sábado, 13 de abril de 2013

Lamentável também é a incapacidade da organização da JMJ de ser clara, rápida e eficiente ao eliminar rumores.



E a ineficácia continua! 

Leia a matéria de Aleteia, publicada anteriormente em nosso site, clicando aqui.

Certos católicos criaram recentemente um complexo de perseguição, ou mesmo um “coitadismo”, que demoniza a imprensa como um todo. Dom Orani parece incentivar esse tipo de postura: do lado de lá está a imprensa malévola, que deve ser inteiramente desacreditada — confiem apenas no que está em nosso site oficial! Ora, essa visão não é partilhada sequer pelo Papa Francisco, que agradeceu aos jornalistas por seu trabalho ao longo do conclave. Se a imprensa nos dias de hoje costuma errar e perseguir a Igreja, não significa que ela nunca possa acertar ou que não haja bons elementos nela — e aqui falamos genericamente, não da Veja e do autor da matéria. Fazer beicinho e se fingir de coitado não é a reação das mais inteligentes. Lamentável, Dom Orani, não é simplesmente acreditar no que diz a Veja. Lamentável também é a organização de um evento de tal magnitude não saber que ao mau jornalismo se responde com clareza, rapidez e eficiência no esclarecimento dos fatos.


Lamentável também é a organização da JMJ entrar em contato com o jornalista da revista - no mesmo dia 8 em que a matéria foi divulgada - e não desmentir de imediato o convite, negociação ou seja lá o que tenha sido proposto a cantores de músicas imorais, mas se limitar apenas a dizer que não pagarão cachê.

E tão lamentável quanto é lançar uma nota de esclarecimento, no dia seguinte, que apenas "não confirma" o conteúdo da matéria. Em lógica, não confirmar é muitíssimo diferente de negar.

Lamentável ainda é, depois de ver a comoção nas redes sociais crescer vertiginosamente, Dom Orani vir a público, um dia após a nota oficial nada esclarecedora, novamente não para desmentir o contato, convite ou negociação com tais cantores, mas só para dizer que não haverá pagamento pelos shows, sem restringir a presença de quem quer que seja!

Como enfatizamos desde o nosso primeiro post, ao menos para nós católicos, a preocupação não se restringe ao aspecto financeiro. Ela está, sobretudo, na corrupção das almas com a chancela de um evento organizado pela Igreja. Ao criticar aqueles que são movidos por “interesses econômicos”, Dom Orani não se dá conta que até o momento sua equipe só se preocupou em negar o pagamento de cachês, mas não a perversão das almas, mesmo que gratuita, por músicas e danças eróticas… Fica cada vez mais claro quem, realmente, demonstra “interesse econômico”.

E então, finalmente, veio a matéria da Aleteia (12-04-2013)… e a incapacidade de ser claro, objetivo e de estancar a polêmica permanece! Dom Orani ataca a revista e seus leitores, mas não é capaz de fazer uma auto-crítica sobre a (in)capacidade de “comunicação” da organização da JMJ. E isso porque ele está "no início da preocupação" com o Diretório de Comunicação da CNBB! O Arcebispo do Rio desmente novamente a informação de que pagarão cachês aos cantores, mas deixa em aberto a possibilidade de que esses mesmos expoentes da imoralidade brasileira se apresentem, contanto que cantem uma música religiosa: se algum outro cantor [isto é, não católico] “quiser cantar uma música religiosa, isso deve ser feito gratuita e voluntariamente, mas tem de ser analisado pelo COL”.

Quase uma semana se passou e não houve um ser minimamente alfabetizado que pudesse escrever uma miserável notinha com os seguintes dizeres: “A JMJ não contratará nem permitirá a apresentação daqueles cantores que, mesmo cantando o Kyrie Eleisón de graça durante o evento, corrompem as almas dos brasileiros nos outros dias do ano”. Simples assim.

E o fato da organização não ter sido clara em nenhum momento só faz aumentar a impressão de que, de fato, existia, e de que talvez ainda exista, uma negociação para que cantores seculares, majoritariamente corruptores do povo brasileiro, se apresentem, mesmo que gratuitamente, na JMJ. Ao ser tão titubeante, a organização demonstra que falou apenas porque foi pressionada — e não pela Veja, que divulgou a matéria a um público mais amplo, mas pelos jovens católicos, especialmente após a veiculação da matéria neste blog. Houvesse interesse em eliminar a polêmica, a organização da JMJ teria sido clara logo em sua primeira manifestação.
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Fonte: Fratres in Unum.com

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