terça-feira, 6 de julho de 2021

Justiça revoga suspensão de aborto ditada por juiz argentino


Uma corte de apelação de Mar del Plata revogou a medida cautelar que suspendeu a aplicação da lei do aborto na Argentina.

Em 7 de junho, o juiz Alfredo López, do Tribunal Federal n º 4 de Mar del Plata, aceitou um recurso de amparo para que se declarasse a inconstitucionalidade da lei do aborto na Argentina e suspendeu a aplicação da lei no país. Em 14 de junho, o Ministério da Saúde da Argentina recorreu perante a Câmara Federal de Apelações de Mar del Plata pedindo a suspensão dos efeitos do recurso até a sentença definitiva sobre o pedido de inconstitucionalidade.

No recurso, o ministério explicou que a suspensão da lei do aborto só atinge hospitais públicos nacionais, mas não centros de saúde provinciais e municipais, de obras sociais ou clínicas privadas.

Enquanto se espera a sentença definitiva sobre a constitucionalidade da lei do aborto, os juízes Eduardo Jiménez e Alejandro Tazza resolveram que o amparo interposto é “improcedente”, já que não existia um caso ou uma causa que desse lugar a uma intervenção.

Segundo o jornal La Capital MDP, a decisão dos juízes descreve a ação do juiz López como um “erro grosseiro” e lhe recomenda que “mantenha a moderação e o adequado critério interpretativo ao resolver processos judiciais com repercussão social”.

O secretário-geral do Partido Celeste, o advogado Claudio Venchiarutti, disse à ACI Prensa que ainda não foi resolvida “a apresentação de duas organizações pró-vida como partes interessadas”, a fundação Más Vida e as Ciudadanas defensoras del derecho a la vida, que poderiam apelar da sentença feita pela Câmara de Mar del Plata contra o arquivamento da causa.

Diocese do Chile lamenta que o incêndio na igreja não seja punido


A diocese de Ancud, no Chile, manifestou sua profunda dor e incômodo pela decisão do Ministério Público que pediu a suspensão do julgamento contra a pessoa suspeita de ter provocado o incêndio da igreja de São Francisco, deixando impune o fato ocorrido em 22 de janeiro de 2020.

Na madrugada daquele dia, um incêndio destruiu completamente a igreja e instalações vizinhas, na Ilha de Chiloé, no sul do país. O pároco da igreja ficou levemente ferido ao tentar salvar a documentação histórica. Uma investigação foi iniciada para determinar as causas do incêndio, qualificado como intencional.

O único suspeito foi um jovem de 24 anos, detido nos arredores da igreja no dia do incêndio. Psiquiatras forenses concluíram que ele é doente mental. Depois de um ano no Centro de Detenção Preventiva de Chiloé, o suspeito teve a prisão domiciliária decretada em abril de 2021.

Em 23 de junho de 2021, o Ministério Público pediu o arquivamento definitivo do processo ao tribunal de Castro. O motivo é que provas obtidas no mesmo do incêndio foram descartadas por terem sido obtidas de modo considerado ilegal pelo tribunal.

Relatório denuncia perseguição a cristãos por nacionalistas hindus na Índia


A associação Open Doors (Portas abertas) apresentou o relatório “Mentiras destrutivas: desinformação, discursos que incitam à violência e discriminação contra as minorias religiosas na Índia”, realizado pela London School of Economics and Political Science (LSE), que demonstra a existência de uma campanha sistemática de assédio, violações e assassinatos contra cristãos e muçulmanos, que tem feito com que essas minorias religiosas na Índia vivam sob o medo.

O relatório descreve a perseguição extrema que enfrentam cristãos e muçulmanos de todo o país, e denuncia as turbas violentas de patrulhas cidadãs, formadas por nacionalistas hindus, também conhecidos como Hinduvta.

Segundo o relatório, os ataques e ameaças contra as minorias são ignorados pelas instituições civis, incluindo governos estaduais e regionais, a polícia e os meios de comunicação, que favorecem as poderosas organizações Hinduvta do país.

Um dos relatores afirmou que “a cumplicidade dos representantes do Estado ante tais atos de violência tem escalado a níveis inimagináveis”. Ele pediu para permanecer no anonimato e disse que “os funcionários públicos, a polícia, os juízes de tribunais inferiores... todos são coniventes no assédio a estas minorias. Enquanto políticos, líderes religiosos e proprietários de poderosos meios de comunicação estão enviando claramente a mensagem de que este comportamento é desejável”.

Open Doors denunciou que, durante a crise da covid-19, cristãos e muçulmanos foram vítimas de campanhas de desinformação, afirmando que essas minorias estavam tentando, deliberadamente, propagar o vírus e infectar os hindus através de suas reuniões de culto.

O relatório também afirma que as redes sociais contribuíram para essa campanha de violência contra as minorias religiosas e que a cobertura dos meios de comunicação em algumas das agressões apenas mostra o ponto de vista dos agressores, sem conversar com as vítimas.

A investigação do relatório foi realizada entre fevereiro e março de 2021, em lugares onde já haviam sido registrados atos de violência anticristã ou antimuçulmana.

Papa Francisco se recupera no mesmo quarto que São João Paulo II


O papa Francisco se recupera da cirurgia no cólon realizado no domingo, 4 de julho, no mesmo quarto usado por São João Paulo II.

A Sala de Imprensa da Santa Sé informou hoje, 6 de julho, dois dias após a operação, que o Papa havia "descansado bem durante a noite" e que os resultados dos seus “exames de acompanhamento de rotina” foram bons.

"Esta manhã ele tomou o café da manhã, leu alguns jornais e levantou-se para caminhar", disse Matteo Bruni, diretor do escritório de imprensa da Sé Apostólica.

Francisco deve permanecer no Policlínico Gemelli o resto da semana. O quarto em que Francisco está fica no 10º andar do hospital em uma ala reservada aos papas. O quarto do papa pode ser visto da rua e é facilmente identificado por ter cinco grandes janelas cobertas por persianas brancas.

João Paulo II esteve ali quando foi baleado em uma tentativa de assassinato em 1981. São João Paulo II foi internado no hospital tantas vezes durante os 27 anos de seu pontificado que chamava o Policlínico Gemelli de "terceiro Vaticano", depois do Vaticano propriamente dito e de Castel Gandolfo, residência de verão dos papas.

A partir de 6 de julho, o discurso do Ângelus no domingo é o único evento no calendário público do papa Francisco para as próximas semanas. Tradicionalmente não há audiências gerais, visitas de bispos ou de chefes-de-estado durante o mês de julho.

Apoio de fiéis comove padre que denunciou ensino de poliamor em escola


Um grupo de fiéis do Santuário Diocesano de Frei Galvão, em Divinópolis (MG), comoveu o padre Chrystian Shankar com uma manifestação de apoio, após o sacerdote ser alvo de críticas por ter denunciado que uma escola da cidade está ensinando sobre “poliamor” para crianças e adolescentes. Diante do apoio o padre disse que, “às vezes, parece que sou um exército de um soldado só. Mas, não é verdade”.

Um vídeo publicado no canal de Youtube do sacerdote mostra o momento em que, com cartazes de “Eu apoio o padre Chrystian”, diversas pessoas se levantaram antes de um momento de Adoração no Santuário. Uma das paroquianas, falando em nome dos demais, disse: “Nós estamos aqui, padre, nós e mais de 1 milhão de pessoas que te seguem. Nós estamos aqui. Talvez sejamos poucos, mas estamos aqui”. O sacerdote, então, olhou emocionado para os fiéis.

Dirigindo-se ao padre, a paroquiana afirmou que ele é como um alpinista “que sempre enfrenta qualquer montanha que apareça em seu caminho”. “E o mais bonito em seu sacerdócio é ver o senhor enfrentar essas montanhas de frente, de peito aberto. Mesmo quando o medo vem, o senhor se desafia a superá-lo”.

“E nos momentos de frio e de escuridão, nós estaremos aqui para tentar iluminar um pouco os seus caminhos e sua vida. Fique firme, seja fiel e continue a sua luta, assim continuará a agradar o coração de Deus. Ao senhor, padre, que tem ganhado tantas cicatrizes para tornar nossas vidas e nossas famílias mais santas, o nosso profundo e sincero muito obrigado”, disse.

Em seguida, padre Chrystian Shankar deu início à Adoração ao Santíssimo Sacramento e, diante de Jesus Eucarístico, agradeceu pela manifestação de apoio que, segundo ele, “foi uma resposta de Deus”. “Hoje mesmo, em minhas orações, rezava pedindo para Deus um sinal se eu estava realmente no caminho certo. Dom José [Carlos de Souza Campos, bispo de Divinópolis] me dizia que a provação é sinal de que estamos no caminho certo. E saber que vocês também somam a tudo isso, me concede muita alegria. Vocês entenderam a mensagem”, afirmou.

“Agradeço a todos e a cada um o apoio. Às vezes, parece que sou um exército de um soldado só. Mas, não é verdade. Tantos nos apoiam, oram por nós. Se você fizer na sua casa um pouquinho de Deus, nossas famílias serão melhores e nós teremos dias melhores para os nossos filhos”, disse.

O sacerdote voltou a afirmar que é preciso respeitar o que as pessoas escolhem para suas vidas, mas pediu que “que deixem em paz as nossas crianças, os adolescentes”, para que “possam ser criados naquilo que é próprio da nossa família”. “Enquanto pudermos incutir no coração das crianças, dos pré-adolescentes os valores, as virtudes, o caminho de Jesus, nós devemos fazê-lo”.

terça-feira, 29 de junho de 2021

Padre se retrata após homilia em que denunciou ensino de “poliamor” em escola


O bispo de Divinópolis, dom José Carlos de Souza Campos mandou o padre Chrystian Shankar se retratar de homilia proferida no dia 18 de junho em que denunciou, sem nomear, uma escola da cidade por estar ensinando sobre “poliamor” para crianças e adolescentes. Padre Shankar gravou um vídeo de retratação aos profissionais de educação e psicologia que se sentiram desrespeitados com a suposta generalização da crítica feita na homilia.

“Dom José conversou comigo, sempre muito ponderado, um pai, um amigo. Ele fez a seguinte colocação: o que o senhor disse, está coberto de razão, é um assunto sério, que acontece, esta família que te procurou trouxe um problema real”, disse o sacerdote. Entretanto, afirmou que “talvez a maneira como foi dito isso causou mal-estar em certos profissionais”. Por isso, pediu desculpas e se retratou pelo modo como falou, e não sobre o conteúdo da pregação.

Durante a homilia no dia 18 de junho, no Santuário Diocesano de Frei Galvão, em Divinópolis, padre Shankar contou que tinha sido procurado em sigilo por uma mãe que ouviu o filho em um telefonema sendo convidado por uma amiga para viver com ela e seu namorado uma relação a três. A mãe do adolescente entregou ao padre uma folha que teria sido usada na escola por uma psicóloga para discutir em sala de aula “novas modalidades de amor e de família”.

O sacerdote leu o conteúdo do material entregue pela mãe e comentou o caso. Alertou para o fato de acontecer em muitas escolas e buscar destruir a família e perverter as crianças. “Pegam as crianças que não têm valor ainda. Ensinando os pequenininhos que é assim, eles vão viver assim. A criança é uma tábua rasa. O plano deles é este”, disse.

O vídeo da homilia repercutiu nas redes sociais e, principalmente, na cidade de Divinópolis. Pessoas e entidades ligadas aos professores e psicólogos acusaram o sacerdote de ter ofendido essas duas classes profissionais.

Segundo nota divulgada pela assessoria de comunicação da diocese mineira ficou estabelecida a necessidade de que o padre “se retrate do modo universalizado, irreverente e pouco respeitoso com que falou dos profissionais da educação e da psicologia, mesmo que tenham suas pedagogias e abordagens próprias para seus trabalhos específicos”. A nota afirma ainda que o problema “fica localizado no modo de falar, nas referências aos sujeitos envolvidos, e não no assunto tratado, mesmo que o tema mereça muitos aprofundamentos ainda”.

Nesse sentido, durante uma live em seu Instagram no sábado, 26 de junho, o padre Shankar se retratou e pediu desculpas “por aqueles profissionais sérios, os bons profissionais que se sentiram injustamente atingidos pela minha fala”. “É lógico e claro que não foi a minha intenção. Mas, aqui a intenção não conta. Conta que me foi pedido que fizesse a retratação porque muitos entenderam que eu estava falando de todos os professores e todos os psicólogos, apesar de que o assunto era bem situado, aquela situação, aquela psicóloga, aquele professor, mas deu a entender, por interpretações diversas, que eu estava generalizando”, afirmou.

O sacerdote também falou sobre a nota da diocese de Divinópolis e afirmou que muitos, ao comentá-la, prenderam-se apenas na retratação. Porém, chamou a atenção para o fato de que o mesmo documento diz que o tema abordado na homilia “toca a compreensão doutrinal da Igreja Católica acerca do amor, do relacionamento, do matrimônio, da sexualidade, da vida” e que “há um direito institucional, constitucional e democrático de trazer a público e anunciar a verdade acerca desta matéria na ótica da fé cristã”.

“A Igreja, a partir da Palavra de Deus, da sagrada tradição e do magistério eclesiástico, tem uma palavra sim”, disse Shankar. “Nós que somos cristãos católicos temos uma palavra e temos uma opinião sobre amor, relacionamento, matrimônio, sexualidade e vida. E a nossa opinião é através da ótica cristã”.

Segundo ele, disso se pressupõe “que é minha obrigação, é um dever que se me impõem como sacerdote” falar sobre o assunto. “Não posso abrir mão daquilo que é meu dever de orientar o povo de Deus naquilo que tange à nossa fé cristã católica, baseada na Bíblia, no magistério da Igreja e na sagrada tradição”.

São Pedro e São Paulo dão a liberdade que o mundo não pode dar, diz o papa

 
SANTA MISSA E BÊNÇÃO DOS PÁLIOS
  PARA OS NOVOS ARCEBISPOS METROPOLITANOS
 NA SOLENIDADE DOS SANTOS APÓSTOLOS PEDRO E PAULO

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica de S. Pedro
Terça-feira, 29 de junho de 2021

Dois grandes Apóstolos, Apóstolos do Evangelho, e duas colunas angulares da Igreja: Pedro e Paulo. Hoje celebramos a sua festa. Observemos de perto estas duas testemunhas da fé: no centro da sua história, não está a própria destreza; no centro, está o encontro com Cristo que lhes mudou a vida. Fizeram a experiência de um amor que os curou e libertou e, por isso, tornaram-se apóstolos e ministros de libertação para os outros.

Pedro e Paulo são livres unicamente porque foram libertados. Detenhamo-nos neste ponto central.

Pedro, o pescador da Galileia, foi libertado em primeiro lugar da sensação de ser inadequado e da amargura de ter falido, e isso verificou-se graças ao amor incondicional de Jesus. Embora fosse um hábil pescador, várias vezes experimentou, em plena noite, o sabor amargo da derrota por não ter pescado nada (cf. Lc 5, 5; Jo 21, 5) e, perante as redes vazias, sentiu a tentação do desânimo; apesar de forte e impetuoso, muitas vezes se deixou tomar pelo medo (cf. Mt 14, 30); embora fosse um discípulo apaixonado do Senhor, continuou a pensar à maneira do mundo, sem conseguir entender e aceitar o significado da Cruz de Cristo (cf. Mt 16, 22); apesar de dizer-se pronto a dar a vida por Ele, bastou sentir-se suspeitado de ser um dos Seus para se atemorizar chegando a negar o Mestre (cf. Mc 14, 66-72).

Mas Jesus amou-o desinteressadamente e apostou nele. Encorajou-o a não desistir, a lançar novamente as redes ao mar, a caminhar sobre as águas, a olhar com coragem para a sua própria fraqueza, a segui-Lo pelo caminho da Cruz, a dar a vida pelos irmãos, a apascentar as suas ovelhas. Deste modo libertou-o do medo, dos cálculos baseados apenas nas seguranças humanas, das preocupações mundanas, infundindo nele a coragem de arriscar tudo e a alegria de se sentir pescador de homens. Foi precisamente a ele que chamou para confirmar na fé os irmãos (cf. Lc 22, 32). Como ouvimos no Evangelho, deu-lhe as chaves para abrir as portas que levam a encontrar o Senhor e o poder de ligar e desatar: ligar os irmãos a Cristo e desatar os nós e as correntes das suas vidas (cf. Mt 16, 19).

Tudo isto só foi possível, porque antes, como nos dizia a primeira Leitura, Pedro foi libertado. As correntes que o mantêm prisioneiro são quebradas e, tal como aconteceu na noite da libertação dos israelitas da escravidão do Egito, é convidado a levantar-se depressa, colocar o cinto e calçar as sandálias para sair. E o Senhor abre as portas diante dele (cf. At 12, 7-10). É uma nova história de abertura, de libertação, de correntes quebradas, de saída do cárcere que o prende. Pedro faz a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o.

Também o apóstolo Paulo experimentou a libertação por obra de Cristo. Foi libertado da escravidão mais opressiva, a de si mesmo, e de Saulo – nome do primeiro rei de Israel – tornou-se Paulo, que significa «pequeno». Foi libertado também daquele zelo religioso que o tornara fanático na defesa das tradições recebidas (cf. Gal 1, 14) e violento ao perseguir os cristãos. Foi libertado. A observância formal da religião e a defesa implacável da tradição, em vez de o abrir ao amor de Deus e dos irmãos, haviam-no endurecido: era um fundamentalista. Foi disto que Deus o libertou; ao invés, não o poupou a tantas fraquezas e dificuldades que tornaram mais fecunda a sua missão evangelizadora: as canseiras do apostolado, a enfermidade física (cf. Gal 4, 13-14); as violências e perseguições, os naufrágios, a fome e sede, e – segundo as suas próprias palavras – um espinho que o atormentava na carne (cf. 2 Cor 12, 7-10).

Paulo compreendeu assim que «o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte» (1 Cor 1, 27), que tudo podemos n’Ele que nos dá força (cf. Flp 4, 13), que nada poderá jamais separar-nos do seu amor (cf. Rm 8, 35-39). Por isso, no final da sua vida, como nos dizia a segunda Leitura, Paulo pode dizer: «o Senhor esteve comigo» e «me livrará de todo o mal» (2 Tm 4, 17.18). Paulo fez a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o.

Bispo pede que padre se retrate após dizer que escolas querem perverter



O padre Chrystian Shankar, que acusou as escolas de quererem “perverter” crianças e adolescentes, terá que se desculpar com educadores e psicólogos. A decisão foi tomada após conversa com o bispo Dom José Carlos de Souza Campos, da Diocese de Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais.

Um vídeo do sacerdote falando sobre poliamor durante uma missa viralizou na terça-feira (22/6) nas redes sociais. Nele, ele dizia que foi procurado por pais de um adolescente que o questionaram quanto a  como lidar com o filho, após ele ter sido convidado pela melhor amiga para uma relação a três.

O convite teria sido feita após a menina ter participado de uma suposta palestra em uma escola da rede privada de Divinópolis. O nome não foi revelado pelo padre. Ao longo da semana, professores e psicólogos criticaram as declarações, alegando que as classes foram generalizadas. Eles também cobram transparência e que a instituição seja revelada.
 
Tratando o tema como “grave, pertinente e inadiável”, a Diocese disse que ficou estabelecido entre o bispo e o padre a “necessidade que ele se retrate do modo universalizado, irreverente e pouco respeitoso com que falou dos profissionais da educação e da psicologia, mesmo que tenham suas pedagogias e abordagens próprias para seus trabalhos específicos”.

“Ele fará isso em breve. E se comprometeu a evitar este tipo de discurso. Como também manifestou ao bispo que não tinha a intenção de provocar esse mal-entendido, mas levar à reflexão e efetivo interesse dos pais na educação dos filhos”, informou.

O problema, conforme consta na nota, fica localizado no modo de falar, nas referências aos sujeitos envolvidos e não no assunto tratado. “Mesmo que o tema mereça muitos aprofundamentos ainda”, destacou.