sábado, 7 de julho de 2018

Nigéria: Massacre de cristãos é classificado como genocídio por líderes cristãos.


Mais de 1.750 cristãos e outros não-muçulmanos foram mortos por terroristas islâmicos na Nigéria desde janeiro de 2018, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (2) pela Sociedade Internacional pelas Liberdades Civis e Estado de Direito (Intersociety).

Além disso, nos últimos três anos, mais de 8.800 cristãos foram alvejados e mortos na por forças de segurança nigerianas, muçulmanos radicais xiitas, pastores da etnia fulani e militantes do Boko Haram.

Em meio ao massacre classificado como “genocídio” por líderes cristãos da Nigéria, mais de 6 mil pessoas foram mortas por pastores fulani desde janeiro, a maioria mulheres, crianças e idosos.

“O que está acontecendo no estado de Plateau e outros estados na Nigéria é puro genocídio e deve ser interrompido imediatamente”, declarou em nota a Associação Cristã da Nigéria.

A Associação ainda pediu à comunidade internacional, bem como às Nações Unidas, para intervirem nos ataques Fulani, temendo que eles possam se espalhar para outros países.

“Estamos preocupados com a insegurança generalizada no país, onde ataques e assassinatos arbitrários de pastores, bandidos e terroristas fulani armados vêm acontecendo diariamente em nossas comunidades, apesar dos grandes investimentos nas agências de segurança”, afirma a instituição. 

Grupo de padres alemães corrigem seus bispos por permitirem comunhão aos protestantes


Um grupo de sacerdotes da Arquidiocese de Paderborn Alemanha emitiram uma declaração criticando a recente decisão do arcebispo de implementar a orientação controversa em "intercomunhão" com os protestantes.

O bispo decidiu, em casos específicos, permitir que um protestante receba a comunhão regular. O grupo de padres, Communio veritatis, considera a decisão do arcebispo Hans-Josef Becker de Paderborn "inaceitável".

Segundo o jornal austríaco Kath.net , a Communio veritatis apoia seu documento em todas as recentes declarações doutrinárias e disciplinares da Igreja Católica.

Primeiro, dizem que o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (n 291) que "para receber a Sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja Católica e estar em Deus 's graça, que não é consciente de pecado mortal." Além disso, se alguém negar um dos vários aspectos relacionados aos sacramentos, a disposição para recebê-los regularmente é perdida:

Ele é necessário para definir bem nestas condições, que são não - derrogável mesmo em casos que envolvam casos individuais e específicos , uma vez que a rejeição de um ou mais verdades da fé sobre esses sacramentos e, entre eles, a respeito da necessidade do sacerdócio ministerial para ser válido, faz com que o requerente não seja devidamente organizado para ser legitimamente administrado. ( Ecclesia de Eucharistia , Juan Pablo II, 46)

Eles também se referem às recentes declarações do Cardeal Brandmüller , cerca de 844 §4 canon , lembrando que o cânone refere-se às circunstâncias em que não - cristãos católicos podem receber a Sagrada Comunhão são de "grave necessidade" e que "nenhum bispo diocesano pode declarar que a situação de viver um casamento misto é uma grave situação de emergência para permitir a intercomunhão”. Como Brandmüller explicou, as situações de emergência mencionadas no cânone estão relacionadas a "situações extremas como guerras, deportações e catástrofes naturais ".

O grupo de sacerdotes lembra a seu bispo que este cânon enfatiza explicitamente que um cristão não católico pode receber ajuda de um padre católico na condição de que ele " não possa encontrar um ministro de sua própria confissão" (esta situação não é este caso na Alemanha, onde existem muitas igrejas protestantes).

Reflexão do Papa Francisco sobre o Sacramento da Crisma (2)


CATEQUESE DO PAPA FRANCISCO
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 30 de maio de 2018

Queridos irmãos e irmãs,

Prosseguindo com o tema da Confirmação ou Crisma, hoje coloco à luz “a íntima conexão deste sacramento com toda a iniciação cristã” (Sacrosanctum Concilium, 71).

Antes de receber a unção espiritual que confirma e reforça a graça do Batismo, os crismandos são chamados a renovar as promessas feitas um dia pelos pais e padrinhos. Agora são eles mesmos a professar a fé da Igreja, prontos a responder “creio” às perguntas dirigidas pelo bispo; prontos, em particular, a crer “no Espírito Santo, que é o Senhor e dá a vida, e que hoje, por meio do sacramento da Confirmação, é de modo especial a [eles] conferido, como já aos apóstolos no dia de Pentecostes” (Rito da Confirmação, n. 26).

Uma vez que a vinda do Espírito Santo requer corações recolhidos em oração (cfr At 1, 14), depois da oração silenciosa da comunidade, o bispo, tendo as mãos estendidas sobre os crismandos, suplica a Deus que infunda neles o seu santo Espírito Paráclito. Um só é o Espírito (cfr 1 Cor 12, 4), mas vindo a nós traz consigo riqueza de dons: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e santo temor de Deus (cfr Rito da Confirmação, nn. 28-29). Ouvimos o trecho da Bíblia com estes dons que traz o Espírito Santo. Segundo o profeta Isaías (11, 2), estas são as sete virtudes do Espírito infundidas sobre o Messias para o cumprimento da sua missão. Também São Paulo descreve o abundante fruto do Espírito que é “amor, alegria, paz, magnanimidade, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão, domínio de si” (Gal 5, 22). O único Espírito distribui os múltiplos dons que enriquecem a única Igreja: é o Autor da diversidade, mas ao mesmo tempo o Criador da unidade. Assim o Espírito dá todas estas riquezas que são diversas mas do mesmo modo faz a harmonia, isso é, a unidade de todas essas riquezas espirituais que temos nós cristãos.

Por tradição confirmada pelos apóstolos, o Espírito que completa a graça do Batismo é comunicado através da imposição das mãos (cfr At 8, 15-17; 19, 5-6; Eb 6,2). A este gesto bíblico, para melhor exprimir a efusão do Espírito que permeia quantos a recebem, é logo acrescentada uma unção de óleo perfumado, chamado crisma [1], que permanece em uso até hoje, seja no Oriente, seja no Ocidente (cfr Catecismo da Igreja Católica, 1289).

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Irlanda fará referendo para remover da Constituição trechos sobre "papel da mulher no lar".


A Irlanda vai realizar um referendo para remover cláusulas de sua Constituição que destacam a importância das mulheres “na vida no lar” e encorajam as mães a não trabalharem fora de forma a poderem cumprir seus deveres domésticos, anunciou o governo local nesta quinta-feira. A decisão é mais uma no processo de atualização da conservadora Constituição do país, promulgada em 1937, de forma a refletir as mudanças na sociedade, mais liberal hoje.

A Irlanda foi durante muito tempo um dos países mais conservadores em termos sociais da Europa, mas nas últimas décadas a opinião pública mudou radicalmente com a perda de influência da Igreja Católica na sociedade. Em 2015, por exemplo, um outro referendo introduziu o casamento gay na Constituição irlandesa.

O texto constitucional irlandês, porém, ainda tem inúmeras referências da tradicional ética cristã, como a cláusula que diz que “a mulher dá ao Estado um suporte sem o qual o bem comum não pode ser atingido ao reconhecer sua vida dentro do lar”. Ou outra que obriga o Estado a “assegurar que as mães não serão obrigadas pela necessidade econômica a trabalhar de forma a negligenciarem seus deveres no lar”. São estas provisões que serão alvo da moção aprovada pelo governo nesta quinta-feira, a ser votada no referendo.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Cidadãos manifestam-se contra o aborto na Argentina e no Reino Unido


Em meio ao debate sobre a legalização do aborto, agora nas mãos do Senado, os cidadãos argentinos continuam erguendo a voz pelos nascituros e suas mães através de diferentes manifestações dentro e fora do país.

No dia 1º de julho, cerca de 200 pessoas se reuniram na casa de governo da Província de Mendonza para realizar uma manifestação contra o projeto.

Os profissionais da saúde e estudantes mendocinos se reuniram em torno do lema “Estudamos para a vida. Não contem conosco” e deixaram centenas de jalecos brancos nas escadaria do recinto.

Os profissionais da saúde também se pronunciaram em outras províncias como Rosário e na região sul de Ushuaia.

Os cidadãos argentinos residentes em Londres, no Reino Unido, também se reuniram na Embaixada Argentina para se manifestar a favor da vida.

O médico Fernando Cesil, presente no local, disse que “nossa moral é o juramento que fazemos no momento em que nos graduamos”, é “respeitar a vida desde a concepção”. “Mesmo que sob ameaças, não utilizaremos nosso conhecimento contra as leis da humanidade. Isso fundamenta nosso agir todos os dias”.

Enquanto isso, no sábado, 30 de junho, cerca de 300 pessoas se reuniram no Hospital José Cibanal de Río Colorado, de onde deram início à marcha “Por las dos vida” (Pelas duas vidas).

A marcha seguiu em meio a cantos e gritos pelas ruas principais e concluiu na Praça San Martín, com um abraço simbólico.

Durante esse mesmo dia, convocados pela plataforma cidadã ‘Unidad Provida’ (Unidade Pró-Vida), centenas de pessoas participaram no “Festival Pró-vida”, no estádio do clube Ferrocarril Oeste de Buenos Aires.

No encontro, que teve como tema “Salvemos as duas vidas”, foi anunciado um pacote de ações para enfrentar a votação do projeto do aborto que acontecerá no dia 8 de agosto no Senado.

As organizações presentes responsabilizaram o governo pela promoção do projeto de legalização do aborto e realizaram um balanço do debate iniciado em abril deste ano.

Do mesmo modo, ressaltaram a necessidade de um debate federal que reflita a postura dos argentinos em nível nacional, “para que a decisão final não fique encerrada em Buenos Aires”.

Arcebispo da Austrália condenado a um ano de prisão por não denunciar abuso sexual infantil

Dom Philip Wilson / Crédito: Conferência Episcopal da Austrália

O Arcebispo de Adelaide (Austrália), Dom Philip Wilson, foi sentenciado na terça-feira, 3 de julho, a 12 meses de prisão, depois que em maio foi considerado culpado por não informar sobre as denúncias de abuso sexual infantil que recebeu na década de 1970.

É provável que o arcebispo cumpra sua sentença em regime domiciliar e conte com uma tornozeleira eletrônica, segundo informações da mídia. Um juiz deverá confirmar esse acordo em uma audiência no próximo dia 14 de agosto.

Até o momento, Dom Wilson, de 67 anos, não renunciou como Arcebispo de Adelaide.

O Papa Francisco nomeou em 3 de junho o Bispo de Port Pirie, Dom Greg O’Kelly, como Administrador Apostólico de Adelaide. Entretanto, não se espera que Dom O’Kelly, de 76 anos, suceda Dom Wilson, especialmente porque já superou a idade em que os prelados apresentam sua carta de renúncia ao Santo Padre.

Durante a audiência da sentença no dia 3 de julho, o juiz Robert Stone disse que Dom Wilson não havia mostrado “remorso ou arrependimento” antes da imposição da sentença.

Dom Wilson foi condenado por ocultar o abuso sexual infantil cometido por um pároco, companheiro seu, em Nova Gales do Sul na década de 1970. Naquela época, Wilson havia sido ordenado sacerdote apenas um ano antes.

As vítimas, Peter Creigh e outro coroinha cujo nome não foi divulgado por razões legais, contaram ter comunicado ao Pe. Wilson sobre os abusos sofridos por parte de Pe. James Fletcher.

Durante o julgamento, Creigh assegurou que narrou ao então Pe. Wilson detalhes que demonstravam o abuso sofrido em 1976, cinco anos depois do ocorrido. Entretanto, o hoje Arcebispo de Adelaide disse que a conversa nunca aconteceu.

“Não acho que eu teria esquecido”, assinalou em uma audiência judicial em 11 de abril.

A segunda vítima disse que contou ao então sacerdote sobre o abuso no confessionário em 1976, mas que este lhe deu uma penitência, assegurando que estava mentindo. Wilson disse que nunca diria a alguém no confessionário que não dizia a verdade e que não se lembrava de ter visto o rapaz em 1976.

Pe. Fletcher foi declarado culpado de novas acusações de abuso sexual e foi preso em 2006. Morreu vítima de um derrame cerebral naquele ano. Dom Wilson disse que não havia suspeitas anteriores sobre a integridade pessoal do pároco.

Dom Wilson também disse à corte que se tivesse sido notificado sobre o escândalo, teria oferecido atenção pastoral às vítimas e suas famílias e informado o fato aos seus superiores.

A equipe legal de Dom Wilson argumentou durante o julgamento que o abuso sexual infantil não era entendido na década de 1970 como um delito que requeria informar às autoridades.

O juiz Stone, porém, disse que proteger a Igreja Católica era o “motivo principal” de Dom Wilson para não informar sobre as acusações de abuso.

"Ordenação de mulheres não é solução para a Igreja", assegura autoridade vaticana


O Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Vida e a Família, Cardeal Kevin Farrell, assegurou que a ordenação sacerdotal das mulheres “não é a solução” para a Igreja Católica.

Em entrevista concedida à revista Intercom na Irlanda, recolhida em 3 de julho pelo jornal ‘The Irish Times’, o Cardeal norte-americano sublinhou que “a ordenação de mulheres realmente não é a solução para a Igreja porque, se só ordenam mulheres, elas seriam isoladas, se continuar o  sistema, se não mudar as estruturas”.

“Queremos transformá-las em clérigos? Não queremos isso. Elas devem ser pessoas do mundo que vivem no mundo”, assinalou.

O Cardeal também comentou que o Papa Francisco viu “que a Cúria Romana está sobrecarregada de clérigos e não deveria ser assim. As funções administrativas dentro da Igreja podem ser realizadas por qualquer pessoa. Não precisam ser necessariamente realizadas pelos sacerdotes, também podem ser leigos”.

Nesse sentido, explicou que o Santo Padre, “pela primeira vez na história da Igreja”, nomeou mulheres como consultoras da Congregação para a Doutrina da Fé, “a qual é considerada, querendo ou não, a ‘zona de poder’ do Vaticano”.

Suprema Corte mantém proibição de rezar em frente à clínica de aborto na Inglaterra


A Suprema Corte da Inglaterra confirmou a ordem do conselho municipal do distrito de Ealing, em Londres, que proíbe vigílias pró-vida no lado de fora da clínica de aborto Marie Stopes.

Em abril de 2018, o Conselho de Ealing implantou uma zona restritiva a 100 metros no entorno do centro Marie Stopes, depois que várias mulheres se queixaram de ser intimidadas pelos manifestantes. A Good Counsel Network, organização que realiza vigílias do lado de fora da clínica, negou ter cometido assédio.

Após a confirmação da Corte, vários ativistas pró-vida manifestaram tristeza porque se manterá a ordem de proteção do espaço público (PSPO) que penaliza  oração, a entrega de folhetos ou qualquer ato que expresse alguma opinião sobre o aborto do lado de fora de uma clínica Marie Stopes.

“A proibição servirá apenas para impedir que as mulheres recebam ajuda e informações sobre as alternativas do aborto. As mulheres mais vulneráveis, como as que não têm os benefícios estatais ou auxílio-moradia, são as que mais perdem”, lamentou em 2 de julho Clare McCullough, diretora de Good Counsel Network à BBC.

Por sua parte, Alina Dulgheriu, uma mãe que recebeu ajuda em uma vigília pró-vida, disse ao Catholic Herald que lhe “entristece” e “surpreende” que a Corte “tenha apoiado uma PSPO que impede que as pessoas boas ajudem as mães que a desejam desesperadamente”.

“Fiquei surpreendida de que a evidência recolhida pelo juiz, de que não se trata de um ato criminoso, possa ser utilizada para criminalizar todo um setor da sociedade que tem uma visão do mundo ‘fora de moda’”.

Também disse que a Corte descartou os direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão.