terça-feira, 10 de abril de 2012

Menina anencéfala de 2 anos surpreende a Ciência


Na próxima quarta-feira, 11,  o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar a polêmica ação que permitirá ou não o aborto em caso de feto com má-formação no cérebro. De um lado, a ciência argumenta que bêbes com esse diagnóstico são incompatíveis com a vida. De outro, os pais que defendem o direito de seus filhos especiais à vida.

É o caso de Vitória de Cristo, que não só sobreviveu ao parto, mas hoje com 2 anos, continua supreendendo a ciência que nem sempre consegue explicar o milagre da vida.

Assista à reportagem 


http://www.webtvcn.net/video/anencefalo040412

Renata Vasconcelos
Canção Nova Notícias, SP



Saiba mais em: http://www.anencephalie-info.org/p/vitoria.php
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Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=285811

segunda-feira, 9 de abril de 2012

CNBB convoca para Vigília de Oração pela Vida


Na próxima quarta-feira, dia 11/04, o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza o julgamento sobre a descriminalização do aborto de anencéfalos – casos em que o feto tem má formação no cérebro. A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou nesta Sexta-feira Santa, 06/04, uma carta a todos os bispos do país, convocando para uma Vigília de Oração pela Vida às vésperas do julgamento.

Em agosto de 2008, por ocasião do primeiro julgamento do caso, a CNBB publicou uma nota que explicita a sua posição. “A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. (...)Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis.  O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso. A Igreja, seguindo a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10), insistentemente, pede,  que a vida seja respeitada e que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz prevenção dos males relativos à anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que convivem com esta realidade”.

A seguir, a íntegra da carta da presidência da CNBB, bem como o texto completo da nota sobre o assunto.

Brasília, 06 de abril de 2012
P - Nº 0328/12

Exmos. e Revmos. Srs.

Cardeais, Arcebispos e Bispos
Em própria sede
ASSUNTO: Vigília de Oração pela Vida, às vésperas do dia 11/04/12, quarta feira.
DGAE/2011-2015: Igreja a serviço da vida plena para todos (nn. 65-72)
“Para que TODOS tenham vida” (Jo 10,10).
CF 2008: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
CF 2012: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8). 
Irmãos no Episcopado,

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil jamais deixou de se manifestar como voz autorizada do episcopado brasileiro sobre temas em discussão na sociedade, especialmente para iluminá-la com a luz da fé em Jesus Cristo Ressuscitado, “Caminho, Verdade e Vida”.
Reafirmando a NOTA DA CNBB (P – 0706/08, de 21 de agosto de 2008) SOBRE ABORTO DE FETO “ANENCEFÁLICO” REFERENTE À ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL Nº 54 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a presidência solicita aos irmãos no episcopado:
  • Promoverem, em suas arqui/dioceses, uma VIGÍLIA DE ORAÇÃO PELA VIDA, às vésperas do julgamento pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade legal do “aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte), comumente denominados anencefálicos” (CNBB, nota P-0706/08).
Informa-se que a data do julgamento da ADPF Nº 54/2004 será DIA 11 DE ABRIL DE 2012, quarta feira da 1ª Semana da Páscoa, em sessão extraordinária, a partir das 09 horas.

Com renovada estima em Jesus Cristo, nosso Mestre Vencedor da morte, agradecemos aos irmãos de ministério em favor dos mais frágeis e indefesos,

Cardeal Raymundo Damasceno Assis          Dom José Belisário da Silva          Dom Leonardo Steiner
Arcebispo de Aparecida                               Arcebispo de São Luiz               Bispo Auxiliar de Brasília
Presidente da CNBB                                  Vice Presidente da CNBB                 Secretário Geral da CNBB

Nota da CNBB sobre Aborto de Feto “Anencefálico

Referente à Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 do Supremo Tribunal Federal

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em reunião ordinária, vem manifestar-se sobre a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF n° 54/2004), em andamento no Supremo Tribunal Federal, que tem por objetivo legalizar o aborto de fetos com meroanencefalia (meros = parte), comumente denominados “anencefálicos”, que não têm em maior ou menor grau, as partes superiores do encéfalo e que erroneamente, têm sido interpretados como não possuindo todo o encéfalo, situação que seria totalmente incompatível com a vida, até mesmo pela incapacidade de respirar. Tais circunstâncias, todavia, não diminuem a dignidade da vida humana em gestação.

Recordamos que no dia 1° de agosto de 2008, no interior do Estado de São Paulo, faleceu, com um ano e oito meses, a menina Marcela de Jesus Galante Ferreira, diagnosticada com anencefalia. Quando Marcela ainda estava viva, sua pediatra afirmou: “a menina é muito ativa, distingue a sua mãe e chora quando não está em seus braços.” Marcela é um exemplo claro de que uma criança, mesmo com tão malformação, é um ser humano, e como tal, merecedor de atenção e respeito. Embora a Anencefalia esteja no rol das doenças congênitas letais, cursando com baixo tempo de vida, os fetos portadores destas afecções devem ter seus direitos respeitados.

Entendemos que os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação, (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, da Constituição Federal) referem-se também aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada todos os outros direitos são menosprezados. Uma “sociedade livre, justa e solidária” (art. 3°, I, da Constituição Federal) não se constrói com violências contra doentes e indefesos. As pretensões de desqualificação da pessoa humana ferem sua dignidade intrínseca e inviolável.

A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. Há uma enorme diferença ética, moral e espiritual entre a morte natural e a morte provocada. Aplica-se aqui, o mandamento: “Não matarás” (Ex 20,13).

Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis.  O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso.

A Igreja, seguindo a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10), insistentemente, pede,  que a vida seja respeitada e que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz prevenção dos males relativos à anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que convivem com esta realidade.

Com toda convicção reafirmamos que a vida humana é sagrada e possui dignidade inviolável. Fazendo, ainda, ecoar a Palavra de Deus que serviu de lema para a Campanha da Fraternidade, deste ano, repetimos: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).

Dom Geraldo Lyrio Rocha - Arcebispo de Mariana - Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira Arcebispo de Manaus – Vice Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa - Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro - Secretário Geral da CNBB

sábado, 7 de abril de 2012

Vigília Pascal - Ano B


1. Hoje é o grande dia da Vigília Pascal: a vida venceu para sempre a morte.
Duelaram forte e mais forte, mas é a vida que vence a morte.
O amor supera e vence a morte. O amor sempre supera tudo.

2. O silêncio da Vigília Pascal está grávido de aleluias!
Os que crêem no Cristo já podem preparar a festa como as mulheres que, ao contemplar de longe o lugar em que depositaram o corpo de Jesus, teimavam em crer que a vida é mais forte, e foram premiadas por sua fé e coragem.

3. Vitória! Nosso maior e último inimigo foi vencido!
As portas – da Vida que não termina – foram abertas pelo primogênito dentre os mortos.
Surge brilhante a estrela da manhã!  


I. – Os Símbolos Pascais
4. O simbolismo do fogo

4.1. O fogo, reconhecido pelos antigos como um dos quatro elementos do mundo, é um princípio ativo.

4.2. Suas características são certa “materialidade” e certa “espiritualidade” que o tornam próximo a Deus.

4.3. Tem capacidade de purificar e regenerar. Os ritos de purificação são bem conhecidos, como as queimadas para limpar o terreno para o plantio, o crisol onde são purificados os metais, entre outros.

4.4. Em sentido translato, o fogo representa o amor, as paixões que se aninham nos corações.
4.5. O fogo purifica, aquece e ilumina. Na Bíblia, o fogo é sinal da presença e da ação de Deus no mundo. É expressão de santidade e transcendência divinas. (Ex 3,2ss: a sarça ardente).

4.6. As teofanias sob a forma de fogo marcam momentos ímpares da revelação de Deus: no Sinai (19,18ss). São também importantes do ponto de vista da vocação de alguns profetas: Isaías – Is 6,6; Ezequiel – Ez 1,4; Eliseu – 2Rs 2,11.

4.7. Na liturgia da Vigília Pascal, o fogo representa a grande teofania de Deus: a nova criação realizada na ressurreição de Jesus.

5. O simbolismo da luz

5.1. A luz é força fecundante, condição indispensável para que haja vida. As trevas são símbolo do mal, da infelicidade, da perdição e da morte. A luz exalta o que é belo e bom.

5.2. Na Bíblia, Deus é luz: – O Senhor é minha luz e salvação – Sl 27,1;
- o povo que caminhava nas trevas, viu uma grande luz – Is 9,1). Jesus é a luz do mundo: – enquanto estou no mundo, eu sou a luz do mundo – Jo 9,5).
- Eu sou a luz do mundo, quem me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida – Jo 8,12;

5.3. – Quem crê se torna luz: – vós sois a luz do mundo – Mt 5,14;
- reflexo da luz de Cristo: – o mesmo Deus que mandou a luz brilhar na treva, iluminou as vossas mentes, para que brilhe no rosto de Cristo a manifestação da glória de Deus – 2Cor 4,6.
- A vida inspirada pela fé é um caminhar na luz: – …. já brilha a luz verdadeira. Quem diz que está na luz, mas odeia seu irmão continua em trevas…” – 1Jo 2,8-11.
- A transfiguração de Jesus, – manifestação de sua filiação divina, – é uma antecipação da glória pascal que ilumina os que crêem.

5.4. Dentre os simbolismos que derivam da luz e do fogo, o Círio Pascal é a expressão mais forte por sua riqueza de significados. É a fusão da lua cheia de Nisan (símbolo da salvação pascal) com o rito da luz (quando à tardinha, os hebreus acendiam as lâmpadas), que é uma ação de graças pelo dom da luz.

5.5. Representa Cristo Ressuscitado,
- vencedor das trevas e da morte (os cravos do círio),
- Senhor da história (os algarismos),
- princípio e fim (A e Z),
- sol que não conhece ocaso.
É aceso com o fogo novo, produzido em plena escuridão, pois na Páscoa tudo renasce.

5.6. A tipologia da luz é descrita no “canto do Exultet” que forma um todo orgânico com o anúncio da libertação pascal. A aclamação “Eis a luz de Cristo!” é um memorial da Páscoa. A procissão com o Círio marca a presença de Cristo no meio do seu povo.

6. O simbolismo da água

6.1. A água é símbolo da vida. Sem água não há vida de forma alguma. Representa a eficácia do sangue redentor de Cristo comparado à água que lava.

6.2. A imersão do Círio Pascal na água é a união do elemento divino com o humano, a força fecundante de Cristo, – gerador de vida nova, – para que todos os que se banharem nessa água fecundada se tornem filhos de Deus.

6.3. A água simboliza a vida, fertiliza a terra, mata a nossa sede, lava-nos e purifica-nos… Lembra a imersão batismal pela qual nos tornamos filhos de Deus. Representa o novo  nascimento: “quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5). Na celebração eucarística mistura-se a água (=nossa humanidade) com o vinho (=divindade). Do lado aberto de Cristo na cruz, traspassado pela lança, “saiu sangue e água” (Jo 19,34). Do interior de quem crê em Jesus – morto e ressuscitado – “fluirão rios de água viva” (Jo 7,38).

7. O simbolismo da cor branca

7.1. Embora os símbolos fortes e marcantes da Vigília Pascal sejam o fogo, a luz e a água, queremos também lembrar o simbolismo da cor branca que predominará durante todo o tempo pascal.

7.2. O branco é a cor da alegria e da festividade. Coélet , o pregador, dá o conselho: “vai, come teu pão com alegria e bebe gostosamente o teu vinho … que tuas vestes sejam brancas em todo tempo e nunca falte perfume sobre a tua cabeça” (Eclesiastes 9,7s). Segundo a lei mosaica, era prescrito um fino linho branco para os tecidos do santuário (Ex 26,1; 27,9). Também para as vestes dos sacerdotes “empregarão ouro, púrpura escarlate, carmesin e linho fino branco (Ex 28, 5-8): a túnica e o turbante devem ser confeccionados inteiros com linho branco (Ex 28,39). Na visão de Daniel, Deus aparece como “Ancião”: “suas vestes eram brancas como a neve; e os cabelos de sua cabeça, alvos como a lã ” (Dn 7,9).

7.3. No monte da transfiguração, a face de Cristo ficou brilhante como o sol, “e as suas vestes tornaram-se alvas como a luz” (Mt 17,2). “Suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas, de alvura tal como nenhuma lavadeira na terra as poderia alvejar” (Mc 9,3). Os anjos presentes na ressurreição do Senhor sentavam-se, “vestidos de branco” junto ao sepulcro (Jo 20,12). No Apocalipse a cor branca simboliza a pureza perfeita e a glória inacessível. Aqueles que entram na Jerusalém celeste, vindos da grande tribulação, “lava ram suas vestes e alvejaram-nas no sangue do Cordeiro” (Ap 7,13s). (ex Lurker M., Dicionário de figuras e símbolos bíblicos, Paulus, 2ª.ed., 2006).

7.4. Os paramentos brancos anunciam a vitória sobre o mal… e a paz que Jesus Ressuscitado nos dá. Apontam para o viver revestido dos mesmos sentimentos de Jesus: “como escolhidos de Deus, santos e amados, vistam-se de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência …” (Cl 3,12). As vestes brancas identificam os que são fiéis a Jesus e estão inscritos no Livro da Vida (Ap 3,4-5).
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Fonte: parte extraída de http://www.celebrando.org.br/reflexao-dominical/ano-b/vigilia-pascal-ano-b/

Mensagem de Páscoa aos leigos do Brasil


O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB, dom Severino Clasen, enviou uma mensagem de Páscoa para todos os leigos da Igreja no Brasil. No texto, ele destaca a missão de cada cristão de anunciar o Cristo Ressuscitado a todas as pessoas. Confira a íntegra da mensagem a seguir:

Cristo ressuscitou, eis a nossa grande alegria!

Estimadas leigas e leigos, bispos, padres, diáconos, religiosas e religiosos, leigas consagradas, CEBs, Conselho dos Leigos, CEFEP, associações laicais e novas comunidades, enfim, todas as formas de chamados à vida cristã.

Tomados pela grande esperança e iluminados pela penitência quaresmal, chegou a hora de celebrar solenemente o anúncio da ressurreição de Cristo, “Ele está no meio de nós”. Eis agora a nossa missão, anunciar o Cristo ressuscitado a todas as pessoas.  Pelo dom do batismo, temos essa missão. A nossa satisfação na vida consiste em viver e deixar-se conduzir pelos mesmos sentimentos de nosso Senhor Jesus Cristo, morto na cruz e ressuscitado no primeiro dia da semana.

Comemorando os 50 anos do Concílio Vaticano II, eis um dentre tantos outros frutos produzidos, num dos seus documentos sobre o apostolado dos leigos e leigas, Apostolicam Actuositatem: “Sendo Cristo, enviado pelo Pai, fonte e origem de todo o apostolado da Igreja, é evidente que a fecundidade do apostolado da Igreja depende da sua união vital com Cristo, como diz o  Senhor: “aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto; porque, sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5) [...] Desta forma é necessário que os leigos, com prontidão e alegria de espírito, progridam na santidade, esforçando-se por superar as dificuldades, com prudência e paciência. Nem os cuidados familiares nem os outros negócios seculares devem ser estranhos à orientação espiritual da vida, segundo a palavra do Apóstolo: “tudo o que fizerdes de palavra ou ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, por ele dando graças a Deus Pai” (Cl 3,17). Tal vida exige contínuo exercício da fé, da esperança e da caridade. Só pela luz da fé e meditação da palavra de Deus é possível, sempre e em toda a parte, reconhecer Deus no qual “vivemos, nos movemos e somos” (At 17,28), procurar a sua vontade em todo o acontecimento, ver Cristo em todos os homens, quer próximos, quer afastados, ter um conceito do verdadeiro significado e do valor das coisas temporais, em si mesmas e em ordem ao fim do homem.

Os que possuem esta fé vivem na esperança da revelação dos filhos de Deus, lembrados da cruz e da ressurreição do Senhor” (A.A. 4).

Com essa belíssima mensagem, a Comissão Pastoral Episcopal para o Laicato, quer desejar a todos e a todas as redobradas bênçãos e verdadeiros sentimentos de alegria pela festa da Páscoa do Senhor. Sejamos os verdadeiros e alegres testemunhas da ressurreição do Senhor com nossas vidas e contagiemos toda a sociedade com a sincera vida digna, justa e fiel ao Senhor. Que o nosso apostolado dentro da Igreja e dentro da sociedade traga frutos de profundas mudanças, reconquistando a justiça, a fidelidade, a honestidade e a sensibilidade fraterna entre todos nós, seres humanos, em harmonia com toda a criação. Façamos a bela experiência de Maria em receber em nossas vidas a verdade e certeza de que Cristo ressuscitou e agora está no meio de nós.
 
Feliz Páscoa!
 
Dom Frei Severino Clasen, OFM
Bispo de Caçador - SC
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Indulgências da Via-Sacra


Além dos méritos adquiridos pelo exercício da Via Sacra, podemos também facilmente ser beneficiados pelas indulgências concedidas pela Igreja a quem cumprir determinadas condições.
 


Pela obtenção de indulgências nos é perdoada total ou parcialmente a pena devida pelos nossos pecados, ou seja, o Purgatório após a morte. As indulgências podem também ser aplicadas às almas de pessoas já falecidas.


Pode-se obter indulgência plenária rezando a Via Sacra de acordo com o costume, que consiste em fazer as leituras, orações e meditações de cada Estação diante do respectivo quadro, ou cruz, colocados habitualmente ao longo das paredes das igrejas. Quando a Via Sacra é rezada em conjunto e há dificuldade de todos se movimentarem ordenadamente, de uma Estação para outra, basta que o dirigente se desloque.

É necessário ainda, além da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado, até venial, o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice (costuma-se rezar um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória). Uma confissão pode valer para se obterem todas as indulgências plenárias durante o período de um mês.

Mons. João S. Clá Dias, EP
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Fonte: http://www.arautos.org.br/noticias/25580/-Artigo--Indulgencias-da-Via-Sacra.html

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O lava-pés


A quaresma é tempo de fazer "caminho" com Jesus, para chegar à Ressurreição. Fazer caminho significa conversão e seguimento. A quaresma sempre nos propõe a olhar os gestos de Jesus e para uma verdadeira conversão.

O que significa converter-se num mundo que nos propõe todas as facilidades para viver globalmente o individualismo?

Jesus ao percorrer o caminho da cruz não pensa nele, nas suas dores, mas nas dores de tantos crucificados como Ele, que buscam a Ressurreição. A cruz é sinal de conversão, mudança, transformação para a conquista de mais vida.

Páscoa é passar de uma vida centrada sobre nos mesmos, sobre o nosso egoísmo, para uma vida solidária com os muitos irmãos marginalizados em nossa sociedade. Portanto, o anúncio cristão não pára na cruz. No meio de nós está presente Jesus, o Ressuscitado, o Deus vivo. Antes de tomar o caminho da cruz, Jesus nos apresenta uma proposta de vida, que é um programa de conversão: o lava-pés. O lava-pés traduz toda a vida de Jesus: o amor. "Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13, 1) ou seja até as últimas conseqüências do gesto de amar, isto é, até a cruz: "Tudo está realizado" (Jo 19,30).

Vamos acompanhar os gestos praticados por Jesus no lava-pés (Jo 13, 4-11). Este aconteceu numa refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as alegrias, as angústias, as emoções..., também algo para comer.

- Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros.

- Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem.

- Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar.

- Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive, sofre, sonha...

- E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons...

- Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos: visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas...

Diante da prática de Jesus podemos nos perguntar: Quais os gestos concretos que nós como cristãos/ãs e catequistas, vamos assumir? Será que esta Páscoa pode ser igual a outras tantas?

Queremos ser a Igreja do avental, que se coloca a serviço na defesa dos que mais sofrem, dos que não têm defesa. Vamos com coragem vestir o avental do servir na alegria e testemunhar todos os gestos praticados por Jesus. Só assim poderemos realizar sempre a festa da Ressurreição. Feliz Páscoa!

Ir. Marlene Bertoldi
www.portalcatolico.org.br
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Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/semanasanta/12.htm

Dioceses do Maranhão recebem os símbolos da JMJ


Os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegaram à diocese de Caxias do Norte (MA) por volta das 23h do dia 31 de março. Iniciou-se na cidade de Timon uma grande peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora. As celebrações e as vigílias da noite foram marcadas por orações e testemunhos.

No dia 1° de abril, a juventude e o povo de Deus, somando oito mil pessoas das quatro paróquias da cidade, tomaram conta das ruas e caminharam em procissão para a celebração de Domingo de Ramos. Os jovens da Fazenda da Paz (instituição de recuperação de dependentes químicos) carregaram a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora no percurso pelo qual milhares de pessoas passaram para rezar.

Na tarde do mesmo dia, o momento que tomou conta do coração das pessoas foi a entrada dos Símbolos na cadeia de Timon, onde os 250 presos puderam tocá-los e rezar diante deles, dando um testemunho de fé e agradecendo à Igreja por ter preocupado com eles.


Em seguida a Cruz e o Ícone, acompanhados de 200 carros, partiram em carreata para a cidade de Caxias. Os Símbolos foram acolhidos por milhares de pessoas com seus altares nas portas e janelas das casas. O parque da cidade foi tomado por uma multidão de 15 mil pessoas que caminharam três quilômetros até chegar à Praça da Catedral, onde mais 20 mil pessoas esperavam. Lá, dom Vilson Basso, bispo de Caxias e referencial da juventude no Regional Nordeste 5 (Maranhão), celebrou a missa.

A 5h da manhã do dia 2 de abril, os Símbolos continuaram peregrinando pela cidade. Carregados pelos jovens voluntários, eles foram até o Batalhão do Exército de Caxias e até a Polícia Militar. Vinte jovens do Exército e mais dez da policia militar carregaram a Cruz e o Ícone até a Praça da Catedral, onde 20 mil estudantes os esperavam para rezar e fazer sua procissão. Para poder acolher a Cruz, foi decretado feriado municipal.

Durante a caminhada com os estudantes, dom Vilson pedia para parar o trio elétrico diante de hospitais, creches, repartições publicas, do comércio, do centro cultural, e ia abençoando cada um desses lugares, deixando uma mensagem de amor e paz. Na tarde do mesmo, dia os Símbolos passaram pela cadeia de Caxias e, em seguida, se encontraram com os universitários, num momento em que a oração e o testemunho tomaram conta dos jovens e professores. A noite começou a vigília na Catedral, onde muitos jovens testemunharam a sua fé.

Na terça, 3 de abril, por volta de 4h da madrugada, começou a missa de envio e milhares de pessoas se despediram da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora.

Segundo o padre Toninho Ramos, assessor nacional da Juventude, o calor humano foi contagiante. “Passei 24h rezando com os jovens e seguindo os Ícones da JMJ. Na Procissão de Ramos, num calor de 35 graus, Nosso Senhor Jesus tocava profundamente o coração daquelas oito mil pessoas que caminhavam incansavelmente seguindo os Símbolos da JMJ em Timon. Como se não bastasse, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora foram levados pelos jovens para dentro da cadeia, e ao ver tantos jovens na prisão meu coração sangrou. Os jovens presos pediam a Deus que os tirasse daquela cadeia e mesmo com uma dor muito grande, perguntei ao jovem Rafael pelo buraco da grade da prisão, qual era a esperança dele. Resposta dele foi: ‘Deus é mais e ele vai me tirar daqui e vou começar uma vida nova’. Nesse momento chorei, porque sei que nas cadeias do Brasil a maioria dos presos são jovens e, assim como esses presos de Caxias do Norte, também milhares de jovens sonham e gritam por liberdade”, enfatizou o padre Toninho.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Roteiro prático para uma boa e santa confissão


Instruções para fazer bem o exame de consciência. 

Jesus, conhecendo a nossa fraqueza e sabendo que poderíamos cair, instituiu o Sacramento da Confissão para nos perdoar os pecados. Foi Jesus quem deu aos padres o poder de perdoar os nossos pecados; Jesus falou: "Os pecados a quem perdoardes serão perdoados". ( Jo 20, 19- 23).

Só a confissão bem feita é que perdoa os pecados. Para a confissão ser bem feita, é preciso:

* EXAMINAR a consciência para descobrir os meus pecados.
* ARREPENDIMENTO para eu ter dor por ter ofendido a Deus (Lc 18, 13; Mt 26, 75; Lc 15, 21).
* PROPÓSITO ou vontade séria de não querer pecar mais.
* CONFISSÃO para eu contar meus pecados ao padre.
* SATISFAÇÃO para eu rezar aquilo que o padre mandar.

 
PECADO ESQUECIDO na confissão fica perdoado, se eu fiz bem o exame de consciência

PECADO ESCONDIDO na confissão não fica perdoado e eu não posso comungar e tenho de fazer outra confissão.

"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a culpa". (1ª carta de S. João cap. 1, 8-9)