quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Governo critica encontro da Igreja sobre Amazônia; papa veta políticos

Brasil sinalizou interesse de enviar representante a encontro, mas dom Cláudio Hummes afirmou que 'políticos com mandatos' não participarão (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ex-comandante do Exército e atual assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Eduardo Villas Bôas criticou, nesta segunda-feira, 2, o Sínodo da Amazônia, e afirmou que o encontro dos bispos considera “dados distorcidos” e o que “não acontece na Amazônia”. Villas Bôas também disse que, independente do relatório apresentado, o governo não admitirá “interferência em questões internas” do país.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Villas Bôas disse que o governo Bolsonaro tem “preocupação” com os temas do Sínodo, que será realizado em outubro, em Roma, e como isso irá “chegar à opinião pública internacional porque, certamente, vai ser explorado pelos ambientalistas”. Na avaliação do atual assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o encontro “escapou para questões ambientais e também tem o viés político”.

Papa Francisco proíbe entrada de políticos no Sínodo da Amazônia!!!


O Papa Francisco convocou ao Vaticano bispos dos nove países que abrangem a Amazônia. Entre 6 e 27 de outubro de 2019, eles vão debater os principais problemas da região e a presença da Igreja Católica junto aos povos amazônicos.

O encontro é uma assembleia do chamado "Sínodo dos Bispos". Deve colocar a Amazônia no centro das atenções da Igreja ao menos durante um mês, mas também deve despertar a atenção de governos, ambientalistas e empresas que atuam na região.

O grande encontro, que acontecerá no Vaticano, em Roma, ganhou as atenções da mídia internacional e está impactando na internet. Isso porque entre os pontos a serem debatidos estão:

- a complexa situação das comunidades indígenas e ribeirinhas, em especial os povos isolados;

- a exploração internacional dos recursos naturais da Amazônia;

- a violência, o narcotráfico e a exploração sexual dos povos locais;

- o extrativismo ilegal e/ou insustentável;

- o desmatamento, o acesso à água limpa e ameaças à biodiversidade;

- o aquecimento global e possíveis danos irreversíveis na Amazônia;

- a conivência de governos com projetos econômicos que prejudicam o meio ambiente.

POLÍTICOS VETADOS NO SÍNODO!!!

A um mês da realização do Sínodo da Amazônia, marcado para outubro em Roma, o Vaticano prepara a lista final de convidados especiais do Papa Francisco para participar das discussões sobre a floresta tropical, com veto à participação de políticos com mandato.

“Não virão políticos com mandato, nem militares. Não participarão!” – essa foi a declaração direta e bem clara que o cardeal dom Cláudio Hummes, relator-geral do Sínodo, nomeado pelo pontífice, deu à imprensa esta semana. O papa abriu espaço para convidados não religiosos, os chamados auditores e peritos, e deve convidar personalidades mundiais, cientistas e ambientalistas para participar das consultas de aconselhamento. “O papa fala muito da necessária fundamentação científica”, acrescentou dom Cláudio.

O Sínodo dos Bispos é uma reunião de autoridades da Igreja Católica com o Papa para discutir e propor soluções para um tema específico da Igreja. Vale lembrar que Francisco é, até hoje, o Papa que mais se dedicou à pauta ambiental, motivo pelo qual o sínodo está tendo forte repercussão mundial.

VIDA AMEAÇADA

"...a vida na Amazônia está ameaçada pela destruição e exploração ambiental, pela violação sistemática dos direitos humanos elementares da população amazônica. De modo especial a violação dos direitos dos povos originários, como o direito ao território, à autodeterminação, à demarcação dos territórios e à consulta e ao consentimento prévios”, diz a pauta do Sínodo.

Sobre a crise na Igreja, apostasia do clero e o Concílio Vaticano II...


"A situação atual da inaudita crise da Igreja é comparável com aquela geral no século IV, onde o arianismo contaminou a esmagadora maioria do episcopado e foi reinante na vida da Igreja. Devemos procurar ver esta situação atual, por um lado, com realismo e, por outro, com o espírito sobrenatural, com um profundo amor para com a Igreja, que é nossa mãe, e que está sofrendo a paixão de Cristo por meio dessa tremenda e geral confusão doutrinal, litúrgica e pastoral.

Devemos renovar a nossa Fé de que a Igreja está nas mãos seguras de Cristo e que Ele sempre intervirá para renová-la nos momentos em que a barca da Igreja parece naufragar, como é o caso óbvio em nossos dias.

Quanto à atitude diante do Concílio Vaticano II, devemos evitar os dois extremos: uma rejeição completa (como o fazem os sedevacantistas e uma parte da FSSPX) ou uma “infalibilização” de tudo o que o Concílio falou.

O Concílio Vaticano II foi uma legítima assembleia presidida pelos Papas e devemos manter para com este concílio uma atitude de respeito. Contudo, isso não significa que não podemos exprimir dúvidas bem argumentadas e respeitosas propostas de melhoria, apoiando-se na Tradição integral da Igreja e no Magistério constante.

Pronunciamentos doutrinais tradicionais e constantes do Magistério durante um plurissecular período têm a precedência e constituem um critério de verificação acerca da exatidão de pronunciamentos magisteriais posteriores. Os pronunciamentos novos do Magistério devem, em si, ser mais exatos e mais claros, nunca, porém, ambíguos e aparentemente contrastantes com anteriores pronunciamentos constantes magisteriais.

Aqueles pronunciamentos do Vaticano II que são ambíguos devem ser lidos e interpretados segundo os pronunciamentos da inteira Tradição e do Magistério constante da Igreja.

Na dúvida, os pronunciamentos do Magistério constante (os concílios anteriores e os documentos de Papas, cujo conteúdo demonstrava ser uma tradição segura e repetida durante séculos no mesmo sentido) prevalecem sobre aqueles pronunciamentos objetivamente ambíguos ou novos do Concílio Vaticano II, os quais, objetivamente, dificilmente concordam com específicos pronunciamentos do Magistério anterior e constante (por exemplo, o dever do Estado de venerar publicamente Cristo, Rei de todas as sociedades humanas; o verdadeiro sentido da colegialidade episcopal frente ao primado petrino e ao governo universal da Igreja; a nocividade de todas as religiões não-católicas e o perigo que elas constituem para a salvação eternas das almas).

O Vaticano II deve ser visto e aceito tal como ele quis ser e como realmente foi: um concílio primeiramente pastoral, isto é, um concílio que não teve a intenção de propor doutrinas novas ou propô-las numa forma definitiva. Na maioria dos seus pronunciamentos, o Concílio confirmou a doutrina tradicional e constante da Igreja.

Alguns dos novos pronunciamentos do Vaticano II (por exemplo, colegialidade, liberdade religiosa, diálogo ecumênico e inter-religioso, atitude para com o mundo) não são definitivos e por eles, aparentemente ou em realidade, não concordarem com os pronunciamentos tradicionais e constantes do Magistério, devem ser ainda completados com explicações mais exatas e com suplementos mais precisos de caráter doutrinal. Uma aplicação cega do princípio da “hermenêutica da continuidade” também não ajuda, pois se criam com isso interpretações forçadas, que não convencem e que não ajudam para chegar ao conhecimento mais claro das verdades imutáveis da Fé Católica e da sua aplicação concreta.

Houve casos na história onde expressões não definitivas de alguns concílios foram, mais tarde, graças a um debate teológico sereno, precisadas ou tacitamente corrigidas (por exemplo, os pronunciamentos do Concílio de Florença acerca da matéria do sacramento da ordenação, isto é, que a matéria fosse a entrega dos instrumentos, mas a tradição mais segura e constante dizia que era suficiente a imposição das mãos do bispo, o que Pio XII em 1947 confirmou). Se depois do concílio de Florença os teólogos tivessem aplicado cegamente o princípio da “hermenêutica da continuidade” a este pronunciamento específico do concílio de Florença (um pronunciamento objetivamente errôneo), defendendo a tese que a entrega dos instrumentos como matéria do sacramento da ordem fosse uma expressão do Magistério constante da Igreja, provavelmente não se teria chegado ao consenso geral dos teólogos sobre a verdade que diz que somente a imposição das mãos do bispo constituiria propriamente a matéria do sacramento da ordem.

Deve-se criar na Igreja um clima sereno de discussão doutrinal acerca daqueles pronunciamentos do Vaticano II que são ambíguos ou que criaram interpretações errôneas. Não há nada de escandaloso nisso, pelo contrário, será uma contribuiçao para guardar e explicar na maneira mais segura e integral o depósito da Fé imutável da Igreja.

Não se deve destacar demais um determinado concílio, absolutizando-o ou equiparando-o de fato, à Palavra de Deus oral (Tradição Sagrada) ou escrita (Sagrada Escritura). O Vaticano II mesmo disse, justamente (cf. Dei Verbum, 10), que o Magistério (Papas, Concílios, magistério ordinário e universal) não estão acima da Palavra de Deus, mas sob ela, submisso a ela, e somente ministro dela (da Palavra de Deus oral = Sagrada Tradição e da Palavra de Deus escrita = Sagrada Escritura).

Sobre a queda dos católicos no Brasil...


Historicamente, nossa catequese deixou muito a desejar e nas últimas décadas piorou muito: é uma catequese de ideias vagas, mais ideológica que propositiva, ambígua, que não tem coragem de apresentar a fé com todas as letras... Ao invés, apresenta a opinião desse ou daquele teólogo… Assim, troca-se a clareza e simplicidade da fé católica (como o Catecismo a apresenta) por complicadas e inseguras explicações, fazendo a fé parecer uma questão de opinião e não uma certeza que vem de Deus; algo acessível a especialistas letrados e não aos simples mortais.

Céu, inferno, anjos, diabo, purgatório, valor da missa, doutrina moral – cada padre diz uma coisa, cada um acha que pode construir sua verdade… Tudo tende a ser relativizado… Uma religião assim não segura ninguém e não atrai ninguém. Religião é lugar de experimentar a certeza que vem de Deus, não as dúvidas e vacilações dos tateamentos das opiniões humanas.

Somos Patriotas


Estamos na Semana da Pátria, porque no dia 7 comemoraremos a Independência do Brasil, o nascimento do nosso país como nação. Data especial para cultivarmos a virtude do patriotismo, dever e amor para com o nosso país, incluído no 4º Mandamento da Lei de Deus.

Jesus, nosso divino modelo, amava tanto sua pátria, que chorou sobre sua capital, Jerusalém, ao prever os castigos que sobre ela viriam, consequência da sua infidelidade aos dons de Deus. Não temos também motivos para chorar sobre nossa pátria amada? Nação que nasceu cristã, mas que anda esquecida dos valores cristãos legados pelos nossos missionários, presa de ideologias espúrias; povo nem sempre bem educado, nem sempre pacífico nem cortês e que não sabe escolher bem seus representantes; na política, corrupção, falta de honestidade, ética, honradez, com total desprezo das virtudes humanas e cristãs, necessárias ao bom convívio e à vida em sociedade.

Observando as redes sociais notamos a ausência total do respeito à opinião alheia, o ódio, a incitação à violência, a falta de humildade e modéstia, o desaparecimento da tolerância, do apreço pela verdade, o disseminar de calúnias, intrigas e suspeitas. Tudo isso se constitui no oposto às virtudes humanas e cristãs, que são a base da verdadeira civilização. 

E as virtudes da honestidade, da não acepção de pessoas, da caridade desinteressada, do comedimento no falar, do respeito para com o próximo, do amor pela verdade, da convicção religiosa, da constância, da fidelidade nas promessas, do cumprimento da palavra dada?

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Grito dos excluídos é instrumentalizado para atacar o governo e suas reformas


Já se tornou tradição, desde 1995, no dia 7 de setembro, data na qual se comemora oficialmente a Independência do Brasil, ocorrerem as manifestações chamada de “Grito dos Excluídos” que reúne católicos em diversas dioceses por todo território brasileiro.

Estas manifestações têm como objetivo de abrir caminhos aos excluídos da sociedade, denunciar os mecanismos sociais de exclusão e propor caminhos alternativos para uma sociedade mais inclusiva.

Neste ano de 2019 o tema do grito dos excluídos é “Vida em primeiro lugar” e o lema escolhido foi “Este sistema não vale: lutamos por justiça, direitos e liberdade.”

Instrumentalização Política

Leia a declaração do bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Antônio Werlang, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da CNBB:

“Vivemos tempos difíceis. Os direitos e os avanços democráticos conquistados nas últimas décadas, frutos de mobilizações e lutas, estão ameaçados. O ajuste fiscal, as reformas trabalhista e a reforma da previdência estão retirando direitos dos trabalhadores para favorecer aos interesses do mercado. O próprio sistema democrático está em crise, distante da realidade vivida pela população”.

Esta opinião, que distorce a realidade, está sendo replicada em cartas por diversas dioceses e lida durante a missa em centenas de paróquias.

Um recado aos católicos que promovem linchamento virtual ao Presidente Bolsonaro


Nesta semana o presidente Jair Bolsonaro, que se auto-declara católico, foi abençoado pelo “bispo” Edir Macedo na frente de uma multidão de quase 10 mil fiéis no Templo de Salomão, sede da Igreja Universal do Reino de Deus em São Paulo, o que fez que muitos católicos expressassem nas redes sociais sua insatisfação com o ocorrido.

Um católico, por outro lado, veio em defesa do presidente. Leia seu comentário:

Meu recado aos Católicos que mais uma vez estão promovendo linchamento virtual do presidente Bolsonaro.

Quando Bolsonaro era deputado e falava contra o famigerado Kit de sexualização precoce infantil, a CNBB virava as costas para ele e se juntava aos promotores do kit em pautas de esquerda que nada dizem respeito a doutrina e ao magistério da Igreja Católica. Ao seu lado estavam os pastores evangélicos e os políticos protestantes que se uniram ao parlamentar católico em defesa da família.

Quando Bolsonaro levou uma facada, nenhum padre ou bispo de Juiz de Fora o procurou na Santa Casa. Da mesma forma, após ser transferido para São Paulo, Dom Odilo em momento nenhum se solidarizou por sua luta pela vida e levou um mês para que o primeiro sacerdote católico o visitasse. Ao seu lado estiveram desde o primeiro momento, durante todo o tempo em que permaneceu convalescente, os pastores e políticos evangélicos.

Quando Bolsonaro foi eleito, o Papa não lhe deu os parabéns e mandou como representante para sua posse um representante do Vaticano considerado alguém desprestigiado de escalão inferior.

Com Bolsonaro eleito, o Vaticano e os bispos católicos se voltaram para o tal Sínodo da Amazônia, com foco político de oposição ao governo Bolsonaro e a Soberania Nacional brasileira numa clara afronta onde um Estado nacional soberano (Vaticano) visa ditar como outra nação deve proceder na condução de suas riquezas naturais e no domínio de seu território.

Buscando a aproximação com a Igreja Católica, o presidente Bolsonaro foi a Canção Nova, frequentou uma Missa publicamente, visitou freiras e padres, fez uma cerimônia em homenagem a Nossa Senhora e em todas as ocasiões foi duramente criticado pela opinião pública católica.

Dom Cláudio Hummes, relator do Sínodo da Amazônia, participa de evento contra o governo Bolsonaro


O teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA) hospedou, anteontem, o evento “Direito já”, protagonizado por partidos de esquerda e centro-esquerda, em oposição aos “retrocessos do governo Bolsonaro”.

Ao lado de dezenas de políticos esquerdistas, pousa ninguém menos que o arcebispo emérito de São Paulo, o cardeal Dom Cláudio Hummes, relator do Sínodo Pan-amazônico, a ser realizado dentro de um mês, em Roma.

Numa entrevista anterior ao próprio Estadão, Dom Cláudio, falando sobre as polêmicas entre o Sínodo da Amazônia e o governo, disse que: “Foi na campanha eleitoral que começou tudo isso. O governo, que se diz de direita, considera a Igreja de esquerda. Mas a Igreja não é partido político. Não é de esquerda. Não aceita essa qualificação, essa etiqueta. A Igreja é para todos”. E, mais adiante: “Esse governo apresentou uma questão sobretudo de soberania nacional. Mas todos sabemos que o Sínodo é da Igreja e para a Igreja. Não é para políticos, militares e outros”.