quinta-feira, 18 de abril de 2013

JMJ: o legado não será só econômico.



A JMJ Rio2013 será um dos grandes eventos no Rio de Janeiro nos próximos anos e seu legado tem tudo para ser um dos maiores legados já deixados por um evento na cidade-sede. A maioria da população já sabe que a Jornada Mundial da Juventude movimenta milhões de jovens em todo o mundo, que peregrinam para estarem em comunhão com a Igreja e se encontrarem com o Papa. No entanto, são poucos os que compreendem que, além do crescimento espiritual e da oportunidade de viver um encontro inesquecível, a JMJ traz consigo um ganho social e cultural para a sociedade em geral, fora o aspecto econômico.

Um relatório divulgado pela organização da JMJ de Madri, realizada em 2011, mostra um impacto econômico de aproximadamente R$   920 milhões (cerca de 354 milhões de euros) na Espanha. O estudo, realizado pela PwC (PricewaterhouseCoopers), apontou que os gastos feitos por estrangeiros em Madri foram de 147 milhões de euros. Os cálculos foram baseados no gasto direto da organização da JMJ e em dados recolhidos através do Instituto de Estatística da Comunidade de Madri e pelo Instituto Nacional de Estatística.

Indicativos históricos do evento mostram que os peregrinos permanecem no país de 4 a 6 dias a mais. Assim, ao visitarem a cidade, eles entram em contato com a cultura local e seu interesse em retornar ao país em outras oportunidades aumenta. Com isso, sediar um evento desta magnitude é um investimento com retorno econômico para muitas empresas, como restaurantes, hotéis, e geração de emprego direto e indireto para muitas pessoas. Na Espanha, o impacto econômico da JMJ foi de três mil postos de trabalho em Madri e cinco mil no território espanhol.


Ao mesmo tempo, o legado evangelizador da jornada diz respeito aos desafios da Nova Evangelização. A JMJ tem como principal objetivo reforçar a experiência de cada jovem com o Amor de Cristo e firmá-lo na fé. Por meio da vivência da fé comum que une pessoas de culturas, idiomas e hábitos diferentes, a JMJ busca levar a juventude a um sentimento de pertença à Igreja de Cristo e motiva a todos a viver e transmitir esta mesma fé. E todos são chamados a participar. Assim surgiu o Fundo de Solidariedade, que teve como objetivo facilitar a participação na JMJ dos jovens que não têm condições de pagar os custos da viagem ao Rio de Janeiro.

Por fim, mas não menos importante, a JMJ Rio2013 deixa dois legados sociais muito importantes para a cidade do Rio de Janeiro: um trabalho de ajuda e inclusão a dependentes químicos e o projeto Vozes Católicas. O trabalho contra o envolvimento com as drogas por parte dos jovens agregará a criação de uma rede de intercâmbio entre instituições religiosas e civis e um centro de triagem. Além disso, será implementado o Passaporte da Cidadania, que consiste em um ônibus equipado com diversas tecnologias para promover a inclusão de dependentes químicos à sociedade. Já o Vozes Católicas, projeto criado em 2010 no Reino Unido para facilitar o trabalho dos meios de comunicação durante a cobertura da visita do Papa Bento XVI, tem como objetivo dar suporte ao esclarecimento de temas ligados à Igreja Católica na mídia.

Com isso, a JMJ Rio2013 vem, não com o intuito de movimentar a economia da cidade do Rio de Janeiro, mas para mostrar à sociedade que cultura e fé estão aliadas e rendem bons frutos, legados importantes que servem de exemplo para a sociedade em geral. Ao colocar o jovem como sujeito do processo, ele, em nome do evangelho, se vê como protagonista e vive uma experiência que o marca significativamente. A partir daí, ele sai do Rio de Janeiro para levar histórias, cultura e demais aspectos para o mundo inteiro, fazendo discípulos entre as nações.
__________________________________________
Fonte: Rádio Vaticano.
Disponível em: Católica Net.

CNBB em Assembleia



Está em pleno andamento a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Aparecida. É tradição de longa data, depois da Páscoa, os bispos todos do Brasil se reunirem em assembleia.

A possibilidade de se encontrarem, durante dez dias, vindos de todos os recantos do país, já justifica essa assembleia, independente dos assuntos a serem tratados.

Consolidar a comunhão dos bispos entre si, partilhando momentos de convivência fraterna, de troca de experiências, e de informações sobre a vida das dioceses, é sempre a finalidade principal de sua assembleia, seja qual for a agenda.


Cada assembleia tem sua característica, dependendo do contexto em se realiza. Desta vez a expectativa maior é como situar a assembleia no novo contexto eclesial, decorrente das diversas surpresas acontecidas neste início de ano, a começar pela renúncia de Bento XVI, culminando com a eleição do Papa Francisco.

Mesmo que nem façam parte da pauta, os comentários a respeito do novo Papa serão, certamente, o assunto principal das conversas entre os bispos.

Uma assembleia, portanto, muito marcada pelo novo clima, de diálogo e de esperança, que o Papa Francisco suscitou de maneira tão insistente neste início de seu pontificado.

Confirmada a presença do Papa no mês de julho, no Rio de Janeiro, o fato se insere no contexto mais amplo da importância da Igreja da América Latina. De fato a eleição de um cardeal latino americano, e sua primeira visita como papa ao Brasil, colocam em evidência a perspectiva latino americana da Igreja Católica, no momento histórico que estamos vivendo.

Este contexto repercute também na CNBB. Se a Igreja, no mundo inteiro, “passa a palavra” para a América Latina, é claro que a Igreja do Brasil é chamada a manifestar-se, através dos posicionamentos que o pontificado do Papa Francisco irá certamente solicitar. Isto coloca para a CNBB o desafio de identificar as contribuições válidas que a Igreja do Brasil está em condições de oferecer, contanto que sejam bem dimensionadas.

O tema central desta 51ª Assembleia se apresenta assim: “Comunidade de comunidades – uma nova Paróquia”

Sejam quais forem os enfoques que este tema pode comportar, é evidente a referência às “comunidades”, que se constituíram na experiência eclesial mais válida e mais consistente que a Igreja do Brasil vivenciou, no seu empenho de suscitar “comunidades eclesiais” autênticas, bem inseridas na realidade, guiadas por valores evangélicos, fortalecidas pela Palavra de Deus, e conscientes da comunhão eclesial a ser devidamente cultivada e manifestada.

A formação de comunidades eclesiais concretas, abertas à participação dos seus membros, prontas a valorizar os ministros ordenados, foi a riqueza mais original, produzida pelo esforço de renovação eclesial incentivado pelo Concílio.

De certa maneira, a Igreja do Brasil, no seu empenho de aplicar o Concílio, refez a caminhada da Igreja Primitiva, que teve nas comunidades o seu fruto melhor, resultante do testemunho que davam do Senhor Ressuscitado.

Com o clima de confiança e de abertura, suscitado pelo Papa Francisco, dá para sonhar que as riquezas da caminhada da Igreja Latino Americana sejam agora olhadas com serenidade, e colocadas a serviço da ampla renovação eclesial desencadeada pelo Concílio.


Dom Demétrio Valentini 
Bispo de Jales (SP)

Marginais Deprimidos



Os atos criminosos, nos dias atuais, se repetem “ad nauseam”. Vou me referir apenas à nossa linda pindorama. Desconheço qualquer época de nossa história, em que a bandidagem estivesse tão sem escrúpulos como no tempo em que vivemos. São os assaltos contínuos aos Postos de combustível, os roubos nas Fazendas, a explosão de Caixas eletrônicos, a matança interminável de pessoas portando Valores, a invasão de residências familiares, a crueldade contra os inadimplentes das Drogas, as vinganças amorosas... Temos saudade dos tempos dos duelos teatrais, e das surras que desfiguravam o rosto e quebravam os ossos. Hoje para matar, com requintes de crueldade (com armas roubadas ao Exército), basta alguma vítima não ter belos olhos azuis. Movidos a droga e com altas doses alcoólicas, praticam atos abomináveis, que nenhum animal consegue fazer. “A nossa culpa chega até os céus” (Esdras 9, 6).


Gostaria de pedir a sua companhia, para refletir um pouco. A motivação de tais atos desumanos, parece que provém do desejo irrefreável de ficar rico sem trabalhar. Seria o exemplo provindo dos maus políticos? A falta de uma boa educação familiar? A irreligiosidade? Quero mostrar as conseqüências de tais atos delituosos. Antes de tudo, o bandido perde o respeito por si mesmo. Sabe que é um estorvo para a humanidade, e a seus olhos avilta-se, perde a auto-estima.”Eu não presto”. Em segundo lugar, os  semelhantes, mesmo que não tenham provas de seus crimes, sabem que ele deve ser evitado, e não merece confiança. Repete-se a segregação de Caim: “Serás errante e fugitivo sobre a terra” (Gn. 4, 12).  Mas o que é pior, sente que desta forma como vive, não pode ser amado pelo Pai. Toda a pessoa humana tem necessidade de amar e de sentir-se amada. De que forma consegue levantar a cabeça e olhar para os olhos do Criador? Sabe que despreza o semelhante, e que não tem as boas graças de Deus. É péssimo sentir-se pecador sem remissão. Se não resolver mudar de vida, sabe que está vivendo uma vida sem sentido. De que vale viver como nababo com o remorso remoendo a consciência?     A lei do trabalho é dura, mas condiciona a convivência humana. Fora do trabalho não há realização.


Dom Aloísio Roque Oppermann 
Arcebispo Emérito de Uberaba (MG)

Apresentar Jesus às crianças é papel dos pais, afirma bispo.



"É imprescindível que os pais levem a sério essa responsabilidade, não apenas encaminhando a outras pessoas, mas eles diretamente dedicando-se a essa educação religiosa que é feita em grande parte de palavras, mas também de gestos". Foi o que afirmou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, Dom João Carlos Petrini, sobre a educação religiosa que o pai e a mãe devem oferecer aos filhos.

De acordo com Dom Petrini, as crianças aprendem por "osmose", ou seja, observando e absorvendo o exemplo dos pais, assim como as palavras que lhes dirigem. Para o bispo, a catequese mais eficaz é aquela dada pela família e a ideia de colocar somente sob a responsabilidade dos catequistas os ensinamentos sobre a religião é equivocada.

"A palavra do pai e da mãe tem um valor incomparavelmente maior do que um ano inteiro de catequese com a melhor catequista", afirmou. Na opinião do bispo, a grande dificuldade para a transmissão da fé, dos pais para os filhos, no âmbito da família, está nas prioridades que pai e mãe têm.

“Os pais são muito absorvidos pelo trabalho fora e quando chegam em casa dão prioridade a outras coisas e, acaba ficando esquecida esta dimensão fundamental na primeira infância que é a educação religiosa", destacou Dom Petrini.


A criança aprende a conhecer o Invisível e a presença de Deus em sua vida cotidiana através do pai e da mãe, explica o bispo. Segundo ele, se os pais dedicarem poucos minutos por dia aos filhos para lhes comunicar Jesus, certamente isso será lembrado pelos filhos por muitos anos.

“Sempre imagino um pai que leva a criança até a Igreja, pega-lhe no colo, chega lá na frente e apresenta Jesus: esse é Jesus, Ele está na Cruz para mostrar que nos ama até o ponto de ficar na cruz a nosso favor. Mas ele ressuscitou! Está aqui! Veja esta luz, aqui é Jesus. Num minuto ele apresenta Jesus à criança. Eu garanto que quando aquele menino tiver 60 anos, tiver problemas graves de saúde, tiver conflitos a enfrentar, etc, lembrará aquele momento como um momento de conforto e de luz e que continuará a dar consolo a ele para sempre”, exemplificou Dom Petrini.

Como trabalhar a evangelização dos pais?

"As paróquias poderiam difundir a 'Hora da Família', valorizar a Semana da Família, a temática escolhida para este ano e retomando este tema em outros momentos, por conta própria”, sugeriu Dom Petrini. O bispo propõe ainda que os padres façam exortações aos pais durante a Missa, como forma de orientá-los para a educação dos filhos acerca da fé.

“É um trabalho que fazemos para evangelizar que precisa ser reinventado, usarmos a criatividade para apresentar Jesus às crianças”, disse.

Vida e Família são assuntos da plenária desta segunda-feira, 15, na Assembleia dos Bispos, que acontece em Aparecida (SP) desde o dia 10.
_____________________________________
Fonte: Guia de Blogs Católicos.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Nota de solidariedade aos moradores em situação de rua



A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz; o Regional Centro Oeste da CNBB e a Arquidiocese de Goiânia, reunidos na 51ª Assembleia geral da CNBB, em Aparecida – SP, manifestam seu repúdio ao extermínio da população em situação de rua que vem ocorrendo em Goiânia-GO e na Grande Goiânia. De agosto de 2012 a abril deste ano, foram brutalmente assassinados 30 moradores em situação de rua, dos quais a grande maioria é de jovens, inclusive uma criança de 11 anos.
 
Diante desta condenável situação, solicitamos:

1.     Que os poderes públicos municipal, estadual e federal tomem medidas urgentes que eliminem esta situação de violência e restabeleçam a paz e segurança aos moradores de rua;

2.     Que as mortes dos moradores em situação de rua sejam investigadas e federalizadas imediatamente;

3.     Que sejam tornados públicos os resultados das investigações com sua ampla divulgação na mídia;

4.     Que os responsáveis sejam processados, julgados e condenados com rigor e rapidez;

5.     Que o Estado de Goiás e a Prefeitura de Goiânia se responsabilizem efetivamente pelas mortes dos moradores em situação de rua e se comprometam em auxiliar os familiares das vítimas;

6.     Que sejam criados, em caráter emergencial, espaços físicos que ofereçam alimentação, dormitório e, sobretudo, segurança aos moradores em situação de rua;

7.     Que se criem políticas públicas de inclusão social dos moradores em situação de rua, devolvendo-lhes a dignidade humana roubada e ferida e os tire dessa situação degradante.

Lamentamos que casos como o de Goiânia se repitam em outras partes do país. Conclamamos aos gestores públicos que promovam a justiça e o fim do extermínio de tantas pessoas humanas que, como todo povo brasileiro, merecem viver e conviver com dignidade.

Na esperança de que nosso pedido seja atendido e de que a paz volte a reinar neste chão, invocamos a bênção de Deus sobre todos os seus filhos e filhas.


Aparecida – SP, 17 de abril de 2013


D. Guilherme Antonio Werlang MSF - Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB
Bispos membros da Comissão: Dom Enemésio Angelo Lazzaris FDP; Dom José Luiz Ferreira Sales CSSR; Dom José Moreira Bastos Neto; Dom Pedro Luiz Stringhini; Dom Roque Paloschi; 
Dom José Luiz Majella Delgado CSSR - Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB
Dom Washington Cruz CP – Arcebispo Metropolitano de Goiânia - GO

segunda-feira, 15 de abril de 2013

G1 manipula dados em favor da militância gay




O site de notícias G1, que pertence ao grupo Globo, realizou uma enquete entre seus leitores sobre à união civil entre homossexuais depois que a cantora Daniela Mercury colocou o tema em pauta nos jornais ao assumir sua relação lésbica com uma jornalista.

A cantora, é embaixadora do Brasil na Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) desde 1995 e do Unaids (programa da ONU para HIV/Aids), se declara católica e diz acreditar que o uso de preservativos “é um instrumento de proteção à vida”.


Em 2005, ela teve seu nome vetado por Bento XVI no concerto de natal promovido pelo Vaticano. Apesar de sua posição abertamente contrária aos ensinamentos católicos, Daniela contou em entrevista à revista “Veja” que ela e sua parceira tiveram a audácia de ir à basílica do Sagrado Coração de Jesus, em Paris, para colocar as alianças, fazer orações e pedir proteção. Nada mais provocativo ao Sagrado Coração de Nosso Senhor que pregava a castidade e o casamento indissolúvel entre um homem e uma mulher.

Porém, insatisfeitos com a derrota, criaram uma nova enquete com o seguinte resultado:



É assim que a militância gay e seus sequazes midiáticos agem para o triunfo da ditadura gay no país, através de mentiras e manipulações, aliás é só através disso que a causa gay sustenta-se.
_________________________________________
Fonte (1): Instituto Plínio Corrêa de Oliveira.
Fonte (2): In Praelio.

A Calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas, diz Papa.

Francisco: "são muitos os mártires na Igreja vítimas de calúnia, um ato que vem de Satanás".


"A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas." Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da missa presidida na manhã desta segunda-feira na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, da qual participaram, entre outros, os funcionários do Serviço telefônico vaticano e do Setor internet vaticano.

O Santo Padre convidou a rezar pelos muitos mártires que hoje são falsamente acusados, perseguidos e assassinados por ódio à fé.

Estevão, o primeiro mártir da Igreja, é uma vítima da calúnia. E a calúnia é pior do que um pecado: a calúnia é uma expressão direta de Satanás.
 
O Papa não usou meios termos para estigmatizar um dos mais desprezíveis comportamentos humanos. A leitura dos Atos dos Apóstolos apresenta Estevão, um dos diáconos escolhidos pelos Apóstolos, que é levado ao Sinédrio por causa de seu testemunho do Evangelho, acompanhado de sinais extraordinários.

E diante do Sinédrio – lê-se no texto – aparecem "falsas testemunhas" que acusaram Estevão.

Francisco foi incisivo sobre este ponto: porque – observou – "não bastava o combate honesto, a contenda entre homens de bem", os inimigos de Estevão embocaram "o caminho da luta suja, a calúnia":

"Todos nós somos pecadores: todos. Temos pecados. Mas a calúnia é outra coisa. É claro que é um pecado, mas é outra coisa. A calúnia quer destruir a obra de Deus; a calúnia nasce de uma coisa intrinsecamente ruim: nasce do ódio. E quem faz o ódio é Satanás. A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas, nas almas. A calúnia utiliza a mentira para seguir adiante. E não duvidemos: onde há calúnia está Satanás, ele mesmo."

Em seguida, o Papa passou da atenção para o comportamento dos acusadores para a atenção ao comportamento do acusado. Estevão, observou, não retribuiu a mentira com a mentira, "não quis seguir por aquele caminho para salvar-se. Ele olhou para o Senhor e obedeceu à lei", permanecendo na paz e na verdade de Cristo. E é o que "acontece na história da Igreja" – reiterou –, porque do primeiro mártir até hoje são numerosos os exemplos de quem testemunhou o Evangelho com extrema coragem:

"Mas o tempo dos mártires não acabou: também hoje podemos dizer, na verdade, que a Igreja tem mais mártires do que no tempo dos primeiros séculos. A Igreja tem muitos homens e mulheres que são caluniados, que são perseguidos, que são assassinados por ódio a Jesus, por ódio à fé: um é assassinado porque ensina catecismo, outro porque carrega a cruz... Hoje, em muitos países, os caluniam, os perseguem... são irmãos e irmãs nossos que hoje sofrem, neste tempo de mártires."

O nosso tempo – repetiu o Papa Francisco – "é uma época com mais mártires do que nos primeiros séculos". E uma época de "muitas turbulências espirituais" trouxe à mente do Pontífice a imagem de um antigo ícone russo: o ícone de Nossa Senhora que com o seu manto cobre o povo de Deus:

"Peçamos à Virgem Maria que nos proteja, e nos tempos de turbulência espiritual o lugar mais seguro é sob o manto de Nossa Senhora. É a mãe que cuida da Igreja. E neste tempo de mártires é ela, de certo modo, a protagonista da proteção. É a mãe. (...) Digamos a ela com fé: 'A Igreja está sob a tua proteção, ó mãe. Cuida da Igreja'."
_____________________________
Fonte: CNBB.

sábado, 13 de abril de 2013

Lamentável também é a incapacidade da organização da JMJ de ser clara, rápida e eficiente ao eliminar rumores.



E a ineficácia continua! 

Leia a matéria de Aleteia, publicada anteriormente em nosso site, clicando aqui.

Certos católicos criaram recentemente um complexo de perseguição, ou mesmo um “coitadismo”, que demoniza a imprensa como um todo. Dom Orani parece incentivar esse tipo de postura: do lado de lá está a imprensa malévola, que deve ser inteiramente desacreditada — confiem apenas no que está em nosso site oficial! Ora, essa visão não é partilhada sequer pelo Papa Francisco, que agradeceu aos jornalistas por seu trabalho ao longo do conclave. Se a imprensa nos dias de hoje costuma errar e perseguir a Igreja, não significa que ela nunca possa acertar ou que não haja bons elementos nela — e aqui falamos genericamente, não da Veja e do autor da matéria. Fazer beicinho e se fingir de coitado não é a reação das mais inteligentes. Lamentável, Dom Orani, não é simplesmente acreditar no que diz a Veja. Lamentável também é a organização de um evento de tal magnitude não saber que ao mau jornalismo se responde com clareza, rapidez e eficiência no esclarecimento dos fatos.


Lamentável também é a organização da JMJ entrar em contato com o jornalista da revista - no mesmo dia 8 em que a matéria foi divulgada - e não desmentir de imediato o convite, negociação ou seja lá o que tenha sido proposto a cantores de músicas imorais, mas se limitar apenas a dizer que não pagarão cachê.

E tão lamentável quanto é lançar uma nota de esclarecimento, no dia seguinte, que apenas "não confirma" o conteúdo da matéria. Em lógica, não confirmar é muitíssimo diferente de negar.

Lamentável ainda é, depois de ver a comoção nas redes sociais crescer vertiginosamente, Dom Orani vir a público, um dia após a nota oficial nada esclarecedora, novamente não para desmentir o contato, convite ou negociação com tais cantores, mas só para dizer que não haverá pagamento pelos shows, sem restringir a presença de quem quer que seja!

Como enfatizamos desde o nosso primeiro post, ao menos para nós católicos, a preocupação não se restringe ao aspecto financeiro. Ela está, sobretudo, na corrupção das almas com a chancela de um evento organizado pela Igreja. Ao criticar aqueles que são movidos por “interesses econômicos”, Dom Orani não se dá conta que até o momento sua equipe só se preocupou em negar o pagamento de cachês, mas não a perversão das almas, mesmo que gratuita, por músicas e danças eróticas… Fica cada vez mais claro quem, realmente, demonstra “interesse econômico”.

E então, finalmente, veio a matéria da Aleteia (12-04-2013)… e a incapacidade de ser claro, objetivo e de estancar a polêmica permanece! Dom Orani ataca a revista e seus leitores, mas não é capaz de fazer uma auto-crítica sobre a (in)capacidade de “comunicação” da organização da JMJ. E isso porque ele está "no início da preocupação" com o Diretório de Comunicação da CNBB! O Arcebispo do Rio desmente novamente a informação de que pagarão cachês aos cantores, mas deixa em aberto a possibilidade de que esses mesmos expoentes da imoralidade brasileira se apresentem, contanto que cantem uma música religiosa: se algum outro cantor [isto é, não católico] “quiser cantar uma música religiosa, isso deve ser feito gratuita e voluntariamente, mas tem de ser analisado pelo COL”.

Quase uma semana se passou e não houve um ser minimamente alfabetizado que pudesse escrever uma miserável notinha com os seguintes dizeres: “A JMJ não contratará nem permitirá a apresentação daqueles cantores que, mesmo cantando o Kyrie Eleisón de graça durante o evento, corrompem as almas dos brasileiros nos outros dias do ano”. Simples assim.

E o fato da organização não ter sido clara em nenhum momento só faz aumentar a impressão de que, de fato, existia, e de que talvez ainda exista, uma negociação para que cantores seculares, majoritariamente corruptores do povo brasileiro, se apresentem, mesmo que gratuitamente, na JMJ. Ao ser tão titubeante, a organização demonstra que falou apenas porque foi pressionada — e não pela Veja, que divulgou a matéria a um público mais amplo, mas pelos jovens católicos, especialmente após a veiculação da matéria neste blog. Houvesse interesse em eliminar a polêmica, a organização da JMJ teria sido clara logo em sua primeira manifestação.
___________________________
Fonte: Fratres in Unum.com