quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O amor dói


Ninguém vive sem amor, e ninguém ama sem sentir dor. O amor é um mistério, um segredo que se vive sem esperar nada em troca. Na dinâmica da vida desejamos ser amados, compreendidos, respeitados, valorizados, considerados.

Tudo começa com sorrisos e termina em lágrimas, e sem elas a vida perde o sentido. Como amar e sentir a dor da traição, da desconfiança, da mentira, da falsidade, do silêncio, da solidão, do abandono, do reconhecimento?

Não existe amor sem dor. Na medida em que a dor é amada, imediatamente é superada. “Só quem passa pelo fogo da dor, chega ao incêndio do amor”. Saber amar é saber superar gratuitamente cada pequeno ou grande desencontro, sem esperar nada em troca, a não ser a força de recomeçar. Diante dos conflitos da vida cotidiana, a tentação é saber quem tem razão, quem errou. A solução nos interessa, e não o culpado.


O Papa Francisco no domingo passado dizia: “Supomos sermos justos, e julgamos os outros. Julgamos até Deus, porque pensamos que deveria punir os pecadores, condenando-os à morte, em vez de perdoar. Agora sim corremos o risco de permanecer fora da casa do Pai! Como aquele irmão mais velho, em vez de se alegrar porque seu irmão retornou, ele fica com raiva de seu pai que o acolhe e faz festa.

Se em nossos corações não há misericórdia, alegria do perdão, não estamos em comunhão com Deus, mesmo observando todos os preceitos, pois é o amor que salva, não apenas a prática dos preceitos. É o amor por Deus e pelo próximo que realiza todos os mandamentos. E este é o amor de Deus, a sua alegria: perdoar. Nos espera sempre! Talvez algum de vocês tenha algo pesado em seu coração: ‘Mas, eu fiz isso, eu fiz aquilo...’. Ele te espera! Ele é pai: sempre espera por nós!

Se vivemos de acordo com a lei ‘olho por olho, dente por dente’, jamais sairemos da espiral do mal. O Maligno é inteligente, e nos ilude que com a nossa justiça humana podemos nos salvar e salvar o mundo. Na realidade, somente a justiça de Deus pode nos salvar! E a justiça de Deus se revelou na Cruz: a Cruz é o julgamento de Deus sobre todos nós e sobre este mundo.

Mas como Deus nos julga? Dando a vida por nós! Eis o ato supremo de justiça que derrotou, uma vez por todas, o Príncipe deste mundo; e esse ato supremo de justiça é também ato supremo de misericórdia. Jesus chama todos a seguirem este caminho: ‘Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso’ (Lc 6:36)”.

O que aconteceu com aquele que amou a todos, que acolheu os pecadores, fez refeição com eles? O que aconteceu com aquele que curou a os doentes, restabeleceu os paralíticos, fez os surdos ouvirem e os cegos verem?

Como terminou a vida daquele que fez milagres multiplicou cinco pães e dois peixes matando a fome de uma multidão? Qual foi o fim daquele que arrastou multidões e foi aclamado como Rei? O fim foi a solidão, o abandono, a condenação e a morte. Não existe amor verdadeiro sem cruz e sofrimento. O amor dói. É doído amar sem esperar nada, a não ser amar. Foi na entrega por amor do homem de Nazaré, o Filho único do Pai, que hoje somos capazes de amar, mesmo quando o amor dói.



Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá (PR)

Corrupção e educação moral


Há algum tempo, os fatos de corrupção e desonestidade na gestão dos recursos públicos estão em evidência na opinião pública. No primeiro julgamento do “mensalão”, o STF pronunciou-se sobre a acusação de um enorme esquema de corrupção instalado nos altos escalões do Poder Federal e o povo pôde acompanhar tudo, em capítulos, pela televisão. Por decisão do mesmo STF, haverá uma segunda etapa no julgamento desse caso. É para ninguém ficar sem poder ver...

Mas não é o único caso; por vários cantos do Brasil pipocam acusações de desonestidade na gestão dos recursos públicos. Há para todos os bolsos e gastos... Será que a corrupção é maior agora do que no passado? Ou será que a polícia trabalha mais e sua ação ficou mais eficaz? Será que a maior divulgação dos crimes, ou de suspeitas de crimes, gera a impressão que o fenômeno da desonestidade está mais espalhado que nunca?

Certamente, não se pode atribuir esse fenômeno a uma causa apenas. Entre as várias causas, está a lentidão da Justiça, o que passa certa presunção de impunidade e leva a concluir que o crime compensa. Outra explicação para o aumento da desonestidade é a escassa educação para os padrões éticos de comportamento, onde o senso de justiça, de respeito pelo próximo e de retidão são desconsiderados.

Estaríamos diante de um relaxamento na formação da consciência ética e moral dos cidadãos? Será que isso ainda é objeto de educação? Quem se preocupa em educar para padrões éticos válidos para todos? Ainda há quem educa nas escolas sobre o que é bom ou mau, digno ou indigno, honesto e desonesto? Eis uma questão crucial.


Quem, sem ser logo contestado, ainda ousa afirmar valores éticos e morais universais e referenciais para todos?! Em tempos de individualismo e de subjetivismo, também os referenciais éticos da honestidade, da justiça, da dignidade e dos direitos acabam sendo relativizados e deixados para a decisão individual. E então estamos diante do caos ético.

A falta de uma educação voltada para comportamentos éticos e dignos é agravada pelo mau exemplo oferecido, infelizmente, muitas vezes por quem está em maior evidência. As palavras sobre educação das atitudes éticas são logo desmentidas pelos maus exemplos por causa da falta de ética.

O ladrão e o desonesto não nascem feitos, mas passam por um processo de “formação para o crime”; pequenas desonestidades não corrigidas preparam para atos delituosos sempre mais graves e expressivos. A consciência vai se habituando e já não reage mais.

Jesus, no Evangelho, nos previne contra o amor ao dinheiro, que pode se tornar uma verdadeira idolatria. E São Paulo diz que o amor ao dinheiro é uma verdadeira idolatria (cf Cl 3,5), pois leva o homem a dedicar toda a atenção e culto ao dinheiro. Leva mesmo a trair a própria consciência, a desobedecer aos mandamentos de Deus e a “vender a alma para o diabo’... A ganância e a avareza escravizam o ser humano.

À luz dessa verdade compreendemos a palavra de Jesus no Evangelho: “não podeis servir a dois senhores” (Lc 16,13). O amor ao dinheiro a ganância e a avareza podem se tornar uma verdadeira escravidão, levando o homem a servir esse “senhor” implacável, bem mais que a Deus. O único Senhor, que devemos servir sem reservas e acima de todas as coisas, é o Senhor Deus.

Um dia seremos chamados, como aquele administrador da parábola: “presta contas da tua administração” (Lc 16,2). Precisamos educar-nos para as virtude da fidelidade e da honestidade: “quem é fiel nas pequenas coisas, também é fiel nas grandes” (Lc 16,10). O bem mais precioso, que devemos administrar com lealdade e honestidade, é nossa própria vida.



Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 24.09.2013


Card. Odilo P. Scherer

Arcebispo de São Paulo

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Papa Francisco excomunga padre pró-casamento gay. Ele não é o liberal que a mídia quer.

A mídia secularista, golpista e desonesta, junto com os famigerados 
militantes e ativistas gays e abortistas tiveram sua alegria de curta duração: 
o papa é fiel e ardente defensor da moral tradicional.

Por causa de todas as polêmicas manchetes da semana passada, dizendo que o Papa queria esquecer essa bobagem sobre o aborto e gays, dava até pra imaginar que uma Germaine Greer tinha sido eleita para governar a Igreja Católica. Na verdade, o que o Papa estava a dizer era que ele queria que a Igreja falasse mais sobre o que é para do que o que é contra. Mas isso não significa que não vai ainda ser contra essas coisas que contradizem os seus ensinamentos e tradições.

Basta perguntar a Greg Reynolds, de Melbourne – um padre que foi destituído e excomungado por causa de suas opiniões radicais sobre mulheres no clero e “casamento” gay. Do Australia’s The Age:


O documento de excomunhão – escrito em latim e não dando o motivo – e de 31 de maio, o que significa que está sob a autoridade do papa Francisco, que ganhou as manchetes na quinta-feira pedindo uma Igreja menos obcecada por regras.


O documento pode não dar nenhuma razão explícita, mas a razão é implícita e bem compreendida: Reynolds ofendeu a Igreja Mãe com sua política. É interessante notar que o ex-padre diz ao The Age que ele “queria a mesma coisa que o papa”, que é “incentivar a reforma e clara necessidade de renovação na Igreja”. Com isso percebi que Reynolds, como muitos liberais, incompreenderam as palavras de Francisco. A reforma estrutural é claramente necessária para evitar futuros horrores como o escândalo de abuso infantil, e a renovação é algo que os cristãos sempre desejam. Mas Reynolds queria descartar a doutrina católica – algo que Francisco nunca faria, porque ele é, apesar dos maiores desejos de tantas pessoas nos meios de comunicação, um católico. Seu tratamento contra Reynolds prova que ele está imbatível.
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O Papa nunca adotou a teologia da libertação, diz autoridade do Vaticano


O Substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, Dom Angelo Becciu, assinalou categoricamente que "o Papa nunca adotou a teologia da libertação entendida no sentido ideológico", em uma entrevista concedida ontem ao jornal italiano Corriere della Sera.

As declarações do Arcebispo Becciu se dão apenas alguns dias depois do encontro entre o Papa Francisco e o Padre Gustavo Gutierrez, teólogo peruano considerado como um dos pais da controvertida teologia da libertação. Este encontro ocorreu a pedido do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Arcebispo Gerhard Muller.

Na entrevista publicada ontem no jornal italiano e em que o Prelado fala sobre o discurso do Papa deste domingo em Cagliari (Itália), Dom Becciu disse que o Santo Padre "nunca aceitou a teologia da libertação entendida no sentido ideológico e foi severo com os que queriam transformar a Igreja em uma ONG. Isto o leva a gritar com mais autoridade contra as injustiças do capitalismo selvagem".


Dom Becciu disse também que "foi clara a sua crítica (do Papa) a um sistema econômico e financeiro onde prevalece o ídolo do dinheiro e que pelo proveito está disposto a tudo, a sacrificar os direitos fundamentais".

O Prelado explicou logo que "a verdadeira teologia da libertação é a que também a Igreja adotou e aprovou: a teologia em que Deus está em primeiro lugar e busca defender os pobres fazendo-se expressão da solidariedade e do esforço dos católicos".


Para Dom Becciu, o discurso do Santo Padre é essencialmente cristológico: "a salvação total frente a Jesus. Quem tem deve compartilhar e investir: o caminho inteligente de quem atua da maneira adequada. Falar de pauperismo empobrece o discurso. É a Doutrina Social da Igreja: o dinheiro não pode ser a meta".
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Por que a Missa é tão chata?

Para entender a Eucaristia, é preciso conhecer Jesus,
pois com Ele todas as coisas adquirem
compreensão, sentido, valor e beleza

Esta é uma pergunta que os paroquianos costumam fazer aos padres. A grande batalha interior daqueles que descobrem, de alguma maneira, a necessidade de manter com o Senhor uma relação de amor e de culto é precisamente tentar entender algo que, às vezes, por falta de formação, não compreendem, como é o caso da Missa.
 
Participar de algo que parece monótono e repetitivo com fidelidade, ou por "mandato divino", mas que costuma ser mais forte que sua própria rotina interior, não é fácil para estas pessoas – que acabam em geral aderindo a seitas evangélicas, onde fazem da pregação e do culto a Deus um espetáculo, quase circense.

Para entender a Eucaristia, é preciso conhecer Cristo. Nele, todas as coisas adquirem compreensão, sentido, valor e beleza. É muito difícil que alguém que não tenha uma relação pessoal com Jesus possa chegar a desfrutar do imenso valor da Eucaristia, que não é senão o sacrifício renovado de Cristo, quem se entrega com sua Palavra, seu Corpo e seu Sangue.

Para entender e viver a Eucaristia, é importante dar alguns passos. O primeiro deles é o contato permanente com a Bíblia: participe de algum grupo de oração, um grupo bíblico, de reuniões, buscando viver a fé comunitariamente, pois a Eucaristia é vivência de comunidade.


Ateísmo: um sentimento contagioso?


Há 50 anos, eram raros os que se confessavam ateus e, em geral, não o manifestavam abertamente. Hoje, isso é mais comum, e são raros os que se confessam crentes com espontaneidade.
 
Os que viveram mais de 50 anos não se surpreendem tanto pelo fato da descrença ou do agnosticismo em si, mas se inquietam ao ver sua generalização e proximidade, ou seja, que sejam tantos e tão próximos da nossa vida os que afirmam não crer, não "precisar" de Deus ou não considerá-lo "relevante" no mundo.


É difícil hoje entender bem o que uma pessoa quer dizer quando afirma "eu não acredito em Deus", ou "sou agnóstico". Em geral, nem ela consegue explicar exatamente. Este é um fenômeno um tanto difuso, que obedece mais a um sentimento que se contagia do que a uma ideia bem fundamentada.
 
De qualquer maneira, as pesquisas e os fatos, como a relevância das crenças religiosas em determinados fenômenos sociais, demonstram que o fator religioso é atual. Mas o que significa esta atualidade do religioso?

 
No que diz respeito ao nosso mundo ocidental, "cristão" por tradição, há alguns que detectam um processo rumo à descrença real, ainda que às vezes motivada pela boa vontade.
 
Um representante da alta hierarquia da Igreja comentou, não sem certa ironia, em uma assembleia, que antigamente era mais comum ouvir a opinião de que se acreditava em Jesus, mas não na Igreja. Depois, dizia, ouvimos que Jesus Cristo, tal como aparece no Novo Testamento, não se sustentava, mas que era verossímil crer em Deus, como faz a maioria dos seres humanos.
 
Mais tarde, generalizou-se, inclusive na linguagem oficial e em ambientes culturais, a opinião de que não se pode falar de um único Deus, mas de todos os produzidos pelas diversas tradições religiosas, ou pelo menos de um só Deus, mas não definido e conhecido, e sim como um ser muito além de toda linguagem e conhecimento humanos, sobre quem todas as religiões chegariam a um consenso. Como consequência, o seguinte passo foi considerar melhor não falar de Deus, mas de "transcendência". Mais ainda: melhor não falar de "transcendência", mas de "espiritualidade"...
 

Bento XVI responde a matemático italiano


O Papa emérito Bento XVI escreveu ao matemático e escritor italiano Piergiorgio Odifreddi, que em 2011 publicou a obra ‘Caro Papa, escrevo-te’, para responder a algumas das suas críticas e questões sobre Jesus e a Igreja.

A missiva, parcialmente divulgada hoje pelo jornal italiano ‘La Reppublica’, assume uma crítica “dura”, mas franca, às posições de Odifreddi sobre a historicidade de Jesus e a relação entre a Teologia e o mundo científico.

“Aquilo que diz sobre a figura de Jesus não é digno do seu nível científico”, escreve Bento XVI, após o matemático italiano ter afirmado que sobre Cristo não se saberia nada, do ponto de vista histórico, recomendando ao seu interlocutor a leitura da obra de Martin Hengel (publicada em conjunto com Maria Schwemer), exegeta protestante.


Joseph Ratzinger, autor de uma trilogia sobre ‘Jesus de Nazaré, nega ter desvalorizado a exegese histórico-crítica dos evangelhos e diz nesta carta que a mesma é “necessária para uma fé que não propõe mitos com imagens históricas, mas reclama uma verdadeira historicidade”.

“Por isso, também não é correto que afirme que eu me teria apenas interessado apenas pela meta-história: pelo contrário, todos os meus esforços têm o objetivo de mostrar que o Jesus descrito nos evangelhos é também o real Jesus histórico”, acrescenta o Papa emérito.

Bento XVI responde também às observações de Piergiorgio Odifreddi a respeito dos casos de abusos sexuais de menores por parte de sacerdotes, começando por mostrar “profunda consternação”.

“Eu procurei desmascarar estas coisas: que o poder do mal penetre até este ponto no mundo interior da fé é um sofrimento para nós”, sublinha, antes de frisar que a Igreja vai fazer “todos os possíveis para que tais casos não se repitam”.

Segundo o Papa emérito, que liderou a Igreja entre abril de 2005 e fevereiro deste ano, não é “lícito” calar os problemas das comunidades católicas, mas isso não deve fazer esquecer “o grande rasto luminoso de bondade e pureza que a fé cristã deixou ao longo dos séculos”.

“Ainda hoje, a fé leva muitas pessoas ao amor desinteressado, ao serviço aos outros, à sinceridade e à justiça”, refere.

A resposta de Bento XVI chegou à casa do matemático italiano no último dia 3: 11 páginas com data de 30 de agosto.

A carta agradece pelo confronto “leal” de ideias e manifesta o “proveito” tirado de algumas das passagens do livro de Odifreddi, sem deixar de observar “uma certa agressividade e descuido na argumentação” do autor.

Joseph Ratzinger deixa críticas, em particular, ao que chama de “religião matemática” que deixaria de fora questões “fundamentais” da existência humana, como “a liberdade, o amor e o mal”.

“A sua religião matemática não tem qualquer informação sobre o mal. Uma religião que descura estas questões fundamentais fica vazia”, responde a Piergiorgio Odifreddi.

Neste contexto, Bento XVI destaca a necessidade de “manter a religião ligada à razão e a razão à religião”, pedindo que se reconheça que a Teologia produziu resultados “no âmbito histórico e no do pensamento filosófico”.


A missiva refuta a acusação de que a Teologia seria apenas “ficção científica” e aponta o dedo às teorias sobre a origem do homem e do universo que apresentam “imaginações” com as quais se procura “aproximar-se da realidade”.
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Rock in Rio


Depois das cenas de culto ao demônio no Rock In Rio de ontem (19), ficamos a imaginar até que ponto chega a criatura humana na sua degradação espiritual e renúncia à imagem de Deus que ostentamos em nós.

Fomos criados por Deus para "sermos elevados à sua glória" como nos ensinou Santo Irineu no início do Cristianismo. É assustador o crescimento do culto satânico em nossos tempos que produz o caminho inverso no coração da pessoa humana.

Há muito tenho alertado nossos jovens do perigo de se contaminarem espiritualmente com este mundo tenebroso de certas bandas de rock que fazem apologia ao satanismo e o pratica de forma ostensiva como vimos na festa do rock no Rio de Janeiro.

Satanás odeia a Cristo e sua Igreja. Desta feita não é de se espantar que seus agentes humanos, nesta terra, usem nossos símbolos católicos às avessas para veicular o "die irae" que é da essência do demônio, o ódio a Deus e ao seu Cristo e, consequentemente à sua Igreja.

A Sagrada Escritura e a prática da piedade cristã nos advertem do perigo do contágio dos crentes com estas realidades obscuras e carregadas de perigos para a alma. Quanto mal o rock satânico faz aos nossos jovens que, na falta de discernimento espiritual, acabam mergulhando nesse fosso. É fácil entrar, o difícil é sair e voltar à saúde espiritual de antes. Infelizmente muita gente que está nisso nunca conheceu a luz de Deus.


Esses satânicos são afigurados à covardia de quem eles servem. Abusam e escarnecem da Igreja Católica, dos nossos símbolos e das pessoas consagradas. Trata-se de um deboche que nos dói a alma, nos machuca nossa estima de pessoas de fé, pois desejamos a salvação dos jovens e nos custa ver a destruição de tantos que se tornaram presas do mal.

Uma vez conversei, no Rio de Janeiro, com um jovem de uma banda deste perfil, a pedido de sua mãe. Nunca antes e nem depois encontrei uma pessoa tão fria e distante. A realidade desses grupos é muito diferente da nossa, seja na linguagem, na compreensão e nos afetos. É um mundo distante da luz. É um mundo simplesmente tenebroso que causa pavor.


São Miguel Arcanjo e todas as Milícias Celestes, vinde em nosso auxílio e auxilia-nos no combate ao mal.


Dom Adair José Guimarães