sábado, 4 de junho de 2016

Os Apóstolos fundaram igrejas, não denominações


A Igreja já estava nos planos de Deus desde o início dos tempos. Ela é parte indispensável do Plano de Salvação de Deus. A Igreja foi admiravelmente preparada na história do povo de Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi manifestada pela efusão do Espírito e no fim dos tempos será gloriosamente consumada. “O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a Boa Nova, isto é, o advento do Reino de Deus prometido nas Escrituras havia séculos" (Catecismo da Igreja Católica, 763).

Mas a Igreja nasceu primeiramente do dom total de Cristo para nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na Cruz. "O começo e o crescimento da Igreja são significados pelo sangue e pela água que saíram do lado aberto de Jesus crucificado." "Pois do lado de Cristo dormindo na Cruz é que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja." Da mesma forma que Eva foi formada do lado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração traspassado de Cristo morto na Cruz. (CIC §766). Cristo instituiu a Igreja, no ano 30, na Palestina.

A única Igreja de Cristo, como sociedade constituída e organizada no mundo subsiste (subsistit in) na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele. Somente por meio dela se pode obter a plenitude dos meios de salvação, pois o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança ao único colégio apostólico, cujo chefe é Pedro. – Compêndio do CIC, nº 162

Apóstolo Pedro

Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão.

Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha (Cefas em português, como em Gálatas 2,11), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.

A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16,18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha.

Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma, sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos. Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma.

Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".

Imaculado Coração de Maria*

 
Esta memória ao Imaculado Coração de Maria não é nova na Igreja; tem as suas profundas raízes no Evangelho que repetidamente chama a nossa atenção para o Coração da Mãe de Deus. Por isto na Tradição Viva da Igreja encontramos confirmada pelos Santos Padres, Místicos da Idade Média, Santos, Teólogos e Papas como o nosso João Paulo II.

“Depois ele desceu com eles para Nazaré; era-lhes submisso; e a sua mãe guardava todos esses acontecimentos em seu coração”. Este relato bíblico que se encontra no Evangelho segundo São Lucas, une-se ao do canto de Louvor – Magnificat – a compaixão e intercessão diante do vinho que havia acabado e a presença de Maria de pé junto a Cruz, para assim nos revelar a sintonia do Imaculado Coração de Maria para com o Sagrado Coração de Jesus. Dentre os santos se destacou como apóstolo desta devoção São João Eudes, e dentre os Papas que propagaram esta devoção de se destaca Pio XII que em 1942 consagrou o mundo inteiro ao Coração Imaculado de Maria.

As aparições de Nossa Senhora em Fátima – Portugal- no ano de 1917, de tal forma espalhou a devoção ao Coração de Maria que o Cardeal local disse: “Qual é precisamente a mensagem de Fátima ? Creio que poderá resumir-se nestes termos: a manifestação do Coração Imaculado de Maria ao mundo atual, para o salvar”. Desta forma pudemos conhecer do Céu que o Pai e Jesus querem estabelecer no mundo inteiro a devoção do Imaculado Coração que encontra fundamentada na Consagração e Reparação a este Coração que no final Triunfará.

Imaculado Coração de Maria… sede a nossa salvação!

Ó Coração Imaculado de Maria, repleto de bondade, mostrai-nos o Vosso amor. A chama do vosso Coração, ó Maria, desça sobre todos os homens! Nós Vos amamos infinitamente!
Imprimi nos nossos corações o verdadeiro amor, para que sintamos o desejo de Vos buscar incessantemente. Ó Maria, Vós que tendes um Coração suave e humilde, lembrai-vos de nós quando cairmos no pecado. Vós sabeis que todos os homens pecam. Concedei que, por meio de Vosso Imaculado e Materno Coração, sejamos curados de toda doença espiritual. Fazei que possamos sempre contemplar a bondade de Vosso Materno Coração e nos convertamos por meio da chama do Vosso Coração. Amém.
___________________________
Celebra-se no sábado após o Sagrado Coação de Jesus

São Francisco Caracciolo

 
Ascânio Caracciolo, era um italiano. Nasceu próximo de Nápoles a 13 de outubro de 1563. A família, muito cristã, o preparou para a vida de negócios e da política, em meio às festas sociais e aos esportes. Na adolescência, decidiu pela carreira militar, mas foi acometido por uma doença rara na pele. Quando todos os tratamentos se esgotaram, Ascâncio rezou com fervor a Deus, pedindo que Ele o curasse e se esta graça fosse concedida entregaria a sua vida somente a Seu serviço. Pouco depois, a cura aconteceu.

Cumprindo sua determinação, tinha então vinte e dois anos, foi para Nápoles onde estudou teologia e se ordenou sacerdote. Começou seu trabalho junto aos encarcerados, doentes e pobres abandonados. Por uma ironia do destino, Ascânio recebeu uma correspondência destinada a outro padre, que o convidava a fundar uma nova congregação. O jovem sentiu-se tocado por Deus e resolveu assumir para si esta tarefa. Fez um retiro junto com dois amigos e ao final de quarenta dias eles resolveram iniciar o grupo dos “Clérigos Regulares Menores”. Ascânio foi o primeiro a vestir o hábito, tomando o nome de Francisco, em homenagem ao Santo de Assis, no qual se espelhava. Estabeleceu, com dificuldades, casas na Espanha e em Nápoles. Foram atividades tão intensas que seu corpo frágil logo se ressentiu. Adoeceu e morreu aos quarenta e quatro anos de idade.

São Francisco Caracciolo, peço-vos, pelo amor que tivestes junto aos presidiários, que inspire leigos e religiosos para o conforto e para a conversão desses homens e mulheres que por falta de um berço cristão e pelas más companhias tornaram-se criminosos e marginalizados. Que todos os cristãos lembrem-se de orar diariamente por eles e por todas as crianças e jovens que também se encontram encarcerados. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Papa Francisco: “Ai dos pastores que privatizam o seu ministério!”




JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA
JUBILEU DOS SACERDOTES

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Praça São Pedro
Sexta-feira, 3 de junho de 2016
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
 
Celebrando o Jubileu dos Sacerdotes na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, somos chamados a concentrar-nos no coração, ou seja, na interioridade, nas raízes mais robustas da vida, no núcleo dos afetos, numa palavra, no centro da pessoa. E hoje fixamos o olhar em dois corações: o Coração do Bom Pastor e o nosso coração de pastores.

O Coração do Bom Pastor é, não apenas o Coração que tem misericórdia de nós, mas a própria misericórdia. Nele resplandece o amor do Pai; nele tenho a certeza de ser acolhido e compreendido como sou; nele, com todas as minhas limitações e os meus pecados, saboreio a certeza de ser escolhido e amado. Fixando aquele Coração, renovo o primeiro amor: a memória de quando o Senhor me tocou no mais íntimo e me chamou para O seguir; a alegria de, à sua Palavra, ter lançado as redes da vida (cf. Lc 5, 5).

O Coração do Bom Pastor diz-nos que o seu amor não tem limites, não se cansa nem se arrende jamais. Nele vemos a sua doação incessante, sem limites; nele encontramos a fonte do amor fiel e manso, que deixa livres e torna livres; nele descobrimos sempre de novo que Jesus nos ama «até ao fim» (Jo 13,1) – não se detém antes, ama até ao fim –, sem nunca se impor.

O Coração do Bom Pastor está inclinado para nós, concentrado especialmente sobre quem está mais distante; para aí aponta obstinadamente a agulha da sua bússola, por essa pessoa revela um fraquinho particular de amor, porque deseja alcançar a todos e não perder ninguém.

À vista do Coração de Jesus, surge a questão fundamental da nossa vida sacerdotal: para onde está orientado o meu coração? Uma pergunta que nós, sacerdotes, nos devemos pôr muitas vezes, cada dia, cada semana: para onde está orientado o meu coração? O ministério aparece, com frequência, cheio das mais variadas iniciativas, que o reclamam em tantas frentes: da catequese à liturgia, à caridade, aos compromissos pastorais e mesmo administrativos. No meio de tantas atividades, permanece a questão: onde está fixo o meu coração? (Vem-me à mente aquela oração tão bela da liturgia: «Ubi vera sunt gaudia…»). Para onde aponta o coração? Qual é o tesouro que procura? Porque – diz Jesus – «onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração» (Mt 6, 21). Todos nós temos fraquezas e também pecados. Mas procuremos ir ao fundo, à raiz: Onde está a raiz das nossas fraquezas, dos nossos pecados, ou seja, onde está precisamente aquele «tesouro» que nos afasta do Senhor?

Coitado do gorila? Sim, mas, antes, coitada da criança (e de nós)!


Uma criança caiu na jaula do gorila. Não na dos macaquinhos saltitantes: na de um gorila, um esplêndido animal de 180 quilos de músculo, que o puxa de um lado para o outro e que poderia matá-lo com apenas um golpe. E houve golpes. É possível que muita gente não os tenha visto nos vídeos que circularam ontem pelas redes sociais, já que, muito significativamente, boa parte dos vídeos compartilhados trazia um corte que faz toda a diferença: no final da gravação que você pode ver abaixo, o gorila arrasta o menino e ele grita. A polícia de Cincinnati confirmou que o menino saiu ferido – o que contradiz uma versão generalizada pelas mídias sociais de que o gorila estava apenas “protegendo” a criança e não representava risco nenhum para ela.

Esta é uma primeira boa pergunta: por que esse corte? O que se desejava esconder com esse corte?


A propósito: sabemos o nome do gorila, Harambe, e sabemos que foi criada até uma fundação para defender os direitos dele. Mas quanta gente soube o nome do menino? Por acaso ele não tem nome? Não interessa? Foi outro “corte” proposital?

Justiça proíbe produção e venda de imagens estilizadas de santos.


O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) através de uma decisão expedida nesta segunda-feira (20/05) proibiu Ana Smile, responsável pelas imagens sacras da coleção “Santa Blasfêmia”, de continuar produzindo imagens estilizadas da Virgem Maria e de outros santos. A decisão ainda prevê que Ana deve excluir as imagens das redes sociais e , caso haja descumprimento, pague uma multa de 50 mil reais.

O magistrado entendeu que as confecções extrapolavam o direito constitucional.

Ana Paula Dornelas Guimarães de Lima, 32 anos, ficou conhecida ano passo pela confecção de uma linha de imagens estilizadas. Em suas obras, transformou Nossa Senhora das Graças em Galinha Pintadinha, Santo Antônio em Batman e São Benedito em Coringa. A evidente provocação causou indignação nas pessoas religiosas, que procuraram a Justiça para barrar a confecção, divulgação e venda das estátuas produzidas.

Dom Washington Cruz, da Arquidiocese de Goiânia, ingressou com a ação. Houve um impasse no que concerne a liberdade de expressão. O juiz Abilio Woln Aires Neto justificou que “sem hierarquia ou primazia de direito sobre o outro, quando houver conflito entre eles, deve prevalecer o direito à dignidade pessoal, à honra e à vida privada”.

Segundo o juiz, a coleção Santa Blasfêmia estava “deliberadamente extrapolando o seu direito constitucional e obstando o direito de imagem” da Igreja.

Em vós está a fonte da vida


Considera, ó homem redimido, quem é aquele que por tua causa está pregado na cruz, qual a sua dignidade e grandeza. A sua morte dá a vida aos mortos; por sua morte choram o céu e a terra, e fendem-se até as pedras mais duras. Para que, do lado de Cristo morto na cruz, se formasse a Igreja e se cumprisse a Escritura que diz: Olharão para aquele que transpassaram (Jo 19,37), a divina Providência permitiu que um dos soldados lhe abrisse com a lança o sagrado lado, de onde jorraram sangue e água. Este é o preço da nossa salvação. Saído daquela fonte divina, isto é, no íntimo do seu Coração, iria dar aos sacramentos da Igreja o poder de conferir a vida da graça, tornando-separa os que já vivem em Cristo bebida da fonte viva que jorra para a vida eterna (Jo 4,14).

Levanta-te, pois, tu que amas a Cristo, sê como a pomba que faz o seu ninho na borda do rochedo (Jr 48,28), e aí, como o pássaro que encontrou sua morada (cf. Sl 83,4), não cesses de estar vigilante; aí esconde como a andorinha os filhos nascidos do casto amor; aí aproxima teus lábios para beber a água das fontes do Salvador (cf. Is 12,3). Pois esta é a fonte que brota no meio do paraíso e, dividida em quatro rios (cf. Gn 2,10), se derrama nos corações dos fiéis para irrigar e fecundar a terra inteira.

Acorre com vivo desejo a esta fonte de vida e de luz, quem quer que sejas, ó alma consagrada a Deus, e exclama com todas as forças do teu coração:“Ó inefável beleza do Deus altíssimo e puríssimo esplendor da luz eterna, vida que vivifica toda vida, luz que ilumina toda luz e conserva em perpétuo esplendor a multidão dos astros, que desde a primeira aurora resplandecem diante do trono da vossa divindade.  

Ó eterno e inacessível, brilhante e suave manancial daquela fonte oculta aos olhos de todos os mortais! Sois profundidade infinita, altura sem limite, amplidão sem medida, pureza sem mancha!”

De ti procede o rio que vem trazer alegria à cidade de Deus (Sl 45,5), para que entre vozes de júbilo e contentamento (cf. Sl 41,5) possamos cantar hinos de louvor ao vosso nome, sabendo por experiência que em vós está a fonte da vida, e em vossa luz contemplamos a luz (Sl 35,10).



Das Obras de São Boaventura, bispo
(Opusculum 3, Lignum vitae, 29-30.47 Opera omnia 8,79)         (Séc.XIII)

Para onde vais?


Quo vadis é uma expressão que significa “Para onde vais?”, em latim.

A expressão aparece nas Escrituras, em João 16,5, onde Jesus Cristo diz: "Agora que vou para aquele que me enviou, nenhum de vocês me pergunta: Para onde vais?".

Esta frase aparece também em uma obra apócrifa do século III, que se chama "Atos dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo”, e se encontra esta expressão que é dirigida por Jesus a Pedro, que por medo de seus irmãos devido a perseguição de Nero, tentava fugir.

Pedro encontra Jesus na Via Ápia carregando uma cruz e lhe pergunta, "Para onde vais, Senhor?" (Quo vadis Domine?). O Senhor lhe responde: "Já que você está fugindo e abandonando o meu povo, vou a Roma para ser crucificado outra vez".

Nesse momento, Pedro entendeu que devia seguir o Senhor com coragem até o fim, e que, sobretudo nunca estava sozinho no caminho; com ele, sempre estava aquele Jesus que o amara até o ponto de morrer na Cruz. Depois dessa afirmação, Pedro se arrepende e regressa a Roma, continuando o seu ministério e acabando por dar a sua vida por Cristo.