródias grotescas, enfim, um conjunto de ações que visam a depreciação da fé, apresentada como fanatismo, coisa de gente ignorante...

A Igreja de Cristo transformou-se no vaso de escarro chinês daqueles que se julgam no direito de afrontar, com ares de superioridade, o fanatismo religioso católico, destinado a desaparecer da sociedade civilizada e libertária de um futuro já não tão distante. Finalmente, aproximam-se os tempos da verdadeira liberdade, já que está por pouco a influência do catolicismo em nossa terras...

Este é, infelizmente, o pensamento de muitos e muitas que outorgam a si mesmos o título de "defensores das liberdades e das minorias". Gente que vomita chavões, slogans, palavras de ordem em defesa de direitos em grande parte absolutamente discutíveis e de escassa consistência. Paródias como a que foi apresentada por uma banda de rock satânico, no último "Rock in Rio", que se utiliza de símbolos católicos invertidos, exatamente para demonstrar a quem seguem e a que princípio servem, encontram espaço de forma absolutamente natural nestas expressões consideradas de fundo cultural. Hoje, a moda é ser contra o catolicismo. Pior ainda, usa-se até mesmo as palavras, gestos, declarações, entrevistas, quem sabe até adivinham-se intenções e pensamentos, do Papa Francisco, mostrando-o como exemplo de aceitação pura e simples da diversidade e do pluralismo, sem os filtros de uma visão moral já ultrapassada, em vias de extinção. Homens e mulheres da Igreja, alguns sobejamente conhecidos por suas posturas dúbias, que encontraram nas instâncias superiores, limites fundados na grande Disciplina da Igreja para serem mantidos em terrenos aceitáveis da autentica fé católica, hoje sentem-se libertados de qualquer tipo de rédeas e de controles. Há quem até se sinta "compreendido"pelo Papa, e em constante diálogo com o mesmo através da esposa de um bispo afastado do Ministério...


Há alguns meses, escrevia eu, ingenuamente, que "tempos difíceis estavam se aproximando" para a Igreja e para os católicos. Não serão simplesmente difíceis... Serão mesmo terríveis. Tempos não só de testemunho sofrido, mas tempos de martírio, de perseguição, de incompreensão, de oposição virulenta, fundada no princípio de uma liberdade que conduz à pior escravidão: a escravidão daquele que, sendo escravo, pensa ser livre.

Um bispo deve ser anunciador da esperança. Declaro através desta mensagem, prometer seguir adiante na proclamação da Mensagem cristã, fundada antes de tudo, no Mistério Redentor da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus Cristo, único Salvador da humanidade, Mistério este ensinado dentro da Tradição Sagrada, nos séculos pela Santa Igreja, Una, Santa e Católica, fundada na rocha que é o Apóstolo Pedro. 

Há uma única arma, a meu ver, de autêntica e poderosa eficácia neste combate: a oração. No início de seu pontificado, o grande Bento XVI propunha-se a escrever e falar menos, e a rezar mais... Quem sabe, dentro do quadro necessário do testemunho que exige também a palavra, principalmente nós, homens do Ministério Sagrado, falemos menos e rezemos mais... Certamente ajudaremos muito mais a Igreja neste combate contra as forças infernais que, mais do que nunca, mostram suas cortantes garras. 


Dom Antônio Carlos Rossi Keller,
bispo diocesano de Frederico Westphalen - RS
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Disponível em: "Morro" por Cristo

Paquistão: oração e protesto dos cristãos depois do atentado

Os bispos convidaram os fiéis a “ter paciência, a manter a calma e
não transformar, por nenhum motivo, desapontamento em violência”

Vigílias de oração nas igrejas, protestos nas ruas, escolas e comércio fechados em sinal de luto. Assim, os cristãos paquistaneses expressaram amargura e choque pela explosão de duas bombas na Igreja anglicana de Todos os Santos, domingo passado, em Peshawar. Segundo dados obtidos pela Fides, o balanço atualizado é de 82 mortos, dos quais 34 mulheres e 7 crianças, e 145 feridos.

Como apurado pela Fides, anteontem, nas maiores cidades paquistanesas como Islamabad, Lahore, Karachi e Peshawar, manifestações públicas pediram mais proteção às autoridades, e os fiéis recordaram ser “plenamente cidadãos do Paquistão”. Em Karachi, com grande desapontamento de líderes religiosos, houve desordens entre cristãos e muçulmanos fora de uma mesquita, e um homem morreu. Como informado à Fides, os Bispos convidaram os fiéis a “ter paciência, a manter a calma e não transformar, por nenhum motivo, desapontamento em violência”, Anteontem de manhã, em Islamabad, mais de 600 manifestantes interditaram a estrada principal durante várias horas, enquanto cerca de 2 mil pessoas se reuniram com slogans de protesto fora do Parlamento.


Em Peshawar, local da tragédia, cerca de 200 manifestantes desceram às ruas, interditando a principal avenida da cidade, a Grand Trunk Road, enquanto um grupo de 100 fiéis manifestaram diante da Igreja de Todos os Santos, pedindo “justiça e proteção”. As vítimas do ataque foram sepultadas em vários cemitérios da cidade, enquanto o governo da província de Khyber Pakhtunkhwa (cuja capital é Peshawar) anunciou três dias de luto em todo o território provincial. Todas as instituições educativas e atividades comerciais dos cristãos ficaram fechadas em sinal de luto e vigílias de oração foram realizadas também em Nowshera e Bannu, outras cidades da província.

Em Hyderabad, na província de Sindh (Sul do Paquistão), uma vigília ecumênica de oração foi presidida na catedral de São Tomás pelos Bispos Kaleem John (anglicano) e Maxi Rodrigues (católico). Estavam presentes também muitos fiéis muçulmanos, que expressaram aos cristãos simpatia e solidariedade.

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Disponivel em: Aleteia

Coordenação do “Jesus no Litoral”, edição Maranhão, entrega projeto de missão à Comidi.

Diácono Francisco Camêlo, presidente RCC MA, padre Crizantonio Silva, 
Comissão Missionária Diocesana (COMIDI) e 
Gilberto Chaves, Comissão de Missão MJMA

A juventude da Renovação Carismática Católica entregou à coordenação da Comissão Missionária Diocesana (Comidi) o projeto da 4ª edição do projeto Jesus no Litoral – Uma Virada Radical, que nesse ano acontece entre os dias 27 de dezembro e 1 de janeiro. A entrega do projeto aconteceu na manhã desta quarta-feira, 18, em uma reunião com padre Crizantonio Silva, coordenador da Comidi, diácono Francisco Camêlo, presidente do Conselho Estadual da RCC Maranhão  e o jovem Gilberto Chaves, coordenador da Comissão de Missão do Ministério Jovem, RCC Maranhão.

 O projeto Jesus no Litoral completa 11 anos no Brasil e quatro no Maranhão. Ele consiste na evangelização criativa feita durante o período do final do ano no litoral brasileiro, época em que o coração da maioria da população está aberta à boas notícias, na expectativa de iniciar um ano diferente. Nesse ano, o projeto espera receber cerca de 200 missionários de todo o Estado e aumentar o número de ações nos bairros de São Luís, onde a população vive em estado de vulnerabilidade social. “A Renovação Carismática Católica, assim como todos os movimentos e pastorais da Igreja, entende que sem a missão, nossa fé se torna infértil”, lembra diácono Francisco Camêlo.


O objetivo da reunião foi reforçar o engajamento da juventude da RCC na Comissão Missionária Diocesana e garantir que os jovens do Jesus no Litoral, caminhem de acordo com as orientações dadas pela Igreja sobre ações missionárias. Na ocasião, além da apresentação do projeto, foi agendada uma formação para os jovens do movimento, com o objetivo de apresentar as linhas de trabalho do Comidi, que acontecerá no Encontro Estadual de Jovens da RCC (EEJ-MA), dia 9 de novembro, em São Luís. A formação será ministrada por membros do Conselho Missionário Regional (Comire).

Na edição 2013-2014, o projeto JNL ganhará novas atividades, uma delas é a participação na 1ª Romaria Missionária, organizada pelo Comidi, que acontecerá dias 19 e 20 de outubro, na praça Maria Aragão, com participação do Ministério de Música da RCC e Flash Mobi organizado pelos jovens missionários.

 “Os jovens da RCC Maranhão que foram para a Jornada Mundial da Juventude voltaram inflamados com um novo amor pela missão, fruto de tudo que viveram. Participar da Romaria Missionária, será reviver a Peregrinação que fizemos na Jornada Mundial da Juventude”, reforçou Gilberto Chaves.


Padre Crizantonio Silva, coordenador do Comidi, presidirá celebração eucarística durante a missão Jesus no Litoral, dia 30/12.

A Igreja não deve ser "privatizada": temos que rezar pela sua unidade.


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 25 de setembro de 2013


Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

No “Credo” nós dizemos “Creio na Igreja, una”, professamos, isso é, que a Igreja é única e esta Igreja é em si mesma unidade. Mas se olhamos para a Igreja Católica no mundo descobrimos que essa compreende quase 3000 dioceses espalhadas em todos os Continentes: tantas línguas, tantas culturas! Aqui há tantos bispos de tantas culturas diferentes, de tantos países. Há o bispo de Sri Lanka, o bispo do Sul da África, um bispo da Índia, há tantos aqui… Bispos da América Latina. A Igreja está espalhada em todo o mundo! No entanto, as milhares de comunidades católicas formam uma unidade. Como pode acontecer isto?

1.    Uma resposta sintética encontramos no Catecismo da Igreja Católica, que afirma: a Igreja Católica espalhada no mundo “tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança, a própria caridade” (n. 161). É uma bela definição, clara, orienta-nos bem. Unidade na fé, na esperança, na caridade, na unidade nos Sacramentos, no Ministério: são como pilastras que sustentam e têm juntos o único grande edifício da Igreja. Aonde quer que vamos, mesmo na menor paróquia, na esquina mais perdida desta terra, há a única Igreja; nós estamos em casa, estamos em família, estamos entre irmãos e irmãs. E este é um grande dom de Deus! A Igreja é uma só para todos. Não há uma Igreja para os europeus, uma para os africanos, uma para os americanos, uma para os asiáticos, uma para os que vivem na Oceania, não, é a mesma em qualquer lugar. É como em uma família: se pode estar distante, espalhado pelo mundo, mas as ligações profundas que unem todos os membros da família permanecem firmes qualquer que seja a distância. Penso, por exemplo, na experiência da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro: naquela vasta multidão de jovens na praia de Copacabana, ouvia-se falar tantas línguas, viam-se traços da face muito diversificada deles, encontravam-se culturas diferentes, no entanto havia uma profunda unidade, se formava a única Igreja, estava-se unido e se sentia isso. Perguntemo-nos todos: eu, como católico, sinto esta unidade? Eu como católico vivo esta unidade da Igreja? Ou não me interessa, porque estou fechado no meu pequeno grupo ou em mim mesmo? Sou daqueles que “privatizam” a Igreja pelo próprio grupo, a própria nação, os próprios amigos? É triste encontrar uma Igreja “privatizada” pelo egoísmo e pela falta de fé. É triste! Quando ouço que tantos cristãos no mundo sofrem, sou indiferente ou é como se sofresse um da minha família? Quando penso ou ouço dizer que tantos cristãos são perseguidos e dão mesmo a própria vida pela própria fé, isto toca o meu coração ou não chega até mim? Sou aberto àquele irmão ou àquela irmã da minha família que está dando a vida por Jesus Cristo? Rezamos uns pelos outros? Faço uma pergunta a vocês, mas não respondam em voz alta, somente no coração: quantos de vocês rezam pelos cristãos que são perseguidos? Quantos? Cada um responda no coração. Eu rezo por aquele irmão, por aquela irmã que está em dificuldade, para confessar ou defender a sua fé? É importante olhar para fora do próprio recinto, sentir-se Igreja, única família de Deus!


2.    Demos um outro passo e perguntemo-nos: há feridas a esta unidade? Podemos ferir esta unidade? Infelizmente, nós vemos que no caminho da história, mesmo agora, nem sempre vivemos a unidade. Às vezes surgem incompreensões, conflitos, tensões, divisões, que a ferem, e então a Igreja não tem a face que queremos, não manifesta a caridade, aquilo que Deus quer. Somos nós que criamos lacerações! E se olhamos para as divisões que ainda existem entre os cristãos, católicos, ortodoxos, protestantes… sentimos o esforço de tornar plenamente visível esta unidade. Deus nos doa a unidade, mas nós mesmos façamos esforço para vivê-la. É preciso procurar, construir a comunhão, educar-nos à comunhão, a superar incompreensões e divisões, começando pela família, pela realidade eclesial, no diálogo ecumênico também. O nosso mundo precisa de unidade, está em uma época na qual todos temos necessidade de unidade, precisamos de reconciliação, de comunhão e a Igreja é Casa de comunhão. São Paulo dizia aos cristãos de Éfeso: “Exorto-vos, pois – prisioneiro que sou pela causa do Senhor – que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade. Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (4, 1-3). Humildade, doçura, magnanimidade, amor para conservar a unidade! Estes, estes são os caminhos, os verdadeiros caminhos da Igreja. Ouçamos uma vez mais. Humildade contra a vaidade, contra a soberba, humildade, doçura, magnanimidade, amor para conservar a unidade. E continuava Paulo: um só corpo, aquele de Cristo que recebemos na Eucaristia; um só Espírito, o Espírito Santo que anima e continuamente recria a Igreja; uma só esperança, a vida eterna; uma só fé, um só Batismo, um só Deus, Pai de todos (cfr vv. 4-6). A riqueza daquilo que nos une! E esta é uma verdadeira riqueza: aquilo que nos une, não aquilo que nos divide. Esta é a riqueza da Igreja! Cada um se pergunte: faço crescer a unidade em família, na paróquia, na comunidade, ou sou um fofoqueiro, uma fofoqueira. Sou motivo de divisão, de desconforto? Mas vocês não sabem o mal que fazem à Igreja, às paróquias, às comunidades, as fofocas! Fazem mal! As fofocas ferem. Um cristão antes de fofocar deve morder a língua! Sim ou não? Morder a língua: isto nos fará bem, para que a língua inche e não possa falar e não possa fofocar.  Tenho a humildade de reconstruir com paciência, com sacrifício, as feridas da comunhão?

3.    Enfim, o último passo mais em profundidade. E esta é uma bela pergunta: quem é o motor desta unidade da Igreja? É o Espírito Santo que todos nós recebemos no Batismo e também no Sacramento da Crisma. É o Espírito Santo. A nossa unidade não é primeiramente fruto do nosso consenso, ou da democracia dentro da Igreja, ou do nosso esforço de concordar, mas vem Dele que faz a unidade na diversidade, porque o Espírito Santo é harmonia, sempre faz a harmonia na Igreja. É uma unidade harmônica em tanta diversidade de culturas, de línguas e de pensamentos. É o Espírito Santo o motor. Por isto é importante a oração, que é a alma do nosso compromisso de homens e mulheres de comunhão, de unidade. A oração ao Espírito Santo, para que venha e faça a unidade na Igreja.


Peçamos ao Senhor: Senhor, dai-nos sermos sempre mais unidos, não sermos nunca instrumentos de divisão; faz com que nos empenhemos, como diz uma bela oração franciscana, a levar o amor onde há o ódio, a levar o perdão onde há ofensa, a levar a união onde há a discórdia. Assim seja.


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Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal